Facebook Facebook Twitter LinkedIn Youtube Flickr SoundCloud

Resultados 101 - 120 de 21966

PROPMARK: Governo faz estudo sobre comunicação Maria Fernanda Malozzi Uma das promessas do governo Dilma é a massificação da banda larga no País que tem acesso ainda bastante desigual, apesar do perfil hard user do brasileiro na internet. Esse e outros problemas na comunicação e telecomunicação do Brasil foram detectados por meio de um estudo inédito, chamado "Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil". Pela primeira vez, o governo olhou para esse setor estratégico da economia brasileira e assim o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), junto com a Socicom (Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação), realizou um estudo completo sobre a comunicação no País. O levantamento uniu diversos estudos sobre telecomunicação e comunicação realizados nos últimos 10 anos. Os dados coletados mostram que 95,7% dos lares brasileiros têm TV; 87,9% possuem rádio; 84,3% telefone fixo ou celular; 34,7% computador e 27,4% computador com acesso à internet. Para o Ipea e Socicom, o futuro do impresso parece incerto. No ano passado, o Jornal do Brasil deixou de ter circulação impressa. Os demais jornais continuam a investir em seus portais de notícias online, assim como em outras plataformas, como redes sociais - Facebook e Twitter - e iPad, como fez O Globo e O Estado de S.Paulo. No começo da década de 2000, o faturamento dos jornais apresentou um crescimento de 32,25% entre 2004 e 2008, quando a curva passou a ser decrescente e a cada ano apresentou uma queda de 8,11%, com uma perda que chegou a mais de R$ 270 milhões. A participação dos jornais no investimento publicitário também apresentou queda na década passada. Em 2001, os jornais ficaram com 21,73% dos investimentos e em 2009, com 14,08%. A maior concentração de jornais por estado está em São Paulo, com 1,126 mil títulos, seguido por Minas Gerais com 572, Rio Grande do Sul com 429, Santa Catarina com 278 e Rio de Janeiro com 271. A Folha de S.Paulo é o jornal líder, com 295 mil exemplares de circulação. O cinema é uma mídia que, segundo o estudo do Ipea, vem crescendo exponencialmente. A média da receita com bilheteria do País foi de R$ 700 milhões, sendo que pouco mais de 10% deste valor foi gerado a partir de filmes nacionais. Os longas-metragens "Tropa de Elite 2", "Nosso Lar" e "Chico Xavier - O Filme" tiveram mais de 15 milhões de espectadores e captaram R$ 150 milhões em bilheteria. A produção de conteúdo também apresentou um bom desempenho nos últimos anos. Atualmente, existem 163 produtoras habilitadas para a realização de projetos cinematográficos. A TV permanece como sendo o principal veículo de comunicação utilizado pelos brasileiros. Segundo o estudo, hoje existe um aparelho de TV em 56 milhões dos 58 milhões de domicílios brasileiros acompanhados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar do surgimento de novas plataformas de comunicação, a TV continua soberana. Seu faturamento com verbas publicitárias oscilou ao longo da década entre 59% e 60% de participação de mercado. A receita bruta do setor também acumula um crescimento que varia entre 7% e 10% ao ano. No que se refere ao faturamento, a Globo ainda lidera com 32% do mercado (R$ 4,3 bilhões em faturamento), seguida pela Record com 21% (R$ 2,8 bilhões), SBT com 19% (R$ 2,5 bilhões), Band com 16% (R$ 2,1 bilhões) e as demais com 12% (R$ 1,6 bilhão). Mas cada vez mais as emissoras abertas enfrentam o problema da fuga do telespectador para outras plataformas, como videogames, TV fechada e DVD. Aliás, segundo o estudo, hoje cerca de 27 milhões de brasileiros têm acesso à TV fechada, o que representa aproximadamente 10% dos domicílios. O maior crescimento tem sido nos serviços prestados por satélite. E entre as regiões, o aumento mais expressivo da base de assinantes é no Norte com 53,6%, enquanto a média do País foi de 21,5%. O Nordeste vem em segundo lugar com 31,3% e depois o Sudeste, com um crescimento de 20,9%. E com o triple play, as empresas ainda criaram outra fonte de receita por meio da oferta da conexão banda larga. Em 2009, esse segmento teve um faturamento de R$ 10,7 milhões e registrou, naquele ano, 3,2 milhões de assinantes. Agora resta saber se os três volumes do "Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil" serão lidos pelas pastas governamentais e entidades competentes para que realmente haja a democratização da comunicação.
VALOR ECONÔMICO - Renda menor barrou avanço social em 2015
VALOR ECONÔMICO - País avança pouco na inclusão de adolescentes na escola
VALOR ONLINE - Renda menor barrou avanço social em 2015
BOL NOTICÍAS - Com crise em 2015, 4,1 milhões entraram na faixa da pobreza no Brasil, aponta estudo
CORREIO BRAZILIENSE - Servidor pagará mais à Previdência
Brasil Econômico: China e etanol motivam visita   No encontro com Dilma Rousseff, marcado para março, americano tentará contrabalançar o crescente peso Ao anunciar sua visita ao Brasil, Chile e El Salvador em março, o presidente dos Estados Unidos utilizou um termo datado,mas com muito significado no mundo atual. O objetivo de “fomentar as novas alianças para o progresso nas Américas” também utilizado pelo ex-presidente J.F. Kennedy na década de 60 para designar o programa de ajuda financeira a América Latina, mostra que os EUA não querem perder o papel de protagonista frente ao mercado latino. Assim como Kennedy não queria perder o poder para os comunistas nas décadas de 60 e 70, como afirma Creomar Lima, professor do Ibmec DF. “Hoje as forças são outras. De um lado, a China dominando as exportações para os países latinos. De outro, os governos de esquerda, que possuem um discurso negativo em relação aos EUA”, diz. Neste cenário, o Brasil ganha papel de destaque, como interlocutor entre os países emergentes. As perspectivas em relação a futuros acordos realmente significativos oriundos da visita não são boas, segundo analistas. Tradicionalmente, tratam-se apenas de visitas protocolares. Prova disto é o resultado do encontro entre o ex-presidente Lula e o ex-presidente americano George W. Bush em 2007. Entre festas e demonstrações de simpatia com o Brasil, o rápido encontro levou a um acordo de cooperação tecnológica para produção do etanol e promessas de redução da tarifa de importação — de US$ 0,54 por galão —, reivindicada pelo Brasil, que na prática nunca aconteceu. Em dezembro do ano passado, inclusive, o Congresso Americano aprovou a renovação da tarifa para 2011. “O Obama tem intenções de reduzir, e até excluir, essa tarifa, mas ele não tem força no Congresso, o que inviabiliza avanços para o Brasil nesse sentido”, afirma José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB). O que gera esperança para os produtores brasileiros é que a renovação da tarifa foi a mais apertada da história dentro do Congresso americano. Assim , a expectativa é que a conquista do apoio de Obama possa abrir caminho para uma eventual derrubada da tarifa, em2012. Para Maurílio Biagi, conselheiro da União da Indústria de Cana de Açúcar (Única), os EUA têm mais necessidade do que o Brasil de fechar um acordo na área de biocombustíveis. “Eles têm metas para cumprir no uso de fontes renováveis”. Até o ano de 2022, por exemplo, a meta dos EUA é de utilização de 36 bilhões de galões de combustível renovável. “Na Casa Branca, a expectativa é muito positiva em relação ao encontro, afirmou o empresário, que está em viagem aos EUA. SGP A participação do Brasil no Sistema Geral de Preferências (SGP), que prevê redução tarifária nas importações de países em desenvolvimento, vem gerando polêmica no Congresso Americano e é considerado um dos principais temas a serem discutidos. Segundo Castro, Obama não deve sinalizar interesse em excluir o Brasil da lista, pois tal medida iria contra o desejo de ampliar a corrente de comércio com o Brasil. “Os EUA querem retomar sua importância na pauta de importação brasileira e, por conta disso, tirar o Brasil do SGP, como deseja o Congresso, seria um retrocesso”, diz. No entanto, para Rodrigo Cintra, chefe do departamento de Relações Internacionais da ESPM, é preciso acordar para o fato de que o país deve, em breve, deixar o SGP—e que isto não é negativo. “Em quatro ou cinco anos, não estaremos mais no SGP.O reconhecimento do Brasil como uma potência emergente pode trazer alguns transtornos para determinados setores, mas vai aumentar a importância política do país no mundo”, afirma. As distorções no comércio mundial ligadas à guerra cambial entre os EUA e a China também devem entrar na pauta “Atualmente já se discute na OMC [Organização Mundial do Comércio] regras que permitam que países sejam acionados por usar a desvalorização do dólar para alavancar exportações”, explica Tiago Oliveira, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea. Entretanto, para Castro, da AEB, o tema não terá grandes avanços na primeira visita de Obama ao Brasil. “A discussão não sairá do papel, pois há muitas divergências nos interesses e posições dos dois países nesse assunto”, comenta. “É um tema, de fato, obrigatório, mas que não passará de retórica diplomática”, complementa.
O Globo (RJ): Salário em alta, inflação também   Acordos sindicais garantem ganhos reais a trabalhador e pressionam preços. IPCA-15 acumula 6% O ano de 2010 será histórico para a maioria das categorias de trabalhadores brasileiros. Além do menor nível de desemprego desde 2002, de 5,7% em novembro, os trabalhadores conseguiram engordar seus vencimentos com aumentos reais médios, já descontada a inflação, de 3,5% - mais que o dobro do ganho de 1,5% conquistado em 2009. Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, “97% de todas as categorias conseguiram aumentos reais significativos” no ano passado. O avanço dos salários já está aparecendo nos índices de inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA 15), uma prévia do índice que orienta o sistema de metas de inflação do governo, foi de 0,76% em janeiro. Em dezembro, ficara em 0,69% e, em 12 meses, acumula 6,04%, informou o IBGE. Pressionado pelos reajustes já esperados de 1,77% nos ônibus urbanos e de 1,21% na alimentação, o índice trouxe um dado que surpreendeu analistas: a alta de 0,88% nos serviços. - Nos índices anteriores de dezembro e novembro, essa taxa ficara em 0,49%. A inflação dos serviços praticamente dobrou e ficou acima do IPCA médio. Em janeiro do ano passado, esses índices andavam juntos - afirmou o professor da PUC Luiz Roberto Cunha. Segundo o economista, o aumento dos salários pressiona os preços de duas formas. A primeira influência vem da alta dos custos da produção com mão de obra, principalmente no setor de serviços no qual a folha de pagamento tem o maior peso. A segunda pressão se dá pelo aumento do poder aquisitivo dos trabalhadores, que faz o preço subir diante da expansão da demanda. Novamente, os serviços são os mais procurados quando a renda das famílias cresce. E os reajustes acima da inflação vão continuar este ano. Os eletricitários, categoria que tem dissídio em maio, vão reivindicar o dobro do aumento real conquistado em 2010. - No mínimo, vamos reivindicar 2% acima da inflação - afirmou Magno dos Santos Filho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Energia Elétrica do Rio de Janeiro. Expansão menor do país deve frear ganho este ano Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 2010 foi o ano com a maior média de ganhos reais para as categorias formais de trabalhadores desde 1995. Porém, diante da perspectiva de expansão menor da economia e do ajuste fiscal, o cenário para 2011 desenhase menos favorável à evolução da renda. - A projeção de crescimento menor reflete nas negociações. Do ponto de vista do ganho real, a tendência se mantém, porque o mercado vai continuar crescendo. Só vai ser difícil chegar ao mesmo patamar de reajuste do ano passado - explica o coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre. No primeiro semestre de 2010, 97% dos acordos repuseram a inflação, o maior percentual registrado pelo Dieese. Entre julho e dezembro, espera-se que chegue perto de 100%. Na avaliação do presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, mesmo que os reajustes salariais nos próximos anos não sejam tão expressivos de um modo geral, o crescimento da renda poderá ser puxado de “forma individual”. - As empresas terão interesse em manter trabalhadores que atendam suas demandas. O cenário aponta para reajustes individualizados para quem tiver mais qualificação. Nas categorias que tiveram ganhos reais expressivos, as opiniões dos dirigentes sindicais se dividem quanto às expectativas para 2011. Os petroleiros, que conseguiram aumentos entre 8% e 9,36%, com ganhos reais de 3,5% a 4,5% (de acordo com a faixa salarial), estão otimistas. - Nesses 12 anos que negociamos com a Petrobras, esse foi o maior índice. Há cinco refinarias sendo construídas. Não apostamos que um crescimento menor vá afetar o setor - diz o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio Moraes. Os 60 mil metalúrgicos de São Paulo, ligados à Força Sindical, e do ABC, filiados à CUT, comemoram os maiores ganhos reais - de 9% e 10,8%, respectivamente. Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, está preocupado com alta das importações, que reduzem a competitividade da indústria e as medidas do governo para conter o crédito. - O reajuste será do tamanho do desempenho do setor, mas a expansão da economia vem sendo puxada pelo aumento do mínimo e dos acordos salariais acima da inflação. É importante continuar assim. O metalúrgico Evaristo José da Silva, de São Paulo, concorda. Ele pertence à categoria que teve o segundo maior aumento real em 2010: 3,6% (alta nominal de 9%). Silva, que trabalha há 20 anos na Metalúrgica Schioppa, diz que há muito tempo a categoria não recebia um reajuste assim. - Com a diferença no salário dá para pensar em um fogão novo, móveis novos ou até em um carro - comemora. Para Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, a boa situação econômica deixa o trabalhador mais confiante. - Com isso, temos mais mobilização. E em 2011 está mais fácil de negociar.
JB Online (RJ): Inflação 2011   Informe JB Por Leandro Mazzini   O Ipea divulga hoje boletim que detalha as causas da alta do IPCA em 2010 e os “prováveis focos inflacionários” este ano. Há aposta na baixa da inflação para o ano em curso.
Confira o lançamento do livro sobre licenciamento ambiental
Infomoney On Line: Mesmo existindo integração do transporte público, 27,5% dos brasileiros não usam A integração dos meios de transporte público ajuda muitos brasileiros a economizar com as tarifas. Ainda assim, em muitas localidades onde existe o benefício, ele não é utilizado por todos. Pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra que 27,5% dos brasileiros não usam a integração, apesar de ela existir. O levantamento, divulgado na segunda-feira (24), mostra que, dentre as regiões, a Sudeste registra o maior percentual de pessoas que não utilizam o benefício: 37%. No Nordeste, o percentual alcança 24,5%, no Norte, 22,6%, e no Centro-Oeste, 17,3%. Na região Sul, 14,7% dos entrevistados afirmaram que não utilizam a integração dos transportes, apesar de existir. De acordo com o Ipea, 26,3% dos brasileiros afirmaram que não existe integração na cidade onde vivem. No Norte, o percentual alcança os 55,6%. No Sul, 33,7% afirmaram que não existe o benefício, ao passo que, no Nordeste, 23,3% afirmaram o mesmo. No Centro-Oeste e Sudeste encontram-se os menores percentuais, de 21,3% e 19%, respectivamente. Tipo de integração A pesquisa ainda revelou que a integração ônibus-ônibus é a mais utilizada no País: 33,2% dos brasileiros usam esse benefício. Por regiões, ela é mais usada no Nordeste (49,8%), seguido por Sul (42,6%), Centro-Oeste (32,3%), Sudeste (25,2%) e Norte (21,1%). Já a integração ônibus-metrô é a segunda mais utilizada, com 4,9% das respostas. No Sudeste, o percentual alcança 9,2%, seguido pela região Sul, com 4,2%. No Nordeste, Norte e Centro-Oeste o percentual daqueles que disseram que utilizar esse tipo de integração alcançou 0,8% cada. Unanimidade O transporte público é unanimidade entre os brasileiros. A pesquisa mostra que 44,3% deles utilizam esse meio para se locomover na cidade onde vivem. No Sudeste, 50,7% das pessoas usam o transporte público para a sua locomoção. Nas outras regiões, o percentual dos que utilizam o meio é menor: de 46,3% no Sul, de 40,3% no Norte, de 39,6% no Centro-Oeste e de 37,5% no Nordeste. O carro e a moto são utilizados por 23,8% e 12,6% dos brasileiros. Nesses casos, o carro é mais utilizado no Centro-Oeste (36,5%) e menos no Nordeste (13%), ao passo que a moto é mais usada no Nordeste (19,4%) e menos no Centro-Oeste (6,5%). A bicicleta é usada por 7% dos entrevistados, sendo que o maior percentual foi verificado na região Norte (17,9%) e o menor, na Sul (2%). Outros 12,3% da população do País se locomove a pé. Esse percentual alcança 18,8% na região Nordeste e 7,6% na Sul.
180 Graus: Nenhum município do Piauí tem coleta seletiva de lixo As Prefeituras do Piauí se reunirão em Teresina para discutir a apresentação de projetos para a ampliação da coleta seletiva de lixo em todo o Estado. O presidente da Associação Piauiense dos Municípios (APPM), Francisco Macêdo, afirmou que os gestores irão solicitar recursos para a implantação de aterros sanitários em todo o Piauí. Prefeito de Bocaina, Francisco Macêdo, afirmou que os prefeitos têm até 2014 para fazer a coleta seletiva do lixo. Dados coletados por Avelar Damasceno Amorim apontam que dos 224 municípios piauienses, 215 têm serviço de coleta convencional e nenhum com coleta seletiva. Apenas 60% dos domicílios piauienses urbanos do Estado do Piauí contam com coleta de lixo feito porta a porta pelo sistema de limpeza pública; outros 17% são queimados na propriedade e outros 13% jogados terreno baldio ou logradouro, ou seja, 30% dos resíduos são dispostos de forma totalmente inadequada. "O hábito de queimar o lixo existe até mesmo nas próprias Prefeituras", falou Avelar Damasceno. No Piauí, o engenheiro agrônomo Avelar Damasceno Amorim, especialista em Gestão Ambiental e de Recursos Hídricos, disse que do ponto de vista do destino final dos resíduos sólidos a situação do Estado é uma das piores. Ele falou que segundo dados do Plano Nacional de Saneamento Básico 2000, existem apenas três aterros sanitários no Piauí. Os de Teresina, Bom Princípio do Piauí e Piripiri e quatro aterros controlados, sendo eles em Teresina, Valença, Corrente e Bom Jesus. "A maioria de nossos municípios não faz a coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos (lixo) contribuindo para a formação de lixões a céu aberto e caracterizando a falta de gerenciamento dos resíduos sólidos", afirma Avelar Damasceno Amorim. O governo pretende investir R$ 1,5 bilhão em projetos de tratamento de resíduos sólidos, na substituição de lixões e implantação da coleta seletiva e no financiamento de cooperativas de catadores. Antes de sair do governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de deixar o cargo, sancionou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que R$ 1 bilhão já estão previstos no Orçamento de 2011 e que R$ 500 milhões virão da Caixa Econômica Federal. As linhas de crédito poderão financiar a elaboração de planos estaduais e municipais de resíduos sólidos e cooperativas de catadores. "O dinheiro irá para prefeituras, catadores, estados, para todos aqueles que são objeto de financiamento pelo setor público. Às vezes, o municípios tem o projeto do aterro, mas não tem o dinheiro para fazer o estudo de impacto ambiental", lembrou a ministra Izabella Teixeira. A lei sancionada prevê a responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos sólidos e proíbe a manutenção de lixões em todo o país. A estimativa do governo é que, com a nova legislação, o potencial de geração de renda do setor de reciclagem salte de R$2 bilhões para R$ 8 bilhões, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A regulamentação da lei, feita em dezembro, definiu como a regra será aplicada e as sanções para quem não cumpri-la. A ministra Izabella Teixeira enfatizou que a população também será responsável pela implementação da lei. O governo pretende fazer campanhas educativas para o consumidor sobre a coleta seletiva e o descarte de materiais como pilhas e baterias. "Todo mundo é responsável por fornecer destinação adequada a resíduos sólidos. Vamos ter que incrementar os serviços de coleta seletiva - isso exige um trabalho monumental, mas temos um novo patamar de legislação, a possibilidade de ter consórcios, de financiamento." A ministra também apontou o papel da indústria na implementação da lei e disse que o governo pretende firmar acordos setoriais com as cadeias de eletroeletrônicos, alumínio e papelão para que os resíduos sejam descartados de forma correta. O prefeito de Teresina, Elmano Férrer (PTB), declarou que a Prefeitura Municipal está investindo em um aterro sanitário e está esperando uma licitação da Agespisa para o início de obras. Se a sociedade brasileira reciclasse todos os resíduos que são encaminhados aos lixões e aterros, poderíamos economizar cerca de R$ 8 bilhões ao ano. Hoje, a economia gerada com a atividade de reciclagem varia de R$ 1,3 a 3 bilhões anualmente. Os dados são de um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. O levantamento realizou a estimativa dos benefícios econômicos e ambientais da reciclagem. Para se chegar a essa cifra, foram utilizados parâmetros como os custos evitados e os atuais da reciclagem, bem como os custos intrínsecos e econômicos da coleta seletiva. Outros pontos como a elevação do nível de renda dos catadores, estímulo à profissionalização e elevação da eficiência destes trabalhadores, aumento da coleta de materiais específicos e prioritários, grau de organização dos cooperados e incentivo às cooperativas foram elencados no documento como estratégias e objetivos a serem alcançados por meio de uma política de pagamento por serviços ambientais urbanos. O estudo prevê ainda o apoio aos catadores não cooperados. O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, disse que o trabalho de reciclagem tem permitido o resgate social de grupos historicamente excluídos, e que, caso aprovado o projeto de lei, o pagamento por serviços ambientais urbanos poderá gerar benefícios e inclusão de cerca de um milhão de brasileiros. Atualmente, apenas 14% da população brasileira conta com o serviço de coleta seletiva, e somente 3% dos resíduos sólidos urbanos gerados nas cidades são coletados nos municípios.
Publicação foi lançada na última terça-feira, dia 6, na sede do Ipea, em Brasília
ESTADÃO - Com queda de alimentos, prévia da inflação sobe 0,54%, menor índice para fevereiro desde 2012
ISTOÉ ONLINE - Elevar tempo de contribuição para Previdência não afeta mais ricos, diz analista

<< Início < Anterior 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Próximo > Fim >>
Página 6 de 1099

 
 
 
 

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil.
Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada


Política de Privacidade
Expediente – Assessoria de Imprensa e Comunicação