15/12/2021 20:50 |
Políticas tributárias mitigaram impactos da pandemia na economia da China Diagnóstico mostra que deduções tributárias às pequenas empresas foram estratégicas para atenuar impactos econômicos e cenário de recessão no país A China foi a única economia do bloco econômico G20 a ter crescimento positivo do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,3%, em 2020. As políticas tributárias e fiscais adotadas no enfrentamento à pandemia foram determinantes para o saldo positivo. A conclusão foi apresentada nesta quarta-feira (15/12), no segundo dia de webinar sobre a economia chinesa, promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o levantamento, as deduções tributárias e incentivos fiscais às pequenas empresas foram estratégicas para evitar cenário de recessão econômica no período analisado. A pesquisa mostra que o pacote de enfrentamento à pandemia da China totalizou RMB$ 4,9 trilhões, em 2020, com medidas emergenciais ao setor empresarial, incluindo essencialmente as reduções de impostos e incentivos fiscais. Os dados apresentados no levantamento indicam que a perda de arrecadação com as políticas tributárias foi de apenas 3,9% em relação a 2019. Na avaliação dos autores do estudo, Pedro Humberto de Carvalho e Ticiane Amaral, os dados obtidos demostram a rápida capacidade de resposta do governo chinês em implementar políticas tributárias para mitigar o cenário de instabilidade econômica iniciado na pandemia. “As medidas tiveram êxito em promover isenções fiscais para as pequenas empresas e evitar, sobretudo, o cenário de eventual recessão na economia chinesa”, afirmou Carvalho. A abertura do segundo dia do webinar foi realizada por Fernando Ribeiro, coordenador de Estudos em Relações Econômicas Internacionais (Dinte/Ipea). Ele anunciou que novos estudos deverão ser publicados em 2022 para dar continuidade à agenda de pesquisas sobre a China. “O Ipea desenvolveu esse projeto pioneiro de estudos sobre a economia chinesa e o impacto dela na economia global. Esse processo de análise torna-se cada vez mais necessário para auxiliar o posicionamento da economia brasileira na agenda de comércio exterior”, disse. Política agrária chinesa Marcelo Nonnenberg, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, destacou a importância do tema para a agenda comercial brasileira. “Entender os desafios e necessidades na agenda de políticas agrárias da China é de fundamental importância para o Brasil. A China é, atualmente, o principal comprador dos produtos agrícolas brasileiros e oferece claras oportunidades de ampliação desse mercado”, afirmou. Leia o estudo na íntegra: Sistema tributário e fiscal da China Leia o estudo na íntegra: Dinâmica da economia agrícola da China Assessoria de Imprensa e Comunicação |
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