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12/08/2022 09:57

Julho registra deflação para todas as faixas de renda


Indicador Ipea mostra variação entre -0,85% para as famílias de renda média e -0,34% para as de renda muito baixa

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta sexta-feira (12/8), os dados de julho do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, que registrou variação entre -0,85% para o segmento de renda média e -0,34% para a classe de renda muito baixa. No acumulado deste ano, até julho, a inflação registra altas que variam de 4,60% (rendas média baixa e média alta) a 5,24% (renda alta), conforme tabela abaixo:

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De acordo com a desagregação por grupos, a deflação dos grupos “transportes” e “habitação” se constituiu no principal ponto de alívio inflacionário para todas as classes.

No caso dos transportes, as quedas de 15,5% da gasolina e de 11,4% do etanol explicam grande parte do recuo da inflação em julho, principalmente para as famílias de renda média, já que o peso desse item na cesta de consumo dessas famílias é maior do que as demais faixas de renda. Para as famílias de maior renda, parte do alívio que veio dos combustíveis foi anulada pela alta de 8,0% das passagens aéreas.

Já para as famílias de menor renda, por conta da força que o grupo “habitação” tem na cesta de consumo, o peso maior da energia elétrica e do gás de botijão no orçamento fez com que as quedas de 5,8% e de 0,36% nos preços destes itens proporcionassem um alívio maior para a inflação destas faixas de renda, no mês. Por outro lado, a alta de preços observadas no grupo de alimentação e bebidas impediu um recuo ainda mais significativo para a inflação dessas famílias.

Mesmo com a queda de alimentos importantes, como cereais (-0,61%), tubérculos (-15,6%), hortaliças (-4,9%), carnes (-0,21%) e pescados (-0,53%), os reajustes das aves e ovos (1,4%), dos farináceos (1,8%), dos panificados (2,0%) e, sobretudo, do leite (25,5%) explicam esta aceleração da inflação dos alimentos no domicílio, em julho.

Ainda que em menor intensidade, a alta dos preços do grupo “despesas pessoais” também impactou a inflação, em julho, principalmente para as faixas de renda mais altas, repercutindo os aumentos do cigarro (4,4%) e dos itens e serviços de recreação (1,3%).

Na comparação com o mesmo período do ano passado, nota-se que todas as classes de renda registraram forte recuo da inflação. A desaceleração inflacionária para as famílias de menor renda partiu do desempenho do grupo “habitação”, cujas reduções de 5,8% da energia elétrica e de 0,36% do gás de cozinha contrastaram com as altas de 7,9% e 4,2%, respectivamente, observadas em julho de 2021. Para a faixa de renda mais alta, a inflação foi menor em julho de 2021 por conta do subgrupo “transportes”, a partir das quedas de 14,2% do preço dos combustíveis, contra a alta de 1,2% em julho de 2021, além da alta mais amena das passagens aéreas (8,0%) em relação aos 35,2% do mesmo período do ano passado.

No acumulado em 12 meses, todas as classes de renda registraram desaceleração inflacionária na comparação com o mês de junho. Em termos absolutos, enquanto a faixa de renda média-alta aponta a menor inflação acumulada em doze meses (9,7%), a faixa de renda alta é a que registra a maior alta no período considerado (10,5%).

Acesse a íntegra do indicador

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