03/02/2011 15:07 | |||
Seminário no Ipea aborda combate à pobreza no HaitiEx-chanceler haitiano Alrich Nicolas compartilhou experiências com diretores e convidados
O Ipea realizou na terça-feira, 1º de fevereiro, o seminário Combate à pobreza e cooperação internacional no Haiti. Presentes à mesa estavam o diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ministro Marco Farani, o ex-chanceler do Haiti Alrich Nicolas, o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão, e o professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Antônio Jorge Ramalho da Rocha. Quem abriu o debate foi Mário Lisboa Theodoro, diretor de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea. O Brasil tem presença militar no Haiti e se comprometeu com o auxílio de R$ 645 milhões em projetos de ajuda humanitária. Segundo o ministro Marco Farani, a ABC tem ao todo 17 projetos no Haiti, nas áreas de agricultura, formação profissional, segurança pública, infraestrutura, saúde, cultura e esporte, além dos projetos de implantação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs / PNUD) e de instalação hidrelétrica, que beneficiará um milhão de pessoas. Farani lembrou que as iniciativas individuais e visionárias ocorridas no Haiti, que somam 40 mil ONGs, deveriam estar em acordo com os planos do governo local. “Quase a totalidade trabalha sem a autorização do governo, muita gente quer ajudar, mas contribui para um caos. Há muitos interesses. O Haiti tem que tomar as rédeas do país, e o Brasil está cooperando em relação a isso”, disse. O professor Antônio Ramalho e o diretor Jorge Abrahão, a pedido do chanceler Nicolas, apresentaram algumas iniciativas brasileiras para o combate e erradicação da pobreza extrema. Antônio Ramalho lembrou a época da inflação galopante no Brasil e com o país caminhou para o desenvolvimento em 20 anos. Para Antônio Ramalho há muito o que fazer no Haiti e é necessário que o país apresente qual o foco de atuação. “O sistema vai ter de aprender a trabalhar a longo prazo. Há um mercado em torno do curto prazo. É necessária a ajuda das multinacionais, mas há quem não queira que o problema se resolva”, afirmou. O diretor da Disoc/Ipea também comentou sobre a importância de uma estrutura política. “O Brasil tem demonstrado nos últimos tempos a institucionalização da estrutura política. Processo difícil que ainda está em construção. Passamos por tudo o que o Haiti passou”, declarou. O diretor falou ainda sobre as iniciativas locais do setor agrário. |
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