- Acesso à Informação
- Início
- O Ipea
- Ouvidoria
- Fale Conosco
- Agenda de Autoridades
- Imprensa
- Presidência
- Publicações
Resultados 5661 - 5680 de 21966
A TARDE - ON LINE: Ipea: maioria não relaciona crédito como função bancária
Agência Estado
Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a maioria das pessoas não relaciona os bancos à função de empréstimo de dinheiro. A maior parte dos entrevistados (62,1%) respondeu que a principal função de um banco é movimentar ou guardar dinheiro, enquanto 29,5% afirmaram que é oferecer produtos e serviços; e apenas 4,5% disseram que é emprestar dinheiro.
Entre as regiões do País, o Nordeste é onde a parcela dos que responderam que a principal função de um banco é conceder crédito foi maior (6,5%), seguida por Norte (6,1%). No Centro-Oeste, Sudeste e Sul, as respostar foram, respectivamente, 3,1%; 3,4% e 3,4%.
Os homens, de acordo com a pesquisa, dão importância maior aos financiamentos que as mulheres. No levantamento, 5,4% deles responderam que os empréstimos são a principal função de um banco, ante 3,6% das mulheres. Com relação à renda, entre os que ganham acima de 20 salários mínimos, 7,1% responderam que o empréstimo é a principal função do banco, seguido pelos que ganham até 2 salários mínimos (5%).
Preferência
A maioria dos entrevistados não escolheu o banco em que possui conta. A pesquisa mostra que 35,3% dos brasileiros abriram conta no banco em que a empresa onde trabalha indicou. Em seguida, 17,5% dos entrevistados disseram que a família sempre trabalhou com o banco em que possui conta; 17,2% disseram confiar no banco; 14,4% afirmaram que o banco fica próximo de casa ou do local de trabalho; 12,1% apresentaram outros motivos; 2,5% responderam que o banco era a única opção da região; e 1% não soube ou não quis responder.
Qualidade
De acordo com a pesquisa, a maior parte dos entrevistados (78,2%) está satisfeita ou muito satisfeita com a segurança das operações realizadas na agência bancária, contra 13,7% dos que estão insatisfeitos ou muito insatisfeitos. Em relação ao tempo gasto com as operações, 78,8% estão satisfeitos ou muito satisfeitos, e 20,1% insatisfeitos ou muito insatisfeitos.
O horário de atendimento das agências foi considerado satisfatório ou muito satisfatório por 65,1% dos consultados, e insatisfatório ou muito insatisfatório por 23,2%.
O Ipea entrevistou 2.770 pessoas nas cinco regiões brasileiras para a pesquisa "Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre Bancos: exclusão e serviços". Não foi informado o período da pesquisa.
|
Folha de S.Paulo (SP): Doação do Brasil ao exterior sobe 50%
Estudo do Ipea diz que ajuda internacional atingiu R$ 3,2 bi entre 2005 e 2009, equivalente a R$ 16 por pessoa
No entanto, Brasil ainda está atrás dos níveis de doação de emergentes como Turquia, China, Índia e Coreia do Sul
Por Claudia Antunes, do Rio
A ajuda ao desenvolvimento prestada pelo Brasil a outros países cresceu 50% entre 2005 e 2009, mostra o primeiro balanço do setor, feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e a ABC (Agência Brasileira de Cooperação). Hoje, ela é comparável à do Leste Europeu. Mas está abaixo da oferecida por emergentes como Turquia, Coreia do Sul, China e Índia. Os maiores aumentos aconteceram em dois itens que aumentam a visibilidade política do país doador: assistência humanitária e cooperação técnica, prestada a partir de acordos bilaterais em áreas como saúde, educação e agricultura. No período, o total doado foi de R$ 3,2 bi (valor corrigido pela inflação), ou R$ 16 por cada brasileiro. Como proporção do PIB, a ajuda anual é pequena, 0,02%. Dos países desenvolvidos, cobra-se o mínimo de 0,7%. Mas só cinco -Suécia, Noruega, Dinamarca, Holanda e Luxemburgo- atingiram essa meta em 2009. Dois terços da ajuda foram para organismos internacionais e fundos regionais. A ODA (assistência oficial ao desenvolvimento) é veículo tradicional dos países ricos para ganhar prestígio e poder. Nos últimos anos, potências em ascensão vêm passando de recebedores a prestadores de ODA. Os números do Brasil consideraram só doações integrais. É a maior diferença em relação às cifras da OCDE (clube de países ricos), que incluem empréstimos com o mínimo de 25% de doação. Em comparação imperfeita, o valor gasto em 2009 pelo Brasil (US$ 362,2 milhões) equivale ao da Polônia (US$ 370 milhões) e a cerca de metade do da Turquia (US$ 780 milhões). Não há números oficiais para China e Índia, mas estudo da OCDE estimou-os em US$ 2 bilhões e US$ 480 milhões, respectivamente. Os maiores beneficiários individuais da ajuda brasileira foram Haiti, Cuba, Paraguai, Argentina, Guiné Bissau e Moçambique.
--------------------------------------------------------------------------------
|
Processo Seletivo Simplificado PROCIN nº 019/2010
Processo Seletivo Simplificado PROCIN nº 019/2010, Projeto "Comércio Internacional e Integração Econômica" Data Limite para impugnação: 25 de janeiro de 2011 Início da bolsa: A partir de fevereiro de 2011 Processo Seletivo Simplificado PROCIN nº 019/2010 Extrato de Publicação do Resultado do Processo Seletivo Simplified Selection Process PROCIN nº 019/2010 Acesse aqui para cadastrar seu currículo
Informações básicas: Obs: Este texto é apenas informativo e não substitui o conteúdo da Chamada Pública.
Atenção: Os candidatos que apresentarem proposta para os processos de seleção em aberto, quando do cadastramento do currículo, devem mencionar no campo "Projeto de atuação pretendido no Ipea" o nome do projeto ao qual desejam concorrer à bolsa.
|
Processo Seletivo Simplificado PROCIN nº 020/2010
Processo Seletivo Simplificado PROCIN nº 020/2011, Projeto "Arquitetura Financeira Internacional" Data Limite para impugnação: 25 de janeiro de 2011 Início da bolsa: A partir de fevereiro de 2011 Processo Seletivo Simplificado PROCIN nº 020/2011 Extrato de Publicação do Resultado do Processo Seletivo Simplified Selection Process PROCIN nº 020/2010 Acesse aqui para cadastrar seu currículo
Informações básicas: Obs: Este texto é apenas informativo e não substitui o conteúdo da Chamada Pública.
Atenção: Os candidatos que apresentarem proposta para os processos de seleção em aberto, quando do cadastramento do currículo, devem mencionar no campo "Projeto de atuação pretendido no Ipea" o nome do projeto ao qual desejam concorrer à bolsa.
|
Processo Seletivo Simplificado PROCIN nº 021/2010
Processo Seletivo Simplificado PROCIN nº 021/2010, Projeto "Arquitetura Financeira Internacional" Data Limite para impugnação: 25 de janeiro de 2011 Início da bolsa: A partir de fevereiro de 2011 Processo Seletivo Simplificado PROCIN nº 021/2011 Extrato de Publicação do Resultado do Processo Seletivo Simplified Selection Process PROCIN nº 021/2010 Veja aqui o extrato de revogação: Chamada Revogada Acesse aqui para cadastrar seu currículo
Informações básicas: Obs: Este texto é apenas informativo e não substitui o conteúdo da Chamada Pública.
Atenção: Os candidatos que apresentarem proposta para os processos de seleção em aberto, quando do cadastramento do currículo, devem mencionar no campo "Projeto de atuação pretendido no Ipea" o nome do projeto ao qual desejam concorrer à bolsa.
|
VALOR - ON LINE: Em cinco anos, governo federal investe R$ 2,9 bi em programas de cooperação
Tarso Veloso
O governo federal investiu R$ 2,898 bilhões em outros países entre 2005 e 2009. Os investimentos, realizados por meio da Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional, foram dirigidos para as áreas de assistência humanitária, bolsa de estudo para estrangeiros, cooperação técnica, científica e tecnológica, contribuições a organizações internacionais e bancos regionais e operações de paz.
O levantamento foi feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e o apoio da Casa Civil do governo. O Ipea utilizou dados de ministérios, instituições públicas e agências reguladoras brasileiras. As contribuições para organizações internacionais e bancos regionais responderam por cerca de 76% do total investido.
A assistência humanitária internacional (AHI) recebeu, no período pesquisado, R$ 155 milhões, ou 5,36% do total da cooperação brasileira para o desenvolvimento internacional no período. A ajuda do Brasil a países ou regiões em situações de emergência ou calamidade pública atingiu R$ 87 milhões em 2009. Os programas de bolsas de estudo para estrangeiros receberam R$ 284 milhões durante o período, cerca de 10% do total.
Para participação em missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), o gasto autorizado foi de R$ 689 milhões, sendo que R$ 613 milhões foram efetivamente utilizados no período. O governo federal autorizou também R$ 218 milhões em créditos extraordinários para o Programa Orçamentário Participação Brasileira em Missões de Paz, de responsabilidade do Ministério da Defesa.
|
Correio Braziliense (DF): A salvação das multinacionais
Gigantes mundiais já tiram a maior parte de seus ganhos dos países emergentes, onde o emprego e a renda crescem aceleradamente Por Gabriel Caprioli A dissolução de paradigmas econômicos, processo acelerado pela recessão que engolfou os países mais ricos do mundo, está provocando uma profunda alteração no planejamento estratégico de gigantes empresariais. Confrontadas com um forte encolhimento das vendas de suas sedes, as multinacionais foram obrigadas a partir com tudo para as nações em desenvolvimento, onde o emprego e a renda crescem a um ritmo acelerado. Não sem motivo, 2010 ficou marcado como o ano no qual, pela primeira vez na história, os países em desenvolvimento receberam mais investimentos de conglomerados estrangeiros do que os aportes feitos pelos mesmos grupos em economias maduras.
Os sinais são evidentes no Brasil, onde já estão presentes 480 das 500 maiores empresas do mundo, mas se repetem em diversos emergentes. O fator primordial para o apetite estrangeiro é o crescimento sustentado pelo consumo interno e pelo incremento da renda per capita — fatores que praticamente desapareceram nos países desenvolvidos. Para alguns analistas, a época de vacas magras nessas nações perdurará, no mínimo, pelos próximos cinco anos, o que empurrará os empresários para onde há potencial de lucro. “A dispersão de investimentos em direção aos emergentes já vinha ocorrendo, mas a crise acelerou esse processo”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luís Afonso Lima.
“A perspectiva de taxa média de crescimento de 5% dos emergentes em comparação com os esperados 2% dos países mais ricos será determinante na escolha das empresas”, concorda Luciana Acioly, coordenadora de Estudos de Relações Econômicas Internacionais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ela lembra que a participação brasileira nos investimentos diretos estrangeiros (IDE) provenientes de economias desenvolvidas passou de 1,7% para 7% na última década, enquanto a da Índia saltou de 0,4% para 6% e a da China, de 0,7% para 17,8%.
No caso do Brasil, o segmento que mais atrai as multinacionais é o industrial. Além do segmento automobilístico, de insumos químicos e de maquinários para a produção, uma das vedetes dos empresários é o setor de alimentos e de bebidas, que, entre janeiro e novembro de 2010, atraiu US$ 1,5 bilhão em investimentos diretos. Há espaço para ganhos maiores e foi de olho nessa janela que a Heineken — cervejaria holandesa presente em 175 países — reforçou a sua estratégia de produção no mercado brasileiro. A ordem é tornar o país um de seus cinco maiores mercados no planeta.
Renata Zveibel, gerente da Comunicação Externas da Heineken, explica que o potencial nos emergentes é muito maior do que nas economias maduras. “Recentemente, adquirimos operações em diversos continentes, além das de México e Brasil, garantindo uma forte presença na América Latina, que é hoje um dos mercados de cerveja mais lucrativos e que mais cresce no mundo”, relata.
A bonança também atrai outros setores, como o das instituições financeiras. Dados do Banco Central, entre janeiro e novembro, os serviços financeiros foram responsáveis por aportes diretos de US$ 1,5 bilhão. As oportunidades são tantas que a equipe do Banco Credit Suisse elegeu o Brasil como campo preferencial para investimentos. Na avaliação de 11 analistas da instituição, 2011 será um ano favorável no país para a produção e a comercialização de commodities (mercadorias com cotação internacional), e para o setor bancário, cujos negócios serão influenciados pelo aumento na taxa de juros e pela expansão média de 15% na oferta de crédito.
Segurança Não é só o lucro que empurra os grandes grupos para os países em desenvolvimento. O sócio da empresa de finanças e prospecção de investimentos Hampton Solfise, Luciano Araújo, adverte que, para companhias que atuam em escala global, buscar novos mercados é uma condição básica para a manutenção das operações — isto é, sobrevivência. “É o mesmo conceito utilizado pelos aplicadores do mercado financeiro, quando diversificam suas carteiras de operações. Uma empresa com braços em vários países vai aos poucos se blindando contra possíveis turbulências em um ou outro mercado. Se uma companhia como a IBM tiver recursos para montar uma unidade hoje, vai fazer isso no Brasil e não na Europa”, ressalta.
No último balanço contábil divulgado pela gigante do setor de tecnologia, referentes ao terceiro trimestre do ano passado, atribuem-se aos mercados emergentes os bons resultados do período. As operações nas Américas renderam faturamento de US$ 10,2 bilhões, enquanto as receitas na Europa, Oriente Médio e África juntas somaram US$ 7,4 bilhões. “Conseguimos um excelente desempenho em nossas unidades instaladas nos mercados em crescimento, o que reflete os investimentos mantidos nesses locais durante a recessão e ao aumento contínuo da demanda por tecnologia nesses países”, declara Samuel J. Palmisano, presidente da companhia.
Potencial enorme O Brasil está em quarto lugar no ranking de produção de cerveja, atrás da China, Estados Unidos e Rússia. Somente em 2010, foram consumidos 120 bilhões de litros da bebida. O consumo per capta anual, no entanto, gira em torno de 50 litros, contra 81 litros da Venezuela, o que sugere o potencial de crescimento do setor na economia brasileira.
Via de mão dupla Enquanto as multinacionais buscam alternativas para sustentar seus negócios nos países em desenvolvimento, os grupos provenientes dessas nações aproveitam as moedas valorizadas em relação ao resto do mundo para se internacionalizar. Entre 2000 e 2009, os investimentos diretos partidos de economias maduras caíram de 89% para 75%. Já os emergentes aumentaram sua participação de 11% para 25%.
Sem entraves
Os graves problemas de infraestrutura do Brasil são uma das fontes de aumento de custos para os produtores nacionais que exportam, mas não devem afugentar as companhias estrangeiras. Muito pelo contrário. Para Luciano Araújo, sócio da Hampton Solfise, o momento favorável da economia pode transformar tais deficiências em grandes oportunidades de negócios.
“Atualmente, o campo é fértil não só para quem processa alimentos ou vende computadores, mas também para empreiteiras e para toda cadeia em que o negócio é prover estrutura”, destaca. Na avaliação de Araújo, os entraves afetam as empresas multinacionais somente nos casos em que a atividade delas é orientada para o mercado externo, caso da mineradora AngloAmerican. “Nosso gargalo está nos portos, por exemplo, mas, normalmente, as empresas que vêm de fora escolhem o país para atender o mercado interno”, acredita.
A disposição das multinacionais em virem para cá pode ser uma oportunidade que não se repetirá por muitos anos, na análise do economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rogério Souza. “Os países desenvolvidos vão demorar de cinco a seis anos para se recuperarem e, até lá, seremos a bola da vez”, diz. (GC)
|
Zero Hora On Line (RS): Ajuda ao Exterior cresce 50%
Levantamento de Ipea e ABC leva em consideração período de 2005 a 2009
A atuação internacional do Brasil nos últimos anos cobrou seu preço. A ajuda ao desenvolvimento prestada pelo Brasil a outros países aumentou 50% em termos reais entre 2005 e 2009.
Este é o resultado do primeiro balanço do setor, feito em conjunto pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Itamaraty.
Atualmente, a ajuda brasileira é comparável a de países do Leste Europeu, como a Polônia. Mas ainda está aquém da oferecida por outras economias emergentes, como Turquia, China e Índia.
Segundo o estudo do Ipea, divulgado ontem, os maiores incrementos no período ocorreram em dois itens que aumentam a visibilidade do país doador: assistência humanitária (5.700%), feita em casos de desastres naturais ou conflitos, e cooperação técnica e científica (178%), prestada a partir de acordos bilaterais em áreas como saúde, educação e agricultura.
No período analisado no estudo, o total doado pelo Brasil foi de R$ 3,2 bilhões, em valor corrigido pela inflação - ou R$ 16 por cada brasileiro.
|
VALOR - ON LINE: Pobreza e suas manifestações
Marcio Pochmann
A pobreza tem formas variadas de ser mensurada e apresenta-se invariavelmente arbitrário o seu dimensionamento, por mais científico que seja o método utilizado. Pela forma mais simples e antiga, o tamanho da pobreza pode ser definido por intermédio do estabelecimento de uma linha monetária associada ao critério de insuficiência de renda das pessoas para o acesso ao consumo básico.
Mas há outras modalidades mais complexas de se procurar medir a dimensão da pobreza, geralmente pela adoção de critérios que permitam identificar os elementos de natureza multidimensional. Nesse caso consideram, por exemplo, os aspectos relativos às vulnerabilidades presentes à norma de vida, sejam aqueles relacionados ao nível de vida dos melhores inseridos na sociedade (a pobreza relativa), seja um conjunto de parâmetros que apontem para um padrão de vida digna, contemplando vários indicadores nos campos da educação, saúde, moradia, transportes, entre outros.
Independente das formas possíveis e variadas das medidas de pobreza, que ademais da consistência técnico-científica necessária, pressupõe credibilidade e aceitação ampla pela sociedade, interessa destacar o melhor entendimento a respeito dos distintos tipos de manifestação da pobreza no Brasil. Isso porque sem a compreensão precisa de suas formas variadas de se manifestar, as políticas públicas adotadas visando a sua superação podem não ter o êxito esperado.
Do ponto de vista de um país de dimensão continental e de profunda heterogeneidade territorial, pode-se começar por distinguir a pobreza nas áreas rural e urbana e, entre esta, as regiões metropolitanas e não metropolitanas. No meio rural, a manifestação da pobreza tende a estar relacionada à presença de relações econômicas e sociais ainda não totalmente monetizadas, o que permite a adoção de modalidades de enfrentamento por meio de políticas públicas vinculadas à geração de ocupação e renda próprias do desenvolvimento agrário, por exemplo. Nas cidades, em geral, a pobreza tende a se expressar mais fundamentalmente por relações econômicas e sociais marcadamente monetizadas. Em outras palavras, é necessária a imposição de medidas de políticas públicas que não percam de vista as condições de funcionamento do mercado, como no caso de programas de garantia de renda e aportes de infraestrutura econômica e social. No meio urbano em que predominam as pequenas cidades, a existência da pobreza também tende a se diferenciar daquela que se manifesta nos grandes centros metropolitanos.
Essa primária diferenciação da pobreza indica a importância do estabelecimento de uma tipologia apropriada de compreensão de sua manifestação no Brasil. Ou seja, a opção de uma política nacional de combate à pobreza que considere as diferentes formas de manifestação sob o risco de deixar de ser plenamente exitosa. Ao se considerar, por exemplo, a evolução dos diferentes tipos de pobreza no Brasil durante os últimos 30 anos, registra-se a existência de trajetórias nem sempre convergentes entre si. Embora exista inequívoca tendência de queda no contingente de pobres no Brasil, isso ocorreu em ritmos distintos. Enquanto a taxa nacional de pobreza extrema caiu de 42,9%, em 1978, para 9,4%, em 2008, a pobreza rural diminuiu de 72,5% para 22,9%. A pobreza urbana caiu mais rapidamente, pois passou de 18,4%, em 1978, para 5,5% nas regiões metropolitanas e de 38,1% para 7,8% nas regiões não metropolitanas no mesmo período de tempo.
Resumidamente, observa-se que, em 30 anos, a taxa nacional de pobreza extrema caiu 78,1%, fortemente influenciada pela maior queda nas regiões não metropolitanas (79,5%) e metropolitanas (70,1%). No campo, a taxa de pobreza extrema foi a que menos caiu (68,4%) entre 1978 e 2008. Além disso, percebe-se também que o comportamento cadente da pobreza extrema no Brasil se diferenciou por períodos de tempo.
Entre 1998 e 2008, por exemplo, a taxa de pobreza caiu mais intensamente no Brasil como um todo (45,3%), estimulada pela maior redução nas regiões não metropolitanas (45,8%) e rurais (45,3%). Somente nas regiões metropolitanas, a taxa de pobreza extrema foi reduzida mais intensamente durante os anos de 1978 e 1988 (38,6%) ante a queda de 32,9% no período recente (1998-2008).
De maneira geral, pode-se constatar que a cada 10 anos, a taxa nacional de pobreza extrema tem sido reduzida mais fortemente: 33,6% acumulado no período 1978-1988, 39,6% em 1988-1998 e 45,3% em 1998-2008. A maior sofisticação das políticas públicas, combinada com o melhor desempenho econômico brasileiro, explica certamente a trajetória crescentemente positiva do enfrentamento da pobreza extrema nos últimos trinta anos. A superação da condição de pobreza extrema que atinge um a cada dez brasileiros neste início da segunda década do século 21 (rendimento familiar per capita de até um quarto de salário mínimo mensal), conforme compromisso assumido pela presidente Dilma, deve passar ainda por maior aperfeiçoamento das políticas públicas.
De imediato, é imprescindível a definição objetiva da medida administrativa de mensuração da pobreza extrema, permitindo o acompanhamento e monitoramento dos resultados das ações de redução da quantidade de pobres no país nos próximos anos. Nesse sentido, a constituição de um grupo ministerial específico e adequado representa uma excelente decisão governamental. Simultaneamente, cabe apontar a necessidade da reconfiguração de um conjunto apropriado e melhor articulado de políticas públicas capazes de atender às especificidades da manifestação diferenciada da pobreza em todo o território nacional (rural, urbano metropolitano e não metropolitano, pelo menos). Somente considerada a taxa de pobreza extrema, nota-se que, para cada miserável existente nos grandes centros metropolitanos, há quatro vezes mais intensidade de sua manifestação no meio rural.
Marcio Pochmann é presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), professor licenciado do Instituto de Economia e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Unicamp. Escreve toda 2ª quinta-feira do mês.
|
MS NOTÍCIAS (MS): Quase 40% da população não têm conta em banco, revela Ipea
Estudo divulgado hoje (11) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que 39,5% dos brasileiros não têm conta bancária. O Ipea ouviu 2.770 pessoas nas cinco regiões do país.
A pesquisa Bancos: Exclusão e Serviços mostra que a exclusão bancária é maior nas regiões menos desenvolvidas economicamente. Declararam não usar os serviços dessas instituições 52,6% dos entrevistados do Nordeste e 50% do Norte. Nas regiões Sul e Sudeste, 70% e 65,9% das pessoas consultadas, respectivamente, recorrem a instituições financeiras para guardar seu dinheiro. No Centro-Oeste, 31,2% dos entrevistados não têm conta em banco.
A falta de escolaridade é um dos fatores relacionados ao afastamento da população dos serviços bancários. Entre os que têm até a 4ª série do ensino fundamental, apenas 44,4% têm conta em banco. O índice sobe para 69,3% no grupo que estudou até o ensino médio e para 88,5% entre os que chegaram ao nível superior.
O Ipea destaca que, apesar do alto grau de exclusão verificado no sistema bancário, grande parte dos que estão fora (40%) têm interesse em usar tais serviços. "É um estrato da população de baixa renda e de pouca escolaridade, mas que representa uma importante parcela que vem sendo absorvida pelo mercado de trabalho, estimulada pelo crescimento econômico", ressalta a pesquisa.
O Ipea defende a criação de serviços específicos para atender à demanda da população de baixa renda. "Há, todavia, que se criar produtos e serviços específicos para essa população, de modo a incorporá-la ao sistema bancário e a socializar o acesso a esse serviço público operado por concessão", afirma o estudo.
|
Acesso aos bancos no Brasil ainda é limitado. Percepção da relevância da concessão de crédito foi pequena
|
Ipea e ABC apresentam em Brasília o estudo que mapeia cooperação de 2005 a 2009
|
Portugal Digital (Portugal): Em cinco anos, Brasil investiu R$ 2,89 bilhões em projetos de cooperação internacional A maior parte dos investimentos (79%) foi direcionada para ações de organizações internacionais e bancos regionais.
Da Redação, com agência O Brasil investiu mais de R$ 2,89 bilhões em projetos de cooperação com outros países no período de 2005 a 2009.
Segundo levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores, a maior parte dos investimentos (79%) foi direcionada para ações de organizações internacionais e bancos regionais.
O restante dos recursos coube às áreas de assistência humanitária, bolsas de estudo e cooperação técnica. Segundo o diretor da Agência Brasileira de Cooperação, ministro Marco Farani, o crescimento nos investimentos para projetos de cooperação é necessário, principalmente, para um país como o Brasil, que quer ser protagonista no plano internacional.
“Ajuda internacional, ajuda ao desenvolvimento, seja por meio de cooperação na área de educação, ciência, técnica, ajuda humanitária, cooperação financeira, que não está retratada no documento, vai ser cada vez mais, quase uma obrigação do governo", afirmou Farani.
Para ele, não se pode imaginar que um país que queira ter influência, ter um papel na construção do mundo, sem uma ação correspondente no plano técnico e prático.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde receberam R$ 1,38 bilhões no período de 2005 a 2009. O Brasil contribui ativamente para o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), devido ao crescente número de refugiados que o país vem acolhendo e à atuação em assistência humanitária internacional, coordenada pelo organismo.
O Brasil também contribui com cerca de 70% dos recursos anuais do Fundo de Convergência Estrutural e de Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem). No período analisado, foram destinados ao fundo mais de R$ 430 milhões, o que representou 30% das contribuições para organismos internacionais. Criado em 2004, o Focem tem o objetivo de aumentar a competitividade dos quatro sócios do Mercado Comum do Sul – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Em bancos regionais de fomento, o Brasil investiu a fundo perdido mais de R$ 800 milhões em cinco anos. O dinheiro foi para as cotas de integralização de capital de fundos de bancos regionais dos quais o Brasil faz parte. As instituições das quais o Brasil é cotista – Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) – contribuem com o crescimento econômico e com a redução da pobreza nos países de baixa renda. O Brasil não recebe dinheiro desses fundos.
O estudo também analisou o investimento em assistência humanitária, que se deu principalmente em países da América Latina e do Caribe. Essas regiões ficaram com 76,27% da ajuda enviada diretamente, que representa, em valores, R$ 107, 81 milhões no período analisado. Entre os principais destinos da ajuda humanitária brasileira estão Cuba, o Haiti e os territórios palestinos que, juntos, receberam 53% do total, o que equivale a R$ 83,307 milhões.
A concessão de bolsas para alunos estrangeiros que estudam no Brasil ou no exterior representou cerca de 10% da cooperação brasileira (R$ 284,07 milhões). A maioria dessas bolsas foi para treinamento e capacitação. Cinquenta por cento delas são concedidas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O restante é dividido entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que destinou 28% dos recursos, e a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação, que distribuiu 20%. Os 2% restantes ficaram a cargo do Ministério das Relações Exteriores.
Os recursos federais aplicados em projetos e programas de cooperação técnica, científica e tecnológica passaram de R$ 252,6 milhões. Em cooperação bilateral, o Brasil se concentrou em projetos de cooperação técnica horizontal que visam a mudanças estruturais na economia dos países e ao crescimento sustentável, de modo a garantir, igualmente, inclusão social e respeito ao meio ambiente. Esse tipo de cooperação está associado ao eixo Sul-Sul.
Outro tipo de cooperação é a da técnica triangular com países desenvolvidos e organismos internacionais. Os principais parceiros do Brasil na cooperação trilateral são o Japão, os Estados Unidos, a Alemanha, a França, o Canadá, a Argentina e a Espanha. As áreas de atuação vão desde o combate ao trabalho infantil, à aviação civil, educação, saúde, prevenção e controle da malária até a modernização de processos legislativos, administração pública, sociedade da informação, relações trabalhistas e reforço da infraestrutura. As informações são da ABr.
|
Especialistas nacionais e internacionais debateram o tema durante três dias, em Brasília
|
Apresentação do livro Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil
|
Exposição dos bolsistas do Ipea que assinar artigos no livro Panorama da Comunicação
|
Debate sobre o volume 3 do livro Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil
|
Apresentações de Gaetan Tremblay (França) e Luís Humberto (Portugal)
|
Centro de Información por Internet de China (China): Brasil otorga 1.700 mdd en cooperación internacional en cinco años El gobierno brasileño otorgó cerca de 1.700 millones de dólares en proyectos de cooperación internacional a fondo perdido en el periodo 2005-2009, informaron hoy dos organismos oficiales.
Según un estudio divulgado este miércoles por la Agencia Brasileña de Cooperación (ABC) y el Instituto de Pesquisa Económica Aplicada (Ipea), el 79 por ciento de estas inversiones fue destinado a acciones de organizaciones internacionales y bancos regionales.
El director de la ABC, el diplomático Marco Farani, explicó que la Organización de las Naciones Unidas (ONU) y la Organización Mundial de la Salud (OMS) fueron los organismos internacionales que recibieron la mayor cooperación brasileña en el periodo, por cerca de 800 millones de dólares.
En la presentación del estudio, Farani dijo que el crecimiento de la cooperación es necesario para un país que, como Brasil, busca protagonismo en la escena internacional.
"Ayuda internacional, ayuda al desarrollo, sea por medio de cooperación en el área de educación, ciencia, técnica, ayuda humanitaria, cooperación financiera, será cada vez más una obligación del gobierno", señaló.
Brasil contribuyó con casi 70 por ciento de los recursos anuales del Fondo de Convergencia Estructural y de Fortalecimiento del Mercosur (Focem), al que fueron destinados en el periodo 256 millones de dólares.
En bancos regionales de fomento, como el Banco Mundial, el Banco Interamericano de Desarrollo (BID) y el Banco Africano de Desarrollo (BAD), Brasil invirtió a fondo perdido unos 480 millones de dólares en cinco años, para ayudar al crecimiento económico y reducir la pobreza en países de bajos recursos.
La asistencia humanitaria destinada sobre todo a países de América Latina y el Caribe sumó 96 millones de dólares entre 2005 y 2009.
El estudio indicó que la concesión de becas para alumnos extranjeros que estudian en Brasil o en el exterior representó cerca de 10 por ciento de la cooperación brasileña, al aportar 170 millones de dólares.
|
Telemundo Dallas (EUA): Brasil Incrementa Su Asistencia Internacional
Brasil, que ha buscado aumentar su presencia en la discusión de los grandes temas globales, destinó 1,6 millones de dólares a la cooperación internacional entre 2005 y 2009, con una tendencia creciente en el período, reveló un estudio oficial divulgado el miércoles.
El informe sobre cooperación brasileña para el desarrollo internacional indica que la ayuda del país suramericano ha beneficiado principalmente a países latinoamericanos y del Caribe, pero también lo llevó a actuar en otras regiones en desarrollo, particularmente Africa y Asia.
"La cooperación brasileña no tiene condicionalidad política, es una cooperación de carácter técnico", explicó Marco Farani, director de la Agencia Brasileña de Cooperación (ABC).
No obstante, advirtió que el país deberá adoptar en el futuro "criterios políticos" para orientar la ayuda y hacerla más efectiva.
Brasil ha tenido una participación destacada por organizaciones internacionales en la reconstrucción de Timor Oriental y en la estabilización de Haití.
El estudio, elaborado por la ABC y el Instituto de Pesquisas Económicas Aplicadas (Ipea), demostró que la asistencia internacional ha tenido una tendencia creciente a lo largo del período estudiado, al pasar de 243 millones de dólares en 2005 a 362,2 millones en 2009, en valores constantes.
El incremento se dio en momentos que el gobierno brasileño buscó una mayor participación en las grandes discusiones internacionales, como el conflicto de Medio Oriente y el cambio climático, mientras se incorporó al Grupo de los 20, que agrupa a las grandes economías mundiales, y luchó por un puesto permanente en el Consejo de Seguridad de la ONU.
El principal componente de la ayuda brasileña se canalizó como contribuciones para organizaciones internacionales y regionales, seguida por la cooperación técnica, becas de estudio para extranjeros y ayuda humanitaria.
|
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil.
|