Webinar discute mobilidade urbana e acesso ao SUS em tempos de pandemia

Pesquisador do Ipea apresentou resultados de estudo lançado recentemente sobre acesso ao SUS para casos de Covid-19 nas vinte maiores cidades do Brasil

As condições de acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) durante a pandemia de Covid-19, a partir da infraestrutura de mobilidade urbana existente nas 20 maiores cidades do Brasil, foram o tema do webinar promovido na tarde desta terça-feira (19) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP). O pesquisador do Ipea e sociólogo Rafael Pereira apresentou dados sobre a localização das parcelas da população mais vulneráveis à doença (acima de 50 anos, de baixa renda) e a disponibilidade de leitos de UTI com respiradores próximos a esses moradores.

O webinar contou com a participação do secretário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre, Rodrigo Tortoriello, e promoveu um debate sobre os principais resultados da nota técnica do Ipea “Mobilidade Urbana e o Acesso ao Sistema Único de Saúde para Casos Suspeitos e Graves de Covid-19 nas Vinte Maiores Cidades do Brasil”, publicada em abril.

Entre seus resultados, o estudo ressalta que o acesso ao SUS é consideravelmente menor nas periferias das cidades analisadas, onde há uma combinação de fatores como baixa renda, adensamento e piores condições de saneamento. Essa situação cria um cenário de alerta sobre a propagação da Covid-19 justamente onde há menor capacidade de atendimento do sistema de saúde.

Transmitido ao vivo pelo canal do ITDP na plataforma YouTube, o webinar também mostrou dados do projeto Acesso a Oportunidades, coordenado pelo Ipea e destinado à compreensão das condições de transporte e de desigualdades de acesso a oportunidades nas cidades brasileiras. Rafael Pereira destacou que o projeto é muito amplo e pôde oferecer um panorama do acesso à saúde durante a pandemia.

“O contexto com o qual estamos lidando exige respostas muito rápidas. Somente conseguimos produzir esse relatório de uma maneira tão ágil, olhando informações do Sistema Único de Saúde nas 20 maiores cidades do Brasil, porque já tínhamos dados relativamente avançados do projeto Acesso a Oportunidades”, explicou o pesquisador.

Leia a íntegra da Nota Técnica

Veja aqui os slides da apresentação do webinar

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