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24/03/2022 10:51

Nota Técnica - 2022 - Março - Número 44 - Dinte

Integração Econômica Bilateral Argentina-Brasil: reconstruindo pontes

 

Autores: Pedro Silva Barros, Fernando J. Ribeiro, André Pineli, Luciano Wexell Severo, Corival Alves do Carmo, Julia de Souza Borba Gonçalves e Helitton Christoffer Carneiro

 

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Argentina e Brasil têm muito mais a ganhar juntos. As potencialidades das relações bilaterais foram diagnosticadas há décadas (Baumann e Lerda, 1987). Em perspectiva histórica, os países estiveram mais próximos nos últimos trinta anos do que em qualquer outro período anterior. Durante a última década, porém, as relações bilaterais vêm perdendo intensidade. A agenda que permitiu o estreitamento das relações argentino-brasileiras nos anos 1990 já não é suficiente para reimpulsionar a interdependência bilateral. Faz-se necessário reavaliar as dinâmicas comerciais e políticas recentes, assim como construir uma agenda bilateral e regional que garanta mais dinamismo e melhor inserção internacional em áreas em que não tem havido cooperação satisfatória.

O comércio geral do Brasil com o mundo tem-se mantido relativamente estável. Na última década, a corrente de comércio do Brasil com o mundo oscilou entre US$ 481,6 bilhões (2011) e US$ 318,8 bilhões (2016), chegando a US$ 367,9 bilhões em 2020. Têm ocorrido, porém, grandes mudanças geográficas e setoriais. Tanto as exportações de produtos básicos quanto as vendas para a Ásia-Pacífico têm-se intensificado, assim como as vendas de industrializados e as exportações para os países vizinhos têm-se retraído. O comportamento do comércio bilateral entre Argentina e Brasil talvez seja a maior expressão desse fenômeno na América do Sul. Na comparação entre 2010 e 2020, a corrente de comércio entre Brasil e Argentina caiu pela metade. Em 2011, o fluxo comercial com o país vizinho atingiu seu pico histórico anual com US$ 39,6 bilhões; e em 2020 o montante recuou para US$ 16,4 bilhões. Nesse período, a participação da Argentina no comércio externo brasileiro caiu de 8,6% para 4,5%.

 
 

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