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No encontro de notáveis, em Brasília, foram detalhados os quatro cenários desenvolvidos pelo projeto
Evento será em 18 de novembro, na Fiesp, em São Paulo, e o debate terá a participação de técnico do Ipea
  O técnico de Planejamento e Pesquisa Rodrigo Orair apresentou estudo sobre o tema nesta quinta-feira
Evento no dia 15 terá como foco a pesquisa “Manufacturing Brazil: An inquiry into the relationship between political order and industrialization, 1900 to the present”
Encontro discutiu o aperfeiçoamento das políticas para garantir o desenvolvimento econômico brasileiro
Quarta parte da palestra de Maria Luisa Castello Branco, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e debate, em 16 de novembro de 2009
Terra México (México): Brasil enfrenta difícil desafío de organizar y ganar el Mundial del 2014 Cuando el próximo domingo se conozca el nombre del inédito campeón de la primera Copa del Mundo disputada en Africa, el 'planeta fútbol' pondrá sus ojos en Brasil hasta 2014, año en que organizará su propio torneo, pero el clima actual tras la eliminación prematura en Sudáfrica y los importantes atrasos en las obras, es de incertidumbre y preocupación. La misma tarde que Brasil perdió por 2-1 con Holanda en cuartos de final de Sudáfrica-2010, los periodistas, publicistas e hinchas pusieron las ilusiones en la próxima cita mundialista. Y del mismo tamaño que el desafío es la incertidumbre que flota en el ambiente. Pocas horas después de la llegada de la 'canarinha' al país, el domingo pasado, el presidente de la Confederación Brasileña de Fútbol (CBF), Ricardo Teixeira, destituyó a toda la comisión técnica encabezada por Dunga y empezó a buscar un nuevo entrenador. 'Perder en 2010 era hasta justificable, pero perder en 2014 será repetir la (derrota en la) Copa de 1950, y eso no está en la cabeza de nadie', sentenció Teixeira, aludiendo a la hazaña más célebre de la historia de los mundiales, cuando Uruguay le arrebató el título a Brasil en Rio de Janeiro, en el conocido 'Maracanazo'. Luis Felipe Scolari es el nombre que la mayoría aprueba como DT, por su experiencia, su personalidad, y porque ya supo llevar a Brasil a la conquista del pentacampeonato mundial en 2002. Pero otros candidatos también corren con posibilidades. Teixeira -que gobierna el fútbol de Brasil con mano férrea desde 1989- ha dicho que pretende una renovación total de la selección, que incluya al entrenador y a los jugadores. Además de controlar los aspectos futbolísticos, Teixeira ocupa la presidencia del Comité Organizador de la Copa-2014. Este grupo tiene la responsabilidad de seguir el cronograma de obras, que presenta problemas y retrasos preocupantes. La FIFA ya aprobó el proyecto de seis de las 12 ciudades que acogerán partidos del Mundial. Los estadios aprobados son los de Belo Horizonte, Brasilia, Cuiabá, Curitiba, Manaos y Porto Alegre. Si bien en un primer momento también había avalado el de Sao Paulo, el estadio Morumbí finalmente fue excluido por inviabilidad financiera y ahora se busca un nuevo escenario que albergue el partido inaugural y una de las semifinales. La reforma del estadio Maracaná, en Rio, también preocupa a los organizadores. Las obras están valoradas en 400 millones de dólares (más que la construcción del nuevo escenario en Manaos) y todavía no se sabe cuándo finalizarán, porque la licitación fue postergada nuevamente. Las obras de los estadios están incluidas en una lista de 86 proyectos ambientales aprobados por el gobierno como parte de los preparativos, por unos 13.200 millones de dólares. En materia de transporte, ya tiene vía libre al proyecto del tren de alta velocidad que unirá Rio de Janeiro y Sao Paulo-Campinas, con un costo estimado que supera los 18.300 millones de dólares, según la Agencia Nacional de Transportes Terrestres. El torneo generará un aumento de 79% del ingreso de visitantes al país (casi tres millones de personas más). Este aluvión de turistas puede agravar el problema de los aeropuertos, que ya se encuentran 'al borde del colapso operacional', según un informe del oficial Instituto de Investigación Económica Aplicada (Ipea). La inversión requerida en 16 terminales aéreas es de 7.000 millones de dólares, a fin de aumentar su capacidad en 66,4%, según la Empresa Brasileña de Infraestructura Aeroportuaria (Infraero). Este no es el único evento que Brasil recibirá en los próximos seis años. También organizará la Copa de las Confederaciones en 2013, la Copa América en 2015 y los Juegos Olímpicos en 2016. El jueves las autoridades del fútbol brasileño presentaron en Sudáfrica los detalles del proyecto Copa-2014. 'Por lo que he visto, Sudáfrica-2010 ha sido muy bueno. En lo que se refiere a Brasil-2014, esperamos mejorar aquello que se haya hecho mal, aprender, y brindar la mejor Copa', comentó el presidente de la CBF. 'Vamos a organizar el mejor Mundial jamás visto en el planeta', dijo por su parte el presidente brasileño, Luiz Inacio Lula da Silva, en presencia también del presidente de la FIFA, Joseph Blatter.
Chamada Pública nº 032/2014 Chamada Pública nº 032/2014 - Projeto "Implicações Regionais do Paradigma da Energia Elétrica Distribuída" Vagas: 01 - Assistente de Pesquisa I (Graduado - Presencial) Prazo de inscrição: 27 de Fevereiro a 13 de Março de 2014 Resultado: A partir de 20 de Março de 2014 Início das bolsas: A partir de Abril de 2014 Chamada Pública nº 032/2014 Clique aqui para ver o Resultado – 17/06/2014 Acesse aqui para cadastrar seu currículo Informações básicas: Obs: Este texto é apenas informativo e não substitui o conteúdo da Chamada Pública.   Atenção: Os candidatos que apresentarem proposta para os processos de seleção em aberto, quando do cadastramento do currículo, devem mencionar no campo "Projeto de atuação pretendido no Ipea" o nome do projeto ao qual desejam concorrer à bolsa.
Chamada Pública PROCIN nº 008/2014 Processo Seletivo Simplificado PROCIN nº 008/2014, Projeto "Cadeias globais de valor e complementaridade produtiva na América do Sul" Data Limite para impugnação: 17 de Abril  de 2014 Início da bolsa: A partir de Maio de 2014 Processo Seletivo Simplificado PROCIN nº 008/2014 Simplified Selection Process PROCIN nº 008/2014 Extrato de Publicação do Resultado do Processo Seletivo - 30/04/2014 Informações básicas: Obs: Este texto é apenas informativo e não substitui o conteúdo da Chamada Pública. Atenção: Os candidatos que apresentarem proposta para os processos de seleção em aberto, quando do cadastramento do currículo, devem mencionar no campo "Projeto de atuação pretendido no Ipea" o nome do projeto ao qual desejam concorrer à bolsa.
O sociólogo foi convidado pela Faculdade de Direito da instituição para falar sobre seu livro "A Tolice da Inteligência Brasileira"
Valor Econômico (SP): Racismo em degradê Carla Rodrigues Quanto mais escura a cor da pele, menos renda, menos educação, menos oportunidades. O inverso também é verdadeiro: quanto mais clara a cor da pele, mais renda, mais educação, mais oportunidades. Para além da diferença aguda entre os pontos mais extremos da desigualdade na estratificada sociedade brasileira - na ponta mais alta, homem, branco, urbano e rico; na mais baixa, mulher, preta, rural e pobre -, a pesquisa A Dimensão Social das Desigualdades, do sociólogo Carlos Costa Ribeiro, encontrou uma escala de desigualdades que acompanha de forma contínua o escurecimento da cor da pele. Os dados mostram como a cada ponto a mais no escurecimento da cor da pele corresponde também um ponto a menos na escala de oportunidades sociais e econômicas (veja gráfico na próxima página). "Com isso, consigo refinar a percepção sobre desigualdade racial", diz Ribeiro, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). A proposta de trabalhar com um amplo espectro de cores de pele - 14, autodeclaradas pelos seus entrevistados - está ancorada na história da miscigenação racial no país. No Brasil, explica, raça diz mais respeito à aparência física e à cor da pele do que à origem. Tonalidade da pele, tipo de cabelo, formatos de nariz e de boca são traços distintivos de maior ou menor proximidade com o branco, expressão física dessa miscigenação, e melhor representação da realidade social do que a mera divisão entre brancos e não brancos. Para recuperar os aspectos históricos do racismo brasileiro, Ribeiro voltou a 1890, ano do primeiro censo demográfico no país, quando 56% da população era negra. O fim da escravidão havia sido decretado dois anos antes. Em seguida, uma política de "embranquecimento" estimulou não só a vinda de imigrantes europeus como também os casamentos inter-raciais, início da miscigenação brasileira: "Havia uma ideologia racista que considerava os brancos superiores aos negros, e esses casamentos eram uma forma de projetar o embranquecimento da população", afirma. O censo de 1940 já mostrava os primeiros resultados dessa política: 64% dos brasileiros foram identificados como brancos e apenas 36% como negros. São números que se mantiveram mais ou menos estáveis até o fim dos anos 1990, quando 54% da população era autodeclarada branca e havia 46% negros, considerando a soma de pretos e pardos. No censo de 2010, o percentual de brancos caiu para 47% - 91 milhões de brasileiros -, inferior aos 50% que se declararam pretos ou pardos. Do total de 97 milhões de negros, 82 milhões são classificados como pardos. É nesse ponto que reside o ineditismo da pesquisa, levantamento de dados em uma amostra de oito mil domicílios brasileiros, o equivalente a 3,3% da população. Ao identificar os muitos tons de pele do grande grupo de pardos e, portanto, ao representar melhor as distinções existentes na ampla camada que separa brancos e negros, o estudo mostra que o racismo não está apenas nas pontas extremas entre o branco e o preto, mas se dá em cada um dos degraus de cor que separam, por exemplo, o moreno do moreno claro, o mulato do moreno escuro, o jambo do castanho. "É uma forma de modelar, de nuançar a desigualdade racial brasileira, em vez de trabalhar apenas com o grande contraste que há entre brancos e negros", aponta. Ao observar essas nuanças, Ribeiro constata que, no Brasil, uma pessoa de pele branca, mesmo de origem negra, tem mais chances de ser socialmente percebida como branca, independentemente da cor da pele dos pais. No entanto, suas chances de mobilidade social e econômica serão menores, já que a desigualdade de oportunidades está relacionada às origens familiares e as condições socioeconômicas de origem. Ribeiro observa que sua pesquisa faz sentido no Brasil não apenas porque aqui a divisão entre brancos e não brancos mascara uma realidade social mais complexa, mas sobretudo porque a história do racismo no país passa por uma miscigenação que os Estados Unidos, por exemplo, não experimentaram. "O enigma da desigualdade racial no Brasil está no fato de que as relações sociais horizontais [entre pessoas da mesma classe social] são relativamente fluidas e flexíveis, mas as relações verticais [entre classes sociais diferentes] são profundamente estratificadas", diz. Nas relações verticais, pesquisas como essa do Iesp percebem a desigualdade entre renda, educação e ocupação entre brancos e negros, indicadores da extrema rigidez da mobilidade social dos negros. Já nas relações sociais horizontais, os vínculos sociais nas mesmas classes sociais seriam mais flexíveis. "Comparações entre Brasil e EUA são traiçoeiras, porque os modelos de racismo são diferentes", argumenta a secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros. Ela se refere ao fato de que, apesar da miscigenação e da cor da pele, há discriminação mesmo nas situações de sociabilidade horizontal. Ela toma como exemplo uma quadra de escola de samba que, observada por um pesquisador americano, pode dar a impressão de haver maior nível de igualdade entre negros e brancos do que de fato a população negra experimenta no seu cotidiano. "Em outros espaços que sejam de maioria branca, não há a mesma flexibilidade. Essas relações sociais aparentemente igualitárias só ocorrem em espaços de maioria negra", diz. Com isso, Luiza ataca também o que considera outro mito do racismo brasileiro: o de que não há segregação espacial. "São sutilezas que precisam ser observadas, sob pena de se considerar que as relações sociais horizontais se dão independentemente da cor da pele." Assim, o degradê de cores da sociedade pode contribuir para perceber melhor a influência de cada tom da cor da pele na discriminação racial. A pesquisa chega como parte de uma longa trajetória de trabalhos sobre racismo, que começa com Gilberto Freyre, nos anos 1930, passa pelos estudos do sociólogo Carlos Hasenbalg, autor de "Discriminação e Desigualdades Raciais no Brasil" (1979), e tem seu ponto fundamental de inflexão com o economista Ricardo Henriques nos anos 90. Então pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Henriques já argumentava que o racismo é o núcleo duro da desigualdade brasileira. Afirmação que se deu em um momento político em que o debate sobre cotas, ações afirmativas e políticas públicas criava o que ele e Ribeiro consideram uma falsa disputa: o que é mais importante, a discriminação racial ou a de classe? "Não gosto da ideia de precedência", afirma Henriques, hoje superintendente do Instituto Unibanco, onde se dedica a projetos de educação para jovens, um dos grandes gargalos da mobilidade social brasileira. "Embora o elemento classe componha a desigualdade, é impossível tirar da história do país a questão racial", comenta. Ao mostrarem o degradê da desigualdade racial, Ribeiro diz que seus dados pretendem contribuir para superar essa dicotomia que marca o debate brasileiro sobre desigualdade. "A dicotomia entre classe e raça não faz sentido no Brasil. São as duas coisas, até porque não existe uma fronteira absolutamente clara entre elas", defende ele. No argumento de que raça é o núcleo duro da desigualdade brasileira, como defendido por Henriques, há um objetivo político determinado: o desenvolvimento de políticas públicas que enfrentem a desigualdade racial sem estabelecer precedência da classe em relação a raça. "Na cultura das gestões públicas, no desenho das políticas públicas, o racismo entra como uma questão muito remota. Sem o elemento racial, pode-se até fazer uma importante política que enfrente a desigualdade de renda e mesmo assim não terá havido o enfrentamento da diferença", diz Henriques. A confirmar seus argumentos estão os dados de renda recém-divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicando que, entre 2003 e 2013, a renda da população negra - aí somados pretos e pardos - cresceu 51,4%, enquanto a da branca aumentou apenas 27,8%. Apesar do expressivo crescimento, a renda dos negros corresponde apenas a 57,4% da renda dos brancos. Em grande medida, o alto percentual de crescimento entre os negros ocorre pelo que as pesquisas de Henriques já haviam detectado no fim dos anos 1990: há uma sobrerrepresentação de negros na população pobre. Em 1999, o pesquisador contabilizou que os negros eram 45% da população, mas eram também 64% dos pobres e 69% dos indigentes. Na medida em que cresce a renda média dos pobres, como ocorreu na última década, cresce necessariamente a renda média dos negros. "Pretender enfrentar primeiro o problema de classe é acreditar que se pode dar conta da desigualdade em fases e em algum momento chegará aos negros", diz Henriques. Ao borrar as fronteiras que se pretendiam nítidas no par brancos e não brancos, Ribeiro se alinha à argumentação de Henriques: se a desigualdade social brasileira é pior para aqueles que têm a cor da pele mais escura, políticas que apenas trabalhem com distribuição de renda, sem levar em conta o fator racial, vão alcançar por último o mais preto, que é também o mais pobre e o que tem menos oportunidades. "No Brasil, como não é possível pensar raça e classe como grupos separados, trabalho com modelo aditivo em que se somam renda, família de origem, raça, gênero, região", diz Ribeiro. É a partir desse modelo que ele pode encontrar não apenas os extremos - homem branco urbano e rico versus mulher negra rural e pobre - como perceber que em cada ponto da escala de cores há um tipo de discriminação e desigualdade específica. Com os dados que levantou, a pesquisa caminha na contramão de discursos que apontam para a possibilidade do que alguns estudos sobre desigualdade racial chamam de "embranquecimento por dinheiro". Como nas estatísticas a cor é autodeclarada, o embranquecimento se daria como parte de processos de ascensão social. Quanto maior a renda, mais aquele que se declarava preto pode passar a se declarar pardo e o pardo pode se declarar branco. No degradê da discriminação percebido por Ribeiro, esse "embranquecimento" tem limites explícitos. "Pode ser uma estratégia para enfrentar a barreira do preconceito", diz Ribeiro. "Ainda que as pessoas de pele mais escura possam tentar, é como se a pele negra tivesse um valor em si que não pode ser ultrapassado pela renda", observa Luiza. "É muito comum no Brasil que as pessoas de pele mais escura que se declaram negras sejam discriminadas em espaços majoritariamente brancos", observa a secretária, citando como exemplo as dificuldades que os alunos negros cotistas têm enfrentado nas universidades federais. "O que se percebe é que, numa conjuntura de melhoria nas condições de vida nas pessoas negras, as discriminações aumentam, porque cada vez mais negros entram em espaços que eram exclusividade de brancos." Um sinal de que o racismo é o núcleo duro da desigualdade brasileira pode ser o fato de que acesso à renda não é suficiente para enfrentar a discriminação. Nesse aspecto, o diretor da Anistia Internacional no Brasil, Atila Roque, afirma que a população negra ainda é a mais discriminada, por exemplo, nas abordagens policiais e na violência de Estado. "O que se percebe no Brasil é que, apesar das políticas públicas que promoveram melhoria de renda e até de oportunidades e mobilidade social, a população negra ainda é a mais discriminada. Isso se expressa, por exemplo, no chamado racismo institucional, como no acesso das negras a serviços de saúde reprodutiva, nas abordagens policiais e na violência de Estado em geral. Jovens negros também estão entre as principais vítimas de homicídios, tragédia que não tem merecido a devida atenção das políticas públicas. O racismo no Brasil é fator central de uma estrutura social que distribui desigualmente o poder político, a distribuição dos recursos e o acesso aos direitos humanos fundamentais", afirma. Por fim, há um fenômeno novo percebido tanto pela secretária Luiza quanto pelo sociólogo Ribeiro: há um processo de escurecimento da população, detectado não apenas nos dados do Censo de 2010, que vem sendo confirmado pela última Pnad. Sobretudo entre a população jovem, há uma tendência ao escurecimento que pode estar relacionada com a possibilidade de obter as recentes vantagens conquistadas pelas políticas de ação afirmativa. "Um dos aspectos importantes da discriminação racial no Brasil é a diferença entre a maneira como cada um se autodeclara e a maneira como é visto pelos outros", afirma Luiza. Se houver uma vantagem em se declarar negro, porém, a forma como a raça foi construída no país permite a fluidez na autodeclaração de cor. Até porque, ao enfatizar a cor da pele, e não a ascendência, o racismo brasileiro cria mais uma armadilha. Se os brasileiros fossem discriminados pela origem, e se em 1890 havia 56% de africanos no país, a categoria afrodescendentes se aplicaria hoje a todos os brasileiros. O termo afrodescendente foi criado em 2001 pela ONU para identificar a diáspora africana em vários países. No Brasil, acredita a secretária, acabou sendo usado de forma muito demagógica. "Dizer que somos todos afrodescendentes equivale a dizer que somos todos iguais, o que não é verdade", diz. O que o trabalho de Ribeiro só reafirma: na sociedade brasileira, alguém está em posições mais ou menos vantajosas não pela origem, mas pelo lugar que ocupa no degradê da cor da pele.
Valor Econômico (SP): Renda impulsiona consumo de alimentos de maior valor Por Mariana Caetano e Fernando Lopes O aumento da renda no Brasil tem impulsionado o consumo doméstico de alimentos com maior valor agregado, indicou um levantamento divulgado ontem pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura. Segundo a pesquisa, de 2008 a 2012 a renda dos brasileiros avançou, em média, 8,6%, o que acelerou o crescimento da demanda de produtos como carnes e derivados do leite, além de bebidas. Entre os alimentos industrializados que registraram ampliação das vendas no período estão queijo, com elevação de 3,52% ao ano, azeite (3,06%), iogurte, (2,97%), carne bovina (2,77%), leite de vaca (2,29%) e carne de frango (1,87%). Entre as bebidas, os destaques são cerveja, vinho e cachaça, com altas de 3,85%, 3,2% e 2,11% ao ano, respectivamente. De acordo com o coordenador de Planejamento Estratégico do ministério, José Garcia Gasques, essa tendência deve continuar na próxima década. "Produtos básicos, como arroz e feijão, devem ter o crescimento do consumo associado ao aumento da população. Essa demanda tem crescido por volta de 1% ao ano, pouco abaixo do crescimento populacional do país. No entanto, outros com maior valor agregado serão ainda mais buscados no mercado devido ao maior poder aquisitivo dos brasileiros", diz ele em comunicado do ministério. De acordo com dados do Ipeadata, braço do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a renda per capita dos brasileiros aumentou a uma taxa anual de 1,72% nos últimos cinco anos e passou de US$ 10,69 mil, em 2008, para US$ 11,61 mil em 2012. Como a tendência é de novos crescimentos na próxima década, a Assessoria de Gestão Estratégica do ministério traçou um cenário de fortes aumentos da demanda interna pelos principais produtos do agronegócio brasileiro até a safra 2022/23 (ver gráfico).
Valor Online (SP) : Renda e programas sociais reduziram a pobreza, diz Neri Por Andrea Jubé O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, ressaltou o aumento da renda média dos brasileiros e a redução da população em extrema pobreza entre os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2012, divulgada sexta-feira. Na visão do ministro, coexistem o "Brasil da economia" e o "Brasil dos brasileiros". Apesar do "pibinho" de 0,9% em 2012, a pesquisa apontou crescimento de 8% na renda média dos trabalhadores. "É nível chinês", disse Neri, ao divulgar, ontem, as primeiras análises do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a Pnad. Em apenas um ano, de 2011 para 2012, 3,5 milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza. Segundo o ministro, isso representa um resultado seis vezes maior que a meta do milênio para o combate à pobreza determinada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os números analisados pelo ministro mostram que, nesse período, a extrema pobreza caiu 15,9% - de 4,2% para 3,6% da população -, totalizando 6,5 milhões de brasileiros extremamente pobres, com renda média mensal de R$ 75. No mesmo período, os pobres, com renda média mensal de R$ 150, diminuíram de 19,2 milhões para 15,7 milhões, quase 20%. Neri lembra, ainda, que há dez anos, havia 41 milhões de pobres no Brasil.
Valor Online (SP): Nova classe média gasta mais tempo para ir ao trabalho, diz Ipea Os trabalhadores muito pobres e os muito ricos são os que gastam menos tempo no deslocamento de casa para o trabalho. E a nova classe média, que conseguiu comprar veículos com a melhoria da renda, está enfrentando mais engarrafamentos. É o que aponta pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) apresentada hoje com base em análise dos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) do IBGE de 2012. De acordo com o levantamento, dos pesquisadores Carlos Henrique de Carvalho e Rafael Morais Pereira, 58% dos que ganham menos de 1/4 de salário mínimo por pessoa no domicílio gastam menos de 30 minutos nesse deslocamento. Esse percentual é semelhante aos que ganham mais de 5 salários mínimos por pessoa (56%). A faixa de renda percentual onde há mais trabalhadores que gastam menos de 30 minutos é de 1 a 2 salários mínimos (44%). "A nova classe média é que está tendo impacto no tempo de viagem", afirmou Carlos Henrique de Carvalho em entrevista após a divulgação do trabalho. A explicação dos técnicos é que os muito ricos podem morar perto do trabalho e por isso gastam pouco tempo. Já para os muito pobres, o indicador é sinal de "imobilidade", segundo Carvalho, o que significa que eles ficam restritos a trabalhos apenas muito próximos de suas residências, fazendo deslocamentos a pé ou de bicicleta. Pelos dados, os muito pobres são os que menos têm acesso ao vale transporte (só 12% dos muito pobres recebem) contra a média de 40% no país. "É preciso rediscutir a forma de subsidiar o deslocamento dos trabalhadores. Quem mais precisa é quem menos recebe. Não é a toa que os deslocamentos [dos mais pobres] são mais curtos", afirmou Carvalho apontando para uma solução de subsídio direto aos trabalhadores informais e desempregados no país através do cadastro do Bolsa Família. Tempo de deslocamento A pesquisa aponta ainda que piorou o tempo de deslocamento nas regiões metropolitanas do país entre 1992 e 2012 em 12%. O tempo médio saiu de 36,4 minutos para 40,8 minutos. Os locais com maiores aumentos desse número foram Belém (PA) e Salvador (BA). As hipóteses da pesquisa são de que as regiões metropolitanas podem ter ficado mais espalhadas, aumentando o tempo necessário ao deslocamento, e o aumento do número de famílias com veículos, registrado principalmente entre as famílias mais pobres e no Norte/Nordeste do país. "As políticas nas três esferas de poder são de incentivo ao transporte individual. Não há políticas de segregação dos espaço urbano para o transporte público", afirmou Carvalho citando isenções de impostos e congelamento do preço da gasolina entre outros para explicar o aumento no número de carros e a piora no tempo de deslocamento. Enquanto no Brasil a variação de domicílios com carro foi de 9 pontos percentuais, em alguns estados do Norte e Nordeste a variação chegou a 20 pontos percentuais (Piauí) e 19 (Rondônia). Segundo Carvalho, esse percentual ainda tem espaço para crescer mais. Nas famílias mais pobres (até 1/4 de salário mínimo por pessoa), o percentual de domicílios com veículos chegou a 28% em 2012 contra 16% em 2008. Nas com mais de 5 salários mínimos, o percentual é de 88% e cresceu apenas 2 pontos percentuais entre as duas Pnads. "É o sonho de toda família ter uma casa própria e um carrinho na garagem como o próprio presidente Lula falava que era o sonho dele. Isso está de certa forma ocorrendo com a taxa muito alta [de famílias com carros]", afirmou ele lembrando que serão necessários grandes investimentos em mobilidade urbana nessas regiões em cidades que têm baixa capacidade de investimento público. São Paulo e Rio de Janeiro já têm quase 1/4 das pessoas levando mais de uma hora no deslocamento casa trabalho, sendo que em São Paulo esse percentual era 7 pontos percentuais menor há 20 anos. Para Carlos, esse tempo de deslocamento é inadequado e leva a problemas de produtividade dos trabalhadores. Segundo ele, são necessários melhorar as políticas de segregação para o transporte público e melhorar a distribuição dos empregos pelas regiões para evitar deslocamentos longos dos trabalhadores.
 Valor Online: Agenda O Ipea lança o boletim sobre o mercado de trabalho e capacidades dos trabalhadores. A edição traz uma síntese de trabalhos que estão sendo desenvolvidos pela entidade sobre escassez de mão de obra, educação e produtividade laboral; mensuração e análise das competências cognitivas e técnicas; demanda de trabalho nas áreas de design e engenharia; empregos verdes, e, estruturas de emprego no Brasil Data: 17 de dezembro Horário: 15h Local: SBS, Quadra 1, Bloco J, Ed. BNDES Informações: www.ipea.gov.br
Zero Hora (RS): Armas e homicídios Estudo de âmbito nacional divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que, menos de uma década depois do início da vigência do Estatuto do Desarmamento, as transações de armas no país tiveram uma redução significativa. No período, os negócios nessa área só registraram incremento na Região Sul, de 21,86%. E, embora a violência se mantenha em patamares elevados em âmbito nacional, a taxa de homicídios mostrou-se 7,4 vezes mais elevada nas 20 microrregiões brasileiras com maior prevalência de armas de fogo do que nas 20 do mapa do Ipea nas quais a presença de armamentos é menor. O que o estudo demonstra de forma preocupante, a ponto de exigir atenção especial das autoridades, é uma relação de causa e efeito entre a presença de armas e a taxa de homicídios. De todas as regiões brasileiras, foi justamente o Sul a que ofereceu mais resistência às mudanças determinadas pela vigência do Estatuto do Desarmamento. As alegações, no caso, vão desde a necessidade de desarmar-se o bandido, não o cidadão comum, até a de que ninguém pode permitir qualquer tipo de restrição aos direitos individuais. O levantamento, porém, calcula que um aumento de 1% na compra de armas implicaria uma elevação entre 1% e 2% na taxa de homicídios. Mesmo com as restrições impostas há quase uma década, a estimativa é de que existam 16 milhões de armas em circulação no país. Obviamente, são as pessoas as responsáveis por acioná-las ou não. Mas não haveria tantas mortes em disputas familiares, particularmente quando associadas ao uso excessivo de álcool, e mesmo no mundo sem regras e sem limites do crime se não houvesse tanta facilidade de acesso a artefatos de todo tipo. Se, mesmo com o aumento de preço devido à redução nas vendas, as armas continuam circulando sem qualquer restrição, cabe às autoridades se empenhar ao máximo para evitar que venham a cair em mãos indevidas. O maior mérito da pesquisa do ipea é justamente o de alertar para uma relação direta entre a disseminação de armas e homicídio, que hoje se constitui no principal desafio para o poder público.
Zero Hora (RS): Indexação repassa alta a preços futuros Definidos com autorização de agências reguladoras, os preços administrados representam a sobrevivência de um mecanismo considerado causador de mais inflação, a chamada indexação. Ocorre quando, para definir um novo valor, é usada a alta de preços do período anterior – ou seja, é a inflação passada definindo a inflação futura. Serviços são indexados quando, no seu reajuste, é usado algum índice de correção, como os diferentes indicadores de preços – IPCA, IGP-M ou IPC. – Há uma preocupação do governo em evitar altas exageradas nos preços de serviços essenciais, mas também existe preocupação em manter a saúde financeira das empresas. Por isso a interferência, muitas vezes, é necessária – afirma Flávio Fligenspan, professor de economia Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialistas concordam que a economia do Brasil não é madura o suficiente para que o governo deixe os preços de serviços essenciais fluírem com mais autonomia, como ocorre nos EUA e na Europa. Debatida no início do governo Lula, a hipótese perdeu fôlego nos últimos anos em razão de a inflação ter permanecido próxima do limite estabelecido, de 6,5% ao ano. Mansueto Almeida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), explica que, em períodos de inflação relativamente alta, uma permissão para os preços correrem livremente pode levar empresas de serviços essenciais a elevarem exageradamente as tarifas, por temor de aumento dos custos no futuro.

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