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10/12/2019 12:00 |
![]() TD 2523 - Avaliação da Cooperação Sul-Sul: uma análise comparada das perspectivas de avaliação do Brasil, Índia e África do Sul Aline Duarte da Graça Rizzo, Brasília, novembro de 2019 Nas últimas décadas a cooperação internacional no eixo Sul-Sul tem crescido substancialmente, mobilizando um amplo debate em setores públicos e privados, em grupos da sociedade civil, bem como no ambiente acadêmico. Com os crescentes fluxos de cooperação Sul-Sul (CSS), intensifica-se a demanda da comunidade internacional, bem como de atores domésticos, por mecanismos de prestação de contas e monitoramento. Se a demanda por avaliação é crescente, certamente os desafios não são poucos. Embora nos fóruns atuais seja notório o esforço de elaboração conjunta de métodos de monitoramento e avaliação a partir da perspectiva do Sul global, é igualmente evidente as clivagens entre os próprios países que o compõem. Ainda que os princípios da CSS sejam compartilhados, os diversos atores envolvidos partem de concepções por vezes distintas da cooperação que afetam diretamente suas narrativas e práticas. Nesse contexto, a partir dos casos de Brasil, Índia, e África do Sul, três questões orientam este trabalho: i) quais as propostas de avaliação da CSS de cada país; ii) em que medida tais propostas fortalecem um discurso de resistência aos métodos de avaliação do Norte; e iii) quais os caminhos até agora trilhados rumo à “equalização” dos métodos da avaliação no Sul global. A partir dessas questões, a hipótese central deste trabalho é que o debate da avaliação tem contornos e intensidade distintos em cada país. Tal variação justifica-se, por um lado, pelo nível de demanda por avaliação no plano doméstico, e por outro, pelos interesses de instrumentalização do debate enquanto espaço de resistência política. Os recentes debates evidenciam que mais do que alinhar os métodos de avaliação da CSS aos seus princípios, busca-se tornar a própria avaliação um instrumento de resistência e contestação; mas por outro lado, para além das distinções de paradigmas, há o âmbito político das negociações que permeiam os debates e tomada de decisão no campo da avaliação.
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