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31/03/2022 10:48

Nota Técnica - 2022 - Março - Número 46 - Dinte

FAB vs Embraer: considerações sobre a revisão do programa KC-390

 

Autores: Luís Felipe Giesteira e Marcos José Barbieri Ferreira

 

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É difícil superestimar a importância da Embraer para o Brasil. Juntamente com Petrobras, WEG, Vale, Braskem, Natura e Totvs figura entre as poucas empresas nacionais que sistematicamente aparecem nos rankings especializados entre as principais inovadoras e realizadoras de pesquisa e desenvolvimento (P&D) globalmente. Mesmo no âmbito restrito de tal grupo, destaca-se por ter chegado a superar R$ 1 bilhão nesse dispêndio anualmente e ser de fato a única grande empresa nacional pertencente a um “setor” de alta intensidade tecnológica, o de aeroespacial e defesa (A&D).

No que diz respeito ao segmento de defesa, em particular, no qual está representada pela divisão Embraer Defesa e Segurança (EDS), também está isolada ao participar do ranking das cem maiores empresas bélicas do mundo – nisso sem paralelo no hemisfério Sul e na América Latina. Sob esse prisma, ademais, é a principal remanescente do chamado período áureo da indústria de defesa brasileira – os anos 1980, quando o país esteve entre os dez maiores exportadores mundiais. Embora a Avibras ainda exista e tenha retomado parte de sua relevância, situa-se em um patamar mais modesto, ao passo que a Engesa faliu nos anos 1990.

 
 

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