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14/09/2021 10:30 |
![]() TD 2694- Impactos Regionais de Choques de Produtividade e Redução de Desigualdades: O Caso de Região Nordeste Carlos Wagner De Albuquerque Oliveira e Bruno De Oliveira Cruz /Rio de Janeiro, setembro de 2021 Este Texto para Discussão analisa impactos regionais de diferentes políticas sobre as tendências de médio e longo prazos, em especial para o Nordeste, em um momento pré-pandemia e pré-recessão (2015-2016), utilizando a ferramenta International Futures (IFs). A ferramenta está fundamentada em um conjunto de modelos teóricos que é rodado tomando como base os dados contidos em séries históricas que cobrem mais de 186 países. Os modelos conseguem simular os impactos globais de alterações de políticas e suas inter-relações entre países e blocos econômicos. Osresultados mostram, primeiramente, que a tendência de crescimento do produto interno bruto (PIB) per capita da economia brasileira e da América Latina estava abaixo das demais regiões do mundo, e a economia brasileira tinha uma perspectiva de crescimento ainda menor que a América Latina. Em segundo lugar, choques de produtividade (defi nidosde maneira ampla) elevam a taxa de crescimento do PIB per capita da economia brasileira. No cenário-base, a taxa média anual de crescimento entre 2015 e 2030 foi de 0,61%, enquanto no cenário com choques de produtividade essataxa passou para 1,23%. O cenário combinado de aumentos de redução de desigualdades apresenta a maior taxa média anual de crescimento do PIB per capita (1,42%) quando comparado com os outros cenários. Ocenário de redução de desigualdades tem pouco impacto sobre essa taxa, mas o impacto é elevado quando se trata da redução de desigualdade e melhoria no índice de desenvolvimento humano (IDH). Em terceiro lugar, mesmo com choques de produtividade e crescimento acima da média brasileira, nenhum dos estados nordestinos atingiria 75% do PIB per capita nacional em 2030. Mesmo no cenário de maior crescimento, os níveis de desigualdade inter-regional são mantidos, não há alteração nos coefi cientes de convergência beta dos PIBs per capita e encontra-se, inclusive, divergência na convergência sigma. Emquarto lugar, nos dois cenários que atacam diretamente as desigualdades, a taxa de extrema pobreza é reduzida de forma mais acentuada, mas ainda assim os estados do Nordeste não conseguem eliminar por completo a pobreza extrema (pessoas que recebem menos de US$ 1,25 por dia) em 2030. Emquinto lugar, e por fi m, calcula-se a elasticidade de redução da taxa de pobreza com relação ao PIB per capita e ao Gini nos diferentes cenários. A maior estimativa para a elasticidade do PIB per capita é de -1,35 e para a elasticidade do Gini, 3,05. Conclui-se que, no cenário combinado, o crescimento econômico explicaaproximadamente 35% da redução da taxa de pobreza no Nordeste, e a redução de desigualdades, aproximadamente 56%. Emresumo, os resultados mostram que políticas de melhoria da produtividade e redução de desigualdades pessoais sem um foco em áreas mais carentes do país não são sufi cientes para reduzir o quadro de desigualdades regionais. Palavras-chave: produtividade; redução de desigualdade; modelos de simulação regional.
This paper analyzes regional impacts of different policies choices on the long-run trend, especially in the Northeast. Simulations, in the four different scenarios, ranges from 2015-2030, using the International Futures (IFs) model. This model encompasses a huge number of historical data for 186countries. Thus, it is possible to simulate global change and the impact of policies changes in different countries. Themain results are the following. 1)There was a clear problem in terms of gross domestic product (GDP) growth for Brazil and Latin America, both were the regions with the lowest rate of GDPper capita growthand Brazil had an even lower growth than Latin America. 2) Productivity shock might have an impact in the Brazilian growth, comparing to the scenario base the rate of GDP per capita goes from 0.61 to 1.24. As one combines productivity shocks with inequality reduction, the Brazilian growth rate goes to1.42. 3) In regional terms, even if Northeast still grows at a higher rate than National GDP, there is not signifi cant change in the dynamics of convergence, even if themost favorable, the beta-convergence coeffi cient keeps at the same low level of 0,06. None of the Northeast states are able to reach 75% of the National GDP at the end of 2030. 4) In both scenarios that deals with inequality reduction, poverty rate is substantially reduced, however none of the Northeast states is able to vanish poverty in 2030. 5)Decomposing the poverty reduction, one can show that GDP growth explains 35% in the Northeast, while inequality reductionisresponsible for 56%. In short, the results show that productivity shocks and reductionin income inequality without any regional bias is not able to reduce regional inequalities in the 2030, before the pandemic crises. Keywords: productivity shocks; income inequality reduction; regional simulation.
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