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18/05/2022 18:02

Expansão do metrô de Fortaleza diminui desigualdade de acesso a empregos


Pesquisa mostra que Implementação da linha Leste beneficiará a população de baixa renda entre 3% e 5% na acessibilidade

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), mostra o impacto futuro da implantação da nova Linha Leste do metrô de Fortaleza (CE) e do Plano de Acessibilidade de Fortaleza (Pasfor) sobre o acesso da população a oportunidades de empregos, educação e saúde. De acordo com os dados publicados nesta quarta-feira (18/05), os ganhos de acessibilidade a empregos podem ficar entre 3,1% e 5,6%.

A pesquisa “Impactos da Expansão do Metrô de Fortaleza sobre o Acesso a Oportunidades de Emprego, Saúde e Educação”, de autoria do pesquisador do Ipea Rafael Pereira, aponta que os ganhos de acessibilidade seriam ligeiramente maiores para população de mais baixa renda, diminuindo, de fato, a desigualdade de acessibilidade a empregos, enquanto os ganhos em educação e saúde seriam relativamente maiores para população de mais alta renda.

De acordo com Pereira, considerando o efeito conjunto da expansão da infraestrutura dos serviços do metrô e das alterações no sistema de ônibus, seguindo as regras previstas no Plano de Acessibilidade de Fortaleza (Pasfor), a quantidade de empregos, serviços de saúde e escolas acessíveis cairia entre 7,4% e 8,1%, em média. “Isso indica que intervenções sobre a operação de serviços regulares de ônibus podem conflitar com as melhorias de investimentos e acabar comprometendo os benefícios de acessibilidade da rede de transporte”, explica Pereira.

Entre os resultados do estudo, o pesquisador ressalta como projetos de expansão de infraestrutura de transporte público precisam ser planejados de maneira integrada com a operação do sistema como um todo. “O caso de Fortaleza ilustra como os métodos utilizados nesse trabalho podem ser facilmente replicáveis para avaliações de projeto em outros contextos, sendo cada vez mais utilizado em futuras análises de projetos de mobilidade urbana no Brasil”, conclui o pesquisador.

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