04/12/2019 17:44 |
Livre comércio com a China elevaria em 8,25% as exportações totais do Brasil Estudo apresentado em seminário nesta quarta-feira, 4, faz projeção de impactos macroeconômicos e comerciais até 2030. Ipea e think tank chinês Caitec assinaram memorando de entendimento A criação de uma área de livre comércio entre o Brasil e a China provocaria impactos positivos na economia brasileira, com ganhos de produto interno bruto (PIB), investimento, exportações e importações. O investimento no Brasil teria um crescimento acumulado de 3,79% entre 2020 e 2030, enquanto as exportações totais do país avançariam 8,25% no mesmo período. Os dados foram apresentados durante o Seminário Internacional Ipea-Caitec: Desafios às Relações Econômicas entre o Brasil e a China, realizado nesta quarta-feira, 4, na sede do instituto, em Brasília. Outra consequência do acordo de livre comércio, segundo o relatório do Ipea, seria uma redução do superavit brasileiro na relação bilateral: nossas exportações para a China aumentariam 15% de 2020 a 2030, enquanto as importações cresceriam 75%. No entanto, todos os 22 setores produtivos brasileiros analisados no estudo elevariam suas exportações. Os maiores ganhos no mesmo período seriam no setor de alimentos (319,4%), vestuários e acessórios (288,1%), têxteis (199%), produtos de metal (110%) e máquinas e equipamentos (108,6%). Seminário A cerimônia de abertura do evento contou com a presença do vice-presidente de República, Hamilton Mourão. Segundo ele, a aproximação comercial com a China está na agenda de prioridades do governo brasileiro e o acordo firmado pelo Ipea contribui nesse processo. “A China reconhece o Brasil como um importante parceiro internacional. O acordo de cooperação com a Caitec vai ampliar o compartilhamento de estudos econômicos em que todos ganham”, destacou o vice-presidente. Para Von Doellinger, a aproximação com a Caitec não é meramente protocolar. “É um acordo estratégico e que vai permitir novos progressos na agenda de cooperação comercial entre os dois países”, afirmou. O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, reiterou os esforços e cooperação do governo chinês com a atual política externa brasileira: “As relações econômicas entre Brasil e China avançam de forma abrangente. Conforme já dito pelas autoridades brasileiras, a China, cada vez mais, faz parte das estratégias comerciais do Brasil”. A cerimônia contou ainda com a presença do senador Nelson Trad (PSD-MS), do deputado federal Fausto Pinato (PP-SP), e do diretor de Estudos Internacionais do Ipea, Ivan Oliveira. |
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