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Portal G1: Ser ciclista em São Paulo e não morrer tentando Não é fácil ser ciclista em São Paulo, uma metrópole com milhões de veículos, um tráfego infernal e poucas ciclovias. Assim comprovou tragicamente um jovem que ia para o trabalho em sua bicicleta passando pela Avenida Paulista nas primeiras horas de domingo quando foi atingido por um carro. O motorista, um estudante de 22 anos, fugiu do local do acidente levando consigo o braço amputado de David Santos de Souza e jogando depois o membro em um córrego. Horas depois, o motorista se entregou à polícia. 'Muita gente comentou: 'O que fazia um homem a essa hora (05h30) de bicicleta na Paulista?'. Ia trabalhar. Por acaso só os bêbados podem passar por lá?', disse à AFP Willian Cruz, um analista de sistemas de 39 anos que há uma década adotou a bicicleta como meio de transporte. No entanto, o ciclista, de 21 anos, admitiu que trafegava pela contramão no momento do acidente. Cruz alimenta o site www.vadebike.org, onde fomenta o uso da bicicleta nesta cidade de 11 milhões de habitantes, com uma frota de 3,8 milhões de veículos motorizados e onde há apenas 60,4 km de ciclovias exclusivas. Pouco amiga da bicicleta Milhares de paulistas desafiam o tráfego, as ruas que sobem e descem e as longas distâncias para usar este meio de transporte mais barato, mais rápido e não poluente. Mas são poucos em relação ao exército de carros, motocicletas e ônibus que percorrem as ruas de São Paulo. 'Temos que aprender a conviver com tudo isso. São Paulo não é uma cidade amiga da bicicleta, mas está progredindo. Há cinco anos, quando comecei a pedalar, era muito pior', comentou à AFP Aline Cavalcante, uma jornalista de 27 anos que junto a um grupo de amigos instalou um café e uma tenda de bicicletas. No domingo, Aline participou do protesto que bloqueou a Avenida Paulista depois do acidente. Segundo dados da pesquisa Origem/Destino de 2007, que o Metrô de São Paulo elabora a cada dez anos, em 1997, 0,5% das 31 milhões de viagens diárias na capital e na região metropolitana eram feitas em bicicleta. Esse percentual aumentou para 0,8% em 2007, de um total de 38 milhões de viagens, ou seja cerca de 300.000 viagens. Mais bicicletas, mais mortes Mas, apesar de ser mais barato e rápido do que utilizar um carro particular ou transporte público, se locomover de bicicleta é muito perigoso. 'Muitas pessoas veem na bicicleta uma alternativa para seu transporte diário, mas São Paulo não está preparada para receber essa demanda', comentou à AFP Carlos Henrique Carvalho, pesquisador da área de transporte do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). 'São Paulo fez investimentos, ampliou um pouco a rede, mas ainda sim é muito pouco em relação ao necessário para essa demanda. O que está acontecendo é que o número de mortes tem aumentado', alertou. Segundo dados do Ipea, 12 ciclistas morreram em acidentes de trânsito em 1997 no estado de São Paulo. Em 2010, foram 290, 4% do total de mortes por acidentes terrestres no estado. Só na cidade de São Paulo, 52 ciclistas morreram em acidentes de trânsito em 2012. Em 2010 foram 49, de acordo com números municipais. Há um ano, a bióloga Juliana Dias, de 33 anos, morreu atropelada por um ônibus na Avenida Paulista, depois de ter perdido o equilíbrio ao discutir com o motorista de um outro ônibus que fechou a sua passagem. Sua morte provocou indignação. Grupos que incentivam o uso de bicicletas, como o 'Bike Anjo', onde um ciclista experiente acompanha os novatos em seus primeiros dias; e o 'BikeSampa', o sistema de aluguel de bicicletas públicas, são sinais de que este meio de transporte está ganhando espaço nas ruas paulistanas. Além das ciclovias, separadas dos outros veículos, existem 120 km de 'ciclofaixas' que funcionam aos domingos e feriados. Também há 58 km de 'ciclorrotas' localizadas geralmente em ruas laterais, sinalizadas com pintura especial e placas. Em Bogotá, cidade com a maior extensão de ciclovias da América Latina, são 376 km destinados às bicicletas. Santos de Souza trafegava pela ciclofaixa da Paulista quando foi atingido pelo veículo que amputou seu braço direito. O atropelamento provocou comoção nas redes sociais. No Facebook foi criada uma página chamada 'Um braço mecânico para o ciclista atropelado na Paulista', enquanto no Twitter multiplicam-se as mensagens pedindo justiça.
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Folha de S. Paulo (SP): Inflação pode afetar desemprego em 2014
Por Claudia Rolli
Preços mais altos e reajustes salariais menores, previstos para este ano, podem levar mais gente a procurar vagas
Com o ritmo menor de criação de vagas e a renda mais pressionada pela inflação, a tendência é que o desemprego volte a crescer em 2014. Não porque as empresas vão demitir mais, afirmam os analistas. Mas, sim, porque mais gente vai procurar emprego para completar o orçamento da família, ao mesmo tempo em que a oferta de vagas será menor. Esses movimentos em direções opostas devem elevar em até um ponto percentual a taxa de desemprego, na previsão de consultores, economistas e representantes da indústria e do comércio. Os dados mais atualizados para 2013, até novembro, são de taxa de desemprego de 4,6%. Desde janeiro, o saldo de novos empregos (trabalhadores admitidos menos demitidos) foi de 1,547 milhão. Como em dezembro geralmente há corte de vagas, 2013 pode ter a mais baixa criação de empregos desde 2003, período de incertezas na transição dos governos FHC e Lula. A piora deve ocorrer mesmo com as vagas temporárias que podem ser criadas na Copa e nas eleições. "A forte desaceleração do mercado de trabalho em 2013 deve se acentuar em 2014. O desemprego só não cresce porque o número de pessoas à procura de vagas caiu em 2013, assim como o total de pessoas ocupadas", diz Fabio Romão, da LCA Consultores. A população ocupada cresceu 2,1% em 2011, 2,2% em 2012 e deve fechar o ano de 2013 em 0,8%, segundo previsão da consultoria. Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco, ressalta que a queda da população ocupada foi maior entre mulheres, jovens e os que não possuem carteira assinada.
Mais pressão Enquanto o crescimento da renda real (descontada a inflação) foi de 3,4% na média de 2007 a 2012, no próximo ano deve ficar entre 0,7% a 1,5% nas projeções dos economistas. Ou seja, a renda deve crescer metade do percentual dos últimos seis anos. Segundo o IBGE, o crescimento do rendimento na média de janeiro a novembro foi de 1,7%; ritmo inferior ao de anos anteriores. Para os técnicos do Ipea, além de o salário mínimo ter reajuste menor em 2014, o próprio desaquecimento da ocupação deve levar a reajustes menores neste ano. Na média dos acordos analisados pelo Dieese em 2013, o aumento real (acima da inflação) foi de 1,19% - menor valor desde 2009 (0,73%). “A inflação corrói os ganhos nos salários e afeta o poder de compra dos trabalhadores. Esse efeito deve se repetir em 2014”, diz Rafael Bacciotti, economista da consultoria Tendências. A inflação medida pelo IPCA em 2014 deve ser um pouco acima da de 2013, avaliam os analistas. Para Alexandre Loloian, coordenador de análise da Fundação Seade, porém, em 2014 o emprego e a renda vão “continuar andando de lado”, com desemprego baixo, pela menor procura por trabalho. Mas ele ressalta que, com a possível recuperação americana e a retomada dos investimentos no Brasil, pode haver melhora.
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Blitz Amazônico - Ipea divulga propostas para acelerar desenvolvimento após pandemia
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Agência Brasil: Ipea lança estudo sobre as relações Brasil-China
Brasília - O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresenta hoje (8) o segundo de uma série de três estudos que têm como tema os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), com enfoque na China. Será às 10h, na sede da instituição em Brasília.
O Comunicado Ipea é sobre as relações bilaterais Brasil-China, a ascensão da China no sistema mundial e os desafios para o Brasil. O documento inédito foi encomendado ao Ipea pelo Ministério das Relações Exteriores e será entregue aos membros do governo e empresários integrantes da comitiva que visitará a China com a presidenta Dilma Rousseff, a partir da próxima segunda-feira (11).
O texto apresenta o histórico do comércio Brasil-China, destacando a concentração das exportações brasileiras em produtos básicos, e aponta oportunidades e ameaças. O comunicado propõe ainda estratégias disponíveis para o governo enfrentar os desafios da ampliação das relações com os chineses.
A cúpula do Bric será realizada quinta-feira (14) na cidade chinesa de Sanya.
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Jornal Web Minas: Beneficiários do Bolsa Família de Minas Gerais recebem mais de R$ 121 milhões neste mês
O Bolsa Família transfere em julho um montante superior a R$ 121,4 milhões para os beneficiários que vivem em Minas Gerais.
As famílias beneficiadas podem sacar os valores que variam entre R$ 32 e R$ 242, até 29 de julho. Mesmo após a data de recebimento prevista no calendário anual, o benefício fica disponível para saque nos postos de atendimento da Caixa Econômica Federal por 90 dias. Depois de três meses, o recurso volta para os cofres do MDS. Em todo Brasil, o programa atende 12,9 milhões de famílias e o total de recursos destinado a elas supera R$ 1,4 bilhão por mês. Metade desse total se destina à Região Nordeste e representa importante contribuição para a redução da pobreza. O efeito do programa na economia do País é apontado por diversos especialistas. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por exemplo, mostra que, para cada R$ 1 investido pelo Governo Federal no Bolsa Família, o Produto Interno Bruto (PIB) aumenta em R$ 1,44. A quase totalidade do dinheiro transferido é aplicado no consumo. Essa destinação movimenta a economia local, especialmente em localidades distantes dos centros urbanos. Esses resultados confirmam que o programa, que tem por objetivo combater a fome e a pobreza, ajuda também a reduzir a desigualdade. A complementação de renda, com o pagamento do benefício, se alia ao cumprimento de condições nas áreas de educação e saúde. Frequência escolar abaixo dos índices exigidos, falta de acompanhamento de pré-natal e criança sem vacinar podem levar ao bloqueio e ao cancelamento do benefício. A atualização cadastral permanente, ou pelo menos a cada dois anos, é outro compromisso da população atendida. Tanto os gestores do Bolsa Família nos municípios quanto os beneficiários devem ficar atentos a esses três itens para evitar o cancelamento do programa. Toda família com renda mensal por integrante de até R$ 140 tem direito ao Bolsa Família. Quem ainda não recebe o benefício, que varia de R$ 32 a R$ 242, e se enquadra no critério deve solicitar à prefeitura de sua cidade a inscrição no Cadastro Único.
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O Globo Online: Fazenda mantém expectativa de crescimento de 4% a 4,5% para este ano
O Ministério da Fazenda mantém a expectativa de crescimento de 4% a 4,5% do produto interno bruto para esse ano. Com o fortalecimento da crise internacional, muitos economistas passaram a prever uma desaceleração econômica mais forte para o Brasil.
No entanto, o secretário-executivo do Ministério, Nelson Barbosa, disse que o ministério não está tão pessimista. "A questão agora é ver o ritmo do segundo semestre, mas a gente acha que não desacelera tanto quanto o mercado está prevendo nesse momento", disse após participar de seminário promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo ele, o governo já trabalha com a possibilidade de uma desaceleração econômica. "A gente sabe hoje, e já trabalhava com essa hipótese, que houve uma desaceleração no terceiro trimestre, porque o primeiro trimestre foi bem acelerado, com 1,2%. É normal que depois de um semestre forte você tenha uma desaceleração", disse.
Ele afirmou que a desaceleração do índice de atividade econômica medido pelo Banco Central já era esperada e está "em linha com o projetado pelo governo", mas, ainda assim, o governo trabalha com um crescimento entre 4% e 4,5%. "Vamos revisar só depois que sair o resultado do PIB oficial para o segundo trimestre". E a expectativa para o PIB de 2012 também é que fique entre 4% e 5%.
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18659. LaRed21 (Uruguai): Brasil: Presidencia encuesta “felicidad” de ciudadanos y logra éxito inesperado
LaRed21 (Uruguai): Brasil: Presidencia encuesta “felicidad” de ciudadanos y logra éxito inesperado
La Secretaría de Asuntos Estratégicos de la Presidencia de Brasil, reveló nuevos datos de la última encuesta que ordenó efectuar entre los vecinos de 3.800 puntos, donde recogió una aprobación sobre la vida que llevan adelante los brasileños –y sobre sus expectativas futuras- que superó los más auspiciosos anticipos. El estudio: “2012: ¿Desarrollo inclusivo sostenible?”, publicado por el Instituto de Investigación Económica Aplicada, reveló que en una escala de “felicidade” del 0 al 10, el promedio recogido alcanzó al 7,1, bastante por encima de un promedio “mitad y mitad” con que las autoridades esperaban encontrarse.
El margen los lleva a clasificar también en el índice mundial de “felicidad futura” (con 8,6) donde estarían ostentando el primer lugar a expensas de los grandes logros en el descenso de la desigualdad social, lo jóven de la población y el empuje económico internacional que ha adquirido el país.
Unos incorregibles optimistas Basada en datos de la Gallup World Poll, la Fundación Getulio Vargas, afirma que en materia de “expectativas de satisfacción de vida para 2015”, los brasileños se sitúan en la cabeza del planeta –con 8,6 puntos en 10 máximos- más allá de cualquier aguafiestas. Se trata de la cuarta vez que los brasileros ostentan el sitial de honor.
El investigador Marcelo Neri, coordinador del estudio dijo que curiosamente, las preguntas referidas al país en su conjunto tienen menor optimismo que las circunscriptas al individuo, lo que pauta una cierta “contradicción” que consideró muy típica del espíritu brasileño.
Para Neri, algunos de los elementos manejados por los brasileros tienen fuerte contexto individual, ya que por ejemplo en economía la expansión china es muy superior a la brasilera, pero el ánimo de los asiáticos mucho más deprimido.
También los brasileños atribuyen parte de su futura felicidad al hecho que se realice en el país el Mundial de Fútbol en 2014 y los Juegos Olímpicos en 2016.
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Estado de S. Paulo: Dilma aumenta peso político do PMDB e amarra PDT ao projeto de reeleição
Por Vera Rosa e Tânia Monteiro Em busca de apoio para a campanha da reeleição, a presidente Dilma Rousseff fortaleceu o PMDB no governo e cedeu ao grupo do PDT que havia saído da Esplanada no rastro da "faxina" administrativa, em 2011. Na reforma ministerial iniciada ontem, Dilma sedimentou a aliança com o PMDB, impediu a debandada do PDT, que flerta com a possível candidatura ao Planalto do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), mas deixou o PR irritado.
A pedido do vice-presidente Michel Temer, Dilma transferiu Wellington Moreira Franco (PMDB) da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) para a Secretaria de Aviação Civil (SAC), um ministério poderoso em tempos de concessão de aeroportos e obras para a Copa de 2014. Além disso, para facilitar a montagem do palanque petista em Minas, o deputado Antônio Andrade, presidente do PMDB mineiro, assume a Agricultura no lugar de Mendes Ribeiro, que voltará para a Câmara. As trocas foram antecipadas pelo Estado.
Pressionada pela cúpula do PDT, Dilma também nomeou o secretário-geral do partido, Manoel Dias, para o Ministério do Trabalho, no lugar de Brizola Neto. Dias é ligado ao presidente do PDT, Carlos Lupi, que antecedeu Brizola Neto no cargo e foi demitido em meio a denúncias de corrupção. Lupi foi o sétimo ministro que caiu no primeiro ano de governo Dilma, em 2011, na esteira da "faxina" promovida por ela.
Neto do ex-governador Leonel Brizola, o ex-ministro do Trabalho ficou apenas dez meses no cargo. "A briga interna fratricida pode levar o PDT ao esfacelamento", disse Brizola Neto, que é desafeto de Lupi. As posses dos novos ministros serão hoje. Dilma embarca amanhã para Roma, onde participará da missa de inauguração do pontificado do papa Francisco, na terça-feira, e só dará continuidade à reforma ministerial quando retornar.
A cúpula do PR quer substituir o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, mas sente-se preterida por Dilma. "Defendo a aliança do PR com o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento), candidato do PT ao governo de Minas. Mas, para usarmos a estrutura do PR em benefício de Pimentel e do palanque da presidente, precisamos de um ministro político", avisou o deputado Luciano Castro (PR-RR).
A entrada de Antônio Andrade na Agricultura também foi articulada para a construção da candidatura de Pimentel.
Na conversa de uma hora e meia com Temer e com os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e do Senado, Renan Calheiros (AL), antes do anúncio dos ministros, Dilma disse que a parceria com o PMDB é fundamental.
Embora o PMDB continue comandando cinco pastas (Minas e Energia, Previdência, Agricultura, Turismo e Aviação Civil), seu peso político aumentou. Somente a Aviação Civil - antes ocupada por Wagner Bittencourt, um técnico sem filiação partidária - tem orçamento de R$ 2,7 bilhões para 2013. Controla, ainda, a Infraero, com gastos previstos de R$ 1,8 bilhão, sendo R$ 300 milhões para aportes de capital nos aeroportos de Viracopos, Guarulhos e Brasília.
O plano inicial de Dilma era abrigar Mendes Ribeiro - que está em tratamento contra um câncer - na Secretaria de Assuntos Estratégicos, mas ele não aceitou a troca. Voltará para a Câmara, desalojando Eliseu Padilha (RS), que é suplente. O mais cotado para a SAE é Marcelo Néri, presidente do Ipea. Por enquanto, a pasta será tocada por Roger Leal, secretário executivo. A SAE foi oferecida ao PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab junto com a recém-criada pasta da Micro e Pequena Empresa, o 39.º ministério da Esplanada. Kassab recusou.
Curitiba e Distrito Federal, o grupo de trabalhadores mais pobres faz viagens entre a casa e o trabalho, respectivamente, 40%, 61% e 75% mais demoradas do que os mais ricos.
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Repórter News (MT): Conferência nacional reúne governo e sociedade civil para debater estratégias de desenvolvimento regional Conferência nacional reúne governo e sociedade civil para debater estratégias de desenvolvimento regional
Representantes do governo, sociedade civil, instituições de ensino superior e setor empresarial de todos os estados do país estarão reunidos em Brasília (DF), de 18 a 22 de março, na I Conferência Nacional de Desenvolvimento Regional (I CNDR) para debater os novos caminhos da Política Nacional sobre o tema. Essa é a primeira vez que o governo federal realiza uma mobilização nacional para expandir o debate com a sociedade sobre os desafios para redução das desigualdades regionais.
"O momento é muito oportuno, pois o Ministério da Integração Nacional, desde o ano passado, tem buscado o protagonismo e a iniciativa de estimular um amplo debate com a sociedade brasileira sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Regional", destacou o ministro Fernando Bezerra Coelho. As 27 etapas estaduais e cinco macrorregionais, que antecederam a conferência nacional, reuniram cerca de 10 mil pessoas.
Segundo o secretário Nacional de Desenvolvimento Regional, Sérgio Castro, essas etapas preparatórias são parte do processo para a redução efetiva das desigualdades no Brasil. "A colaboração democrática, que envolveu todas as capitais brasileiras, torna possível a discussão sobre quais caminhos o país deve tomar para se tornar mais igualitário", avaliou o secretário.
As quase 800 propostas apresentadas nas etapas estaduais e macrorregionais foram organizadas em quatro eixos: 1) Governança, Diálogo Federativo e Participação Social; 2) Financiamento do Desenvolvimento Regional; 3) Desigualdades Regionais e Critérios de Elegibilidade; e 4) Vetores de Desenvolvimento Regional Sustentável.
"Tivemos a contribuição da academia, dos institutos de pesquisa, das agências de desenvolvimento regional. Estamos com ricas contribuições e importantes subsídios que podem embasar as diretrizes para uma nova PNDR", afirma o ministro Fernando Bezerra Coelho.
Semana - A I CNDR faz parte da programação da Semana de Desenvolvimento Regional, organizada pelo Ministério da Integração Nacional em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A expectativa é de que cerca de cinco mil pessoas participem da etapa nacional, que será realizada no Centro de Eventos Brasil 21, em Brasília.
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Brasil Econômico (RJ): MP que dá mais isenções ao transporte é aprovada
Comissão Mista do Congresso recomenda manutenção da alíquota "zero" de PIS e Cofins
Por Amanda Raiter
Deputados e senadores aprovaram, ontem, em Comissão Mista do Congresso, o relatório sobre a Medida Provisória (MP) 617/2013, que zera as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) pagas por empresas de transporte coletivo urbano.
AMPfoi publicadapelo governo, em 31 de maio, para tentar minimizar os reajustes das tarifas de transporte público autorizadospe-las prefeituras e governos estaduais e, depois, cancelados por causa das manifestações de junho. No entanto, o texto aprovado ontem, que ainda precisa ir aos plenários da Câmara e do Senado, mantém o incentivo fiscal para as empresas de transporte público rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros, que não terão que pagar as contribuições sobre suas receitas.
A medida também estende o desconto para outras empresas. Porém, apenas em janeiro do ano que vem, começa a valer para empresas de transporte aéreo doméstico e internacional de passageiros, carga e mala postal e para as prestadoras de serviço de transporte marítimo de cargas de cabotagem e as que atendam a plataformas de exploração e produção de óleo e gás.
Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), a desoneração de PIS e Cofins representam, em média, 3,65% das tarifas do transporte público. No caso de Rio de Janeiro e São Paulo, pelo menos, esse alívio, no entanto, já tinha sido considerado no cálculo das tarifas, quando foi anunciado o aumento de 1° de junho, que geraram os protestos. Ou seja, as prefeituras alegaram que os reajustes já tinham sido menores por causa da isenção.
O presidente da Associação Nacional do Transporte Público (AN-TP), Aílton Brasiliense, disse a isenção não vai resolver a questão do aumento do custo do transporte público e que esse benefício pode ser "diluído" nas tarifas em um a dois anos. "O custo principal, no caso do transporte rodoviário, que seria correspondente a 60% da receita das empresas, é justamente a frota dos ônibus. Então, não adianta conceder a isenção se as cidades não pararem de crescer. É necessário focar nos planos diretores também como forma de evitar que o cidadão more cada vez mais longe do trabalho", ressaltou.
Estudo do Ipea mostra que as passagens de ônibus nas regiões metropolitanas brasileiras subiram, em média, de 2000 a 2012, 192%. Pela estimativa da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), cerca de 32% das tarifas de ônibus são tributos. Entre os tributos que, segundo eles, ainda pesam nas passagens estão o IPI (federal), ICMS (estadual) e IPVA (estadual e municipal) sobre os veículos, além deque ICMS sobre o diesel.
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18663. Diário do Grande ABC - Com auxílio emergencial, renda efetiva supera a renda habitual, diz Ipea
Diário do Grande ABC - Com auxílio emergencial, renda efetiva supera a renda habitual, diz Ipea
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Gonzaga Patriota - Inflação de famílias pobres é três vezes maior do que dos mais ricos
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O Globo (RJ): Um olhar sobre o Rio
Coluna de Merval Pereira
O economista e professor da UFRJ Mauro Osório, especialista em planejamento urbano e estudos sobre o Rio, tem a preocupação de sempre apontar as especificidades da situação local por considerar ser fundamental procurar "olhar e entender" o que levou o Rio de Janeiro a enfrentar situações como a desta semana.
Ele atribui o fato de ainda termos uma "reflexão regional reduzida" em relação às demais regiões brasileiras ao caráter nacional do pensamento local, abrindo mão das questões regionais.
"Os cariocas "mais provincianos" pensam o Brasil, e os "mais cosmopolitas" pensam o mundo", ironiza Osório.
Isso faz com que, segundo ele, mesmo após 50 anos da mudança da capital, "até hoje tenhamos uma rarefeita reflexão regional e, por conseguinte, incorremos em importantes equívocos no desenho de prioridades e estratégias".
A ausência de uma cultura e olhar regional tem nos levado a erros de diagnóstico e de estratégias, segundo ele. Especificamente na área de economia, ao contrário de São Paulo e Minas, que têm em seus programas de mestrado e Doutorado, na USP, Unicamp e Cedeplar/MG, linhas de pesquisa regionais, os programas de mestrado e doutorado em economia na Região Metropolitana do Rio de Janeiro não apresentam linha de pesquisa permanente em economia regional.
Osório destaca que, ao analisarmos as taxas de homicídio por 100 mil habitantes do Mapa de Violência de 2010, vemos que, em 2007, enquanto o estado de São Paulo apresentava 15 homicídios por 100 mil habitantes, o Estado do Rio de Janeiro apresentava 40,1 homicídios por 100 mil habitantes.
"Acredito que a partir de 2007 ocorreram importantes rupturas. Na área de segurança pública, acabaram-se nomeações politiqueiras e ocorreu a colocação de um correto profissional chefiando a segurança pública do estado. Isso, associado ao início da implantação das UPPs, que terá que ser universalizada, começou a gerar uma mudança de percepção da população carioca, principalmente nas áreas carentes, sobre as forças policiais".
Essa mudança, porém, é muito recente, lembra. "Em 2006, quando da vinda da Força Nacional para o Rio de Janeiro, visando preparar a cidade para o Panamericano de 2007, os policiais de outros estados, mesmo de regiões violentas como Pernambuco, declararam na imprensa, à época, estarem estupefatos com a rejeição da população em áreas carentes às forças policiais, e com o nível de armamento que verificavam em territórios paralelos, como o Alemão".
Osório tem a tese de que o Rio, a partir das cassações que atingiram pesadamente a cidade, da UDN à esquerda, e a assunção da liderança por Chagas Freitas, através da legenda da oposição, passou crescentemente por um processo de desestruturação, e, por isso, ele destaca as mudanças que vemos no momento na área de segurança pública como de fundamental importância.
"É interessante procurar olhar onde obtiveram votos todos os anteriores secretários de Segurança ou chefes da Polícia Civil, que assumiram esses cargos a partir dos anos 80 e saíram candidatos", comenta Osório, insinuando que a maioria desses votos, em vários casos, vem de áreas dominadas pelo tráfico ou pela milícia.
O caso mais evidente de conivência de autoridades policiais com a marginalidade é a prisão de Álvaro Lins, ex-chefe da Polícia Civil eleito deputado estadual.
Outra especificidade, segundo Osório, é que, de acordo com o Mapa da Violência de 2010, analisando as taxas de homicídios por 100 mil habitantes para os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia e Pernambuco, e suas capitais, o Rio é a única região em que a taxa de homicídios por 100 mil habitantes, no total do estado, é maior do que na capital.
"Isto se deve não a uma maior violência no interior, mas, sim, a uma maior precarização das cidades periféricas da Região Metropolitana".
Um estudo de violência feito pelo Ipea no início desta década apontou que, entre os 11 municípios mais violentos do país, quatro eram da periferia do Rio de Janeiro, três de Pernambuco, três do Espírito Santo e um de São Paulo (Diadema), que já apresentou significativa melhoria desde então.
Para Osório, hoje o secretário José Mariano Beltrame tem reforçado a necessidade de termos ações estratégicas no Estado do Rio. "Acho que essa é uma preocupação que deve se generalizar para todas as áreas. Não obteremos sucesso na cidade do Rio sem construirmos uma institucionalidade, política e instrumentos para nossa metrópole", assinala.
Osório mostra a importância das mudanças também ocorridas na área fazendária, a partir de dados do Confaz
Enquanto entre 1999 e 2006 ocorreu um crescimento real da receita de ICMS no Estado do Rio de apenas 7,2%, contra um crescimento real no total do país de 32,4%, entre 2007 e 2009 o crescimento real da receita de ICMS no estado foi de 10%, contra um crescimento real no país de 9,7%.
"Acredito que a melhoria esteja relacionado ao fim das nomeações politiqueiras na área fazendárias; aos três concursos públicos já realizados, renovando o quadro de fiscais; à criação de regras claras de transparência e impessoalidade; e à cobrança de ICMS em setores como o de hipermercados e supermercados de forma absolutamente distinta ao que ocorria anteriormente".
Osório lembra que há alguns anos atrás o empresário Abílio Diniz havia declarado que era extremamente complicado competir no Rio, pois alguns supermercados aqui não tinham o hábito de pagar impostos.
"Acho interessante ainda pensar se existem correlações entre essa trajetória do Rio de Janeiro e as acusações de sonegações na área de combustíveis", analisa Osório, referindo-se às denúncias do GLOBO sobre o esquema montado na refinaria de Manguinhos.
"Quando analisamos os dados da evolução do volume de vendas de combustíveis no Estado do Rio de Janeiro, através da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, vemos, entre 2000 e 2009, uma queda no estado de 21,3%, contra um crescimento no país de 1,5%".
Osório está convencido, não é de hoje, que os últimos anos mostraram uma reversão de expectativas com relação ao futuro do Rio de Janeiro, com o governo estadual assumindo como prioridade o combate à criminalidade, sem esquecer as reformas necessárias.
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Valor On Line: Alckmin anuncia Andrea Calabi para Secretaria da Fazenda
Fernando Taquari
SÃO PAULO - O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou hoje mais três nomes que vão compor seu secretariado a partir 1º de janeiro de 2011, quando toma posse.
Andrea Calabi será o novo secretário da Fazenda, substituindo Mauro Ricardo. Emanuel Fernandes assume a Secretaria de Planejamento, no lugar de Francisco Vidal Luna. Por fim, Elival da Silva Ramos ficará com o cargo de Procurador Geral do Estado, no lugar de Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo.
Os três nomes fazem parte da cota de indicação do governador tucano, uma vez que já ocuparam cargos na administração de Alckmin.
Calabi foi secretário de Economia e Planejamento entre 2003 e 2005. Antes, foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre 1999 e 2000, do Banco do Brasil (1999) e do Ipea (1985-1986, 1995-1996). Além disso, o futuro responsável pela Fazenda já chefiou a secretaria do Tesouro Nacional entre 1986 e 1988.
Já Fernandes exerceu o cargo de secretário da Habitação entre 2005 e 2006. Neste ano, foi reeleito deputado federal. Ramos, por sua vez, chefiou a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo entre 2001 e 2006, também na gestão de Alckmin.
O governador eleito disse que não tem pressa em anunciar novos nomes. Segundo ele, uma nova divulgação deve ficar para a próxima semana, já que, na quarta-feira, ocorre um encontro de governadores eleitos do PSDB em Alagoas. Entre as principais metas da Fazenda no próximo governo, estão o combate à sonegação fiscal e uma política fiscal ajustada.
Durante a entrevista coletiva, Alckmin enfatizou que seu governo deve ter no máximo 26 secretarias. O tucano já optou por extinguir a pasta de Ensino Superior e a de Relações Institucionais. Ele também estuda a possibilidade de acabar com a Secretaria de Comunicação.
Alckmin ainda desconversou sobre a divisão de secretarias entre os partidos aliados. "É natural que os partidos participem da administração, mas nós não definimos nada ainda", afirmou o tucano, que prometeu morar no Palácio dos Bandeirantes a partir do ano que vem.
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18667. UOL : Prefeitura de SP "inflaciona" preço do diesel para justificar aumento da tarifa de ônibus
UOL : Prefeitura de SP "inflaciona" preço do diesel para justificar aumento da tarifa de ônibus
Guilherme Balza
A Prefeitura de São Paulo justificou o aumento da tarifa de ônibus com base em preço de diesel superior à média comercializada no mercado. O reajuste, de R$ 2,70 para R$ 3 (11,1%), foi decretado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) em dezembro passado e entrou em vigor em 5 de janeiro deste ano.
A Lei Orgânica do município determina que, antes de o aumento começar a valer, o Executivo envie para a Câmara Municipal, com cinco dias de antecedência, documentos apresentando os custos que comprovem a necessidade do reajuste.
A prefeitura, então, encaminhou aos vereadores uma planilha elaborada pela SP Trans --autarquia municipal responsável pelo transporte em ônibus-- apresentando os gastos do mês de novembro de 2010 para explicar o aumento.
Na planilha, publicada no Diário Oficial do Município em 5 de janeiro, o preço médio do litro do diesel comprado das distribuidoras para abastecer os coletivos foi de R$ 1,8543, valor 8,75% maior do que foi pago em novembro de 2009, que foi de R$ 1,705.
Apesar de o diesel comprado pela prefeitura ter aumentado de um ano para o outro, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostra que, na verdade, o preço do combustível em São Paulo sofreu leve queda no período. Segundo a agência, o preço médio do litro de diesel vendido pelas distribuidoras na capital paulista era de R$ 1,702 em novembro de 2009 e de R$ 1,700 no mesmo mês em 2010.
Um terço do salário mínimo O usuário que faz duas viagens de ônibus por dia na capital paulista gasta, por mês, R$ 180, um terço do salário mínimo atual (R$ 540). Nota-se que, em novembro de 2009, o preço do litro do diesel comprado pela prefeitura (R$ 1,705) foi semelhante ao preço médio da ANP (R$ 1,702), diferentemente do que ocorreu na planilha atual (1,700 pela ANP e 1,8543 pela prefeitura).
Além de alegar que o litro do diesel aumentou, a administração municipal afirma também que o rendimento dos veículos diminuiu. Enquanto em 2009 os coletivos gastavam 0,48 litros de diesel para percorrer 1 km, em 2010 o rendimento caiu para 0,53 litros por km.
Em razão desses dois fatores --aumento do diesel e queda de rendimento dos veículos-- os gastos totais com combustível foram os que sofreram maior variação entre os principais itens da planilha apresentada pela prefeitura. Enquanto em novembro de 2009 foram gastos R$ 44,5 milhões só com diesel, no mesmo mês de 2010 o valor subiu para R$ 54 milhões, o que representa uma variação de 21,4%.
A elevação nos gastos com o combustível representa cerca de R$ 0,10 dos R$ 0,30 que foram aumentados na passagem. O valor gasto com o diesel mais caro (R$ 115 milhões) daria para construir 2.300 moradias populares, a R$ 50 mil, em um ano.
A prefeitura afirma que o preço do diesel comprado aumentou porque a planilha considera a adoção do diesel B20 --que contém 20% de biodiesel-- nos coletivos em 2011. Até agora, no entanto, apenas 1.200 coletivos da frota de São Paulo operam com esse tipo de combustível. O restante da frota é abastecido com o diesel B5, que possui 5% de óleo vegetal.
44% usam transporte público Em estudo sobre mobilidade urbana divulgado em janeiro deste ano, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontou que 44% dos brasileiros dependem do transporte público para se locomover. Além disso, a planilha apresentada na Câmara Municipal e publicada no Diário Oficial traz informações referentes ao que já foi gasto em novembro, e não uma projeção de gastos futuros.
SP: passagem mais cara do país A passagem de ônibus em São Paulo é a mais cara entre todas as capitais do país. No Rio de Janeiro e em Salvador, a passagem custa R$ 2,30. Em Fortaleza e Belém, a tarifa é R$ 1,80 e R$ 1,85, respectivamente. Em Curitiba, a passagem custa R$ 2,20.
O valor da tarifa na capital paulista variou, entre janeiro de 2005 e janeiro de 2011, de R$ 1,70 para R$ 3, o que representa um aumento de 76%, mais do que o dobro da inflação do período, que foi de 32,5%, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) medido pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Mesmo com o aumento da tarifa, os subsídios pagos pela prefeitura às concessionárias aumentaram de R$ 224 milhões para R$ 660 milhões entre 2005 e 2010. Uma das justificativas de Gilberto Kassab para o último aumento da tarifa, inclusive, é que os subsídios serão reduzidos neste ano.
Contudo, no orçamento do município, os subsídios para as concessionárias subiram para R$ 743 milhões no ano, embora o prefeito afirme que a prefeitura não pretende empenhar todo o valor orçado no pagamento dos subsídios e que deverá investir uma parte do montante em obras de drenagem.
Sobre o reajuste, a Secretaria Municipal dos Transportes (SMT) afirma que a nova tarifa "busca equilibrar o valor da passagem e o valor investido nas compensações tarifárias, que beneficiam cerca de 1,8 milhão de passageiros (idosos e deficientes que não pagam a passagem e estudantes que pagam 50% da tarifa)."
Precariedade do transporte Na mesma pesquisa do Ipea, 28,91% dos entrevistados afirmaram que desistiram de ir a algum lugar porque não tinham dinheiro para pagar a passagem; outros 35,3% já tiveram que deixar de ir a algum lugar porque não havia transporte público; e 36,52% porque não havia linhas no horário em que precisavam do transporte. Protestos Desde que a nova tarifa entrou em vigor, pelo menos seis protestos foram organizados nas ruas do centro e na avenida Paulista pelo Comitê contra o Aumento da Passagem, grupo formado por partidos políticos, grêmios estudantis, sindicatos, associações de bairro e pelo Movimento Passe Livre. Em duas manifestações houve intervenção da polícia.
Na última delas, no dia 17, vereadores petistas que participavam do ato foram agredidos por policiais militares. Um manifestante teve o nariz quebrado ao ser reprimido pela polícia, segundo ele. A PM afirma que agiu para manter a ordem, já que manifestantes atiraram rojões, lixeiras, entre outros objetos, contra os policiais. A Corregedoria da PM abriu processo administrativo para apurar as denúncias de abuso policial.
Uma nova manifestação foi convocada para esta quinta-feira (24), às 17h, em frente ao Teatro Municipal, no centro.
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R7.com: Governo vai monitorar programa de transplantes no Estado do Rio de Janeiro
Tribunal tomou a decisão após constatar baixo desempenho e falhas no sistema
Agência Brasil
Nos próximos dois anos, o TCU (Tribunal de Contas da União) vai acompanhar o funcionamento do programa de transplantes na rede pública do Estado do Rio de Janeiro.
Durante esse período, o tribunal vai verificar o número de transplantes realizados, o atendimento à lista de espera, os registros de pacientes com morte encefálica e os motivos para casos de não doação.
Se os indicadores não melhorarem nesse prazo, o TCU fará uma nova auditoria no sistema criado pelo governo estadual, no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde).
O tribunal tomou a decisão após a constatação de falhas no sistema de transplantes do Rio de Janeiro, como baixo desempenho e falta de integração de hospitais federais com a rede estadual.
Em um estudo feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o Rio de Janeiro aparece como um dos Estados com maior tempo de espera por transplantes de determinados órgãos. Os candidatos a um transplante de córnea, por exemplo, aguardavam 19 anos e quatro meses pela cirurgia, o maior tempo de espera por esse tipo de transplante em 2006, ano analisado pelo estudo.
No mesmo período, o Estado atendeu apenas 6,25% do total de pessoas que estavam na lista de espera por um rim, o equivalente a 220 transplantes. Enquanto que a taxa nacional de atendimento para rim era de 8,43%.
O estudo do Ipea, que analisou aspectos do transplante de órgãos nos estados de 2004 a 2006, notificou que "tais resultados negativos para o Estado do Rio de Janeiro não se coadunam com a capacidade econômica nem com a reconhecida pujança de recursos sanitários desse Estado"
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Jornal do Comercio (MS) - Vice dos impostos
O brasileiro está no segundo lugar entre os latino-americanos que mais pagam impostos, perdendo apenas para os argentinos. A proporção da receita tributária média em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) - soma de todas as riquezas produzidas - foi 19,4% em 15 países latino-americanos em 2010, enquanto que no Brasil, o percentual passou de 28,2%, em 1990, para 32,4%, em 2010. O percentual brasileiro ficou próximo ao dos países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 33,8%, mas vale lembrar que a OCDE tem como membros principalmente países do primeiro mundo. A informação consta no relatório Estatísticas Tributárias na América Latina, elaborado pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), pela OCDE e pelo Centro Interamericano de Administrações Tributárias (Ciat).
Crescer pouco e igual
Essa carga tributária alta tem origem na Constituição de 1988, que delineou um plano de seguridade social muito ambicioso. "Esse plano requer impostos muito altos. Antes de 1988, a arrecadação do INSS dava para pagar o custeio e ainda sobrava dinheiro para a saúde", explicou o economista e ex-diretor do Banco Central Carlos Eduardo Freitas. Segundo ele, a alta carga tributária é uma escolha de governo, pois enquanto freia um pouco o crescimento do PIB, faz com que a expansão seja menos desigual. "Na China, o crescimento gerou um aumento na desigualdade, assim como nos Estados Unidos nos anos 1990."
Sem reforma tributária
Enquanto o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias da América Latina, é um dos piores países do mundo em investimentos públicos. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, a taxa de investimentos da administração pública em 2011 foi de 2,5% do PIB em 2011, o que coloca o Brasil entre os cinco piores do mundo. Ao mesmo tempo, a reforma tributária ainda é um sonho. "Não há movimento para a reforma e não há empenho do Executivo. O que a presidente Dilma Rousseff disse é que faria 'minirreformas' tributárias, mas isso é ruim. São favores para alguns setores que acabam prejudicando outros", lamentou o deputado Nelson Marchezan (PSDB-RS), membro da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.
Curtas
Projeto do senador Paulo Paim (PT-RS) que permite deduções no Imposto de Renda da Pessoa Física quando houver gastos com contribuições previdenciárias para dependentes foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e já vai para a Câmara dos Deputados.
A votação do fim do fator previdenciário pode ser adiada. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), não garantiu a votação do projeto na semana que vem. "Não queremos votar por votar. Queremos votar a partir de um acordo com o governo, que possibilite o não veto."
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Valor Econômico (SP):Para analistas, projeto mantém política expansionista Por Camilla Veras Mota, Flavia Lima, Marta Watanabe e Rodrigo Pedroso
O projeto para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) válida para 2013, que desobriga o governo federal a compensar a frustração fiscal de Estados e municípios, é mais um sinal de que o viés da política fiscal continua a ser expansionista, além de outro componente importante a pesar a favor da retomada do ciclo de aperto monetário, indicam economistas. Com a mudança que será proposta por meio do projeto de lei, o governo federal poderá fazer apenas R$ 42,89 bilhões de meta fiscal neste ano, o equivalente a cerca de 0,9% do PIB.
Felipe Salto, economista da Tendências, diz que a medida é mais um passo na deterioração das regras fiscais: o governo busca manter uma espécie de compromisso formal com a meta fiscal, mas, na prática, faz um superávit primário cada vez mais reduzido. Segundo o especialista em contas públicas, o problema é que o governo economiza menos justamente no momento em que deseja manter os juros em níveis mais baixos.
"Esse desejo de manter o juro real abaixo de 2% é legítimo, mas só seria sustentável diante de um esforço fiscal mais elevado, feito para conter o impacto causado pelo tamanho do setor público, que aumenta de tal forma sua participação na economia que qualquer crescimento de demanda gera inflação", afirma Salto.
Para outro economista que optou por não ser identificado, a sinalização de uma "política fiscal mais solta" deve fazer com que o Banco Central mexa justamente na taxa básica de juros, como efeito colateral. Segundo ele, a combinação desses fatores mostra que o governo troca os instrumentos de política macroeconômica. "Esse cenário pressiona mais o BC. Quando você solta um pouco a política fiscal, a taxa de juros deve ser mais apertada. Antes ocorria o inverso."
Para esse economista, o governo sinalizou que não vai mais fazer "esforço extraordinário" para cumprir a meta do setor público como um todo. Com isso, haverá pressão expansionista nos gastos públicos por parte de Estados e municípios. Ele observa, contudo, que o governo não vai mais cobrir o esforço de Estados e municípios, não porque não quer, mas porque não pode. "A desaceleração da economia prejudica a arrecadação, ao mesmo tempo em que as desonerações tornam mais difícil para a União absorver o déficit crescente de Estados e municípios."
Mansueto Almeida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), afirma que o governo deveria estar tentando aumentar a transparência e recuperar a credibilidade do mercado. "Esse anúncio só aumenta a incerteza em relação à condução da política econômica do país." Seria melhor, continua, fixar uma meta mais baixa, de 1,5% ou 1,8%, mas manter algum tipo de "compromisso". O economista diz que o anúncio reitera a impressão de que a LDO se tornou "uma peça burocrática".
Mansueto critica ainda a falta de uma meta "clara", como as que vigoravam entre 2003 e 2008. Para o analista, quando o governo se investe do direito de retirar do cálculo de superávit primário da União "até" R$ 65 bilhões - recursos que seriam direcionados para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e para as desonerações tributárias -, cria uma espécie de "banda", como a que baliza o controle da taxa de inflação.
Com uma visão diferente da questão, o especialista em contas públicas Amir Khair avalia que a mudança permitirá ao governo federal fazer superávit menor, e os Estados e municípios poderão continuar com as suas próprias metas. "Muitas vezes os Estados fazem meta de resultado primário suficiente apenas para cumprir o pagamento da dívida com a União", diz Khair. "Isso não vai mudar, porque o governo federal não tem como intervir nas contas de Estados e municípios."
Para Khair, o governo federal não precisa compensar a frustração fiscal de Estados e municípios, porque não tem responsabilidade pelo resultado desses entes federados. A redução do resultado primário necessário, diz ainda, é justificável. "Além das desonerações, há um baixo nível de atividade econômica que justifica uma política expansionista e, como resultado disso, uma arrecadação que anda devagar, independentemente das desonerações já aplicadas."
Para Salto, da Tendências, o limite ao expansionismo do governo seria um superávit primário de 1,5%, piso a partir do qual a trajetória da relação entre dívida líquida e Produto Interno Bruto (PIB) se tornaria ascendente. Salto diz que o argumento do governo, segundo o qual, se o resultado das administrações regionais tivesse sido maior em 2012, a meta teria sido batida, é falacioso. O esforço fiscal de Estados e municípios foi de 0,5% do PIB em 2012, ante meta de 0,95%. Para Salto, se a meta de Estados e municípios tivesse sido alcançada, o setor público consolidado poderia ter apresentado um primário maior, ao redor de 2,8% do PIB. "Ainda assim, o abatimento teria sido necessário, ainda que menor, da ordem de 0,3 ponto."
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