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30/12/2016 07:00

Investimentos estrangeiros dos BRICs são tema de pesquisa

O estudo aborda o comportamento do IED do grupo de quatro países emergentes no período de 1995 a 2013

Desde a criação do acrônimo BRIC em 2001, o bloco formado pelas economias brasileira, russa, indiana e chinesa passou a ser foco de monitoramento de acadêmicos, analistas de bancos e empresas do mundo todo. A elevação dos investimentos realizados no exterior, em montante representativo, constitui fenômeno recente para os BRICs. É esse o tema do Texto para Discussão nº 2242, que analisa a dinâmica do investimento estrangeiro direto realizado pelos BRICs no período entre 1995 e 2013.

O estudo traz a trajetória de participação dos BRICs no PIB mundial e seu crescimento em comparação com o mundo – por ter sido incorporada ao grupo apenas em 2010, a África do Sul não fez parte da análise. Em 1995, esses países respondiam por 7,2% do PIB mundial, o que equivalia a US$ 2,6 trilhões. No ano de 2000, essa importância subiu para 10,8%, ou seja, US$ 3,1 trilhões. Já em 2013, ela era de 27,5%, o equivalente a US$ 8,5 trilhões.

A expansão dessas economias ganhou força a partir da década de 1990, com um crescimento aprofundado a partir de 2000, que possibilitou ocupar posições importantes, embora em graus muito diferenciados, em diversos mercados.

No que tange aos investimentos, houve um aumento expressivo entre 1990 e 2013: de 15% do total mundial para aproximadamente 40%. O estudo credita esses números ao crescimento do fluxo de saída de investimento estrangeiro direto e destaca que o aumento do IED dos países em desenvolvimento em geral, e dos BRICs em particular, não teria sido possível sem a elevação considerável das reservas internacionais a partir da década de 2000, como consequência do aumento das suas exportações e do ingresso de capitais.

A pesquisa mostra como o investimento estrangeiro realizado pelas empresas dos países que compõem o bloco dos BRICs foi afetado pela crise internacional, que tornou o cenário mundial inconsistente. A busca pela redução do endividamento obrigou muitas empresas a cancelar novos projetos ou até mesmo renunciar àqueles que estavam em andamento ou já concluídos. No entanto, o texto ressalta que os dados de IED das economias em desenvolvimento devem ser analisados com cautela, já que nem todos os países divulgam informações e muitos dos investimentos realizados têm como destino centros financeiros offshore.

 

 
 

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