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Notas da Presidência - 2022 - Março - Número 01 Comentários sobre o Desempenho Recente do Mercado de Trabalho Brasileiro e a Taxa de Desemprego de Longo Prazo
Autor: Erik Alencar de Figueiredo
O estudo divulgado pelo Ipea intitulado Desempenho recente do mercado de trabalho e perspectivas destacou a queda generalizada no desemprego nacional, já retornando ao patamar verificado no período pré-pandemia. De acordo com os pesquisadores: “os principais indicadores recentes de emprego no país demonstram que a trajetória de retomada do mercado de trabalho brasileiro vem se consolidando, refletindo, sobretudo, a forte expansão da população ocupada e seus efeitos sobre a redução do desemprego” (Lameiras et al., 2022, p. 1). Ademais, ao analisar os dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, constata-se que a “expansão da ocupação vem ocorrendo de forma generalizada, atingindo todos os segmentos etários e educacionais, além de praticamente todos os setores da economia” (idem, ibidem). Outros aspectos positivos ficaram de fora da nota. Um exemplo é a queda na taxa de desemprego no trimestre móvel terminado em janeiro. Nos últimos dez anos, esse fato ocorreu apenas em 2014, 2020 e agora em 2022. Contudo, em meio a tantas boas notícias relacionadas ao mercado de trabalho nacional, um fator tomou lugar de destaque no debate público: a participação do desemprego de longo prazo na taxa de desemprego atual. De uma forma simples, a taxa de desemprego de longo prazo (TDLP) é definida a partir do tempo de procura por emprego. Se o trabalhador está à procura de um emprego há mais de dois anos, então ele é caracterizado como um desempregado de longo prazo.
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