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Estado de São Paulo (SP): Os lixões resistem A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) anunciou que pouco mais de 9% das cidades brasileiras concluíram a primeira fase do processo de eliminação dos lixões existentes no País, elaborando um Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (Pgirs). Até agosto, esses depósitos a céu aberto, construídos sem nenhum cuidado com o meio ambiente, deverão estar desativados, conforme determina a Lei 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Os municípios devem entregar seus planos neste ano para terem acesso ao financiamento necessário para a construção de aterros sanitários, ambientalmente adequados para o manejo de rejeitos, assim como para a implantação de coleta seletiva, compostagem e educação ambiental. Tais planos têm de considerar a responsabilidade compartilhada e os acordos setoriais, necessários para a instalação da logística reversa, que permite a coleta e a devolução dos resíduos sólidos aos fabricantes e distribuidores de produtos poluentes. O Brasil produz diariamente 240 mil toneladas de lixo e 70% desse volume é destinado aos lixões. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ainda estão em funcionamento mais de 2,9 mil lixões no País localizados em 2,8 mil municípios. Apenas 18% das cidades brasileiras contam com programas oficiais de coleta seletiva, que, em sua quase totalidade, são pouco abrangentes. São Paulo, a cidade mais rica do País, tem uma política e um plano de metas desenhados para, no prazo de 20 anos, reduzir a apenas 13% os dejetos encaminhados aos aterros - hoje, 98% dos resíduos são levados para esses locais e somente 2% são reciclados. A capital paulista produz pelo menos 15 mil toneladas de resíduos sólidos por dia e, apesar de destinar 5% do seu orçamento aos serviços de coleta seletiva, a reciclagem do lixo seco e a compostagem dos orgânicos são insignificantes. Desde o governo Luíza Erundina, em meados dos anos 80, anuncia-se que a taxa de lixo reciclado em São Paulo é de 2%. Nos pequenos e médios municípios, onde não existe nem mesmo um esboço do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, falta apoio técnico do governo federal, segundo o relator do projeto que deu origem à lei, senador Cícero Lucena (PSDB-PB). Outros parlamentares já defendem a ampliação dos prazos para evitar que as prefeituras sejam punidas com a suspensão dos repasses federais, uma das sanções previstas pela lei. O tema ficou por 20 anos em discussão no Congresso e o projeto que estabelece a política nacional de resíduos sólidos foi sancionado em 2010. Ou seja, houve tempo de sobra para perceber que esse assunto se tornaria prioritário na agenda dos administradores municipais e que, portanto, toda prefeitura deveria ter uma política para o setor. Há 33 anos, quando a Política Nacional de Meio Ambiente foi estabelecida, os lixões foram proibidos em todo o território nacional. O que está em questão é a teimosa resistência dos administradores a cumprir sua obrigação. Eles nem sequer tentaram fazer o que era mais fácil e barato - o plano de gestão de resíduos. A Confederação Nacional dos Municípios critica o governo federal por não oferecer apoio técnico e financeiro para as prefeituras. Segundo a entidade, os custos para atender à lei passam de R$ 70 bilhões, o que é contestado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Ela acredita serem suficientes R$ 7 bilhões para o fechamento dos lixões e a instalação e operação dos aterros. Há mais de três décadas, esse compromisso é adiado com o argumento de que os municípios não têm recursos, ou que os prazos dados para o cumprimento das etapas são curtos. Nesse tempo, as prefeituras poderiam ter buscado parcerias com o setor privado para acelerar esse processo. Junto com os governos estaduais também poderiam ter criado incentivos fiscais tanto para as indústrias que se dedicam a reciclar materiais reaproveitáveis quanto para as que deles se utilizam.
O Globo (RJ): Especialista analisa queda do desemprego: 'São muitas razões ao mesmo tempo' O coordenador de mercado de trabalho do Ipea, Gabriel Ulyssea, diz que os jovens estão adiando a busca do primeiro emprego Como explicar um mercado de trabalho tão bom num país que cresce pouco? A gente não sabe como nem o porquê isso acontece, temos apenas algumas explicações possíveis. Uma das mais importantes é a queda na taxa de participação, ou seja, de pessoas que trabalham ou procuram emprego. Há uma queda de participação dos jovens que está associada ao retardo na entrada no mercado e a maior escolarização, o que é ótimo. Também tem o jovem que não está no trabalho nem na escola formal, o que é ruim, mas acho que o aumento da escolarização predomina. A queda da participação geral é preocupante e a dos menos escolarizados, mais ainda. As pessoas com pouca formação escolar são destaque no grupo dos que preferem ficar em casa? Há uma queda muito forte entre os trabalhadores com menos de quatro anos de estudo em todas as faixas de idade. Isso pode ser um efeito indesejável do aumento do salário mínimo. A gente não sabe de onde vem a renda desses trabalhadores, se dos outros membros da família ou de programas de transferência de renda, mas a taxa de desemprego entre eles é baixíssima. O salário mínimo e os benefícios de prestação continuada também podem influenciar na queda de participação dos mais velhos. São várias razões ao mesmo tempo. A baixa taxa de participação das mulheres também preocupa, porque elas são um grupo extremamente importante e apenas 49% delas trabalham, contra 59% nos Estados Unidos, por exemplo. Como a renda influencia a decisão de trabalhar? A renda influencia dos dois lados. A alta da renda incentiva as pessoas a participarem do mercado de trabalho, porque os salários estão bons. Por outro lado, como no geral as famílias ficaram mais ricas, isso pode permitir que o jovem se eduque mais, que o idoso deixe de trabalhar ou que a mulher decida ficar em casa.
Folha de São Paulo (SP): Desemprego cai para menor nível em 2013; alta da renda desacelera Apesar do fraco crescimento da economia em 2013, a taxa de desemprego das seis maiores regiões metropolitanas do país caiu para 5,4% na média no ano, a menor da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, iniciada em 2002. Em 2012, a taxa foi de 5,5%. Em dezembro, o desemprego ficou em 4,3%, menor patamar do indicador mensal. A renda, no entanto, não cresce mais com o vigor de antes. O rendimento médio em 2013 ficou em R$ 1.929,03, alta de apenas 1,8% sobre 2012, a menor desde 2005. No ano anterior, o avanço sobre 2011 alcançara 4,1%. De novembro para dezembro, houve queda de 0,7% na remuneração dos trabalhadores. A desaceleração resulta da freada do crédito para o consumo, do menor reajuste do salário mínimo, da confiança reduzida de empresários, além de inflação (que corrói a renda) e juros mais altos. Segundo Adriana Araújo, técnica do IBGE, a inflação mais elevada teve "impacto" na evolução do rendimento em 2013. Para a LCA, porém, a "perda de fôlego" da inflação acumulada em 12 meses a partir de julho "contribuiu para estancar o movimento de perda real" dos salários. Diante disso, a criação de novas vagas perdeu força e avançou somente 0,7% em 2013, chegando a um contingente de 23,3 milhões de ocupados nas seis regiões. Trata-se do menor crescimento desde 2009, ano mais agudo da crise global, quando o ritmo de expansão igualou o do ano anterior. Os números do IBGE indicam que a pequena redução da taxa de desemprego se deu pela menor procura de trabalho, pois não foram criadas vagas em quantidade expressiva. "O arrefecimento do mercado de trabalho já vinha ocorrendo e se intensificou no final do ano. É um movimento natural numa economia que cresce pouco há três anos", diz Gabriel Ulyssea, economista do Ipea. SÃO PAULO FREIA Principal mercado de trabalho do país, São Paulo teve taxa de desemprego média em 5,9% em 2013, praticamente estável em relação aos 6% de 2012. Mas, por concentrar 42% de todos os ocupados nas seis regiões pesquisadas pelo IBGE, São Paulo puxou para cima a taxa média do desemprego. O emprego cresceu pouco na maior metrópole do país --0,8% em 2013, ante 1,7% em 2012. Tal fenômeno impediu uma redução mais firme do desemprego, segundo o IBGE. NOVA PESQUISA O ano de 2014 será o último da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. Paralelamente, ocorre a coleta dos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio). Contínua, cuja abrangência chega a 3.500 cidades. As pesquisas não são comparáveis devido à mudança metodológica e de abrangência.
Folha de São Paulo (SP): Entre domésticos, renda sobe mais, mas ocupação cai Mais bem remunerados e mais escassos. Essa é a realidade dos empregados domésticos, cujo rendimento subiu 6,2% em 2013. O percentual supera em mais de três vezes a variação média da renda do conjunto de trabalhadores das seis maiores regiões metropolitanas do país --1,8%. Sob impacto da PEC das domésticas, que ampliou direitos trabalhistas e custos de contratação, também caiu o emprego da categoria: 7,7% em 2013, ritmo mais acelerado do que em anos anteriores. Para Gabriel Ulyssea, economista do Ipea, a mudança na legislação intensificou uma tendência de redução do trabalho doméstico já registrada nos últimos anos. Esse movimento, diz, já ocorria diante de mais ofertas de emprego em comércio e serviços, que demandam trabalhadores menos qualificados o perfil do empregado doméstico, em geral. A esse "assédio", afirma, somou-se a PEC, editada em maio de 2013, que introduziu direitos como FGTS e outros. Os benefícios, diz, são "desejáveis", mas trazem mais custos para as famílias --que, em muitos casos, abriram mão da empregada ou a substituíram por uma diarista. A saída de trabalhadores da categoria fez o peso dos serviços domésticos no total de trabalhadores cair de 7,6% em 2003 para 6,1% em 2013. Para Cimar Azeredo Pereira, do IBGE, o aumento da renda e a menor proporção de domésticos que somam 1,4 milhão nas maiores metrópoles do país são um "avanço". Ainda assim, o coordenador do instituto ressalta a informalidade da categoria, que caiu nos últimos anos, continua elevada e atingia a maioria (58,8%) do trabalhadores em 2013. MAIOR FORMALIZAÇÃO O mesmo não ocorreu com o total dos ocupados. A tendência de formalização do mercado de trabalho se intensificou em 2013 e, pela primeira vez, os trabalhadores com carteira superaram a metade dos ocupados. Desde de 2003, há um avanço quase que contínuo na formalização do mercado de trabalho das grandes metrópoles, impulsionado pelo crescimento econômico, por uma maior fiscalização dos órgãos oficiais e pela restrição na oferta de mão de obra para várias categorias. Outro estímulo, dizem analistas, vem da concessão de crédito às empresas atrelada ao cumprimento das regras trabalhistas. Segundo o IBGE, os 11,6 milhões de empregados formais do setor privado correspondiam a 50,3% do total de ocupados em 2013. Em 2012, o percentual era menor: 49,2%. Em 2011, havia sido de 48,5%. Em 2003, apenas 39,7% dos trabalhadores eram formais. Ou seja, em uma década, houve uma expansão de mais de dez pontos percentuais dos trabalhadores com carteira. Para Ulyssea, o crescimento da formalização --que ainda é baixa no Brasil-- pode entrar numa fase de estabilidade diante do menor ritmo de expansão das contratações com carteira. Outro foco de preocupação é a tendência de retração do emprego na indústria, setor mais formal da economia. "Os empresários no setor industrial têm mostrado menor intenção de gerar emprego", diz Aurélio Bicalho, economista do Itaú.
Valor Econômico (SP): O "S" do BNDES é de social ou é de setor público? Mansueto Almeida Antes de entrar na tese deste artigo, faço uma ressalva. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e "Social" (BNDES) tem uma das burocracias mais competentes do setor público brasileiro e acho, inclusive, que as concessões no Plano de Investimentos em Logística (PIL) teriam ocorrido de forma mais rápida se o BNDES estivesse, desde o início do governo, envolvido de forma mais direta no planejamento e estruturação do PIL. Feita a ressalva, alguns analistas, entre os quais me incluo, têm criticado algumas das operações de empréstimos do BNDES desde 2009. Mas há que se ter em mente que: 1- vários funcionários do próprio banco também são críticos de algumas dessas operações; 2- a equipe técnica do banco garantiu que as operações fossem cercadas de garantias e que passassem por análises técnicas criteriosas; e 3- muitas das operações do BNDES foram impostas a ele, em especial, empréstimos do banco para empresas estatais e para o setor público, que é o tema deste artigo. Pode-se afirmar baseado na história recente do BNDES que, até 2008, o banco nunca teve uma preocupação especial com a Petrobras ou com a Eletrobras. Essas empresas eram clientes potenciais como outras grandes empresas. No entanto, desde 2008, houve um esforço coordenado pelo governo federal para garantir que essas empresas passassem a ter junto ao BNDES um tratamento diferenciado. Isso não foi uma decisão do BNDES, mas sim do seu controlador, o governo federal, com base em várias resoluções aprovadas no âmbito do Conselho Monetário Nacional (CMN). Por exemplo, a Resolução do CMN nº 3.615 de 30/09/2008 passou a excluir do limite de exposição do BNDES ao setor público os empréstimos à Petrobras. Adicionalmente, a mesma Resolução passou a considerar os empréstimos do banco para empresas do grupo Petrobras como empresas independentes para fins de apuração do limite de risco prudencial em relação ao patrimônio líquido de referência. Um dos resultados dessa maior liberdade na relação BNDES e Petrobras foi não só o aumento dos empréstimos do banco para a estatal, mas também o uso indevido, porém legal, que se fez das duas empresas públicas para gerar R$ 25 bilhões de caixa para o Tesouro Nacional em 2010. Por ocasião da capitalização da Petrobras, em 2010, o BNDES foi "forçado" a aumentar o seu endividamento em R$ 25 bilhões para comprar ações da Petrobras. A Petrobras, por sua vez, utilizou este recurso para pagar à vista parte da capitalização efetuada pelo Tesouro Nacional, uma operação desnecessária para a Petrobras, pois o Congresso Nacional havia estabelecido que o pagamento se daria por meio do aumento da participação do governo federal na petrolífera, sem a necessidade de aumentar o endividamento do BNDES com o intuito de "gerar caixa" para a Petrobras. O mesmo tratamento diferenciado dado à Petrobras foi depois ampliado para a Eletrobras. Novamente, se fez uso do BNDES para comprar dividendos que o Tesouro tinha a receber da Eletrobras - R$ 3,5 bilhões e R$ 1,4 bilhão, em 2009 e 2010, respectivamente. Adicionalmente, em 2013, o banco emprestou R$ 2,5 bilhões para a estatal, que utilizou parte desses recursos para pagar dividendos ao Tesouro Nacional. Não se pode achar que o corpo técnico do BNDES tivesse algum interesse nessas operações. A exposição excessiva do BNDES à Petrobras e Eletrobras é do interesse do governo federal, que compensa com crédito subsidiado problemas de caixa de suas estatais decorrente de política de controle de preços dos combustíveis e redução forçada do preço da energia, além de viabilizar o recebimento de dividendos. Por fim, recentemente, o governo federal passou a utilizar o BNDES como braço financeiro de empréstimos para Estados da federação. Dos dez maiores empréstimos diretos do BNDES em 2013 (até setembro), há apenas uma única empresa privada (Supervia) e outra privada com participação de empresas estatais (Santo Antônio Energia S/A). Todos os demais foram empréstimos para estatais (Petrobras, Eletrobras e Sabesp) e para Estados da Federação, com destaque para: Maranhão (R$ 3,8 bilhões); Rio de Janeiro (R$ 3 bilhões); Santa Catarina (R$ 3 bilhões); Bahia (R$ 1,5 bilhão) e Amapá (R$ 1,4 bilhão). Nos últimos dois anos, o BNDES emprestou mais de R$ 32 bilhões para Estados da Federação e mais de R$ 9 bilhões para bancos estatais, com destaque para o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. É este o papel que se espera do BNDES? Emprestar para Estados e para outros bancos públicos? O resultado do aumento dos empréstimos do BNDES para Estados, mesmo que para o objetivo meritório de aumentar o investimento público, foi a queda do resultado primário desses entes da federação. Assim, é fato que o não cumprimento da meta de resultado primário dos Estados e municípios, em 2013, foi resultado de uma ação planejada do governo federal que ocorreu simultaneamente em três frentes: 1- forte aumento dos empréstimos do BNDES para Estados; 2- desonerações de impostos compartilhados com Estados e municípios; e 3-atraso no repasse de receitas do caixa do governo federal para Estados e municípios. Se em 2009 e 2010, o debate sobre o papel do BNDES concentrou-se na promoção dos "campeões nacionais", o debate agora passa a ser a captura do BNDES pelo setor público, uma captura que aparece no uso crescente de bancos públicos, inclusive a Caixa Econômica Federal, para emprestar de forma direta ou indireta para o setor público e empresas estatais. É preciso questionar o custo-benefício dessa relação e quais empréstimos são de fato legítimos e não simples socorro a empresas. Em um país no qual o governo federal goza de uma ampla liberdade de endividamento, a relação espúria entre bancos públicos, setor público e empresas estatais é, em geral, desastrosa tanto para o contribuinte quanto para o crescimento sustentável da economia. Mansueto Almeida é economista e pesquisador do Ipea. O artigo não reflete a opinião do instituto.
Monitor Mercantil (SP): Vendas de máquinas têm queda de 5,7% CRESCIMENTO DO SETOR SE LIMITA ÀS NEGOCIAÇÕES COM O AGRONEGÓCIO O faturamento da indústria brasileira de bens de capital mecânicos recuou 5,7% em 2013, em nrelação ao ano anterior. A informação é de levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). As vendas no ano passado movimentaram volume financeiro de R$ 79,079 bilhões. Em 2012, o segmento já registrara recuo de 3,4%. Em dezembro, o faturamento com as vendas ao mercado interno de máquinas e equipamentos recuou 9,5% em relação a novembro. O volume financeiro no último mês de 2013 ficou em R$ 5,5 bilhões. “Víamos claramente uma fragilidade no crescimento da demanda por bens de capital no ano passado, que esteve associada a equipamentos de transportes (caminhões) e máquinas agrícolas (principalmente, tratores). Os números da Abimaq desmistificam o suposto desempenho favorável”, analisa o economista Leonardo de Carvalho, do Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea). Carvalho aponta para a deterioração da confiança dos empresários industriais e, particularmente, dos produtores de bens de capital. O pessimismo da indústria em relação à demanda, que começou a aumentar no segundo semestre de 2013, impacta as intenções de investimento privado, a formação bruta de capital fixo (FBCF), que tem reflexo direto nos bens de capital. Carvalho reconhece que a recente depreciação do câmbio poderia influenciar positivamente os investimentos da indústria exportadora, no entanto ressalva: “Existem sérias dúvidas sobre qual seria o câmbio necessário para que isso fizesse efeito relevante. Já estamos quase em R$ 2,40 e ada aconteceu até agora”, salientou o especialista.
Folha de São Paulo (SP): Desemprego tem o menor nível histórico Taxa cai a 4,3% em dezembro, a menor em 11 anos, e fecha 2013 em 5,4%. Renda do trabalhador sobe só 1,8% A taxa de desemprego medida pelo IBGE nas seis maiores regiões metropolitanas do pais terminou o ano passado em 5,4%, a mais baixa da série histórica da pesquisa, iniciada em 2002. E foi ainda menor em dezembro, 4,3%, também a mínima histórica. Já o salário médio do trabalhador aumentou apenas 1,8%, menos da metade dos 4,2% de 2012, no menor ganho desde 2005. Uma das explicações é a inflação, que corroeu parte dos ganhos dos trabalhadores. Entre novembro e dezembro, o rendimento caiu 0,7% e fechou o ano em RS 1.966,90. Os dados captados pela Pesquisa Mensal de Emprego mostram as contradições de um mercado de trabalho que se mantém aquecido, apesar do baixo crescimento da economia. Para os especialistas, a principal razão da queda do desemprego foi a menor procura por vagas. Enquanto o contingente de pessoas em idade de trabalhar aumentou 1% no ano passado, a parcela deste grupo que não trabalhava e nem procurava emprego cresceu ainda mais: 1,6%. Em 2012, esse aumento foi de 0,6%. — Se há menos pessoas procurando vagas, o mercado de trabalho fica menos pressionado. Isso faz com que a taxa de desocupação tenha uma redução, porque ela pode cair pela geração de vagas ou por uma menor pressão por parte das pessoas buscando trabalho — diz Adriana Berenguy, economista do IBGE. Os dados indicam que os jovens e as pessoas com mais de 50 anos são os brasileiros que mais estão deixando de trabalhar, mas a causa desse fenómeno ainda é uma incógnita. — Não tenho uma resposta. Pode ser que as mulheres estejam preferindo cuidar dos filhos ou é o jovem que está esmdando, e isso é positivo. Mas , também pode ser que os programas de transferência de renda estejam fazendo com que as pessoas prefiram ficar à toa, o que é ruim. No geral, é negativo porque tem um fator de produção chamado trabalho sendo subaproveitado — diz o economista José Márcio Camargo, professor da PUC. Para Gabriel Ulyssea, coordenador de mercado de trabalho do Ipea, o aquecimento do mercado de trabalho nimi país com baixo crescimento não se sustenta a longo prazo: — A renda do trabalhador está se estabilizando, o que já mostra um arrefecimento do mercado. É difícil as taxas baixarem mais. É um período de acomodação, mas em níveis incrivelmente bons. No twitter, a presidente Dilma Rousseff comentou os números que chamou de "impressionantes' Comparando os resultados atuais aos de 2003, ano em que o PT assumiu o governo, destacou o crescimento no número de trabalhadores com carteira assinada e o aumento da ocupação de jovens de 18 a 24 anos. São casos como os de Louise Cerqueira Feijó,18 anos, e Jhonatan Rodrigues, 20 anos. Ambos completaram o ensino médio e conseguiram seu primeiro emprego no ano passado. — Foi tudo muito rápido para mim. Terminei o ensino médio e consegui emprego — diz Louise. DESIGUALDADE SALARIAL RECUA O total de empregados com carteira assinada cresceu 2% e atingiu a taxa recorde de 50,3% dos traba- Trabalhadores do setor privado, contra 39,7% em 2003. As desigualdades salariais resultantes do sexo ou raça do trabalhador caíram, mas continuam grandes. Em dezembro de 2013, as mulheres ganhavam, em média, 73,6% dos salários dos homens e os pretos ou pardos recebiam 57,4% do valor pago aos brancos. Em 2003, a renda das mulheres era 70,8% da dos homens e o dos pretos e partos correspondia a 48,4% dos ganhos dos brancos. As empregadas domésticas tiveram o maior ganho salarial em 2013. O rendimento médio anual da categoria cresceu 6,2%, três vezes mais do que os demais trabalhadores. Os salários de dezembro frente 2012 mostram um avanço na renda do grupo de 8,2%, para R$ 843. Nessa mesma comparação, a renda média geral do país subiu 3,2%. •
Valor Econômico (SP): A anatomia de um PIB na mira do mercado É no sexto andar do número 500 da Avenida Chile, no Rio de Janeiro, que a soma de tudo que o Brasil produz vai ganhando forma e tamanho ao longo dos trimestres e dos anos. É ali que está instalada a coordenação de Contas Nacionais, nome pomposo dado ao Produto Interno Bruto (PIB). E é lá que ecoam, cada vez mais, observações, sugestões, críticas e alguns elogios à conta que praticamente superou a inflação no debate nacional. Primeiro veio o "Pibão", agora a fase é do "Pibinho", mas nunca se discutiu tanto como se colocam em uma única conta, três milhões de automóveis, 187 milhões de toneladas de grãos, US$ 7,7 bilhões em exportações de plataformas de petróleo e 12 milhões de internações hospitalares. Roberto Olinto trabalha no cálculo do PIB brasileiro desde 1987, quando a contabilidade foi transferida da Fundação Getulio Vargas (FGV) para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O tempo de casa, no entanto, é maior. Ele começou em uma área chamada de matriz insumo e produto - um pedaço do que mais tarde se transformaria nas contas nacionais -, há 33 anos. Engenheiro que trabalha em uma sala sem ar-condicionado porque outros engenheiros erraram algum cálculo por ali, Olinto lidera uma nova reformulação no cálculo da riqueza produzida a cada ano no país. O novo PIB só será conhecido no fim deste ano e trará a revisão dos dados desde 2010. O que significa dizer, por exemplo, que a alta de 7,5% do PIB registrada em 2010 pode ser revisada tanto para cima quanto para baixo. A ideia é incorporar novos dados às contas nacionais, como os gastos com pesquisas e desenvolvimento, que vão integrar a conta de investimentos. A revisão, contudo, não vai resolver todos os "problemas" apontados por diferentes analistas na conta do PIB. Muitos economistas, aliás, não apontam exatamente problemas, mas fazem questionamentos e sabem que o próprio IBGE partilha das suas preocupações. Em muitos casos, a informação que está no PIB é a mais atualizada existente, mas mesmo assim já ficou velha, e faltam recursos para produzir dados de maior qualidade e mais agilidade. Em outros casos, economistas de fora do órgão acham que ajustes poderiam ser feitos para melhorar a contabilidade da riqueza nacional. O Valor conversou com cinco economistas que acompanham detalhadamente as contas nacionais - Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco, Francisco Pessoa e Bráulio Borges, da LCA Consultores, Francisco Lopes, ex-presidente do Banco Central, e Claudio Hamilton, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Desses, apenas Lopes é taxativo ao dizer que o PIB brasileiro, da forma como é calculado hoje, subestima a economia. Os demais levantam pontos específicos e fazem sugestões, mas ressaltam que a cada revisão o PIB tem melhorado, e não têm claro se a conta do PIB brasileiro está realmente subestimada. Um ponto que os economistas olham com particular atenção é a conta do investimento. Para eles, especialmente a construção civil, que representa 45% da formação bruta de capital fixo, é mal medida dentro do PIB, principalmente nos dados trimestrais. Segundo Borges, da LCA, o problema ficou mais claro ao longo de 2009, quando os dados trimestrais da construção indicavam queda de 6% no ano, o que não batia com emprego e consumo de cimento. Dois anos depois, diz Borges, na divulgação do PIB definitivo de 2009, a retração ficou em 0,7%. Para Borges, o que no calor dos trimestres foi lido como queda da demanda interna por insumos típicos como vergalhões, na verdade refletiu a redução das exportações do produto. A divergência dos dados trimestrais e anuais é comum na conta do PIB brasileiro e do resto do mundo. O PIB trimestral, reclama Olinto, é visto como definitivo, mas não é. No Brasil, o PIB divulga dados trimestrais preliminares e quase dois anos depois de encerrado um ano é que sai o dado final. Nos dados anuais, as chamadas pesquisas "estruturais" - uma sopa de letrinhas que inclui da Pesquisa Industrial Anual (PIA) a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic) - ao lado de um universo colossal de dados que inclui convênios com a Receita, o Tesouro, o Banco Central, os Correios e a Anatel, reforçam os dados preliminares. A construção civil é atualmente uma das áreas que deixa o ex-presidente do BC, Francisco Lopes, "desconfortável". Ele questiona se o peso de cada um dos insumos típicos da construção na conta - como vergalhão, cimento ou pias e bidês -, é adequado para captar a atual atividade do setor, muito forte em infraestrutura e menos ancorada no consumo das famílias, o chamado uso "formiguinha". Para Bicalho, do Itaú, o IBGE mede o PIB a partir de um conjunto melhor de informações do lado da produção, especialmente da agropecuária e da indústria. Ele observa que, nos Estados Unidos, há mais pesquisas pelo lado do consumo e também de estoques, um elemento que poderia ser aperfeiçoado no Brasil. "Na parte anual, os estoques são melhor medidos porque o IBGE tem dados de balanços das empresas. Mas no trimestral, a variação de estoques, por escassez de informação, tem uma incerteza maior. Se o IBGE conseguisse implementar uma pesquisa nessa linha, seria bastante positivo", diz. Uma visão mais detalhada do componente, diz o economista, ajudaria a entender se o acúmulo de mercadorias se dá porque os empresários estão mais otimistas - o chamado estoque desejável -, o que ajuda o crescimento da economia, ou se o efeito resulta de uma piora na demanda, e sugere produção mais contida à frente. Do lado do que é produzido na economia, Pessoa e Borges, da LCA, dizem que não fica muito claro na conta do PIB como e quando novas plantas, novos produtos e até novos setores da indústria são incorporados ao cálculo das contas nacionais. "Na produção de 2012, uma das maiores quedas é de celular, o que é ridículo. Tudo porque a produção industrial não inclui smartphones", diz Pessoa. Em razão das mudanças na economia brasileira, Pessoa também não desistiu de pedir um novo censo econômico. O último, lembra, é de 1985. Ele mesmo reconhece que é um projeto muito caro (cerca de R$ 1 bilhão), mas defende esse "investimento" para que o país saiba, de fato, quem faz o quê, como e de que maneira. "Quanto um carro leva de plástico, de aço, de alumínio hoje, em sua composição?", pergunta. Sem o censo, diz, é muito difícil estabelecer a estrutura de consumo de bens intermediários em cada produto, algo que mudou muito nos últimos anos. Um setor no qual os economistas viam muitos problemas e que apontam melhoras é o de serviços, em que a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) veio dar uma grande ajuda ao cálculo. Uma discussão que se arrasta há anos é que o descolamento entre os dados bastante positivos do emprego formal em serviços e o PIB (menos vigoroso) do setor indicaria, talvez, algo mal captado. "Há de fato uma desconfiança que serviços estavam mal captados no PIB que levou o IBGE a lançar a PMS", diz Claudio Hamilton, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea e especialista em contas nacionais. A avaliação é que, além da pesquisa de serviços, a chamada PNAD contínua (trimestral) também trará um conjunto de informações que vai melhorar a medição de serviços. Como a pesquisa mensal traz a receita nominal dos serviços, a discussão sobre os deflatores da pesquisa ganha corpo e críticos. Pessoa, da LCA, diz ser absurdo que itens de serviços prestados às empresas sejam deflacionados por serviços prestados ao consumidor, como o transporte de carga, que vai ser deflacionado pelo IPCA de transporte público. "O Haddad resolve não dar reajuste e vai aparecer como se transporte de carga estivesse parado sendo que o frete pode estar subindo", diz.
Valor Econômico (SP): Na revisão do PIB, P&D sai do consumo e vira investimento Entre o fim deste ano e início de 2015, serão conhecidos novos dados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010 em diante. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prepara uma ampla mudança nas contas nacionais com base em uma revisão da metodologia estabelecida em 2008. Como acontece nas grandes revisões periódicas, novos dados vão ser incorporados a partir de 2010, com a possibilidade de reestimativa da série inteira até 1995. "De 2010 para frente é o cálculo novo", diz o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto. "Para trás, vamos recalcular até 1995, reestimando a série inteira e incorporando o que for possível. É possível que haja mudanças de 95 para cá". Essas revisões mais longas do PIB acontecem com certa frequência e em diversos países. Em julho de 2013, por exemplo, os EUA revisaram a série histórica do PIB desde 1929. O Escritório de Análises Econômicas (BEA, na sigla em inglês) anunciou mudanças metodológicas importantes, como uma nova categoria de investimento, ligada a produtos de propriedade intelectual, como software, pesquisa e desenvolvimento e entretenimento. No México, a atualização da base de dados agora ocorre de cinco em cinco anos. No Brasil, a última grande revisão das contas nacionais foi feita em 2007 e os números foram recalculados desde 2000. As mudanças seguem conceitos discutidos internacionalmente pelos países, em um debate coordenado pelas Nações Unidas. Na revisão brasileira de 2007, a principal mudança foi atualizar a estrutura de pesos (ponderação) dos setores na economia que até então eram baseados no censo econômico de 1985. Em 2007, ele passou a incorporar os dados das pesquisas chamadas "estruturais" - pesquisas divulgadas em bases anuais, como a Pesquisa Anual de Serviços (PAS), Pesquisa Industrial Anual (PIA) e a Pesquisa Anual do Comércio (PAC). Dessa vez, uma das mudanças conceituais mais importantes, "talvez uma das mais fortes dessa revisão", segundo Olinto, será a inclusão dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) na conta da formação bruta de capital fixo (FBCF), ao lado dos investimentos em máquinas e equipamentos e na construção civil. Até 2009, os gastos em P&D eram incorporados aos gastos do governo ou de empresas privadas. "Isso vai aumentar o PIB porque sai do custo e vai para a FBCF. Quanto, eu não sei", diz Olinto. O investimento em P&D representa algo como 2% da FBCF, que, por sua vez, equivale a 19% do PIB. Claudio Hamilton, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea e especialista em contas nacionais, vê a incorporação como um dado positivo, que deve ajudar a elevar a conta de investimentos e facilitar a comparação com países desenvolvidos. "Gastos feitos para encontrar petróleo, mesmo que não se descubra nada, não significam dinheiro jogado fora. É investimento porque se obteve uma informação não trivial que vai ajudar a não incorrer no mesmo erro", exemplifica. Segundo ele, na Inglaterra, 16% do investimento é ativo intangível. Outra mudança relevante é que a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) que está norteando os números hoje é de 2002/2003 e será substituída pela de 2008/2009 nas contas revisadas. "Isso deve trazer novidades importantes porque os processos de distribuição de renda começam a pegar fogo justamente em 2002", diz Hamilton. Olinto diz ainda que os dados das chamadas pesquisas estruturais vão ser os mesmos. Alguns melhoramentos, no entanto, devem ser feitos como a incorporação da PCI, a Pesquisa de Consumo Intermediário feita para uso interno do órgão. Trimestralmente, o PIB ganhará, no conjunto de informações sobre consumo, ajuda da nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua. O Instituto também passará a incorporar alguns dados do Imposto de Renda de Pessoa Física, nos dados anuais, mas a ideia é que essa informação complemente dados pelo lado do consumo. Embora muitos não tenham se dado conta, os números do PIB que todo mundo olha a cada trimestre são parciais. O PIB de 2013, por exemplo, a ser conhecido em 27 de fevereiro, é um PIB estimado a partir de um conjunto de informações incompleto e vai ser revisto mais duas vezes em uma janela de dois anos. Em novembro do ano passado teríamos conhecido as "revisões rotineiras" feitas no PIB: a primeira revisão do produto de 2012 e a segunda, e última, revisão do PIB de 2011. Em razão justamente da revisão mais ampla, esses números ainda não foram divulgados. Atualmente, o último ano com dado definitivo para o PIB brasileiro é 2009. Nos EUA, a última revisão, divulgada no ano passado, mostrou que o PIB americano encolheu menos que o estimado na recessão entre o quarto trimestre de 2007 e o segundo trimestre de 2009: caiu 2,9%, e não 3,2%. Por aqui, por exemplo, a revisão de 2007 fez com que, em 2005, a alta do PIB tenha passado de 2,9% para 3,2%. Bráulio Borges, economista da LCA, explica que nessas situações é raro que o PIB seja revisado para pior. "Na maior parte das revisões, o PIB é revisto para cima porque se incorpora mais informações. Não é manipulação", diz. Para Francisco Pessoa, também da LCA, é preciso olhar os números com cuidado. "PIB não é uma foto de 16 megapixels, é um quadro impressionista".
Istoé Dinheiro (SP): Influência ampla – Técnico e interino Ainda ministro interino da Secretaria de Assuntos Econômicos, o economista Marcelo Neri, presidente do Ipea, está otimista com as mudanças que ocorrerão no governo nas próximas semanas. Para ele, sem o Conselhão, agora vinculado à Casa Civil, a SAE fica menos cobiçada pelos políticos, o que lhe permite seguir com o trabalho técnico que vem executando, focado especialmente em economia e desenvolvimento sustentável.
DCI (SP): "Plano de voo": Dilma e o recado à Câmara e Senado O ministro Aloízio Mercadante, a nova figura forte do Palácio do Planalto, que ajudará a presidente da República a fazer a conturbada travessia de seu último ano de governo - que coincide com a participação de Dilma Rousseff na disputa da corrida presidencial, em outubro -, estreia hoje em sua nova função. Em grande estilo, espera-se, dado o maior trânsito do ex-ministro da Educação e novo ministro da Casa Civil no próprio governo e no Congresso Nacional, em relação à ministra Gleisi Hoffmann, que deixa hoje o cargo para concorrer ao governo do Paraná. Mercadante toma posse de manhã junto com os demais ministros nomeados por Dilma na primeira fase da reforma ministerial, e à tarde atravessa a rua para entregar aos deputados federais e senadores a mensagem anual da Presidência da República ao Legislativo. Na abertura da sessão legislativa, o chefe da Casa Civil leva o documento ao Congresso. Mercadante, o mensageiro Mais do que um previsível relato dos esforços feitos nos seus três anos de governo, seria providencial que Dilma apontasse hoje por onde o Executivo caminhará em um ano atípico como 2014. Incertezas pairam no ar, decorrentes não apenas da eleição presidencial e do real efeito da Copa na economia brasileira, mas também de fatores externos, como o ritmo de retomada nos dois principais motores mundiais - China e EUA - e da crise que assola os países emergentes. Riqueza do lixo A reciclagem movimenta hoje, no Brasil, cerca de R$ 12 bilhões. Mas o País ainda deixa de ganhar por ano R$ 8 bilhões por não reciclar tudo que é possível, segundo estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas (IPEA). O tema será discutido durante o 4º Encontro de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que acontece no próximo dia 18 de março, no Rio de Janeiro. Operação tartaruga Enquanto isso, no Congresso Nacional, o clima é de festa antecipada. E não é do resultado da Copa. Afinal de contas, os servidores públicos já comemoram o fato de o Legislativo praticamente parar depois de maio, diminuindo em muito o ritmo de atividade na Câmara e no Senado. Está aí uma boa conta a ser feita: quanto essa folga custará aos cofres públicos. Primeiros Patrocinadores A Patrus Transportes, uma das mais tradicionais empresas do setor de transporte de cargas do País, com sede em Contagem (MG), é a primeira patrocinadora do setor de transporte do projeto do Museu Brasileiro do Transporte, em Campinas (SP). Essa iniciativa foi seguida por outras empresas do setor como Scania, Randon e PPW Brasil. Direitos e deveres A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lançou na sexta-feira (31) o Portal do Consumidor, um espaço que deve estimular os usuários a reivindicar seus direitos. O espaço na internet é destinado à divulgação de informações de interesse dos usuários de serviços de telecomunicações, como direitos e deveres. Jovens Cientistas As inscrições para o 5º Prêmio Lundbeck de Incentivo à Pesquisa feita por jovens cientistas foi prorrogado até 7 de fevereiro. Os autores dos cinco melhores trabalhos serão contemplados, cada um, com um prêmio de US$ 4 mil, sob a forma de patrocínio para participarem de eventos científicos. Tribunal e OAB O desembargador José Renato Nalili, presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, nomeou o presidente do IASP, José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro, membro da Comissão Mista de Assuntos Institucionais entre o TJ-SP e a Ordem dos Advogados do Brasil - SP.
Estado de São Paulo (SP): Uruguai delimita venda de maconha a estrangeiros MONTEVIDÉU - Brasileiros e outros estrangeiros que moram no Uruguai poderão ter acesso ao mercado da maconha legal desde que comprovem 90 dias de residência no país. O secretario da Junta Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Calzada, disse em entrevista ao Estado que o governo considera este um "tempo razoável" de residência para que os estrangeiros vivendo no país possam consumir a erva com fins recreativos. A regulamentação da lei 19.172 - que cria o primeiro mercado estatal e legal da maconha no mundo - ainda é analisada pelo organismo com os ministérios de Saúde, Interior, Gado, Economia, Relações Exteriores e Educação e Cultura. Um grupo de 30 pessoas trabalha nos detalhes do consumo para fins recreativos da droga, o que deve ocorrer em abril. A regulamentação do consumo para uso medicinal da droga ainda demorará três meses mais. "É um trabalho muito complexo. É como uma rua onde você tem mais de 10 faixas, todas paralelas, e tem que trabalhar em cada uma", disse Calzada. Segundo a lei, os uruguaios e estrangeiros residentes no Uruguai poderão comprar até 40 gramas da maconha em farmácias, sob prévia inscrição num registro de consumidores. Também se habilitarão clubes especializados e a possibilidade do cultivo próprio. A produção da droga será controlada pelo Estado, que concederá licenças a empresas por meio do Instituto de Regulação e Controle do Cannabis (IRCCA). Calzada disse ao Estado que os estrangeiros, além de comprar a droga após comprovar a residência mínima no país, poderão participar do mercado da produção. Ainda é discutido quanto tempo de residência será exigido deles para participar dessa atividade. "Estamos pensando em criar cinco variedades da maconha com o selo do IRCCA. Para isso, vamos definir 10 hectares, e inicialmente podem ser menos. Nós vamos orientar as empresas onde plantar. E não estamos pensando em lugares perto da fronteira", disse Calzada. O Estado acredita que com 10 hectares pode produzir as 20 toneladas necessárias para abastecer o mercado nacional. Ainda se discute se a produção será contínua ou por estações e quais serão os sistemas de segurança para evitar o contrabando. A Junta Nacional de Drogas estima que o Estado vai deter 90% do mercado de cultivo, enquanto os clubes os "autocultivadores" representarão 10%. A plantação para o consumo recreativo será em estufas fechadas. A droga custará US$ 1 por grama, mas o preço terá "elasticidade" para competir com o mercado ilegal, e também pagará impostos. "O mercado uruguaio é pequeno. Em um ano, 120 mil pessoas consomem maconha no país. Calculamos que sejam 70 mil por mês. Destes, 20 mil são pessoas que consomem 40 gramas e o restante consome 10 gramas. O dinheiro que o mercado moverá não é todo lucro, há muito investimento", disse Calzada. O organismo trabalha na criação do registro de consumidores que deverá assegurar o anonimato dos usuários da droga. Um software estará disponível nas farmácias onde o usuário será identificado não por seu nome, mas por um código. As farmácias darão informação sobre eventuais problemas no consumo da droga. "Temos duas obsessões: qual será o volume de produção e aonde irá o volume que produzimos? Temos de nos certificar disso. Temos de fazer o rastreamento da planta e seu seguimento", afirmou o secretário. Parcerias. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada do Brasil (Ipea) terá um papel de assessoria no comitê científico que a lei cria. Também como conselheiros poderão participar a Organização Mundial da Saúde (OMS) e universidades dos Estados Unidos e da Itália. "Não somos arrogantes e temos o critério de escutar as opiniões de outros, porque é gente que estudou durante muitos anos o comportamento do mercado de drogas. Estamos interessados em conhecer como fizeram suas investigações, que critérios metodológicos usaram. Mas eles não vão participar no desenvolvimento da política. O comitê científico estará integrado pelo uruguaios", afirmou Calzada.
Estado de São Paulo (SP): Uruguai delimita venda de maconha a estrangeiros MONTEVIDÉU - Brasileiros e outros estrangeiros que moram no Uruguai poderão ter acesso ao mercado da maconha legal desde que comprovem 90 dias de residência no país. O secretario da Junta Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Calzada, disse em entrevista ao Estado que o governo considera este um "tempo razoável" de residência para que os estrangeiros vivendo no país possam consumir a erva com fins recreativos. A regulamentação da lei 19.172 - que cria o primeiro mercado estatal e legal da maconha no mundo - ainda é analisada pelo organismo com os ministérios de Saúde, Interior, Gado, Economia, Relações Exteriores e Educação e Cultura. Um grupo de 30 pessoas trabalha nos detalhes do consumo para fins recreativos da droga, o que deve ocorrer em abril. A regulamentação do consumo para uso medicinal da droga ainda demorará três meses mais. "É um trabalho muito complexo. É como uma rua onde você tem mais de 10 faixas, todas paralelas, e tem que trabalhar em cada uma", disse Calzada. Segundo a lei, os uruguaios e estrangeiros residentes no Uruguai poderão comprar até 40 gramas da maconha em farmácias, sob prévia inscrição num registro de consumidores. Também se habilitarão clubes especializados e a possibilidade do cultivo próprio. A produção da droga será controlada pelo Estado, que concederá licenças a empresas por meio do Instituto de Regulação e Controle do Cannabis (IRCCA). Calzada disse ao Estado que os estrangeiros, além de comprar a droga após comprovar a residência mínima no país, poderão participar do mercado da produção. Ainda é discutido quanto tempo de residência será exigido deles para participar dessa atividade. "Estamos pensando em criar cinco variedades da maconha com o selo do IRCCA. Para isso, vamos definir 10 hectares, e inicialmente podem ser menos. Nós vamos orientar as empresas onde plantar. E não estamos pensando em lugares perto da fronteira", disse Calzada. O Estado acredita que com 10 hectares pode produzir as 20 toneladas necessárias para abastecer o mercado nacional. Ainda se discute se a produção será contínua ou por estações e quais serão os sistemas de segurança para evitar o contrabando. A Junta Nacional de Drogas estima que o Estado vai deter 90% do mercado de cultivo, enquanto os clubes os "autocultivadores" representarão 10%. A plantação para o consumo recreativo será em estufas fechadas. A droga custará US$ 1 por grama, mas o preço terá "elasticidade" para competir com o mercado ilegal, e também pagará impostos. "O mercado uruguaio é pequeno. Em um ano, 120 mil pessoas consomem maconha no país. Calculamos que sejam 70 mil por mês. Destes, 20 mil são pessoas que consomem 40 gramas e o restante consome 10 gramas. O dinheiro que o mercado moverá não é todo lucro, há muito investimento", disse Calzada. O organismo trabalha na criação do registro de consumidores que deverá assegurar o anonimato dos usuários da droga. Um software estará disponível nas farmácias onde o usuário será identificado não por seu nome, mas por um código. As farmácias darão informação sobre eventuais problemas no consumo da droga. "Temos duas obsessões: qual será o volume de produção e aonde irá o volume que produzimos? Temos de nos certificar disso. Temos de fazer o rastreamento da planta e seu seguimento", afirmou o secretário. Parcerias. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada do Brasil (Ipea) terá um papel de assessoria no comitê científico que a lei cria. Também como conselheiros poderão participar a Organização Mundial da Saúde (OMS) e universidades dos Estados Unidos e da Itália. "Não somos arrogantes e temos o critério de escutar as opiniões de outros, porque é gente que estudou durante muitos anos o comportamento do mercado de drogas. Estamos interessados em conhecer como fizeram suas investigações, que critérios metodológicos usaram. Mas eles não vão participar no desenvolvimento da política. O comitê científico estará integrado pelo uruguaios", afirmou Calzada.
Revista Veja (SP) De 2007 para cá, o gasto previsto com os estádios triplicou. Um aumento extraordinário? Não para os extraordinários padrões nacionais O dado é assustador mesmo diante dos elásticos orçamentos de obras públicas no Brasil. A previsão de gastos para a Copa, inicialmente de 2.6 bilhões de reais, já está em mais de 8 bilhões de reais — ou seja, triplicou. O primeiro número foi o que a CBF apresentou à Fifa em 2007. Quando o Brasil era candidato a país-sede do evento. O novo número é resultado de um levantamento feito com base em dados do Portal da Transparência da Copa, organizado com a Controladoria-Geral da União. Se a notícia é ruim. Pior é saber que não há nada de extraordinário. Estudo realizado pelo Instituto de Logística e Supply Chain com dezesseis obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por exemplo, mostrou que o orçamento inicial subiu de 11,45 para 20,06 bilhões de reais em três anos, uma diferença de 75%. No Brasil, o custo das obras públicas aumenta a cada tijolo assentado por três motivos principais. O primeiro é que se planeja mal. "O poder público não tem tempo nem qualificação para elaborar seus projetos", afirma o economista Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Económica Aplicada (Ipea). Nos Estados Unidos, o tempo que se investe no planejamento de um projeto costuma ser igual ao tempo gasto com a sua execução. Já no Brasil, a primeira etapa não chega a representar um décimo da segunda. Há ainda a corrupção, e a burocracia, que, ao dificultar a emissão de licenças e financiamentos, também encarece a obra. "Quando se atrasa o cronograma, há custos adicionais às vezes tão grandes que é preciso refazer o que foi feito", diz Almeida. No caso da Copa, no entanto, há uma explicação adicional. O custo inicial previsto para construção e reforma dos estádios, de 2,6 bilhões de reais, estava claramente subestimado em 2007. A Alemanha, que havia sediado o campeonato no ano anterior, tinha gasto 6,2 bilhões de reais com suas arenas. E o Japão, anfitrião do evento em 2002 junto com a Coreia do Sul, havia torrado quase 20 bilhões de reais, em valores não atualizados. A distância entre esses números e o primeiro cálculo brasileiro pode ser creditada tanto a um "viés de otimismo" dos organizadores, como creem alguns, como a um simples e proposital chute "para baixo" com o intuito de diminuir possíveis resistências ao evento. A segunda hipótese é a mais provável. Outras promessas, afinal, foram feitas e deixadas para trás no caminho entre o sonho e a realidade. Em 2007, o governo brasileiro anunciou que a Copa seria bancada por financiamento privado. Até agora, no entanto, o financiamento privado responde por apenas 6.3% das obras. O governo federal bancou mais da metade dos estádios, sobretudo com empréstimos concedidos pelo BNDES em condições especiais para estados e construtoras. Comparando-se os gastos por cadeira construída, a Copa no Brasil é mais cara do que as duas anteriores, na África do Sul e na Alemanha. Neste século, só é mais barata do que a do Japão e da Coreia do Sul, países com mão de obra cara e nos quais as edificações precisam ter características específicas para resistir a intempéries, como terremotos e tsunamis. Por aqui, as intempéries têm sido de outra ordem. Os black blocs voltaram às ruas e, na semana passada, promoveram a usual baderna em treze capitais. Em São Paulo, um marceneiro teve o carro incendiado pelos mascarados e um jovem foi baleado pela polícia depois de, supostamente, atacar um policial com um estilete. Ao contrário do que alardeiam os mascarados. Copa vai ter, sim. Mas o contribuinte vai ter de abrir mais a carteira. Até onde isso vai não é seguro dizer. Os tijolos continuam subindo...
Valor Econômico (SP): Mesmo com doutorado, salário inicial no IBGE é 53% inferior ao do Banco Central O salário inicial de um pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com diploma de doutorado debaixo do braço é de R$ 8.907,45 e pode chegar a R$ 14.885,46 - o topo quando o assunto é remuneração no instituto. No Banco Central, o salário inicial de um analista apenas com nível superior é 53% maior, de R$ 13.595,85. E pode alcançar R$ 19.383,89, ou 30% a mais do que o salário final de um pesquisador-doutor do IBGE. No Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o salário de entrada é de R$ 10.818,38, segundo dados do Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento. A disparidade explica o embate, muitas vezes perdido especialmente pela equipe do Departamento de Contas Nacionais, para manter os atuais 31 técnicos entre economistas, estatísticos, engenheiro e contadores que trabalham no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB). O coordenador do Departamento, Roberto Olinto, conta que há pouco tempo a equipe perdeu um profissional que assumiria uma das gerências da área para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). Ninguém foi colocado no lugar. Segundo Olinto, no fim da década de 1990, eram cerca de 100 técnicos apenas na equipe de contas nacionais. Rotatividade, aposentadorias e um tempo sem concursos, explicam a defasagem. Entre os analistas, a percepção é que o tamanho insuficiente da equipe está diretamente relacionado à questão dos salários reduzidos. "O cálculo do PIB é muito complexo para ter meia dúzia só de pessoas envolvidas e um orçamento tão baixo", diz Bráulio Borges, da LCA. Com pouco mais de 6,1 mil servidores ativos totais, o IBGE encerrou 2013 com um orçamento de R$ 1,621 bilhão - o que correspondeu a 0,1% dos gastos totais mais as transferências feitos pela União. Há dez anos, não era muito diferente disso. Em 2004, o orçamento do instituto representava 0,08% do total de gastos da União. Segundo Francisco Pessoa, sócio da LCA, em 90% das sugestões que faz à mesa de contas nacionais, a resposta que recebe é "não conseguimos", ou "não temos gente suficiente". "Gosto da qualidade do IBGE, mas o trabalho está sendo limitado pela quantidade de pesquisadores e, para atrair mais pessoas, eles têm que ganhar melhor", diz. Mesmo Francisco Lopes, o crítico mais mordaz do IBGE, faz questão de apontar que a medida do PIB no Brasil avançou bastante, mas que se o governo quer aumentar o ritmo de crescimento da economia, o melhor que ele pode fazer é investir no próprio IBGE. "Seria o investimento público de maior retorno para elevar o PIB." Segundo Olinto, seria razoável poder contar com cerca de 150 pessoas na equipe a fim de dar conta dos aperfeiçoamentos, revisões e novos projetos - como os detalhamentos do núcleo central das contas, as chamadas "contas satélite", de cultura ou de turismo, ou as contas ambientais que ainda não saíram do papel. "Hoje a coordenação está atolada na grande revisão. Os projetos todos estão congelados, não que não se pense neles", diz Olinto. Ainda que o reforço à equipe viesse, o grupo atual não teria como treiná-lo adequadamente, o que exige tempo. Segundo Olinto, leva pelo menos cinco anos para que um recém-chegado à equipe comece a ficar mais independente no cálculo do PIB (ou de pedaços dele). Em um prazo pequeno, a primeira impressão é que a equipe pode contar com mais um aposentado, já que o tempo de aposentadoria de Olinto se completa agora em março. Um pouco mais de conversa e fica mais claro que as chances parecem pequenas. "Tenho me feito essa pergunta", diz Olinto. "O meu compromisso é terminar e implantar o projeto [a grande revisão]. Aí a dúvida é se me aposento ou não. Adoraria ficar num canto. Poderia brigar melhor com os meus amigos de consultoria", diz, entre risos.
Brasil Econômico: Neri: Brasil se aproxima dos EUA Para o Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, desigualdade caminha para patamar de primeiro mundo Brasil Econômico Brasil e Estados Unidos se encontrarão em um futuro próximo, no quesito desigualdade, acredita o economista Marcelo Neri, presidente do Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea) e também ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). “No Brasil, a desigualdade é ainda muito alta, mas ela enseja uma boa notícia, a de que pode permanecer em queda. Num período de menos de dez anos, se esse cenário se mantiver e a tendência norte- americana continuar de aumento, o Brasil poderá alcançar os Estados Unidos”, afirma em entrevista à próxima edição da revista “Conjuntura Econômica”, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação GetúlioVargas (Ibre/ FGV), obtida com exclusividade pelo Brasil Econômico. Neri demonstra otimismo com os indicadores conjunturais, tanto os que dizem respeito à economia quanto os relativos ao campo social, na atualidade. A leitura do presidente do Ipea sobre uma estagnagnação no processo de queda da desigualdade — como demonstra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012, última a ser divulgada — é que esse foi um desempenho pontual. “Ela (a desigualdade) ficou parada entre janeiro de 2012 e janeiro de 2013 e depois voltou a cair até mais fortemente que antes. A parada da desigualdade de 2012 não veio pra ficar”, diz Neri, complementando que pesquisas do Ipea demonstram que o cenário já é melhor no primeiro semestre de 2013 do que em 2012. Ele admite que ainda há espaço para que o governo continue desenvolvendo programas de inclusão social, apesar de afirmar também que, ao contrário do crescimento econômico e do avanço social, a queda da desigualdade tem limite. “No Brasil, a desigualdade é aindamuito alta,mas ela enseja uma boa notícia, a de que pode permanecer emqueda”, ressalta. Porém, destaca que a agenda do novo presidente da República é de conferir mais qualidade aos programas sociais e econômicos. “Nos últimos dez anos a gente deu os brasileiros pobres aos mercados consumidores, mas precisamos dar um Estado e um mercado de mais qualidade aos pobres brasileiros, com políticas públicas de mais qualidade, mercadode trabalho e consumidor de crédito, enfim, tem toda uma agenda que está colocada, seja pelas manifestações, seja pelas eleições”. Neri é um incentivador do programa Bolsa Família— uma “commodity brasileira como a soja” — e enxerga nele um potencial para continuar incluindo social e economicamente as fatias mais pobres da população. Mas ele aposta, daqui para frente,no que classifica como sendo “o caminho do meio”, aquele que depende de “olhar e ouvir a população”.“Ouvindo as vozes das ruas, temos grandes desafios, como os das mídias digitais, esse novo tipo de democracia, e os urbanos, que nem são muito novos assim: transporte público, educação e saúde de qualidade”, salienta. Precisamos dar um Estado e um mercado demais qualidade aos pobres brasileiros, com políticas públicas de mais qualidade, toda uma agenda que está colocada pelas manifestações” Marcelo Neri Ministro da SAE
Estado de São Paulo (SP): Oferta de crédito do BNDES cresceu 22% em 2013 Em 2013, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emprestou R$ 190,4 bilhões, ou 22% a mais do que em 2012, e mais do que o conjunto dos bancos (em média 14,6%), contribuindo para o aumento da participação dos bancos estatais na oferta de crédito. Nas instituições públicas o avanço do crédito foi de 22,6%, no ano passado, enquanto o crescimento dos empréstimos nos bancos privados nacionais foi de 6,6%. Os bancos do governo consolidaram, em 2013, sua posição de maiores fornecedores de crédito do País. O relatório de desempenho do BNDES, divulgado terça-feira, também mostrou que a instituição continua privilegiando os grandes clientes, que receberam 61% dos empréstimos. É um porcentual muito elevado, ainda que inferior ao de 2011, de 72%, no ano em que a Petrobrás foi capitalizada, e em 2012, quando atingiu 65%. Cabe indagar, assim, em que prazo o banco vai pôr em prática a nova política operacional, anunciada na divulgação dos dados de 2013. Essa política confere prioridade à infraestrutura, à competitividade e à inclusão produtiva e sustentabilidade. A infraestrutura já era prioridade do BNDES. Em 2013, recebeu 1/3 dos empréstimos da instituição. As empresas da área agropecuária receberam 64% mais recursos, em 2013, do que em 2012. Houve, ainda, aumento do peso das micro, pequenas e médias empresas no orçamento do banco, seja em número de operações (1,1 milhão), seja em desembolsos (+27% em relação a 2012). A desaceleração econômica afetou o desempenho do banco, pois em 2013 as aprovações de empréstimos recuaram 8%, as consultas diminuíram 11% e os enquadramentos caíram 7%. São essas as etapas que antecedem o desembolso dos créditos. Mas, enquanto a economia acentuava a desaceleração, o banco privilegiava as companhias estatais e Estados, segundo o economista Mansueto de Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Somente uma empresa privada (Supervia) e um consórcio privado (Santo Antonio Energia) estiveram entre os dez maiores tomadores de recursos do banco em 2013, até setembro. Os outros grandes foram Petrobrás, Eletrobrás, Sabesp e Estados (Maranhão à frente, além do Rio, Santa Catarina, Bahia e Amapá). O BNDES foi um braço poderoso do governo para dar suporte a aliados políticos nos Estados e a companhias estatais, em contraste com as prioridades ora proclamadas
DCI (SP): Comércio no Nordeste sente mais efeitos do Bolsa Família O Bolsa Família ajudou os estados mais pobres a enfrentarem a desaceleração da economia no ano passado, de acordo com especialistas entrevistados pelo DCI. Contudo, eles apontam que são necessárias mudanças no programa de transferência de renda para favorecer que esses entes da federação possam crescer com recursos próprios. No caso da Bahia, o estado que mais recebe recursos do Bolsa Família, o economista Armando Avena, diretor do portal Bahia Econômica, estima que o programa injetou R$ 2,7 bilhões na economia local, sendo os setores de comércio e serviços os maiores favorecidos por essa transferência de renda. "Por conta do ritmo econômico, o comércio do estado cresceu 4% em 2013, o que foi baixo. Se não fosse o Bolsa Família a situação seria pior", calcula o especialista. "O programa não gera produção, mas dinamiza a atividade de comércio - com destaque para o setor de alimentos na Bahia - e serviços", acrescentou. De acordo com estudo recentemente divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Bolsa Família tem efeito multiplicador de R$ 2,40 sobre o consumo final das famílias, por isso setores como comércio e serviços - formado no Nordeste, principalmente por pequenos negócios -, que atendem esse consumidor final, são os mais beneficiados. Além disso, o levantamento mostra que cada real investido no programa gera um retorno de R$ 1,78 para a economia. De fato, essa influência do Bolsa Família foi um dos fatores para que a economia baiana possa ter crescido acima do que é esperado pela média nacional, mesmo com a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano passado. A previsão da Secretaria do Planejamento do estado nordestino é de que a economia cresceu 2,5%, enquanto a nível nacional a expectativa do mercado é de alta de 2%. Cenário favorecido pela continuidade do avanço da demanda puxada pela massa salarial, disponibilidade de crédito e manifestação do nível de transferência de renda. "Mais da metade dos municípios da Bahia dependem do Bolsa Família e da Previdência Social. Para se ter uma ideia da importância do programa para o estado, a injeção anual dos recursos, na ordem de R$ 3 bilhões, representam 10% do orçamento estadual", comenta Avena. O coordenador de ciências contábeis da Faculdade Santa Marcelina, Reginaldo Gonçalves, comenta que essa transferência de renda tem mais impacto na economia dos estados mais pobres, do que em São Paulo, por exemplo, apesar de este ser o segundo que mais recebe recursos do Bolsa Família. "Em regiões mais ricas, há mais estímulos [salários maiores, por exemplo] para a pessoa procurar emprego", diz. Avena explica que o fato de São Paulo ter mais pobres é porque ao atrair migrantes em busca de trabalho, sem capacitação profissional, acabam não atendendo as exigências e a mão de-obra não é absorvida pelo PIB paulista. De acordo com dados do Portal da Transparência dos Recursos Públicos, no ano passado a transferência do Bolsa Família cresceu 22% ante 2012, ao passar de R$ 20,288 bilhões para R$ 24,890 bilhões. Na Bahia, o crescimento foi de 23%, de R$ 2,631 bilhões para R$ 3,257 bilhões. Em São Paulo, o avanço foi de 21%, de R$ 1,727 bilhão para R$ 2,103 bilhões. Em terceiro lugar está outro estado nordestino Pernambuco, com alta de 20%, para R$ 2,001 bilhões. E também neste caso, a economia deve ter crescido acima da média nacional. Até o terceiro trimestre de 2013, segundo pesquisa da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas Condepe/Fidem, o PIB pernambucano subiu 4,2%, enquanto o produto brasileiro cresceu 2,4%. De acordo com o Ipea, o Bolsa Família, a expansão do mercado de trabalho e o maior poder de compra com o aumento do salário mínimo são responsáveis pelo crescimento anual de 10% do comércio atacadista em Pernambuco na última década. Mudanças Embora elogiem os impactos sociais - em dez anos de existência, o Bolsa Família reduziu em 28% a extrema pobreza no Brasil, segundo o governo - e até econômicos, os especialistas entendem que o programa social implementado no início do governo Lula precisa também dar estímulos para que o beneficiado possa entrar no mercado de trabalho. O diretor do Bahia Econômica entende que uma das mudanças poderia ser aumentar o valor dos benefícios para quem já conseguiu emprego, por um período de dois a três anos, o que estimularia as pessoas a buscarem essa inserção. "É o inverso do que muitos economistas sugerem, mas seria um estímulo", entende.
O Globo (RJ): Indústria tem pior mês desde a crise de 2008 Após queda de 3,5% na produção em dezembro, economistas revisam para baixo projeções para o PIB -RIO E SÃO PAULO- A produção industrial brasileira recuou 3,5% em dezembro, frente a novembro, uma queda maior do que a esperada pelos especialistas e o pior resultado desde dezembro de 2008, em plena crise financeira internacional, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE. Em relação a dezembro de 2012, o recuo foi de 2,3%, o maior desde março daquele ano. O ganho acumulado da indústria em 2013 foi de 1,2%. O desempenho não foi capaz de anular a perda de 2,5% em 2012. Diante do resultado, analistas já começaram a revisar para baixo as projeções para o setor em 2014 e, também, para o Produto Interno Bruto {PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) em 2013. Com o recuo de dezembro, o chamado carry over {carregamento estatístico) para este ano é negativo em 3,7%. Ou seja, a indústria só entrará no terreno positivo após avançar 3,7%, explica Leonardo Carvalho, pesquisador do Ipea: — O pequeno resultado positivo da indústria em 2013 se deveu a bens de capital, concentrado naqueles para transporte (caminhões e ônibus) e agrícola. Com a queda brusca de dezembro, o esforço de crescimento para a indústria em 2014 aumentou muito. E isso num ambiente que restringe a expansão da indústria. O economista Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria, compartilha da opinião de que, num contexto de confiança debilitada e alta de juros, a indústria terá um ano difícil pela frente: — Nossa projeção é de alta de 1,5% da produção industrial. Mas, com o que levamos de 2013, mesmo este 1,5% vai ser difícil de se concretizar. FÉRIAS COLETIVAS AFETARAM PRODUÇÃO Os dados de ontem provocaram uma série de revisões nas projeções. Na LCA Consultores, a estimativa ara o PIB no ano passado caiu de expansão de 2,3% para 2,2%. Para o quarto trimestre, a alta que estava estimada em 0,7%, frente ao terceiro trimestre, será menor: de 0,4%. A consultoria também vai revisar a projeção para a produção industrial este ano, que na semana passada já tinha sido reduzida de 2,5% para 2% por causa da situação na Argentina. — Trabalhávamos com um crescimento do PIB na casa de 2,2%. Com a indústria mais fraca no fim de último trimestre, a nova previsão deve ficar na casa de 2,1% — diz a coordenadora técnica do Boletim Macro Ibre/FGV Silvia Matos. O tombo do setor em dezembro foi puxado pela queda de 17,5% da produção de veículos automotores, o terceiro resultado negativo seguido e a maior queda desde janeiro de 2012, quando recuou 29,3%. Segundo o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Luiz Macedo, o desempenho foi puxado pelas férias coletivas de muitas empresas do setor, que buscavam reduzir seus estoques. A perda acumulada da produção de veículos em três meses é de 22,9%. A opção por férias coletivas chegou a outros setores, diz Macedo. Em dezembro, 1.300 empresas citaram as férias coletivas como influência, frente a 1.100 em dezembro de 2012, 500 em dezembro de 2010 e 250 em novembro de 2013. Entre novembro e dezembro, todas as categorias de uso da indústria recuaram, e 22 dos 27 ramos pesquisados registraram declínio. — Foi uma queda muito disseminada, não só na indústria automotiva. Houve queda relevante em outras áreas, como no refino — frisou Rodrigo Nishida, economista da LCA Consultores. O refino de petróleo e álcool caiu 4,3%, sob impacto da paralisação da refinaria REPAR, no Paraná. Isso praticamente anulou o ganho de 4,6% que tinha sido registrado em novembro. A indústria de bens de capita! caiu 11,6% em dezembro, segunda queda seguida e a maior para o indicador desde janeiro de 2012, quando recuou 17,9%. A menor produção de caminhões pesou no resultado, em função de férias coletivas. Ainda assim, o segmento avançou 13,3% no ano — apoiado nos itens para transporte, como caminhões e ônibus, e nas máquinas agrícolas — e sustentou a indústria geral. A indústria de bens intermediários caiu 3,9% — o maior recuo desde os 12,2% de dezembro de 2008. Com isso, anulou o ganho de 2,6% entre agosto e novembro e fechou o ano com estabilidade, lá os bens de consumo tiveram retração de 2,5%, sendo 2,3% para semiduráveis não duráveis e de 3% para duráveis. O segmento encerrou o ano com queda de 0,2%. O recuo verificado na produção já reforça a versão negativa sobre o Brasil dos agentes econômicos mundiais, afirma Paulo Francini, diretor do Departamento de Economia da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Para ele, encerrar o ano com um dado "muito mais baixo do que o esperado" — a Fiesp projetava queda de 1,6% em dezembro — faz o país entrar em 2014 com expectativas ainda piores. Ele diz que se o ritmo da produção de dezembro se repetir ao longo deste ano, a atividade vai fechar 2014 com queda de 3%. Para ele, a indústria sofre com "os mesmo problemas de sempre" como juro alto, câmbio desfavorável, burocracia, carga tributária alta, "mas com tempero adicionais, como o redirecionamento dos fluxo de capital para fora dos emergentes" CÂMBIO PODE FAVORECER O SETOR Mas a tendência pode mudar, avalia o economista Rogério César de Souza, do Instituto para Estudos do Desenvolvimento Industrial (ledi) que mantém em 2,5% a previsão para o avanço da indústria neste ano, apoiado na perspectiva de cenário interno melhor, aumento dos investimentos e, sobretudo, valorização do dólar. — A principal variável que complicou a vida indústria foi o câmbio. Desde 2003 o câmbio(está desfavorável, muitas empresas trocaram fornecedores domésticos por estrangeiros e essa desvalorização do real pode reverter esse processo — diz. — Não que vá compensar tudo mas o câmbio mais desvalorizado terá resultado do lado das exportações e menos importações. E alta de 2% em cima de resultados não tão promissores não é um crescimento robusto. Miguel Torres, presidente da Força Sindical, resumiu o resultado como "incompetência do governo e condução errada da política económica" O setor de máquinas e equipamentos foi um dos que mais desacelerou em dezembro. Carlos Pastoriza diretor-secretário da Abimaq, que reúne fabricantes de máquinas e equipamentos, revelou que o faturamento mensal bruto das companhias do setor caiu 9,5% de novembro para dezembro. Na comparação anual, a redução é de 11,6%.
Correio Braziliense (DF): Expansão da área plantada no país ganhou impulso a partir de 2002 Da Agência Brasil A expansão de áreas plantadas no Brasil ganhou impulso a partir de 2002, e ocorreu principalmente no Centro-Oeste e Norte do país. É o que indica estudo divulgado nesta quinta-feira (6/2) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O levantamento mostra que, de 1994 e 2001, havia recuo anual na área plantada, cenário que começou a ser revertido em 2002. No mesmo período, as regiões norte e sul do Amapá e leste do Tocantins foram as que mais aumentaram sua participação no percentual de terra utilizada, com crescimento de 7,97%, 3% e 3,28%, respectivamente. De acordo com Rogério Freitas, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea e um dos participantes da pesquisa, um dos fatores que determinaram a dificuldade de expansão agrícola até 2002 pode ter sido a sobrevalorização do real no período. A moeda, criada nos primeiros anos da década de 1990 para combater a inflação, tinha câmbio fixo atrelado ao dólar. A partir de 1999, o Brasil adotou a política de câmbio flutuante. "O câmbio influencia a aquisição de insumos pelo setor agrícola e a valorização de alguns produtos, em função do preço de exportação", destaca o pesquisador. Freitas ressalta, no entanto, que se trata de uma hipótese e que é necessária uma investigação mais aprofundada a respeito para comprová-la. "O câmbio não é o único fator que afeta a expansão da área agrícola. Tem outros, como disponibilidade de infraestrutura, chegada de modais de transporte, disponibilidade hídrica, expectativa do empresário rural e crédito", enumera. Quanto à expansão mais acentuada no sentido centro-noroeste, o pesquisador afirma que já era esperada. "É uma área de fronteira agrícola natural para o Brasil, com terra relativamente disponível. No Sul e no Sudeste, em tese, você tem menos área livre para ser expandida", diz. Apesar disso, o estudo também mostrou ritmo significativo de expansão em áreas localizadas em fronteiras agrícolas teoricamente já estabilizadas, como São José do Rio Preto (SP), Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro e norte-centro do Paraná. Para medir o crescimento de área plantada, o levantamento teve como base os dados da Pesquisa de Produção Agrícola Municipal (PAM) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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