SIPS 2011 - Sistema de Indicadores de Percepção Social – Saúde
Andrea Barreto de Paiva, Edvaldo Batista de Sá, Leila Posenato Garcia, Luciana Mendes Santos Servo, Maria Elizabeth Barros e Sérgio Francisco Piola / fevereiro de 2011
Em pouco mais de 20 anos de existência, o SUS ampliou o acesso à assistência à saúde para grande parte da população brasileira, antes excluída, ou dependente da ação de instituições assistenciais e filantrópicas. Em 2009, foram realizados 721 milhões de atendimentos ambulatoriais e 11 milhões de procedimentos de média e alta complexidade e internações (Ministério da Saúde, 2010). Além disso, por meio da atuação da vigilância em saúde, o Brasil tem obtido importantes resultados no controle de doenças e agravos à saúde. Destacam-se as experiências bem-sucedidas da eliminação do sarampo, da campanha de vacinação contra a influenza H1N1 e do tratamento do HIV/Aids.
Apesar de todos esses avanços, observa-se também que o SUS apresenta dificuldades para garantir o acesso oportuno e de qualidade para toda população brasileira. Essas dificuldades estão relacionadas, entre outros fatores, ao subfinanciamento desse sistema, a problemas de gestão e à relação entre o SUS e o sistema privado de saúde, que muitas vezes concorre por recursos humanos, financeiros e físicos.
Os avanços e as dificuldades são percebidos pela população brasileira. A percepção da população é mediada por inúmeros fatores, entre eles sua própria experiência na utilização dos serviços, a experiência de outros membros da família ou da comunidade, sua visão sobre como deveria ser o atendimento prestado pelos profissionais de saúde, a formação de uma opinião geral a partir daquilo que é divulgado nos meios de comunicação, entre outros. Assim, a percepção da população sobre o SUS agrega questões relacionadas à experiência pessoal, às expectativas de atendimento e às informações recebidas por meio de diferentes meios de comunicação.
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