24/03/2016 11:14 |
Publicação analisa desafios e perspectivas do etanol no Brasil
A interlocução com as políticas públicas implementadas desde 1975 norteia a publicação, que tem como ponto de partida o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), criado naquele ano, passando pela década de 1990 – em que houve um período de expansão do etanol no Brasil –, até os dias atuais, quando o etanol é responsável por 16% da oferta total de energia no país e se equipara à energia hidrelétrica em relação à oferta primária de energia. A agroindústria da cana-de-açúcar adaptou-se aos diversos fatores existentes no Brasil, como mudanças e crises na economia, exigências de maior proteção da vegetação natural, da água e do solo. Essa conjuntura possibilitou a diversificação da produção e viabilizou novas tecnologias. A análise desse período foi feita dividindo-se a obra em duas partes: a primeira, histórica e descritiva do perfil da expansão do etanol no país; e, a segunda, sobre a dinâmica produtiva da cana e do etanol. Na primeira parte do livro, composta pelos quatro primeiros capítulos, destacam-se a análise da trajetória da agroindústria canavieira, além de sua situação atual e seus indicadores econômico-financeiros, além dos desafios para a sua expansão. O primeiro capítulo, A agroindústria canavieira e a produção e etanol no Brasil: características, potenciais e perfil da crise atual, faz uma abordagem dos desafios produtivos e de seus indicadores mais ressaltados, tendo o etanol hidratado como foco. Dentre as características que apontam os maiores desafios do setor, há as variações do clima, endividamento das indústrias acima da sua receita anual, atrasos na adoção de tecnologias e o comportamento de euforia com o surgimento do carro flex e crédito barato, no início da década passada. Destaque ainda para o último capítulo dessa parte, escrito por Gesmar Rosa dos Santos e Magda Eva S. de Faria Wehrmann, que debate o financiamento público à pesquisa e inovação na atividade sucroenergética – setor que produz açúcar e álcool. Por fim, são apontadas sugestões de diretrizes de políticas públicas para o etanol, levando-se em consideração o contexto do desenvolvimento da cadeia produtiva da cana no Brasil.
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