Mulheres que fazem Ciência também fazem história
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No mundo, apenas 28,8% dos pesquisadores são mulheres. Na América Latina e Caribe, a porcentagem de pesquisadoras é de 45,4%, segundo dados do Escritório de Estatísticas da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UIS/Unesco) de 2015. No Brasil, mulheres não chegam a ser metade do número total de pesquisadores no país. Considerando professoras universitárias como parte do quadro, mulheres representam 47% de profissionais no campo da pesquisa, de acordo com dados da Pnad Contínua em 2020. Embora elas estejam conquistando espaço, o campo científico ainda segue dominado por homens. Eles são mais representados entre os autores com uma longa história de publicação, enquanto as mulheres são altamente representadas entre os autores com um curto histórico de publicação. A proporção de mulheres para homens entre inventores é muito baixa em comparação com a proporção observada para autores e bolsistas. A maioria dos países mostra mudanças muito modestas nestas razões ao longo do tempo. É por isso que a existência de mulheres na ciência vai além de suas próprias conquistas individuais. Mulheres cientistas ainda são pontos fora da curva, mas também são pontos de partida para o ingresso de outras tantas neste meio. É preciso conhecer a realidade e reconhecer quem faz a diferença para transformá-la. Neste Dia Internacional da Mulher, o Ipea homenageia as pesquisadoras do Instituto, que fazem mais do que Ciência, fazem história. Confira aqui a trajetória dessas mulheres: |
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FABIOLA SULPINO VIEIRA |
Tem se dedicado à pesquisa em saúde e atualmente exerce a função de coordenadora de Estudos e Pesquisas em Seguridade Social na Diretoria de Estudos e Políticas Sociais. É Doutora em Saúde Coletiva e Mestre em Economia da Saúde. Graduou-se em Farmácia-Bioquímica e possui especialização em Gestão Pública. Atuou nas áreas de vigilância sanitária e assistência farmacêutica em secretarias municipais de saúde e, como Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, no Ministério da Saúde, onde exerceu as funções de coordenadora-geral e de diretora de Economia da Saúde. Desde 2015, atua no Ipea. Suas últimas publicações abordam a organização da assistência farmacêutica e o financiamento do SUS.
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FERNANDA LIRA GOES |
Da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais, tem se dedicado à pesquisa de equidade racial e geopolítica afrobrasileira. Suas últimas publicações abordaram as desigualdades raciais em infraestrutura e ao acesso a serviços no entorno do domicílio da população em situação de periferia, a quantificação de sobreviventes a homicídio perpetrado contra população negra no Brasil, e a racialização do financiamento do BNDES para obras e serviços no exterior. Bacharel pela FIB (2002) e especialista pela UnB (2005) em Relações Internacionais, Mestre (2015) e Doutora (2021) em Geografia pela UnB. Atualmente é técnica de Planejamento e Pesquisa na Coordenação de Igualdade de Gênero, Raça e Gerações no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Tem experiência na área de equidade racial, com ênfase em território negro, impactos do racismo enquanto política de poder, atuando principalmente nos seguintes temas: política pública antiracista, genocídio da população negra, território negro, território do dinheiro, desigualdade racial.
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FLÁVIA DE HOLANDA SCHMIDT |
Atualmente diretora de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia do Ipea. Suas últimas pesquisas abordaram o uso de evidências e políticas de CT&I e a presença de militares na burocracia federal. Anteriormente desenvolveu pesquisas na área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) e indústria de defesa. Doutora em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2012), Mestre em Administração pela mesma instituição em 2006, tendo a sua dissertação sido agraciada com o Prêmio IAG. Técnica de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada desde 2009. No Ipea, foi diretora-adjunta da Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação e Infraestrutura (2014/2017) e diretora-adjunta de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (2017/2019). Tem uma filha de sete anos, Maria Carolina.
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GRAZIELA FERRERO ZUCOLOTO |
Doutora em Economia da Indústria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFJR (2009); mestre em Economia pela Universidade de São Paulo - FEA/USP (2004) e graduada em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo - FEARP/USP (1999). Foi assessora da Secretaria Executiva do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), atuando na gestão e implementação das políticas setoriais e de inovação. Atuou também na consultoria MB Associados, na área de análises setoriais e na Diretoria de Política Industrial e Tecnológica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT/SP), em estudos sobre a competitividade da indústria paulista. Possui publicações nas áreas de globalização tecnológica, ciência, tecnologia, inovação e informação, propriedade industrial e tecnologias do setor de saúde. Suas áreas de estudo são propriedade intelectual, empresas multinacionais e desenvolvimento tecnológico.
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JOANA LUIZA OLIVEIRA ALENCAR |
Mestre em Administração na linha Administração Pública e Políticas Públicas pela Universidade de Brasília (UnB). Pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica aplicada desde 2010, atuou em pesquisas sobre instituições participativas no Brasil, especialmente conselhos e conferências de políticas públicas. Coordenou o Boletim de Análise Político-Institucional do Ipea e a coordenação de Estado e Democracia da Diretoria de Estudos e Pesquisas para o Estado, Instituições e Democracia (Diest). Atuou na Coordenação de Gênero, Raça e Gerações da Diretoria de Políticas Sociais, especificamente em estudo sobre atuação do poder judiciário no atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica e hoje se dedica a projetos sobre políticas públicas e espaços de interação entre Estado e sociedade. Suas áreas de estudo são gênero, democracia, participação social, metodologias de diálogo, segurança Pública, instituições participativas, conselhos, conferências.
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JOANA SIMOES DE MELO COSTA |
Pesquisadora no Ipea desde 2004. Obteve doutorado em Economia na PUC-Rio em 2013. Foi pesquisadora visitante em Stanford no ano de 2019. Atua na Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea e é participante do Grupo de Estudos em Economia da Família e do Gênero (GeFam). Suas áreas de interesse incluem avaliação de políticas públicas, economia do trabalho, economia da educação e economia do gênero.
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JUNIA CRISTINA PERES RODRIGUES DA CONCEIÇÃO |
Doutora em Economia Aplicada pela ESALQ/USP. Técnica de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Tem experiência na área de economia agrícola, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento agrícola, produtividade e crescimento agrícola, política de comercialização agrícola.
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LENITA MARIA TURCHI |
Doutora pela London School of Economics and Political Science - Industrial Relations Department - London University (Reino Unido, 2001). Iniciou sua carreira profissional como pesquisadora e professora da Universidade Federal de Viçosa (1980/ 1986), onde desenvolveu pesquisas sobre ocupação da fronteira agrícola na Amazônia e Projetos de Colonização em Rondônia e papel do Estado na inovação da agroindústria canavieira e de soja. Desde 1986, é pesquisadora do Ipea, onde desenvolveu pesquisas sobre políticas públicas de incentivo à produtividade tais como programas de Qualidade Total para o sistema industrial no setores de petróleo e gás, adensamento de cadeias produtivas do setor coureiro calçadista confecções, incentivos à formalização de arranjos produtivos intensivos em mão de obra. Na última década, a pesquisadora concentrou seus estudos em avalições de políticas de inovação, ciência e tecnologia e nas parcerias para inovação entre empresas, centros de pesquisa e universidades.
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LUANA SIMÕES PINHEIRO |
Tem se dedicado à pesquisa sobre igualdade de gênero e condições de vida das mulheres, em especial sobre o trabalho doméstico e de cuidados remunerado e não remunerado. É técnica de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, atuando na Coordenação de Igualdade de Gênero, Raça e Gerações e é também editora do Boletim de Políticas Sociais, projeto que a acolheu, ainda como estagiária, quando chegou ao Ipea no início dos anos 2000. É economista, com mestrado e doutorado em sociologia pela Universidade de Brasília (UnB). Além de pesquisar sobre trabalho de cuidados, vive intensamente seu objeto de estudo, sendo mãe de duas lindas crianças, Helena e Gustavo.
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LUCIANA ACIOLY DA SILVA |
Graduada em Ciências Econômicas e Doutora pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp e pós-Doutora pela Universidade de Cambridge, Reino Unido. Atualmente é técnica de planejamento e pesquisa na Diretoria de Estudos, Relações Econômicas e Políticas Internacionais (Dinte) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, atuando no campo das finanças internacionais, com pesquisas e trabalhos publicados nos seguintes temas: fluxos de capitais, investimento direto externo, crises financeiras, G-20, balanço de pagamentos, moedas, bancos multilaterais de desenvolvimento, economia chinesa e BRICS.
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LUCIANA MENDES SANTOS SERVO |
Técnica de planejamento e pesquisa do Ipea, doutora em economia pelo Cedeplar/UFMG, mestre em economia pela FEA/USP, especialista em economia da saúde pela Universidade Pompeu Fabra (IDEC/UFP), membro do Grupo de Pesquisa em Economia da Saúde e Criminalidade (Geesc) do Cedeplar/UFMG e da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas, com trabalhos sobre: financiamento e gasto em saúde; avaliação em saude; contas de saúde; acompanhamento e análise das políticas públicas de saúde; acesso às ações e aos serviços de saúde; desigualdade em saúde, indicadores de saúde; saúde e segurança do trabalho; custos econômicos em saúde; mercado de trabalho e economia regional.
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LUSENI MARIA CORDEIRO DE AQUINO |
Bacharel em ciências sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais e mestra e doutora em sociologia pela Universidade de Brasília. Atuo como técnica de planejamento e pesquisa do Ipea desde 1997 e alguns dos temas que marcaram minha trajetória são o dimensionamento e a distribuição do gasto público social, os arranjos e instrumentos de promoção e defesa de direitos humanos, as políticas de segurança pública e as ações afirmativas para pessoas negras no serviço público. Na última década, tenho me concentrado nos estudos sobre as instituições do sistema de justiça, as carreiras jurídicas públicas e a dinâmica do acesso à justiça no Brasil. O último projeto que coordenei tratou da atuação do sistema de justiça e seus atores no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra as mulheres.
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Esta ação conta com a participação das pesquisadoras ativas do Ipea que autorizaram a divulgação de seus currículos. |
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