20/12/2021 18:44 |
Ipea participa de elaboração do Plano Integrado de Longo Prazo para a Infraestrutura Estudos do Instituto subsidiaram análises e planejamento de ações setoriais O governo federal lançou, nesta sexta-feira (17/12), o Plano Integrado de Longo Prazo para a Infraestrutura 2021-2050 (PILPI) que representa um importante avanço para o planejamento de investimentos na área. O PILPI apresenta as projeções de crescimento demográfico e econômico, que servem de insumo a planos setoriais que poderão ser utilizados pelos governos subnacionais. A partir dos planos e estudos setoriais de transportes, energia, telecomunicações, infraestrutura hídrica e saneamento básico, pesquisa e desenvolvimento e mobilidade urbana, o PILPI procurou consolidar as necessidades de investimento para se aumentar a oferta de serviços de infraestrutura que visam o crescimento econômico. O plano ainda relaciona os projetos de grande porte em andamento apoiados pelo governo federal, com total de 132 listados no montante de investimentos de R$ 517 bilhões, os quais envolvem iniciativas custeadas pelo orçamento público federal, e concessões e autorizações, desenvolvidas por estados e municípios que recebem apoio federal. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) contribuiu com a elaboração do plano por meio de metodologia desenvolvida para estimar projeções socioeconômicas consideradas. “Mais particularmente, foram analisados cenários prospectivos para o caso brasileiro, para o período de 2021 a 2050, em que se formulou os determinantes do crescimento do produto per capita e seus impactos sobre os setores da economia”, explicou o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo Souza Júnior. Entre estes determinantes estão a melhoria do aparato regulatório para o setor de infraestrutura e a adoção de políticas adequadas de incentivo à inovação e de parceria público-privada. O plano contou também com análises produzidas pelo Ipea relacionadas aos impactos das mudanças climáticas na produção agropecuária e florestal do Brasil e ainda sobre o conceito de acessibilidade urbana, conforme descrito pelo Projeto Acesso a Oportunidades. A partir de previsões produzidas pelo Ipea, foi possível ainda estimar a produção nas atividades agropecuárias e florestais nos estados, que foram utilizadas como insumos para formular os planos setoriais. O instituto também contribuiu com estimativas de parâmetros para a análise custo/benefício de projetos de infraestrutura. Um exemplo disso é a estimativa da disposição a pagar por reduções de tempo de viagem em rodovias e no transporte aéreo pelos usuários. “Na faixa de renda entre cinco e dez salários mínimos, a disposição a pagar por tempo ficou em 79% da renda média por tempo de trabalho, bem acima da recomendação internacional de 50%”, informou o diretor de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação e Infraestrutura do Ipea, André Rauen. Dados do Catálogo de Parâmetros para Avaliação de Projetos de Investimento em Infraestrutura, em desenvolvimento pelo Ipea, foram também utilizados para decompor itens de custo de modo a facilitar a aplicação de fatores de conversão setoriais e a computar o custo de oportunidade do fator trabalho nos projetos. Com informações da Casa Civil. Assessoria de Imprensa e Comunicação |
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