29/09/2021 20:30 |
Expansão da rota comercial Amacro pode acelerar retomada pós-Covid Zona de integração entre Amazonas, Acre e Rondônia amplia potencial comercial de acesso a mercados A zona de integração Amacro, que reúne os estados brasileiros do Amazonas, Acre e Rondônia, poderá desempenhar função estratégica no processo de retomada econômica pós-pandemia, segundo avaliou o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Pedro Silva Barros, em webinar internacional nesta quarta-feira (29/9), promovido pelo Observatório América Latina Ásia Pacífico. “O conjunto de infraestruturas que compõem a Amacro e os corredores bioceânicos apresenta grande potencial para elevar fluxo comercial e acesso aos mercados globais. Os indicadores confirmam a importância de expandir a política de integração comercial com os países vizinhos e da Ásia”, afirmou. Segundo o pesquisador, a conexão entre as cidades de fronteira, como é o caso das pontes entre Epitaciolândia-AC e Cobija (Bolívia), inauguradas em 2004, e entre Assis Brasil-AC e Iñapari (Peru), em 2006, colaboram para impulsionar a integração regional. Pedro apresentou dados sobre o tema e citou o exemplo do Acre, que se tornou o único estado brasileiro que, desde 2010, tem dois vizinhos fronteiriços entre os seus cinco principais compradores externos. Juntos, Bolívia e Peru respondem por 25% do total das exportações acreanas. Ele mencionou ainda que, no caso de Rondônia, as vendas de carnes congeladas para o Peru ganharam maior impulso em 2019 e 2020. Comentou também que há potencial para que adubos e corretivos agrícolas, utilizados na produção brasileira em estados como o Mato Grosso, possam entrar no Brasil por meio das novas rotas na região conectadas ao Pacífico, ao invés de pelos portos do Sul e do Sudeste do país. Ao encerrar sua participação no evento, o pesquisador anunciou que o Ipea deverá realizar, em outubro, uma pesquisa de campo em cidades impactadas pelo aumento no fluxo comercial da Amacro, incluindo as cidades de Epitaciolândia e Assis Brasil, ambas no Acre, nas fronteiras com a Bolívia e o Peru, para verificar novos indicadores e as possibilidades de articulação de cadeias produtivas na região. O webinar contou ainda com a presença de representantes da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), além da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi). Assessoria de Imprensa e Comunicação |
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