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Convergência Digital: Mercadante nomeia Glauco Arbix para a presidência da Finep
O novo presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) será o sociólogo Glauco Arbix, professor da Universidade de São Paulo (USP). Sua nomeação foi confirmada pelo Ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.
Nascido em Americana, São Paulo, Glauco Antonio Truzzi Arbix é professor Livre-Docente do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP). O novo presidente da Finep é, ainda, membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) e Coordenador Geral do Observatório da Inovação e Competitividade do Instituto de Estudos Avançados da USP.
Arbix foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea, 2003-2006), Coordenador Geral do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (NAE, 2003-2006) e membro do Group of Advisers do United Nations Development Programme (PNUD-ONU, 2006-2009).
O sociólogo também foi professor do Departamento de Ciência Política da Unicamp (1996-1997) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP, 1995). Realizou estudos de pós-doutorado no Massachusetts Institute of Technology, MIT (EUA, 1999 e 2010), na Universidade de Columbia (EUA, 2007 e 2009), na Universidade da California - Berkeley (EUA, 2008) e na London School of Economics (Reino Unido, 2002).
Uma das metas de Mercadante à frente do MCT é o de transformar a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) numa instituição financeira. O objetivo é que a agência funcione como um BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) só que voltado apenas para a pesquisa e inovação. Com a medida, o novo ministro acredita que a Finep passará a não depender apenas de recursos orçamentários e poderá se alavancar com recursos do mercado.
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Jornal do Commercio (RJ): Caminhos da integração
O programa de erradicação da pobreza extrema no Brasil, tal como proposto pela presidente Dilma Rousseff, refletindo uma das prioridades de ação apontadas em seu discurso de posse e objeto de definições preliminares durante a reunião ministerial por ela presidida nesta quinta-feira, assenta-se em um compromisso que remonta à campanha eleitoral e volta-se a um objetivo em que transparece uma proposta de desenvolvimento compreendida na abangência de seus aspectos não apenas econômicos mas, necessariamente, sociais.
Nesse sentido, a partir da recomendação presidencial de uma gestão, para essa área, nos moldes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAQJoi estabelecido na referida reunião um plano geral de trabalho que prevê três linhas de atuação, ou seja, a inclusão produtiva dos mais pobres, a ampliação da rede de serviços públicos e a continuidade e aprofundamento do programa de transferência de renda.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, porta-voz dos participantes da reunião, foi clara, a esse respeito, quando afirmou: "Não vamos atacar a agenda da extrema pobreza somente com transferência de renda. Ao contrário, nossa agenda é de inclusão social e produtiva, de ampliação da rede de serviços públicos, como saneamento, oferta de água, saúde, educação, qualificação profissional. É uma agenda focada na pauta de extrema pobreza, mas que conta com um conjunto de ofertas de ampliação de cidadania e oportunidade de emprego". Por isso mesmo, e conforme esclareceu ainda, será instituído um modelo de gestão como o do PAC, "com metas claras condições de monitoramento, prestação de contas anual e um comitê gestor organizado a partir do centro do governo".
"Vamos organizar essas metas -acrescentou a ministra - e trabalhar em reuniões bilaterais e no comitê gestor para elaborar o desenho geral do programa e, logo que estiver concluído, apresentá-lo à sociedade e aos governos estaduais e municipais, que são parceiros estratégicos para que a gente consiga avançar". Para a função de secretária-executiva do programa já foi escolhida a pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp), Ana Fonseca, que foi secretária- executiva do Ministério do Desenvolvimento Social e responsável pela formatação do Bolsa família. Ela afirmou que os benefícios de prestação continuada da Lei Orgânica de Assistência Social (Loas) e o Bolsa Família continuarão normalmente, porque são leis.
Por sua vez, a coordenadora de Responsabilidade Social do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Anna Peliano, embora ponderando ser necessário ver de que maneira se dará a inclusão social e produtiva dos beneficiários do Bolsa Família, considera tratar- se, tal como apresentada pela ministra, de uma "agenda positiva, porque, de fato, não se resolve o problema da pobreza só com a renda". A seu ver, embora a mesma seja fundamental, "é preciso garantir cidadania, através da educação, saúde, moradia, alimentação adequada, e o Brasil tem que investir na qualidade dos serviços que chegam às comunidades mais pobres".
É nessa direção, justamente, que o Programa de Erradicação da Extrema pobreza, tal como está inicialmente designado, delineia uma nova frente de ação em favor das populações carentes, sendo de desejar, portanto, que os objetivos que o norteiam venham, em maior ou menor prazo, a ser alcançados, contribuindo para a integração de pessoas sem acesso ainda a garantias básicas próprias de um país com adequado grau de desenvolvimento.
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Especialistas nacionais e internacionais debateram o tema durante três dias, em Brasília
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Jornal Zero Hora: Atuação do BNDES é questionada
Por Cadu Caldas
Crise enfrentada por Eike Batista lança dúvidas sobre prática do banco federal de conceder empréstimos a grandes empresas
Um dos empresários de maior sucesso no país até há pouco tempo, Eike Batista se tornou um fardo pesado de carregar não só para investidores como para o governo. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que nos últimos anos emprestou mais de R$ 10 bilhões para as empresas do magnata, corre o risco de não receber parte do dinheiro de volta, e enfrenta a desconfiança de ter beneficiado o Grupo EBX no financiamento de projetos.
Nos últimos cinco anos, o aumento expressivo na quantidade de empréstimos do banco tem sido alvo de críticas. Entre 2000 e 2012, o volume de desembolso avançou mais de 600%, com o BNDES assumindo papel cada vez mais central na expansão de multinacionais brasileiras e no apoio à política industrial do governo. Para o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Mansueto Almeida, a falta de clareza dos critérios utilizados pelo banco ao escolher quem receberá crédito arranha a imagem da instituição:
– O banco público deve focar seus recursos em projetos de elevado retorno social, e não individual. Se o projeto é muito bom, mas traz benefício só para a empresa, o empréstimo deve vir de banco privado.
Pesquisa elaborada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) também aponta que o banco perdeu 38% do patrimônio líquido com quedas na bolsa e na política de distribuição de dividendos (a parcela do lucro que é distribuída aos acionistas).
Para o economista Gabriel Leal de Barros, autor do estudo, não faz sentido o banco pagar dividendos ao acionista controlador, o governo, se o Tesouro continua liberando empréstimos para o BNDES manter sua política de crédito. É como se o dinheiro circulasse para voltar às mesmas mãos.
Mas nem tudo são críticas. Cristina Reis, consultora do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), defende a política do BNDES, ressaltando que grande parte dos empréstimos foi para pequenas empresas.
– O crescimento do produto e da produtividade industrial são o motor do desenvolvimento econômico – diz.
Procurado por ZH, o BNDES informou que se manifesta apenas por meio de nota, segundo a qual o estudo da FGV faz leitura superficial de indicadores do banco, cuja estrutura de capital é sólida.
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Correio Braziliense (DF): Competição será voraz
A nova ordem global As trocas de mercadorias e serviços não se concentram mais entre os Estados Unidos e a Europa. Agora, são os países emergentes que dão as cartas no comércio mundial Por Luciano Pires e Liana Verdini O avanço dos países emergentes na economia mundial está redistribuindo o peso no comércio exterior. Nas próximas décadas, essas nações serão protagonistas ainda mais expressivos dentro da imensa feira internacional de compra e venda de mercadorias. De tão intenso, o movimento fará com que a Europa e os Estados Unidos — a ligação Norte-Norte — percam espaços até então exclusivos. As mudanças no fluxo de trocas globais devem provocar grandes turbulências entre importadores e exportadores.
Dos anos 1980 para cá, o ritmo de crescimento do comércio das regiões em desenvolvimento com o resto do mundo vem superando, na média, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta. A uma velocidade incrível, países que antes viviam à margem do processo passaram a interferir de maneira ativa. Não à toa, os emergentes já são responsáveis por quase a metade das brigas travadas na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Ricardo Carneiro, professor da Universidade de Campinas (Unicamp), destaca o “fator China”, que se tornou o maior exportador mundial — superando a Alemanha —, como o fiel da balança das relações comerciais agora e no futuro. “Os chineses avançaram muito e mantêm uma parceria ativa com vários países, especialmente da América do Sul”, explica. Carneiro adverte, no entanto, que o motor da pujança chinesa tem sido o forte subsídio oficial embutido nas exportações por meio de um moeda, o iuan, sobrevalorizada em relação ao dólar, o que levou o país asiático a conquistar mercados em uma velocidade incomum. A corrente de comércio (vendas e compras) do país chegou a cerca de US$ 3 trilhões no ano passado.
O primeiro time daqueles que um dia se tornarão potências, os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), puxa o novelo das principais mudanças que afetam o comércio exterior atualmente. Dotados de uma invejável disposição para comprar e vender, esses países deslocaram polos tradicionais que davam as cartas no complexo jogo mercantil. O resultado é uma inserção agressiva na nova ordem mundial, ainda que por trás dela estejam diferentes modelos de desenvolvimento.
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) faz uma detalhada radiografia das qualidades e do potencial de cada um dos Brics. O Brasil, na avaliação dos técnicos do Ipea, se destaca pelo consumo e pelo mercado doméstico fortes. A Rússia, por sua vez, avança à custa das commodities energéticas. Já a Índia especializou-se em serviços para crescer a taxas altíssimas e aumentar a sua competitividade. Os chineses, em contrapartida, sustentam-se em manufaturas e no investimento para adquirir robustez. Tais diferenças, que tanto ajudam esse grupo de países a se fortalecer, traduzem-se no comércio internacional praticado por ele.
O Brasil, na radiografia feita pelo Ipea, destaca-se em bens primários agropecuários e bens intensivos em recursos naturais (minério de ferro, por exemplo) — marcas que devem ser reforçadas nas próximas décadas. A China é campeã em artigos têxteis e de vestuário, mas não deverá se contentar apenas com isso, tanto que está apostando tudo na inovação para deixar para trás os tempos de especialista em cópias. A Índia, por sua vez, tende a apostar todas as suas fichas no aumento da sofisticação tecnológica de seus itens comercializáveis. A Rússia projeta no horizonte ampliar a sua competitividade naquilo que tem de melhor: produtos primários minerais.
Supervalorização A guerra cambial que se espalhou pelo mundo na forma de supervalorização das moedas de países emergentes — entre as quais o real — pode ser a pedra no caminho, alertam os analistas. “Mais importante do que aumentar ou mesmo preservar as exportações é defender o nosso mercado interno de uma inundação de importados”, pondera Ricardo Carneiro, da Unicamp. Para ele, o Brasil não aguentará por muito mais tempo a atual taxa de câmbio (abaixo de R$ 1,70), que pune o empresário e corrói a balança comercial. “O país deveria desvalorizar o real aos poucos, para não ter impacto na inflação e proteger o mercado interno, ajudando ainda a reconquistar os parceiros comerciais mais próximos, já que os preços de nossos produtos em dólar cairiam com essa medida”, diz.
O resultado da balança comercial deste ano vai depender, principalmente, do comportamento do câmbio e do ritmo de crescimento da economia brasileira — há quem aposte em deficit de até US$ 8 bilhões. “O Brasil terá que encontrar nichos para colocar os produtos manufaturados, já que os principais mercados consumidores estão muito retraídos”, justifica Lia Valls, coordenadora do Centro de Comércio Exterior do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O cenário é ainda mais desfavorável ao Brasil porque não há previsão de aumento de compras em um horizonte previsível. “Hoje, o comércio está muito concentrado na China, que compra grandes volumes de produtos primários para seu crescimento. Então, podemos afirmar que não está havendo a primarização da pauta de exportações brasileira, mas estamos vendendo básicos porque é essa a demanda que estamos recebendo”, explica Lia.
Máquina exportadora O saldo comercial da China diminuiu em 2010, mas a sua dimensão — US$ 183,1 bilhões — deve continuar sendo um tema de discórdia, principalmente nos Estados Unidos, que vêm atacando a insistência do governo chinês de manter o iuan sobrevalorizado. O superavit foi o maior do mundo do ano passado, mesmo tendo caído 8,9% sobre 2009.
Mercados-alvos Os produtos manufaturados brasileiros têm como mercados alvos os Estados Unidos e a América Latina. Nesses casos, o real supervalorizado está afetando bastante as transações. “O que estamos vendo é que os setores industriais estão se tornando deficitários devido ao câmbio. É o caso de produtos de alimentos e bebidas, pecuária, celulose, veículos automotores, confecções e vestuário e têxtil”, diz Lia Valls, coordenadora do Centro de Comércio Exterior do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Desafios brasileiros
O aumento da participação do Brasil no comércio internacional está condicionado à expansão dos mecanismos de financiamento, à simplificação dos processos aduaneiros e burocráticos, à melhoria na promoção comercial, ao combate ao protecionismo e ao aumento de acesso a mercados. O diagnóstico é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que defende ainda a ampliação do apoio às empresas para operar no exterior e uma ampla reforma institucional, vinculando à Presidência da República a Câmara de Comércio Exterior e o sistema aduaneiro.
“A economia brasileira é muito heterogênea”, resume José Augusto Coelho Fernandes, diretor-executivo da CNI. “Temos indústrias de ponta, mas temos também uma economia informal expressiva.” Para a CNI, o Brasil ainda subaproveita as oportunidades do comércio no mundo, mantendo uma participação muito baixa nesse mercado. O país já é a oitava maior economia do mundo, mas ocupa apenas o 20º lugar entre os principais exportadores. E cai para o 28º lugar no mundo quando se consideram apenas as manufaturas. “A indústria brasileira não é um setor de baixos salários”, diz Fernandes. Em função disso, acrescenta, é fundamental investir em inovação para garantir espaço para nossos produtos no mundo.
Os principais desafios do país no exterior passam pela sustentação do forte crescimento das exportações e pela diversificação e ampliação das vendas industriais. O câmbio é um caso à parte. Mas, para a CNI, não significa voltar ao regime de taxas fixas nem abandonar o regime de metas de inflação — cuja administração tem impacto direto no câmbio. (LV)
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JORNAL DIA DIA: Mercadante nomeia o sociólogo Glauco Arbix para comandar a Finep
Carolina Pimentel
O sociólogo Glauco Arbix será o novo presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Ele foi nomeado pelo novo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.
Glauco Arbix é professor da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. De 2003 a 2006, ele presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Paulista de Americana, Arbix fez pós-doutorado em renomadas universidades dos Estados Unidos, como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) e a Universidade de Columbia, além da London School of Economics, no Reino Unido.
Arbix irá substituir o cientista político Luis Fernandes. A Finep é uma empresa pública, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que financia e fomenta projetos de inovação no setor empresarial.
Assim que assumiu o ministério, Mercadante disse que estuda transformar a Finep em uma espécie do banco para financiar a pesquisa científica e a inovação no país, semelhante ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o novo ministro, a ideia é que a Finep disponha de recursos além dos provenientes do Tesouro Nacional. Em 2010, o orçamento da empresa foi de R$ 4,2 bilhões.
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AGÊNCIA BRASIL: Ipea lança estudo sobre percepção social de bancos
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lança hoje (11), às 15h, em São Paulo, o Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) sobre Bancos: Exclusão e Serviços. O indicador mostra como a população avalia os serviços públicos em áreas específicas e qual é o grau de importância deles para a sociedade.
A análise dos dados mostra desigualdades regionais. Enquanto nas regiões mais desenvolvidas economicamente, mais de 60% da população foram incluídos no sistema bancário, as regiões menos desenvolvidas economicamente (Nordeste e Norte) representam cerca de 50%.
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Carta Maior On Line (SP): Pesquisa analisa comunicação e telecomunicação no Brasil
Panorama da comunicação e das telecomunicações será lançado terça-feira (11) em São Paulo, com a presença de especialistas e acadêmicos. Obra organizada pelo Ipea e Socicom traça um panorama do setor de comunicação e telecomunicações, estratégico para o País, que, apesar de ser muito debatido, não é objeto de muitas pesquisas por parte dos órgãos de estado. Nos três volumes do livro, foram reunidas diferentes dimensões que se complementam e ajudam na elaboração de futuras políticas públicas para o País.
Redação
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom) lançam nesta terça-feira, 11, às 8h30, a obra Panorama Brasileiro da Comunicação e das Telecomunicações. A pesquisa, uma iniciativa inédita no Brasil, será lançada no escritório da Presidência da República em São Paulo (Avenida Paulista, 2.163, 17º andar), com a participação do presidente do Ipea, Marcio Pochmann, e do presidente da Socicom, José Marques de Melo.
Seminário IPEA - Panorama brasileiro das comunicações e das telecomunicações
11 de janeiro de 2011 - 8h30 às 13h00 - São Paulo Local: Escritório da Presidência da República Avenida Paulista, 2163 - 17º. andar
8:30 às 9:30 - Abertura
- Marcio Pochmann - Presidente do IPEA - Cezar Alvarez - Secretário executivo do Ministério das Comunicações - José Marques de Melo - Presidente da Socicom - Helena Chagas - Ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
9h30 às 11h00 Painel 1 - Panorama das Comunicações
- Moderador - Daniel Castro - Assessor-chefe de Imprensa e Comunicação do IPEA
- Maria Cristina Gobbi - Bolsista do IPEA
- Andréa Ferraz Fernandes - Bolsista do IPEA
- Sivaldo Pereira da Silva - Bolsista do IPEA
- Gilberto Maringoni - Professor de jornalismo da Faculdade Casper Líbero (SP) e bolsista do IPEA
11h00 às 13h00
Moderadora - Cosette Castro - Professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Católica de Brasília
Marcio Wohlers - Diretor de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura
João Maria de Oliveira - Técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA
É necessário confirmar presença pelo email eventos@ipea.gov.br, enviando nome completo e RG.
A obra a ser lançada nessa oportunidade traça um panorama do setor de comunicação e telecomunicações, estratégico para o País, que, apesar de ser muito debatido, não é objeto de muitas pesquisas por parte dos órgãos de estado. Nos três volumes do livro, foram reunidas diferentes dimensões que se complementam e ajudam na elaboração de futuras políticas públicas para o País. O estudo conta com a participação de pesquisadores renomados da comunicação no Brasil. Mestres e doutores de várias partes do País foram selecionados por meio de chamada pública para participar da pesquisa.
O primeiro volume é dividido em duas partes. A primeira traz o estudo das tendências nas telecomunicações e reúne artigos escritos exclusivamente para o livro, além de textos publicados originalmente na edição especial do Boletim Radar, do Ipea, sobre telecomunicações. A segunda parte traz artigos que oferecem um panorama das indústrias criativas e de conteúdos.
O segundo volume da obra é dedicado a resgatar a memória das associações científicas e acadêmicas de comunicação no Brasil. O texto descreve e diagnostica a produção de conhecimento nos principais segmentos da comunicação nacionalmente institucionalizados ou publicamente legitimados nesta primeira década do século XXI.
No terceiro volume, é apresentado o resultado parcial de quatro pesquisas sobre o Estado da Arte no campo da comunicação. O volume traz dados sobre o número de faculdades e cursos de pós-graduação em comunicação no país, com áreas de concentração e crescimento; sobre as profissões existentes na área e as novas habilidades necessárias para uma indústria de conteúdos e serviços digitais; e sobre as indústrias criativas e de conteúdos e os movimentos das empresas em direção ao modelo digital, além de uma comparação com outros países, possibilitando a análise das fragilidades e potencialidades do Brasil.
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GAZ ONLINE (SP): Ipea lança estudo sobre percepção social de bancos
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lança hoje, 11, às 15h, em São Paulo, o Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) sobre Bancos: Exclusão e Serviços. O indicador mostra como a população avalia os serviços públicos em áreas específicas e qual é o grau de importância deles para a sociedade.
A análise dos dados mostra desigualdades regionais. Enquanto nas regiões mais desenvolvidas economicamente, mais de 60% da população foram incluídos no sistema bancário, as regiões menos desenvolvidas economicamente (Nordeste e Norte) representam cerca de 50%.
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AGÊNCIA BRASIL - ON LINE: Mercadante nomeia o sociólogo Glauco Arbix para comandar a Finep
Carolina Pimentel
O sociólogo Glauco Arbix será o novo presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Ele foi nomeado pelo novo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.
Glauco Arbix é professor da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. De 2003 a 2006, ele presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Paulista de Americana, Arbix fez pós-doutorado em renomadas universidades dos Estados Unidos, como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) e a Universidade de Columbia, além da London School of Economics, no Reino Unido.
Arbix irá substituir o cientista político Luis Fernandes. A Finep é uma empresa pública, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que financia e fomenta projetos de inovação no setor empresarial.
Assim que assumiu o ministério, Mercadante disse que estuda transformar a Finep em uma espécie do banco para financiar a pesquisa científica e a inovação no país, semelhante ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o novo ministro, a ideia é que a Finep disponha de recursos além dos provenientes do Tesouro Nacional. Em 2010, o orçamento da empresa foi de R$ 4,2 bilhões.
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Portal G1: Mais de 39% da população brasileira está fora do sistema bancário, diz Ipea Entre os excluídos, mulheres são maioria. Concessão de crédito não é vista como principal função de um banco Mais de 39% da população brasileira está excluída do sistema bancário, sendo que as mulheres constituem a maior parte deste contingente, segundo dados do estudo Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre Bancos: exclusão e serviços, divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Dentro desta parcela da população que não está bancarizada, 40,6% deseja ter uma conta bancária e 26,6% acredita ter o perfil definido pelos bancos como público-alvo. “É um estrato da população de baixa renda e de pouca escolaridade, mas que representa uma importante parcela e que vem sendo absorvida pelo mercado de trabalho, estimulada pelo crescimento econômico. Há, todavia, que se criar produtos e serviços específicos para esta população de modo a incorporá-la ao sistema bancário e socializar o acesso a esse serviço público operado por concessão”, destaca o estudo.
Outro ponto de destaque da pesquisa diz respeito ao baixo percentual da população que percebe a função de concessão de crédito como intrinsecamente bancária. Para 62,1% dos entrevistados, a principal função de um banco é a de movimentar/guardar dinheiro; para 29,5% das pessoas, o tarefa da instituição é oferecer produtos e serviços/pagar contas; e somente 4,5% dos brasileiros entendem que emprestar dinheiro seja a principal função de um banco.
"Há de se investigar mais detalhadamente as causas dessa percepção: lembranças inflacionárias; altas taxas de juros; conservadorismo das instituições bancárias; modelos de negócios inadequados, burocracia processual. Essas possibilidades (...) podem estar obrigando a população, ou pelo menos parcela dela, a recorrer a outros meios de obtenção de crédito, nem sempre lícitos ou bem regulados, mas que com certeza a oneram de forma mais abusiva”, diz o texto do Ipea.
Outras conclusões Os resultados apurados diferem de acordo com a região do país analisada, sexo do entrevistado, nível de escolaridade e faixa de renda.
Entre os 60,5% dos brasileiros que têm conta em banco, 78,2% estão muito satisfeitos ou satisfeitos com a segurança oferecida pelos bancos em suas agências e 13,7%, muito insatisfeitos ou insatisfeitos com ela.
Considerada pelos entrevistados como a principal função de um banco, a movimentação (todos os tipos, inclusive a guarda do dinheiro) da conta bancária é a operação realizada com maior freqüência, sendo apontada por 93,8% dos entrevistados.
O que leva uma pessoa a escolher uma determinada instituição bancária, em geral, é a determinação da empresa em que trabalha, mais do que itens como confiança ou proximidade da agência de sua casa ou trabalho.
O questionário aplicado contou com 36 perguntas objetivas que abordaram a inclusão bancária, a qualidade dos serviços e do atendimento prestado, o horário de funcionamento das agências bancárias, a segurança para a realização das operações e os produtos e serviços oferecidos.
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Estado de Minas On Line (MG): Ipea defende medidas para conter capital externo
Agência Estado
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, defendeu a adoção de medidas mais vigorosas por parte do governo brasileiro para conter o excesso de capitais que ingressam no País, motivados, em maior parte, por juros elevados e baixo risco. "A elevação do IOF (para renda fixa e variável) teve eficiência relativa. É preciso medidas de maior envergadura", comentou.
Segundo ele, se as ações adotadas recentemente pelo governo não conseguirem conter a tendência de valorização do real ante o dólar, o caminho natural seria o controle de capitais. "Essa é uma medida que precisa ser considerada em um leque mais amplo de ações. Até porque se não tivermos resultados mais imediatos das medidas tomadas, possivelmente, será esse o caminho, a exemplo de outros países", afirmou. O economista participou hoje, em São Paulo, de seminário sobre telecomunicações organizado pelo Ipea.
Embora tenha ressaltado que o governo Lula tenha adotado ações para coibir a apreciação do câmbio com gradualismo em demasia, Pochmann destacou que a administração de Dilma Rousseff está adotando uma estratégia mais adequada ao harmonizar as iniciativas do Ministério da Fazenda e do Banco Central (BC) para conter a alta da moeda brasileira ante a norte-americana.
Ele elogiou tanto a ação do BC, na semana passada, que decidiu adotar um depósito compulsório de 60% para posições vendidas de dólar acima de US$ 3 bilhões, quanto também a notícia publicada no Diário Oficial de que o Fundo Soberano do Brasil poderá atuar em derivativos através da autoridade monetária. Para Pochmann, a atuação do governo no mercado futuro de dólar é positiva, pois tem como objetivo reduzir a especulação de instituições que apostam na exagerada valorização do real ante o dólar.
"Contudo, ainda não atacamos alguns problemas, como o ingresso maciço de recursos (externos) desnecessários. Temos um déficit de transações correntes, precisamos de capitais estrangeiros, mas não na dimensão que vêm chegando", ressalta. Ele chegou a dizer que o controle de capital é defendido por instituições multilaterais, como o FMI.
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ESTADÃO.COM (SP): Ipea defende medidas para conter capital externo
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, defendeu a adoção de medidas mais vigorosas por parte do governo brasileiro para conter o excesso de capitais que ingressam no País, motivados, em maior parte, por juros elevados e baixo risco. "A elevação do IOF (para renda fixa e variável) teve eficiência relativa. É preciso medidas de maior envergadura", comentou.
Segundo ele, se as ações adotadas recentemente pelo governo não conseguirem conter a tendência de valorização do real ante o dólar, o caminho natural seria o controle de capitais. "Essa é uma medida que precisa ser considerada em um leque mais amplo de ações. Até porque se não tivermos resultados mais imediatos das medidas tomadas, possivelmente, será esse o caminho, a exemplo de outros países", afirmou. O economista participou hoje, em São Paulo, de seminário sobre telecomunicações organizado pelo Ipea.
Embora tenha ressaltado que o governo Lula tenha adotado ações para coibir a apreciação do câmbio com gradualismo em demasia, Pochmann destacou que a administração de Dilma Rousseff está adotando uma estratégia mais adequada ao harmonizar as iniciativas do Ministério da Fazenda e do Banco Central (BC) para conter a alta da moeda brasileira ante a norte-americana.
Ele elogiou tanto a ação do BC, na semana passada, que decidiu adotar um depósito compulsório de 60% para posições vendidas de dólar acima de US$ 3 bilhões, quanto também a notícia publicada no Diário Oficial de que o Fundo Soberano do Brasil poderá atuar em derivativos através da autoridade monetária. Para Pochmann, a atuação do governo no mercado futuro de dólar é positiva, pois tem como objetivo reduzir a especulação de instituições que apostam na exagerada valorização do real ante o dólar.
"Contudo, ainda não atacamos alguns problemas, como o ingresso maciço de recursos (externos) desnecessários. Temos um déficit de transações correntes, precisamos de capitais estrangeiros, mas não na dimensão que vêm chegando", ressalta. Ele chegou a dizer que o controle de capital é defendido por instituições multilaterais, como o FMI.
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ÉPOCA NEGÓCIOS ON LINE: Ipea defende medidas para conter capital externo
Para Marcio Pochmann, presidente do instituto, a elevação do IOF teve eficiência relativa, mas é preciso medidas com maior impacto
Agência Estado
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, defendeu a adoção de medidas mais vigorosas por parte do governo brasileiro para conter o excesso de capitais que ingressam no País, motivados, em maior parte, por juros elevados e baixo risco. "A elevação do IOF (para renda fixa e variável) teve eficiência relativa. É preciso medidas de maior envergadura", comentou.
Segundo ele, se as ações adotadas recentemente pelo governo não conseguirem conter a tendência de valorização do real ante o dólar, o caminho natural seria o controle de capitais. "Essa é uma medida que precisa ser considerada em um leque mais amplo de ações. Até porque se não tivermos resultados mais imediatos das medidas tomadas, possivelmente, será esse o caminho, a exemplo de outros países", afirmou. O economista participou hoje, em São Paulo, de seminário sobre telecomunicações organizado pelo Ipea.
Embora tenha ressaltado que o governo Lula tenha adotado ações para coibir a apreciação do câmbio com gradualismo em demasia, Pochmann destacou que a administração de Dilma Rousseff está adotando uma estratégia mais adequada ao harmonizar as iniciativas do Ministério da Fazenda e do Banco Central (BC) para conter a alta da moeda brasileira ante a norte-americana.
Ele elogiou tanto a ação do BC, na semana passada, que decidiu adotar um depósito compulsório de 60% para posições vendidas de dólar acima de US$ 3 bilhões, quanto também a notícia publicada no Diário Oficial de que o Fundo Soberano do Brasil poderá atuar em derivativos através da autoridade monetária. Para Pochmann, a atuação do governo no mercado futuro de dólar é positiva, pois tem como objetivo reduzir a especulação de instituições que apostam na exagerada valorização do real ante o dólar.
"Contudo, ainda não atacamos alguns problemas, como o ingresso maciço de recursos (externos) desnecessários. Temos um déficit de transações correntes, precisamos de capitais estrangeiros, mas não na dimensão que vêm chegando", ressalta. Ele chegou a dizer que o controle de capital é defendido por instituições multilaterais, como o FMI.
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MSN: Ipea defende medidas para conter capital externo
Ricardo Leopoldo
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, defendeu a adoção de medidas mais vigorosas por parte do governo brasileiro para conter o excesso de capitais que ingressam no País, motivados, em maior parte, por juros elevados e baixo risco. 'A elevação do IOF (para renda fixa e variável) teve eficiência relativa. É preciso medidas de maior envergadura', comentou.
Segundo ele, se as ações adotadas recentemente pelo governo não conseguirem conter a tendência de valorização do real ante o dólar, o caminho natural seria o controle de capitais. 'Essa é uma medida que precisa ser considerada em um leque mais amplo de ações. Até porque se não tivermos resultados mais imediatos das medidas tomadas, possivelmente, será esse o caminho, a exemplo de outros países', afirmou. O economista participou hoje, em São Paulo, de seminário sobre telecomunicações organizado pelo Ipea.
Embora tenha ressaltado que o governo Lula tenha adotado ações para coibir a apreciação do câmbio com gradualismo em demasia, Pochmann destacou que a administração de Dilma Rousseff está adotando uma estratégia mais adequada ao harmonizar as iniciativas do Ministério da Fazenda e do Banco Central (BC) para conter a alta da moeda brasileira ante a norte-americana.
Ele elogiou tanto a ação do BC, na semana passada, que decidiu adotar um depósito compulsório de 60% para posições vendidas de dólar acima de US$ 3 bilhões, quanto também a notícia publicada no Diário Oficial de que o Fundo Soberano do Brasil poderá atuar em derivativos através da autoridade monetária. Para Pochmann, a atuação do governo no mercado futuro de dólar é positiva, pois tem como objetivo reduzir a especulação de instituições que apostam na exagerada valorização do real ante o dólar.
'Contudo, ainda não atacamos alguns problemas, como o ingresso maciço de recursos (externos) desnecessários. Temos um déficit de transações correntes, precisamos de capitais estrangeiros, mas não na dimensão que vêm chegando', ressalta. Ele chegou a dizer que o controle de capital é defendido por instituições multilaterais, como o FMI.
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G1: Presidente do Ipea elogia articulação entre Fazenda e BC
Agência Estado
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, defendeu hoje a nova orientação da política econômica, adotada pela presidente Dilma Rousseff, na qual um ajuste fiscal maior é prometido para permitir a queda dos juros no médio prazo e aumento dos investimentos, sobretudo em infraestrutura. "Há uma coordenação mais fina das políticas monetária e fiscal. Sem muita coordenação (na economia), há certa esquizofrenia do ponto de vista das ações (de governo)", afirmou, durante evento em São Paulo.
Segundo ele, existe no governo Dilma "uma articulação entre Fazenda e BC (Banco Central) que antes não havia". Ele se referiu especialmente às ações adotadas, na primeira semana da nova administração, para conter a valorização do real. O Banco Central anunciou na última quinta-feira o estabelecimento para bancos de um depósito compulsório de 60% sobre o valor das posições vendidas em dólar. E ontem o Diário Oficial da União publicou resolução do Conselho Deliberativo do Fundo Soberano do Brasil (FSB) que permite ao BC atuar no mercado futuro de câmbio a pedido do Tesouro Nacional. Analistas viram a medida como um sinal verde para a retomada de operações de swap cambial reverso.
Normalmente contrário à elevação de juros pelo BC, Pochmann evitou criticas à possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar os juros em sua próxima reunião, nos dias 18 e 19.
Para ele, como a economia está bem aquecida, talvez seja necessária a ação do BC para reduzir as pressões inflacionárias. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcançou 5,91% em 2010, a maior marca desde 2004, e superou em 1,41 ponto porcentual a meta de inflação de 4,5% determinada pelo Conselho Monetário Nacional.
Para Pochmann, uma eventual alta da taxa Selic precisa ser avaliada em perspectiva, como uma medida pontual e temporária dentro de uma política econômica de longo prazo."O patamar que a taxa de juros se encontra é muito desfavorável, pois é um estímulo à entrada de recursos desnecessários, num ambiente especulativo", disse. Segundo ele, a redução dos juros é essencial para ampliar o nível de investimentos no País, que deve ter atingido cerca de 19% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "O Brasil não pode sustentar o crescimento apenas pelo consumo. É preciso ter investimentos", destacou.
Pochmann ressaltou que é possível melhorar a eficiência dos gastos públicos. Para ele, uma contrapartida para o cumprimento da meta de superávit primário de 3,1% do PIB neste ano deveria ser a redução com vigor das despesas com o pagamento dos juros da dívida pública. "O Brasil tem condições de melhorar o gasto público. Temos uma série de ineficiências. A principal é o gasto com juros da dívida pública, que está entre 5% e 6% do PIB por ano", afirmou.
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IstoÉ - On Line: Ipea defende novo reajuste do mínimo para 2º semestre
Ricardo Leopoldo
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, defendeu hoje, em São Paulo, o salário mínimo de R$ 540, mas sugeriu que no segundo semestre o governo firmasse um acordo com as centrais sindicais, que defendem um mínimo de R$ 580.
"É inegável que o aumento do mínimo tem impacto nas contas públicas", afirmou. Contudo, Pochmann disse que o vencimento básico provou ser nos últimos oito anos um importante instrumento para a melhora da renda dos cidadãos com baixo poder aquisitivo. "O mínimo gera também um impacto positivo no consumo e na arrecadação tributária", afirmou.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a elevação de um real do mínimo causa um impacto de R$ 249,3 milhões na folha de benefícios da Previdência Social. Segundo o Dieese, o reajuste do mínimo de R$ 510 para R$ 540 representa uma despesa adicional de R$ 7,48 bilhões à Previdência.
Ainda com base nesses cálculos, é possível estimar que a elevação do mínimo para R$ 580, como querem as centrais, representaria um impacto total de R$ 17,451 bilhões nos cofres do Tesouro. Para o presidente do Ipea, o mais razoável é que no primeiro semestre a remuneração mínima seja de R$ 540, pois daria tempo suficiente para a administração federal verificar a evolução das contas públicas e a dinâmica do Produto Interno Bruto (PIB) nesse período.
Pochmann defendeu que a partir de julho, quando o governo terá uma noção mais ampla da necessidade de ajuste fiscal para todo o ano, "abra-se um espaço de diálogo" com as centrais e parlamentares que querem o mínimo de R$ 580. O presidente do instituto não manifestou a opinião sobre qual poderia ser o novo valor do mínimo que passaria a vigorar na segunda metade do ano. Pochmann participou do Seminário Panorama da Comunicação e das Telecomunicações do Brasil.
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Veja On Line: Ipea defende medidas para conter capital externo
Ricardo Leopoldo
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, defendeu a adoção de medidas mais vigorosas por parte do governo brasileiro para conter o excesso de capitais que ingressam no País, motivados, em maior parte, por juros elevados e baixo risco. "A elevação do IOF (para renda fixa e variável) teve eficiência relativa. É preciso medidas de maior envergadura", comentou.
Segundo ele, se as ações adotadas recentemente pelo governo não conseguirem conter a tendência de valorização do real ante o dólar, o caminho natural seria o controle de capitais. "Essa é uma medida que precisa ser considerada em um leque mais amplo de ações. Até porque se não tivermos resultados mais imediatos das medidas tomadas, possivelmente, será esse o caminho, a exemplo de outros países", afirmou. O economista participou hoje, em São Paulo, de seminário sobre telecomunicações organizado pelo Ipea.
Embora tenha ressaltado que o governo Lula tenha adotado ações para coibir a apreciação do câmbio com gradualismo em demasia, Pochmann destacou que a administração de Dilma Rousseff está adotando uma estratégia mais adequada ao harmonizar as iniciativas do Ministério da Fazenda e do Banco Central (BC) para conter a alta da moeda brasileira ante a norte-americana.
Ele elogiou tanto a ação do BC, na semana passada, que decidiu adotar um depósito compulsório de 60% para posições vendidas de dólar acima de US$ 3 bilhões, quanto também a notícia publicada no Diário Oficial de que o Fundo Soberano do Brasil poderá atuar em derivativos através da autoridade monetária. Para Pochmann, a atuação do governo no mercado futuro de dólar é positiva, pois tem como objetivo reduzir a especulação de instituições que apostam na exagerada valorização do real ante o dólar.
"Contudo, ainda não atacamos alguns problemas, como o ingresso maciço de recursos (externos) desnecessários. Temos um déficit de transações correntes, precisamos de capitais estrangeiros, mas não na dimensão que vêm chegando", ressalta. Ele chegou a dizer que o controle de capital é defendido por instituições multilaterais, como o FMI.
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Exame.com: BNDES deve retomar internacionalização em 2011
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se prepara para dar continuidade a seu processo de internacionalização em 2011. O principal provedor de recursos para empresas nacionais tem enviado cartas-convite para instituições dispostas a assessorar suas operações de captação fora do país.
Entre elas estão bancos de investimento, auditorias, consultorias e escritórios de advocacia. Com um escritório em Montevidéu e uma filial em Londres (BNDES Limited), a instituição financeira está criando novas estruturas societárias para subsidiárias a serem inauguradas ainda neste ano, sendo uma delas nos Estados Unidos. Procurado pela reportagem do site de VEJA, o BNDES não quis se pronunciar.
O movimento atende a um objetivo alardeado desde 2008 pelo presidente do banco, Luciano Coutinho - o de financiar a internacionalização de companhias brasileiras. O movimento, que deve se intensificar neste ano, vem se consolidando há dois anos. Nesse período, o banco captou cerca de 4 bilhões de dólares fora do país por meio de três emissões de títulos - duas nos EUA e uma na Europa. A expectativa é que, a partir de 2011, a nova leva de recursos a serem obtidos no mercado internacional nem mesmo chegue a ser transferida ao Brasil - ficará disponível no exterior mesmo para as empresas brasileiras envolvidas em operações de internacionalização.
A notícia é comemorada por grandes conglomerados empresariais que possuem relações estreitas com o banco. Em 2010, indústrias e empresas de serviços foram destino de 57% do total de 168 bilhões de reais ofertado pela instituição financeira - sendo 24 bilhões de reais apenas para viabilizar a capitalização da Petrobras. Enquanto isso, projetos e empresas de infraestrutura receberam 31% do que o BNDES desembolsou.
Entre os setores da indústria que buscam dominar outros mercados no exterior, o de carnes é o que tem mais razões para comemorar. A relação do banco com as duas principais empresas do país, JBS e Marfrig, é tão 'produtiva' que as companhias foram destino de 3,6 bilhões de reais e 3,1 bilhões de reais, respectivamente, em aportes do BNDES apenas nos nove primeiros meses de 2010.
A estratégia pode ser entendida como forma de continuar sustentando a expansão de grandes companhias, as chamadas 'campeãs nacionais', mas, desta vez, sem comprometer ainda mais os recursos do Tesouro. Nos últimos quatro anos, o BNDES tem sido duramente criticado por bancar - tanto por meio de linhas de crédito como por investimentos de seu fundo de participações, o BNDESPar - operações de fusão e aquisição de empresas. No caso da JBS, a participação é tão expressiva que a empresa dos irmãos Batista entra como companhia coligada no balanço do banco.
O custo para o país - Contribuir para o desenvolvimento do Brasil por meio da oferta de crédito à iniciativa privada não é nenhum pecado. É aliás a função de um banco de desenvolvimento em qualquer nação. O grande problema é o preço pago pela União para garantir esse apoio. É sabido que o banco supre parte das deficiências de crédito, com destaque para as linhas de longo prazo, para as empresas. No entanto, o Tesouro é o principal provedor desses recursos. Entre 2006 e 2010, o BNDES captou 235 bilhões de reais junto ao órgão, a juros de 6% ao ano - uma dívida que deverá ser paga em três décadas.
"O problema é que o Tesouro capta esse dinheiro no mercado pagando o juro da Selic, que é bem mais alto. Em resumo, o Tesouro sai perdendo para beneficiar o banco" , explica o economista Mansueto de Almeida Júnior, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De quebra, contribui para a piora das contas públicas - o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e BC) registrou saldo nominal negativo de 45,785 bilhões de reais, ou 1,25% do PIB.
Ainda não se sabe se, com a captação no exterior, o banco continuará com operação deficitária. Em sua última emissão de títulos nos EUA, em janeiro do ano passado, os juros anuais pagos foram de 5,63% ao ano - bem inferior ao que seria se o dinheiro fosse obtido com recursos do Tesouro. Já na operação europeia, feita em novembro de 2010, e que levantou 750 milhões de euros, a instituição obteve os menores juros já conseguidos em todas as suas emissões no mercado internacional - 4,23% ao ano. Tudo vai depender da taxa que será cobrada das empresas brasileiras no exterior.
Contradições
A atuação do BNDES, no entanto, tem dado sinais contraditórios. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou repetidas vezes, desde o ano passado, que o BNDES iria reduzir sua participação na economia. Por suas próprias palavras, o banco deveria "caminhar com as próprias pernas" , além de "aprender a captar no mercado". No entanto, ao participar do Fórum Econômico Mundial, na cidade suíça de Davos, o presidente do banco, Luciano Coutinho, afirmou que os desembolsos de 2011 prosseguirão no mesmo patamar de 2010.
Serão 144 bilhões de reais, pois a instituição não repetirá o valor que foi destinado à captação da Petrobras (24 bilhões de reais). " O que tentaremos, neste ano, será aperfeiçoar qualitativamente nossa atuação, sobretudo em relação ao desenvolvimento socioambiental e inovação" , afirma Rabello, do BNDES.
Para se ter uma ideia do que representam os 168 bilhões de rais ofertados no ano passado, o valor supera o total de desembolsos do Banco Mundial a todos os países em desenvolvimento no ano fiscal de 2009 a 2010 - que, fazendo a conversão do dólar, chegou a 67 bilhões de reais. O BNDES apenas é superado pelo Banco de Desenvolvimento da China que, em 2009, emprestou 497 bilhões de dólares (ou 829 bilhões de reais) a empresas chinesas - com a diferença que Pequim tem mesmo recursos de sobra para emprestar sem precisar se endividar. O banco chinês ainda não divulgou os dados consolidados de 2010.
A expectativa da instituição é que, com a captação no exterior para financiar empresas, o banco volte-se com mais força ao financiamento de obras de infraestrutura, como a expansão dos aeroportos, melhorias nos portos e ampliação de estradas - reduzindo assim os gargalos logísticos que o país têm em abundância. "Infraestrutura e indústria continuarão sendo prioridades do banco e a própria presidente já afirmou isso em seu discurso" , diz o técnico da área de operações do BNDES, Claudio Rabello. Mas a opinião não é consenso no mercado.
Na avaliação de Mansueto de Almeida, do IPEA, apesar do discurso de 'aperfeiçoamento', é difícil acreditar que o banco irá mudar sua ênfase de crédito. "São as mesmas pessoas de antes que estão lá agora. Por que eles iriam mudar?", questiona.
Outro fator que evidencia a contradição deriva do recente aumento da taxa básica de juro, a Selic (que passou de 10,75% para 11,25% na última reunião do Copom), e da tendência de que um ciclo de alta se estabeleça. Com a subida dos juros, o crédito privado para empresas tende a encarecer. Desta forma, a Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP), cobrada pelo BNDES em suas linhas de financiamento, que hoje é de 6% ao ano, deve se tornar ainda mais atrativa para os empresários. "Só um aumento da TJLP pode reverter essa situação", afirma o analista da Economist Intelligence Unit (EIU), Robert Wood. No entanto, tal alternativa é pouco provável.
Ante a promessa de emprestar 144 bilhões de reais em 2011 e a limitação de empréstimo com base nos recursos próprios, segundo cálculos de Mansueto, de 70 bilhões de reais, é inevitável que o governo continue se endividando com recursos do Tesouro para encher o caixa do BNDES. A posição mostra a 'esquizofrenia' do governo de conviver com discursos contraditórios. Por um lado, promete duro esforço fiscal, com cortes que atingirão todos os ministérios. Por outro, acena com a continuidade da piora das contas públicas, promovida pelas despesas com o BNDES.
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