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Programa recebeu Bernardo Furtado, do Ipea, e Rômulo Ribeiro, do Observatório das Metrópoles
Brasi Econômico (SP): Olhar do Planalto: Sonia Filgueiras INDEXAÇÃO : UM PROBLEMA A MAIS Desde maio passado o Comitê de Política Monetária do Banco Central repete em seus relatórios de inflação um parágrafo no qual menciona “os mecanismos formais e informais de indexação” como um dos fatores que contribuem para a resistência da inflação. Por mecanismos formais, entenda-se uma fatia entre 20% e 25% dos índices de preços ao consumidor que carregam itens do orçamento doméstico reajustados anualmente, como os aluguéis, as tarifas de serviços públicos, os planos de saúde e as mensalidades escolares. Outros preços importantes da economia igualmente indexados, como salários em geral, o salário mínimo e as aposentadorias e pensões entram na conta da inflação como elevação de custos das empresas e das famílias. Os mecanismos informais são, na prática, a chamada cultura inflacionária, segundo a qual um agente eleva seus preços porque os outros elevaram também — um fenômeno mais frequente na área de serviços, onde há menos concorrência. A referência à indexação não está ali à toa. “Em nossa economia indexada, a inflação é rígida para baixo e flexível para cima”, lembra o professor da USP e especialista no tema, Heron do Carmo. É uma situação que, segundo o economista, gera grande desconforto porque os mecanismos de indexação ajudam a elevar o ponto de partida da taxa de inflação. Se ocorrer um choque de preços (por exemplo, o aumento súbito do preço do aço ou do petróleo) sobe-se um degrau no nível de preços, do qual será difícil descer, a não ser com grande esforço. Para fazê-lo, é preciso um arrocho monetário muito maior do que o que se esperaria em uma economia desindexada. Além disso, segundo os textos oficiais do Banco Central, mecanismos automáticos de reajuste “contribuem para prolongar, no tempo, pressões inflacionárias observadas no passado”. Após 10 anos do Plano Real, que reduziu a inflação à casa de um dígito, pouco se conseguiu avançar na desindexação da economia. Com isso, o Banco Central segue com uma capacidade apenas parcial sobre o controle do processo inflacionário. Do ponto de vista da gestão da política econômica, desarmar a indexação enraizada há quase meio século na economia brasileira está longe de ser uma tarefa trivial. Embute conflitos com os quais é difícil lidar a qualquer tempo, e especialmente às vésperas das eleições. Tome-se, por exemplo, os salários. A elevação da renda é apontada como um dos principais fatores do sucesso econômico dos governos Lula e Dilma. A política de aumento real do salário mínimo ajudou, junto comas transferências de renda garantidas pelo programa Bolsa Família, a promover a redução da pobreza, com distribuição de bem estar a milhões. Também contribuiu para expandir um mercado de consumo que sustentou o país durante os priores momentos da crise internacional. Mas há o reverso da moeda: dentre os preços com maior potencial de estrago sobre o comportamento dos índices inflacionários estão, como se sabe, os salários. Aumentos salariais desacompanhados de elevação da produtividade podem ter duplo efeito. De um lado, pressionam os custos das empresas para cima, levando as a repassá-los para preços. De outro, elevam a massa salarial, contribuindo para elevar o consumo e abrindo espaço para que os repasses de custos sejam sancionados. O impacto dos aumentos de salário sobre a inflação mereceu até um box em um dos relatórios de inflação do Banco Central deste ano. Algumas simulações foram feitas, mostrando a resposta da inflação a um aumento hipotético de 1% no salário médio real da economia. Se a política monetária reagir ao aumento (se os juros subirem), o efeito máximo sobre a inflação é estimado entre 0,5 a 1,1 ponto percentual e ocorre após quatro trimestres. Sem o aumento dos juros, mostra o Banco Central, o impacto é bem maior: entre 0,6 e 1,5 ponto percentual. Além dos salários, contratos de prestação de serviços, planos de saúde, aposentadorias e pensões, parte das aplicações financeiras, contratos de aluguéis: todos, em maior ou menor medida, estão amparados pela segurança da indexação. A este, some-se outro desconforto. “Estamos em um patamar de inflação elevado”, aponta o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Mansueto Almeida. Heron do Carmo acrescenta que a gestão das metas inflacionárias contribuiu para consolidar o quadro. “O governo congelou as metas para a inflação em 4,5% nos últimos anos. Com isso, os agentes econômicos passam a ter este patamar como referência de partida”, diz. E quanto mais elevado o patamar, mais longe fica o ideal de uma economia menos indexada, que abriria espaço para a prática de juros mais baixos. Banho-maria seguido de ajuste O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e atual diretor do Instituto de Estudos Para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), Julio Gomes de Almeida, diz que nove entre dez economistas apostam em um ajuste na economia em 2015, após as eleições. O economista Mansueto Almedia, do Ipea, concorda. Ele prevê uma repetição menos intensa do que se viu no primeiro ano do governo Lula: política fiscal apertada, crescimento do PIB inferior a 2% ao ano e melhora nos anos seguintes. A previsão é consequência do cenário econômico com o qual a primeira gestão do governo Dilma se encerrará, pior do que aquele registrado no início de seu governo. “Inflação e dívida bruta altas, superávit fiscal baixo”, enumera ele.
O Dia (RJ): Passe livre é viável, diz economista Campanha pela gratuidade vai até sábado. Cidade doSul Fluminense zerou as tarifas Movimento Passe Livre começou ontem uma campanha no Rio, que vai até sábado, Dia Nacional de Luta desta iniciativa, com evento na Aldeia Maracanã. Segundo um membro do Fórum de Lutas Contra o Aumento das Passagens, Pedro Lima, há estudos que mostram ser viável a gratuidade das passagens, ou a redução significativa das tarifas través de um novo tributo, e sem onerar mais os governos. “Poderia se criar um imposto baseado no poder aquisitivo dos contribuintes. A população estaria pagando as passagens ‘indiretamente’, mas com um valor menor e mais justo. O orçamento público deve priorizar Saúde e Educação.” O economista do BNDES, Marcelo Miterhof, defendeu, no debate Observatório da Mobilidade, que a tarifa zero não é um delírio: “Alguém já paga essa conta. E são os mais pobres, usuários do transporte público. Precisamos transferir, pelo menos, parte dessa conta para os que podem pagar mais”. Um município localizado no Sul do estado, Porto Real, conseguiu implantar a tarifa zero, num programa custeado totalmente pela prefeitura local. Segundo o secretário de Planejamento da cidade, Márcio Luiz dos Santos, a iniciativa deu certo por que o orçamento comportava o gasto: “Este ano, temos um orçamento de R$ 212 milhões, e 1,34% deste valor será destinado à gratuidade”. A prefeitura banca, desde setembro de 2010, o custo da passagem de 7 mil pessoas por dia, com uma frota de oito ônibus alugados de uma empresa que arca com os combustíveis. O economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Henrique Carvalho, calcula que o custo para a implementação da tarifa zero nas cidades brasileiras ficaria na ordem de R$ 50 bilhões por ano.
Assista à integra do evento realizado nesta segunda-feira, 2/12
Portal G1.Com: Mais da metade dos domicílios têm carro ou moto, diz Ipea Segundo instituto, é a primeira vez que a maioria das famílias tem veículo. Para Ipea, aumento de carros pode piorar ainda mais trânsito nas cidades. Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quinta-feira (24) aponta que 54% dos domicílios no Brasil têm carro ou motocicleta disponíveis para o deslocamento dos moradores. O estudo do Ipea é baseado em dados da Pesquisa Nacional por Domicílio (Pnad) de 2012 feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um dos responsáveis pela análise, o pesquisador Carlos Henrique de Carvalho, afirmou que esta é a primeira vez que a maioria dos domicílios conta com um veículo próprio. "O Pnad de 2012 é o primeiro que registra uma taxa maior que 50%. Agora foi de 54%, mas antes estava ficando na casa dos 40%", disse. Comparando dados do Pnad de 2008 com os de 2012, houve um aumento de nove pontos percentuais na quantidade de casas com veículos particulares. Segundo o Ipea, o índice era de 45% há cinco anos. Para Carvalho, a taxa de motorização está aumentando em todas as classes sociais. "Os mais ricos estão com mais carros, mas os mais pobres também. Então, pelo menos, no final das contas, isso é positivo, porque cresceu para todo mundo", declarou. De acordo com o Ipea, os dados mostram que o aumento do uso de veículos particulares para deslocamentos se dá em detrimento do uso do transporte público. O instituto chama a atenção, durante a análise, para uma possível piora no trânsito das grandes cidades e ressalta que é preciso que o governo tenha políticas públicas eficientes para minimizar os transtornos causados pelo aumento do transporte individual. Por estado O estado de Santa Catarina é o que registrou mais domícilios com carros ou motos particulares (74,3%). Em seguida, vêm Paraná (67,7%) e Distrito Federal (64,1%). A taxa mais baixa no país foi registrada em Alagoas. De todos os lares no estado alagoano, 32,4% possuem um veículo. As regiões Norte e Nordeste são as de menor motorização por domicílio. Faixa de renda Na faixa de renda de até um quarto do salário mínimo per capita, 28,2% das famílias têm carro ou moto. A quantidade de veículos particulares dessa parcela da população cresceu dez pontos percentuais do Pnad de 2008 para o de 2012. Entre as famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa, 35% têm veículos privados. Em 2008, o percentual era de 23%. Quanto maior a renda das famílias, menor a quantidade de motos e maior a de carros, segundo o Ipea. Nos lares cuja renda por pessoa fica entre um e dois salários mínimos, 39,6% têm carro, 10,6% têm moto e 11,4% têm os dois. Nos domicílios em que cada pessoa tem renda de mais de cinco salários mínimos, 76,6% têm somente carro, 1,2% apenas motocicleta e 10,8% têm ambos. Urbano e rural O estudo mostra que em 45% das casas urbanas há um carro. Na área rural, esse índice cai para 28%. Na zona urbana, 17,9% dos lares têm moto - na zona rural, são 33% e, considerados todos os lares brasileiros, as motos estão em 20,1%.
Estadão.Com.Br (SP): 54% das residências têm transporte privado, diz Ipea Com relação ao tempo de deslocamento de casa para o trabalho, o estudo aponta que 66% gasta até 30 minutos diariamente, mas tendência é de piora Mais da metade dos domicílios brasileiros, 54%, dispõem de automóveis ou motocicletas para os deslocamentos de seus moradores. O dado consta do Comunicado Indicadores de Mobilidade Urbana da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2012, divulgado nesta quinta-feira, 23, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o documento, o dado retrata a mudança do perfil de mobilidade da população brasileira, cada vez mais estruturado no uso de veículos privados. "De 2008 para 2012, por exemplo, o porcentual de domicílios que possuía automóvel ou motocicleta subiu nove pontos porcentuais (45% em 2008 para 54% de posse em 2012), sendo que as motocicletas tiveram o maior incremento no período", diz o comunicado. O estudo destaca, no entanto, que, se por um lado, esse dado indica que a população, incluindo os segmentos de menor renda, está tendo acesso a esse bem durável, por outro, "significa grandes desafios para os gestores dos sistemas de mobilidade, em função da maior taxa de motorização da população brasileira, com reflexos diretos sobre a degradação das condições de mobilidade de todos (maior poluição, acidentes e congestionamentos)". Esse desafio torna-se ainda maior tendo em vista que uma grande parte da população ainda não tem veículos privados à disposição. "O que indica uma possível piora das externalidades negativas do transporte individual nos grandes centros urbanos, principalmente nas regiões com menor porcentual de motorização (Norte e Nordeste), nos próximos anos", destaca o comunicado. Observando os dados sobre posse de veículos por unidade da Federação, Santa Catarina e Paraná, além do Distrito Federal, aparecem com maior porcentual de posse de veículos privados. Em Santa Catarina, 74,3% dos domicílios têm transporte privado; no Paraná, 67,7%; e no Distrito Federal, 64,1%. Com relação ao tempo de deslocamento de casa para o trabalho, o estudo aponta que grande parte da população (66%) gasta até 30 minutos no percurso diariamente. Mas a tendência, destaca o documento, é de piora em função do crescente aumento da taxa de motorização da população, aliado à falta de investimentos públicos nos sistemas de transporte público ao longo das últimas décadas. O trabalho mostrou ainda que as políticas de auxílio ao transporte, como o vale-transporte, atingem pouco as classes sociais mais baixas. "Os dados apontam também para a necessidade de se criar novas políticas públicas que venham a beneficiar os deslocamentos das pessoas com maior vulnerabilidade socioeconômica", destaca o texto. A conclusão do Ipea é que a taxa de motorização da população tende a crescer, gerando impactos sobre as condições de mobilidade e tempos de deslocamento, o que demandará investimentos grandes por parte dos governos na melhoria da infraestrutura de mobilidade nas próximas décadas.
Programa recebeu Rute Imanishi, do Ipea, e Celso Carvalho, do Ministério das Cidades
Programa recebeu Bernardo Furtado, do Ipea, e Rômulo Ribeiro, do Observatório das Metrópoles
O Estado de S. Paulo (SP): Brasileiro leva em média 40 minutos para ir ao trabalho Por Lisandra Paraguassu / Brasília Mais da metade dos lares brasileiros tem, hoje, carros ou motos. Nos últimos quatro anos, esse número subiu 9 pontos por-centuais, chegando a 54% das residências. Mesmo assim, a população leva cada vez mais tempo para chegar ao trabalho. Os dados são do relatório Indicadores de Mobilidade Urbana, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), feito com base nos dados da Pesquisa Nacional por Afnostra de Domicílios (Pnad) de 2012, e mostram que, em média, os brasileiros gastam meia hora de casa ao trabalho. No entanto, esse tempo aumenta para 40 minutos nas áreas metropolitanas. "Nos últimos 20 anos, os tempos de viagem nas Regiões Metropolitanas tiveram um crescimento três vezes maior do que o dos trabalhadores das áreas não metropolitanas, mostrando que os problemas de mobilidade se agravaram intensamente e as obras de mobilidade até então não foram suficientes para melhorar as condições de deslocamento", revela o Ipea. O relatório aponta que esse problema pode ser causado, também, pelo crescimento das cidades, que levam os moradores, especialmente aqueles de baixa renda, para cada vez mais longe dos seus empregos. O estudo mostra, ainda, que a fatia mais pobre da população é a mais afetada pela falta de políticas públicas. Apenas 11% das pessoas com renda per capita de até 1/4 de salário mínimo têm acesso a vale-transporte, por exemplo, o que limita seu acesso a vagas de trabalho formais e melhor remuneradas. "A política do vale-transporte não atinge justamente quem mais precisa", diz o texto.
O Globo (RJ): É o bicho Negócios e Cia Por Flávia Oliveira É o bicho 1 Foi o indiano Abhijit Banerjee, especialista em pobreza, que contou à revista “Desafios do Desenvolvimento”, do Ipea. Doação de animais e aulas de criação em programas sociais geraram, em quatro anos, de 10% a 15% mais renda. “É dar o peixe e ensinar a pescar. Só que com outros animais”, brinca Marcelo Neri, do Ipea. É o bicho 2 O modelo foi testado com os 5% mais pobres de Índia, Bangladesh, Paquistão, Gana, Peru e Costa Rica. Em março, no Rio, o Ipea discute políticas públicas com representantes dos Brics, no Rio.
Agência EFE (Espanha) - Más de la mitad de los hogares brasileños tiene auto o motocicleta El 54 % de las familias de Brasil tiene en su hogar, como mínimo, un auto o una motocicleta, según un estudio divulgado hoy por el estatal Instituto de Investigación Económica Aplicada (IPEA). El informe recoge que, entre 2008 y 2012, el número de familias que poseía un automóvil, una motocicleta o ambas aumentó en 8 puntos porcentuales, pasando del 46 % al 54 %. El estado que presenta un porcentaje más alto es el de Santa Catarina, donde el 74 % de sus residencias tiene en el garaje al menos un automóvil o una moto. El porcentaje de residencias motorizadas en Sao Paulo, el estado más rico y poblado de Brasil, se ubica en el 64 %, mientras que en el de Río de Janeiro un 41 % de las familias tiene vehículo. Según el estudio, de las 62,8 millones de residencias en Brasil en 2012, 21,3 millones (34,0 %) tienen automóvil en el garaje, 7,3 millones (11,6%) tienen motocicleta y 5,3 millones (8,5 %) cuentan con automóvil y moto. La presencia de motos es muy superior en las áreas rurales, en las que el 18,7 % de las residencias tiene automóvil, un 24,1 % motocicleta y un 9 %, automóvil y motocicleta. El porcentaje de residencias en zonas rurales con motocicleta (33 %) prácticamente dobla al de domicilios en áreas urbanas con coche (17,9 %). El IPEA también asegura en su informe que los brasileños invierten, en promedio, 30 minutos en llegar a su trabajo, tiempo que es superior entre los ciudadanos más pobres. Aún así, de entre los brasileños en condición de extrema pobreza, un 58 % demora menos de 30 minutos en llegar a su trabajo. Ello significa, según IPEA, que por su situación económica no pueden pagar un billete de metro o de autobús, además de sufrir los problemas de movilidad que existen en sus barrios, y por ese motivo, agrega el estudio, sólo optan por empleos ubicados cerca de su domicilio. El informe concluye que la tendencia de aumento de los vehículos privados en Brasil es inevitable, dadas las mejoras salariales que están experimentando sus ciudadanos. Ello, según las mismas fuentes, generará una mudanza en la movilidad y exigirá inversiones importantes por parte de la administración en la mejora de las infraestructuras.
Brasil Econômico (SP): Mais tempo para ir ao trabalho Estudo do Ipea mostra que 18% dos brasileiros levam mais de uma hora para chegar ao emprego. Situação só piora Por Claudio de Souza Como aumento da frota de carros e motos no país, os brasileiros já perceberam que os engarrafamentos nas grandes cidades brasileiras vêm piorando. Agora, a prova e o tamanho do problema estão em um estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) que mostra que, nos últimos 10 anos, o tempo gasto nos deslocamentos de casa para o trabalho nas regiões metropolitanas do país aumentou 12,1%, chegando a 40,8 minutos em média. Além disso, 18,6% dos trabalhadores já gastam mais de uma hora neste trajeto. “Essa tendência de aumento do tempo perdido é fruto da política que privilegiou o transporte privado, congelando preço da gasolina e dando incentivo fiscal para a venda de carros. Os investimentos em transporte público não foram suficientes para inverter essa tendência”, diz o pesquisador Carlos Henrique Carvalho, um dos autores do trabalho, que usou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE. Carvalho lembra que esse tempo médio de deslocamento é puxado para baixo pelos mais pobres, que, por não terem o dinheiro para o transporte público, são obrigados a conseguir trabalho em locais próximos à residência para ir a pé ou de bicicleta. Por isso, 58% dos mais pobres (faixa de renda de até um quarto do salário mínimo per capita) gastam menos de 30 minutos no trajeto para o trabalho. “Esse dado do IBGE inclui todos os deslocamentos motorizados ou não”, explica. O estudo mostra também a ineficácia das políticas de auxílio transporte para as camadas mais pobres. De acordo com a PNAD, apenas 11% das pessoas extremamente pobres recebem vale-transporte. “As classes baixas têm os maiores percentuais de informalidade no trabalho, de forma que a política do vale-transporte não atinge justamente quem mais precisa”, ressalta o estudo. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro apresentou o pior resultado do país. A média do tempo gasto nos deslocamentos de casa para o trabalho ficou em47 minutos, um crescimento de 7,8% em relação à última PNAD, de 2002. O percentual de fluminenses que levam mais de uma hora no trajeto também foi o maior: 24,7%.A Grande São Paulo ficou em segundo lugar, com um tempo médio de 45,6 minutos. O crescimento, no entanto, foi maior: 19,6% desde 2002. O percentual de trabalhadores paulistas que levam uma hora ou mais no transporte é de 23,5%. Para Carvalho, do Ipea, o pior desempenho do Rio estaria ligado a motivos geográficos e históricos. “Historicamente, São Paulo investiu mais no transporte público. É só ver a malha de metrô dos paulistas e a dos cariocas, que é uma tripinha. Além disso, a distribuição geográfica de São Paulo é mais circular, o que permite que as pessoas morem mais perto do trabalho. O Rio é espremido entre o mar e a montanha”, explicou o pesquisador. O professor de Engenharia de Transportes da Coppe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rômulo Orrico, fez a ressalva que não conhece os dados do estudo, mas lembrou também que o Centro do Rio, grande pólo de trabalho, não fica no centro geométrico. Além disso, ele mencionou a maior rede de trens e metrô da capital paulista. Mais da metade dos lares já têm veículo próprio O aumento dos veículos privados nos últimos 10 anos mostram que os desafios para a mobilidade urbana no país só vão aumentar. A pesquisa do Ipea mostrou que mais da metade dos domicílios brasileiros (54%) já contam com pelo menos um automóvel ou uma motocicleta para o deslocamento dos seus moradores. Essa proporção, relativa a 2012, representa um aumento de nove pontos percentuais na comparação com 2008, quando 45% dos lares tinham um veículo particular. “Cada vez mais, os domicílios de baixa renda terão acesso ao veículo privado, já que metade deles ainda não tem automóvel ou motocicleta, e as políticas de incentivo à sua compra são muito fortes", diz o texto. Segundo o Ipea, resta ao poder público estabelecer políticas para mitigar os efeitos gerados pelo aumento do transporte individual, já que as tendências apresentadas corroboram a tese de piora das condições de trânsito nas cidades brasileiras.
O Estado de S.Paulo (SP): Brasileiro leva em média 40 minutos para ir ao trabalho Por Lisandra Paraguassu / Brasília Mais da metade dos lares brasileiros tem, hoje, carros ou motos. Nos últimos quatro anos, esse número subiu 9 pontos por-centuais, chegando a 54% das residências. Mesmo assim, a população leva cada vez mais tempo para chegar ao trabalho. Os dados são do relatório Indicadores de Mobilidade Urbana, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), feito com base nos dados da Pesquisa Nacional por Afnostra de Domicílios (Pnad) de 2012, e mostram que, em média, os brasileiros gastam meia hora de casa ao trabalho. No entanto, esse tempo aumenta para 40 minutos nas áreas metropolitanas. "Nos últimos 20 anos, os tempos de viagem nas Regiões Metropolitanas tiveram um crescimento três vezes maior do que o dos trabalhadores das áreas não metropolitanas, mostrando que os problemas de mobilidade se agravaram intensamente e as obras de mobilidade até então não foram suficientes para melhorar as condições de deslocamento", revela o Ipea. O relatório aponta que esse problema pode ser causado, também, pelo crescimento das cidades, que levam os moradores, especialmente aqueles de baixa renda, para cada vez mais longe dos seus empregos. O estudo mostra, ainda, que a fatia mais pobre da população é a mais afetada pela falta de políticas públicas. Apenas 11% das pessoas com renda per capita de até 1/4 de salário mínimo têm acesso a vale-transporte, por exemplo, o que limita seu acesso a vagas de trabalho formais e melhor remuneradas. "A política do vale-transporte não atinge justamente quem mais precisa", diz o texto.
Correio Braziliense (DF): De volta às ruas e com a mesma pauta Movimento Passe Livre promete ocupar hoje as avenidas de pelo menos 16 cidades para pedir tarifa zero e melhorias no transporte. Ipea revela que brasileiro perde, em média, 41 minutos para chegar ao trabalho nas capitais Por ANDRE SHALDERS, PAULO DE TARSO LYRA e DANIELA GARCIA Quatro meses depois das manifestações que começaram com um protesto contra aumento de tarifas no Rio e em São Paulo, os integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) voltam às ruas hoje na capital paulista e em outras 15 cidades para pedir a tarifa zero universal e melhoria no transporte. Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que os brasileiros dos grandes municípios levam, em média, quase 41 minutos para chegar ao trabalho. O mesmo levantamento aponta que, quanto mais humilde a parcela da população, mais aumenta o drama. Entre as pessoas com renda per capita de meio a um salário mínimo, 17% passam pelo menos uma hora no deslocamento casa–trabalho. Essa proporção é seis pontos percentuais superior à registrada nas famílias mais ricas (acima de cinco salários mínimos). Apesar de o problema persistir, o governo federal garante que fez sua parte. Durante a solenidade comemorativa pela sanção do Mais Médicos, a presidente Dilma Rousseff lembrou que a cerimônia era realizada exatos 120 dias depois do pronunciamento feito por ela, em cadeia de rádio e televisão, para firmar os cinco pactos de ação com governadores e prefeitos. “Esses pactos respondiam às demandas dos movimentos de junho, e convergiam com aquilo que o governo considerava que eram as grandes questões que precisavam urgentemente de atenção do país. E eu queria, primeiro, dizer para vocês que, nesses exatos quatro meses, o que propomos vem se tornando progressivamente realidade”, afirmou a presidente. Dilma repetiu a tese ontem durante entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais. “A presidente Dilma concatenou com perfeição essa semana. Em dois momentos, disse que o governo vem se empenhando para implementar os cinco pontos prometidos à população. E hoje, estará em São Paulo para anunciar novas medidas”, afirma o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Ao lado do prefeito Fernando Haddad, Dilma anunciará recursos do PAC da Mobilidade Urbana para o metrô paulistano. Com base na pesquisa do Ipea, é preciso de fato muito investimento. O tempo médio gasto para chegar ao trabalho pelos habitantes das regiões metropolitanas atingiu 40 minutos e 48 segundos — a média, no Brasil, é 30 minutos e 12 segundos. As capitais do Norte e Nordeste foram as que mais pioraram nas condições de tráfego. Belém, Salvador e Recife apresentaram, entre 1992 e 2012, taxas de crescimento do tempo de viagem de 35%, 27,1% e 17,8%, respectivamente. Por isso, os manifestantes voltam às ruas hoje. O Movimento Passe Livre organizou, ao longo desta semana, uma jornada de atividades em todo o país, com protestos marcados para o fim da tarde de hoje em Natal, São Luís, São Paulo, Brasília e Joinville (SC). Os protestos mais intensos são esperados na capital paulista, onde o movimento vem realizando atos ao longo da semana. “O evento do protesto no Facebook já tem 6 mil pessoas confirmadas, mas isso é imprevisível. Como estamos fazendo mobilizações durante toda a semana em várias cidades, a expectativa é de um ato grande”, afirma a militante Monique Félix, de 27 anos. A concentração para o protesto começa às 17h, no Theatro Municipal, no centro. “Tudo o que se conquistou aqui na cidade é resultado das manifestações. Além da revogação do aumento, tivemos a criação dos corredores exclusivos para os ônibus”, enumera ela. A luta pela revogação do aumento nas passagens de ônibus, em São Paulo e em outras cidades, foi o estopim das manifestações de junho. Na noite de ontem, o MPL realizou protestos em Florianópolis, São José dos Campos (SP), Vitória e em Campo Limpo, na grande São Paulo. Em Brasília Além da tarifa zero, o protesto de Brasília também levará pautas locais para a rua. “Também estamos reivindicando o transporte público 24 horas e a participação da população na gestão do sistema”, diz o cinegrafista Clede Pereira, de 20 anos. A concentração para a manifestação começa às 17h, na Rodoviária do Plano Piloto. Alguns dos atos do movimento ao longo da semana terminaram em conflitos entre a polícia e os manifestantes. Na Zona Sul de São Paulo, o protesto de quarta-feira resultou na prisão de 22 das 400 pessoas que participaram da protesto, segundo a PM de São Paulo. De acordo com a polícia, uma agência bancária, uma banca de jornais e um veículo acabaram depredados. Para o MPL, foram os policiais que começaram o quebra-quebra. “A polícia agiu antes que qualquer um fizesse qualquer coisa. Eles usam a depredação e os confrontos como pretexto para acabar com uma manifestação que poderia ter sido pacífica”, diz o estudante Mateus Hotimsky, de 19 anos, que participou do ato. No mesmo dia, também houve violência no protesto do MPL no Recife, quando um ônibus foi incendiado. Projeto parado Depois do impulso inicial em junho, os projetos sobre transporte público avançam a passos lentos no Congresso. Logo após os protestos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), lançou um projeto que cria o passe livre estudantil em âmbito nacional. Pela proposta, o benefício seria custeado com os royalties da exploração de petróleo na camada pré-sal. A proposta veio em um momento em que o PMDB, incomodado com a pressão feita pela presidente Dilma Rousseff em relação à reforma política, queria passar uma imagem positiva para cobrar o Planalto e cacifar-se perante a opinião pública. Mesmo com o componente político e tramitando em regime de urgência, a proposta continua parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde aguarda, desde o começo de agosto, o parecer do relator Vital do Rêgo (PMDB-PB). Na Câmara, um projeto com o mesmo objetivo, de autoria do ex-deputado Paulo Tadeu aguarda parecer na Comissão de Educação. A Casa também analisa a PEC 90/2013, de autoria da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que pretende elencar o transporte entre os direitos sociais previstos na Constituição Federal. (AS e PTL) ESTUDO O Ipea divulgou ontem um levantamento sobre a mobilidade urbana no país. Confira alguns dados: 40 minutos e 48 segundos Tempo médio que o brasileiro que vive em grandes cidades gasta para ir de casa até o trabalho. Em 1992, o índice estava em 36 minutos e 24 segundos. 18,6% Percentual da população das grandes cidades que gasta mais de uma hora para chegar no serviço. Em 1992, 14,6% dos moradores das áreas metropolitanas perdiam mais de 60 minutos no deslocamento. Cronologia Março Os primeiros protestos começaram no dia 27 contra o aumento de tarifa em Porto Alegre. Três dias depois, 50 estudantes protestam contra o aumento de tarifa em Manaus Maio Depois de um mês de tranquilidade, os protestos recomeçaram, principalmente em Goiânia. No dia 8, 200 pessoas protestaram contra o aumento de tarifas. No dia 16, esse número cresceu para mil. Três dias depois, o MPL organizou um protesto durante a virada cultural em São Paulo. No dia 20, um atraso de ônibus gera quebra-quebra em Goiânia. No dia 28, o MPL organiza uma vigília em frente à Prefeitura de São Paulo. Junho É o ápice dos protestos. Logo no dia 3, estudantes protestaram contra aumento de tarifa em São Paulo e no Rio de Janeiro. No dia 6, cinco mil pessoas fecham a Avenida Paulista contra nova tarifa. No Rio, no dia 13 (foto), protesto leva a confronto com a Polícia Militar. O primeiro momento de nacionalização dos protestos ocorre no dia 17, quando mais de 270 mil protestam em 30 cidades. No dia seguinte, cerca de 110 mil pessoas protestam em pelo menos 40 cidades. A prefeitura de São Paulo é depredada em protesto. Em outras 30 cidades, 140 mil pessoas vão às ruas. O ponto máximo das manifestações acontece em 20 de junho. Atos reúnem 1,4 milhão de pessoas em mais de 130 cidades. Em Ribeirão Preto (SP), homem atropela e mata manifestante. Em Belém (PA), gari atingida por gás morre após protesto. No dia seguinte, 160 mil pessoas protestam em quase 90 cidades. No dia 26, em Belo Horizonte, 50 mil pessoas protestam antes da semifinal da Copa das Confederações entre Brasil e Uruguai. Um manifestante morre. No dia 30, data da final da Copa das Confederações entre Brasil e Espanha, cerca de 9 mil protestam em 18 cidades, incluindo o Rio de Janeiro, palco da final.
Folha.Com (SP): Classe média é a que perde mais tempo para ir ao trabalho A classe média, que comprou veículos com a melhoria da renda, está enfrentando mais engarrafamentos. E os trabalhadores muito pobres e os muito ricos são os que gastam menos tempo no deslocamento casa-trabalho. É o que aponta pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) com base em dados de 2012 da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio). Segundo o estudo, a faixa de renda onde há a maior proporção de trabalhadores que gastam mais de 30 minutos até o trabalho é a de um a dois salários mínimos por pessoa. A parcela é de 57%. Na faixa anterior, de meio a um salário mínimo, 55% levam esse tempo. "A nova classe média é que está tendo impacto no tempo de viagem", afirma Carlos Henrique de Carvalho, um dos autores da pesquisa. No caso dos que ganham menos de 1/4 de salário mínimo por pessoa no domicílio, 58% gastam menos de 30 minutos nesse deslocamento. Esse percentual é semelhante aos que ganham mais de 5 salários mínimos (56%). A explicação é que os muito ricos podem morar perto do trabalho e, por isso, gastam pouco tempo nesse trajeto. Já para os muito pobres, o indicador é sinal de "imobilidade" --ficam restritos a trabalhos apenas muito próximos de suas residências. Pelos dados, os muito pobres são os que menos têm acesso ao vale transporte (só 12% recebem) contra a média de 40% no país. "Quem mais precisa é quem menos recebe", afirma Carvalho. MAIS CARROS A pesquisa aponta ainda que o tempo de deslocamento casa-trabalho nas regiões metropolitanas do país aumentou em 12% entre 1992 e 2012. O tempo médio saiu de 36,4 minutos para 40,8. As hipóteses da pesquisa são duas: as regiões metropolitanas podem ter ficado mais espalhadas, aumentando o tempo necessário ao deslocamento, e houve um aumento do número de famílias com veículos, o que agravou os engarrafamentos. Esse aumento de número de veículos foi registrado principalmente entre as famílias mais pobres e no Norte/Nordeste do país. Pela primeira vez, mais de 54% das famílias têm algum veículo em casa. "É o sonho de toda família ter uma casa própria e um carrinho na garagem, como o próprio presidente Lula falava que era o sonho dele", afirmou Carvalho. Para ele, serão necessários grandes investimentos em mobilidade urbana em cidades que têm baixa capacidade fazer obra. Nas famílias mais pobres (até 1/4 de salário mínimo por pessoa), o percentual de casas com veículos chegou a 28% em 2012 --na pesquisa de 2008, eram 16%. Já nas famílias com mais de cinco salários mínimos de renda, o percentual é de 88% e cresceu só dois pontos percentuais nesse período. Nas regiões de metropolitanas de São Paulo e Rio, um quarto das pessoas leva mais de uma hora até o trabalho.
Diário de S.Paulo (SP): 64% dos paulistas têm carro ou moto em casa O total de domicílios do estado de São Paulo que tem à disposição carro ou moto chega a 63,7%. O percentual é maior do que a média brasileira, de 54%. O levamento foi feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplica) com dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Domicílio) de 2012. A proporção nacional representa um aumento de 9 pontos percentuais na comparação com 2008, quando 45% dos lares tinham um veículo particular. O automóvel continua sendo o principal veículo de posse das famílias. Em 45% dos lares urbanos há registro desse veículo, sendo que, na área rural, esse número cai para 28%. As motocicletas estão presentes em cerca de 20% dos lares brasileiros, percentual que tende a crescer rapidamente, principalmente nas camadas mais pobres, em razão dos menores preços dos veículos de baixa cilindrada. O problema da maior posse de motocicletas pelas famílias brasileiras é o correspondente aumento das vítimas de acidentes de trânsito. De acordo com os dados do Datasus, são mais de 12 mil mortes por ano de usuários de motocicletas - esse é o principal motivo de mortes por acidentes terrestres. tempo/ Cerca de 20% dos trabalhadores das regiões metropolitanas brasileiras gastam mais de uma hora por dia no deslocamento de casa para o local de trabalho. Considerando o conjunto de trabalhadores brasileiros, 10% levam mais de uma hora nesse trajeto e 65,9% gastam menos de meia hora. O Rio de Janeiro (24,7%) e São Paulo (23,5%) apresentam os maiores percentuais de trabalhadores que perdem mais tempo no percurso. Na região metropolitana do Rio, gasta-se em média 47 minutos e na de São Paulo, 45,6 minutos
Brasil Econômico (SP): Mais da metade dos lares já têm veículo próprio O aumento dos veículos privados nos últimos 10 anos mostram que os desafios para a mobilidade urbana no país só vão aumentar. A pesquisa do Ipea mostrou que mais da metade dos domicílios brasileiros (54%) já contam com pelo menos um automóvel ou uma motocicleta para o deslocamento dos seus moradores. Essa proporção, relativa a 2012, representa um aumento de nove pontos percentuais na comparação com 2008, quando 45% dos lares tinham um veículo particular. “Cada vez mais, os domicílios de baixa renda terão acesso ao veículo privado, já que metade deles ainda não tem automóvel ou motocicleta, e as políticas de incentivo à sua compra são muito fortes", diz o texto. Segundo o Ipea, resta ao poder público estabelecer políticas para mitigar os efeitos gerados pelo aumento do transporte individual, já que as tendências apresentadas corroboram a tese de piora das condições de trânsito nas cidades brasileiras.
Assista à íntegra da entrevista coletiva concedida pelos ministros Marcelo Neri (SAE/Ipea) e Aguinaldo Ribeiro (Ministério das Cidades)
Valor Econômico (SP): Sessão solene no Senado reúne Dilma, Lula, FHC, Sarney e Collor A presidente Dilma Rousseff cumprirá hoje duas agendas na companhia do antecessor Luiz Inácio Lula da Silva. Antes de viajar ao Paraná a presidente participará de sessão solene no Senado para homenagear os 25 anos da Constituição, celebrados no dia 5. No dia 9, a presidente compareceu ao plenário da Câmara para sessão semelhante, na qual foi homenageada juntamente com os demais chefes de Poderes e deputados constituintes. Serão homenageados os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Fernando Collor. Os atuais senadores que participaram da Assembleia Nacional Constituinte também serão homenageados, assim como artistas que mobilizaram o povo pela convocação da Constituinte. Com a ida ao Senado hoje será a terceira vez que Dilma faz um gesto político ao Congresso Nacional atendendo pessoalmente a convites dos parlamentares. Em agosto, a presidente foi ao Congresso para receber o relatório final da comissão mista que investigou casos de violência contra a mulher. No início dos trabalhos legislativos deste ano, em outro contexto político, coube à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a leitura da mensagem presidencial. Ainda hoje, o ex-presidente Lula receberá outra homenagem da Câmara, que lhe concederá a medalha Suprema Distinção, criada para reconhecer serviços relevantes prestados por autoridades e personalidades públicas. O ex-presidente Lula comemorou 68 anos no domingo. Ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff participará amanhã de cerimônia no Museu da República, em Brasília, para celebrar os dez anos do programa Bolsa Família, principal vitrine da gestão PT. Na ocasião, será lançada a publicação "Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania", elaborada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Uma outra publicação com depoimentos de personalidades sobre os ganhos sociais dos últimos anos também será lançada. Em 15 de outubro, o governo brasileiro recebeu o Award for Outstanding Achievement in Social Security, prêmio da Associação Internacional de Seguridade Social (Issa, na sigla em inglês), em reconhecimento ao sucesso do Bolsa Família no combate à pobreza e na promoção dos direitos sociais da população mais vulnerável do país. Ontem, a presidente Dilma Rousseff aproveitou seu programa semanal de rádio "Café com a Presidenta" para comentar o leilão de Libra, ocorrido na última semana, e voltou a defender o modelo de licitação sob partilha. Dilma destacou que no próximo mês as empresas vão pagar R$ 15 bilhões à Agência Nacional do Petróleo (ANP), referentes ao bônus de assinatura, e assegurou que o regime de partilha continuará nos próximos leilões, por considerar que esse modelo garante "um equilíbrio justo" entre interesses do povo brasileiro, da Petrobras e das empresas estrangeiras que também vão investir na exploração dos campos de petróleo. "Realmente nós estamos vivendo um momento histórico para o Brasil. Com esse leilão, demos um grande passo para a exploração do petróleo no pré-sal, usando um novo modelo, chamado modelo de partilha", afirmou a presidente, destacando a estimativa de 8 a 12 bilhões de barris de petróleo "de excelente qualidade" em Libra.
Assista à integra da coletiva de divulção do Comunicado n° 161 - Indicadores de mobilidade urbana da PNAD

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