08/04/2020 19:16 |
Estresse causado pela pandemia do Covid-19 pode levar a conflitos sociais Estudo propõe ações em várias áreas para evitar tumultos e violência O mundo já tem mais de um milhão de casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19). A pandemia já matou mais de 50 mil pessoas nos cinco continentes. O maior desafio da população, hoje, é lidar com essa nova realidade diante do medo de ser contaminado, do estresse do confinamento, da diminuição da renda e das informações conflitantes sobre o enfrentamento da doença. No estudo “Prevenindo conflitos sociais violentos em tempos de pandemia: garantia de renda, manutenção da saúde mental e comunicação efetiva”, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) alerta para o risco de protestos, tumultos, saques, vandalismo e desrespeito a profissionais de saúde e recomenda ações para minimizar os efeitos colaterais da pandemia. O documento faz menção aos casos de violência pelo mundo que ocorreram nas epidemias de SARS (entre 2002 e 2004), de cólera no Zimbábue (2008) e de Ebola (de 2013 a 2015). Na avaliação do economista e pesquisador do Ipea Rodrigo Fracalossi de Moraes, autor do estudo, é real o risco de aumento do número de episódios de violência doméstica contra crianças e mulheres no período de confinamento. A população carcerária também merece atenção especial por conta do alto risco de transmissão, além de fugas e rebeliões. “É importante estabelecer políticas públicas voltadas para a saúde física e mental da população, assegurar fornecimento de eletricidade e água, além de garantir renda mínima para trabalhadores da economia informal”, afirma. Ele aponta, ainda, para a necessidade de se promover protocolos e treinamento para os profissionais que atuam na linha de frente do combate à pandemia, principalmente policiais, bombeiros e profissionais de saúde e do setor de limpeza. O estudo chama a atenção para a necessidade de clareza e transparência na comunicação das políticas públicas de enfrentamento ao novo coronavírus, para auxiliar no combate à disseminação de boatos e fake News, e destaca o importante papel da imprensa neste processo. Por fim, o autor sugere que, mesmo sem a confirmação sobre a duração da pandemia e do distanciamento social, o poder público deve começar a elaborar uma estratégia de saída, pensando na volta ao trabalho e na recuperação da confiança da população.
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