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04/12/2015 16:10

“É preciso criatividade para instituir a agenda metropolitana”
Diretor do Ipea participou de seminário internacional promovido pelo MCidades, nos dias 03 e 04/12, em Brasília


“Não dá para pensar em planejamento metropolitano sem os recursos das tecnologias de comunicação e informação”, disse o diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, Marco Aurélio Costa, durante o Seminário Internacional Planejamento Metropolitano: Governança, Ordenamento Territorial e Serviços Metropolitanos em Debate. Promovido pelo Ministério das Cidades, com o apoio do Ipea, o evento foi realizado nos dias 03 e 04/12, no auditório Divonzir Gusso, na sede do Instituto, em Brasília.

No debate, Marco Aurélio apontou as principais questões para uma agenda metropolitana. “Temos que ter criatividade dentro do nosso quadro federativo para implementar o planejamento metropolitano. É um risco perder essa agenda, temos um déficit absurdo de infraestrutura urbana.” O diretor alertou para a necessidade de um arranjo adequado dentro de um pacto federativo e sugeriu a incorporação da discussão metropolitana no processo da 6ª Conferência Nacional das Cidades.

O pesquisador lembrou ainda a experiência do Instituto nesta área com o Atlas da Vulnerabilidade Social (ivs.ipea.gov.br) e o Atlas do Desenvolvimento Humano (atlasbrasil.org.br)_ este último, uma parceria com o PNUD e a Fundação João Pinheiro. “Nós construímos plataformas de divulgação de informação em diferentes níveis territoriais”, explicou o diretor do Ipea, acrescentando que é possível acessar as informações por município, por Região Metropolitana (RM), por estados e por nível intramunicipal nas 20 principais RMs do Brasil.

A secretária geral da Área Metropolitana de Bucaramanga (AMB), da Colômbia, Mary Liliana Rodriguez, falou da importância do observatório metropolitano na elaboração e na implantação do Plano Metropolitano de Bucaramanga. Já o analista de Políticas Sênior – The World Concil on Cite Data (WCCD) Magda Barrera abordou o tema dos sistemas de informação e avaliação de necessidades metropolitanas. E o gerente de redes e fluxos geográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcelo Paiva Motta, apresentou as Regiões de Influência das Cidades (REGIC 2017) e informações metropolitanas do Brasil.


Abertura
Na abertura do evento, no dia 03/12, que também teve a presença de Marco Aurélio, o embaixador e diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), João Almino, disse que nesse momento em que as Nações Unidas se preparam para os novos desafios para um desenvolvimento sustentável, que almeja tornar as cidades e os assentamentos seguros, inclusivos, resilientes e sustentáveis, o Brasil, em particular o Ministério das Cidades, tem sido parte importante nas negociações. Rayne Ferretti de Moraes, do Habitat/ONU, destacou que o tema metropolitano é um grande desafio, não só para o Brasil, mas também no cenário internacional: “Em outubro, foi realizada uma conferência preparatória para o Habitat III, especificamente sobre o tema metropolitano, com representantes da comunidade metropolitana de Montreal, que foi quem organizou o evento, mostrando o quão complexo é o assunto para o cenário internacional”.

Juan Carlos De La Hoz Vinas, chefe de Operações do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), lembrou que, no Brasil, cerca de 85% da população vive nas áreas urbanas e que, com isso, criou-se um grande desafio dos conglomerados, o que enseja muita articulação para facilitar a sustentabilidade ambiental e econômica. Representando a Frente Nacional de Entidades Metropolitanas (FNEM), a diretora-presidente da Emplasa, Rovena Negreiros, referiu-se à parceria entre o Ministério das Cidades e a FNEM como produtiva e de fortalecimento institucional. Ela ressaltou, ainda, o papel do Ipea na geração de conhecimento e transferência deste com relação à pauta metropolitana por meio de dois projetos – Governança Metropolitana e Rede Urbana: “É inspirador para que nós todos possamos conhecer a realidade brasileira e as diferenças de estágio que nos encontramos do ponto de vista da dinâmica urbana metropolitana e do amadurecimento institucional de governança metropolitana”.

Uma iniciativa do Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos, o evento teve a parceria da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e do escritório para América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). O objetivo do seminário foi aprofundar e aprimorar os conhecimentos de representantes dos segmentos envolvidos com a temática metropolitana, entre eles parceiros da Rede Ipea no projeto Governança Metropolitana no Brasil.

Vídeo: “É um desafio para o Brasil uma agenda de governança metropolitana”

 
 

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