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JORNAL DO COMÉRCIO (RS):  Deficiências de ônibus e metrôs aceleram o uso do transporte individual - Parte 2 Brasileiro critica a demora e impontualidade do serviço A rapidez é o fator que mais influencia o usuário na escolha de seu meio de transporte, segundo afirmação de 32,7% dos entrevistados; seguido do preço (14,8%), do conhecimento do usuário do tipo de transporte (10,5%), da facilidade de utilização (8,3%) e do horário adequado à necessidade do usuário (5,7%). A pontualidade também é um outro ponto decisivo na questão da escolha do meio de transporte. Para 41,5% dos brasileiros, sempre há atraso na frequência dos transportes públicos. A soma desse porcentual com o índice dos que responderam que na maioria das vezes ocorrem atrasos (28,8%) mostra que 70,3% da população percebem falta pontualidade na frequência dos transporte públicos. "A pesquisa demonstra que há espaço para a construção de políticas para a redução do custo do transporte nas despesas familiares. O transporte representa hoje a segunda despesa mais alta no orçamento das famílias. Ações que possam reduzir o peso do custo do transporte seriam um ganho de renda para as famílias", diz Pochmann. Para ele, o país deveria dar ênfase ao transporte público. "Em países desenvolvidos o principal meio de transporte é o coletivo. Isso pressupõe investimentos em infraestrutura de grande magnitude e uma articulação do setor público com o privado, porque sem esse esforço vamos ter cidades com maior quantidade de automóveis que implicará em congestionamentos mais amplos do que já temos, o que implica maior perda de produtividade e maior tempo da vida comprometido no deslocamento". A qualidade do transporte público é ruim para 19,2% da população brasileira e muito ruim para 19,8%, de acordo com estudo divulgado pelo Ipea. O porcentual de insatisfeitos, portanto, chega a 39%. Por outro lado, 26,1% veem o transporte público como bom e apenas 2,9% o consideram muito bom, em um total de 29%. Ele é regular para 31,3%. "Este estudo serve para chamar a atenção para a inadequação desse modelo", disse o presidente do Ipea, referindo-se à priorização do transporte individual em detrimento do transporte coletivo. "Há espaço para o avanço das políticas públicas." Na região Sul estão os mais satisfeitos com o transporte público: 44,9% o consideram bom ou muito bom e 23,5% o acham ruim ou muito ruim. Já na região Sudeste se encontram as opiniões mais negativas: apenas 24,5% o veem como bom ou muito bom e 45,9% o consideram ruim ou muito ruim - este número é muito próximo ao da região Norte: 45,8%. O levantamento mostra também que uma em cada quatro (26,3%) pessoas no País vive em cidades em que não há integração entre meios de transporte. Não usam a integração, apesar de ela existir, 27,5%. Dentre aqueles que a utilizam, 33,2% o fazem trocando de um ônibus para outro. Depois, a mais frequente é a troca de um ônibus para o metrô: 4,9%. O estudo do Ipea aponta que, quanto maior o nível de escolarização das pessoas, mais crítica elas se tornam em relação à qualidade do transporte público. Ele é bom ou muito bom para 34,9% das pessoas com até a quarta série do ensino fundamental - 22,5% o acham ruim ou muito ruim. Já para quem tem ensino superior incompleto, completo ou pós-graduação, 20,1% o consideram bom ou muito bom e 36,9% o acham ruim ou muito ruim. Maioria reclama de desrespeito a pedestres e a ciclistas A maioria da população brasileira percebe desrespeito a pedestres e ciclistas no trânsito, de acordo com levantamento do Ipea. O índice mais alto dos que nunca veem respeito aos pedestres e ciclistas está no Nordeste: 47,3%. Já 15,9% raramente veem respeito. Nessa região, 17,9% acham que sempre há respeito e 18,4% o veem na maioria das vezes. Na outra ponta está a Região Sul, onde 42,4% alegaram que sempre há respeito e 17% disseram que ele existe na maioria das vezes. Para 20,3%, raramente há respeito e somente 15,3% dizem que ele nunca existe. A soma dos que nunca veem respeito com os que não o percebem na maioria das vezes é mais alta na região Centro-Oeste, com 63,6%, seguida do Nordeste (63,2%), Sudeste (62,4%), Norte (57%) e Sul (35,6%). A pesquisa também avaliou a adequação e adaptação do meio de transporte mais usado por portadores de necessidades especiais. Para 31,2% dos brasileiros, o transporte está sempre adaptado às suas necessidades e 14,9% responderam que ele está adaptado na maioria das vezes. Já 5,7% dos entrevistados alegaram que raramente o meio de transporte está adequado e 34,8% responderam que nunca está adaptado. Os mais satisfeitos são os habitantes da região Sudeste, onde 51,2% dos entrevistados disseram que os transportes estão sempre adaptados às suas necessidades. Apenas 4,8% dos entrevistados responderam dessa forma no Norte, região em que o índice é o mais baixo. Para 45,5% da população das regiões Centro-Oeste e Nordeste os transportes nunca estão adaptados às suas necessidades.      
JORNAL DO COMÉRCIO (RS):  Deficiências de ônibus e metrôs aceleram o uso do transporte individual - Parte 1 Enfrentar congestionamentos já faz parte do cotidiano de 66,6% dos brasileiros. É o que revela o estudo do Ipea. Os moradores da região Norte do Brasil alegaram sofrer mais com engarrafamentos do que a média nacional: 76,3% enfrentaram trânsito carregado, seja mais de uma vez ao dia ou apenas uma vez por mês. Sudeste e Sul também superam a média do País, com respectivamente 69,1% e 67,3% de pessoas reclamando de congestionamentos. Abaixo da média estão o Centro-Oeste e o Nordeste, regiões nas quais 61,5% e 59,4% dos ouvidos na amostragem afirmaram enfrentar engarrafamentos. Longas esperas nos pontos de ônibus, conduções lotadas, pouca ou nenhuma interligação entre meios de transporte, custo elevado e baixo conforto são reclamações constantes entre os usuários de transporte público no Brasil. O estudo do Ipea comprova esta percepção ao mostrar que 70% dos brasileiros qualificam o transporte público como regular, ruim e muito ruim. A falta de interligação de transportes afeta um a cada quatro brasileiros. A maioria da população conta apenas com a interligação ônibus-ônibus (33,2%). Só 6% dos brasileiros pode combinar em sua cidade ônibus-trem ou ônibus-metrô. A baixa qualidade do sistema público, aliada à melhora de renda da população, resultou no crescimento galopante na frota de veículos particulares. Entre 2000 e 2010, a frota de automóveis cresceu 83,5%, passando de 20 milhões para 36,7 milhões. Mais barata e, portanto acessível a mais brasileiros, a frota nacional de motocicletas cresceu 284,4% nos últimos dez anos. No Norte e no Nordeste, a aquisição de motos aumentou mais de 400% no mesmo período. "A moto tem sido a alternativa encontrada pela população de menor renda frente aos avanços reduzidos do transporte público", avalia Pochmann. Na região Sudeste observa-se o maior percentual de utilização do transporte público: 50,7%. O menor está no Nordeste: 37,5%. Carro é o segundo meio de transporte mais usado nas regiões Sul (31,7%), Sudeste (25,6%) e Centro-Oeste (36,5%). No Nordeste, o segundo lugar fica com as motocicletas (19,4%) e no Norte, com as bicicletas (17,9%). Os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) que mostram o crescimento dos gastos com transporte são explicados pela compra de veículos. Se em 2000, o brasileiro destinava em média R$ 146,60 para comprar carros ou motos, em 2010, ele investiu R$ 181,70 ao mês. Despesas com passagens e combustíveis avançaram menos de R$ 2,00 nos últimos dez anos, descontada a inflação. "O estudo revela que os avanços econômicos desta década foram convergentes com as decisões de transporte individuais. O transporte coletivo cresceu bem menos que a aquisição de veículos", diz Pochmann. Diferentemente dos países desenvolvidos que privilegiam os meios de transporte sobre trilhos, no Brasil 88,8% dos usuários de transporte público dependem do ônibus, o que equivale a um universo de mais de 170 milhões de pessoas. A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 vão favorecer algumas cidades brasileiras, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo, com a inauguração de novos trechos e linhas de trem e metrô. Mas na avaliação de Pochmann isto não será suficiente para melhorar de forma consistente o transporte público no Brasil. "É preciso olhar o Brasil como um todo. Temos grandes diferenças regionais, especialmente nas regiões Norte e Nordeste". Sob algumas condições, 71% dos brasileiros aceitariam deixar o carro ou a moto na garagem e utilizar transporte público. A maioria, 20,8%, usaria o transporte coletivo se fosse mais rápido. Outros 15,7% o fariam se tivesse ônibus, metrô ou trem disponível. Se fosse mais barato é a condição para 9,2% dos brasileiros repensarem sua escolha pelo transporte individual. "A população mostra-se interessada em usar o transporte público. Opta pelo transporte individual pela falta de qualidade do público. No curto prazo, a ênfase no transporte individual pode ser menos onerosa ao poder público. Mas no longo prazo representa um custo elevado, inclusive de qualidade de vida e produtividade", conclui o presidente do Ipea, que defende a elaboração de uma política nacional de transporte coletivo, cujo foco seja trem, metrô e VLT (veículo leve sobre trilhos), na qual o governo federal ajude os estados e municípios em investimentos e planejamento. Aumenta a proporção de carros no País O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou na semana passada a pesquisa Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre mobilidade urbana. O estudo, que ouviu 2.770 pessoas em todos os estados do País, revela que 44,3% da população brasileira têm no transporte público seu principal meio de deslocamento nas cidades. Na região Sudeste, o percentual atinge 50,7%. Apesar da importância desse tipo de transporte, a quantidade de ônibus em circulação no Brasil cresceu menos, de 2000 a 2010, do que a quantidade de veículos particulares. Atualmente, há um ônibus para cada 427 habitantes do País, e, em 2000 era um para cada 649 pessoas. Em relação aos carros, a proporção hoje é de um automóvel para cada 5,2 habitantes, enquanto há dez anos era de 8,5. Apresentada pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, a pesquisa revela também os contrastes na escolha dos tipos de transporte de cada região brasileira. A metade das pessoas que andam de ônibus no País estão na região Sudeste, enquanto 45,5% daqueles que utilizam bicicleta moram na região Nordeste. Da mesma forma, 43,4% dos utilizadores de motocicleta também são habitantes do Nordeste. Pochmann explica, a partir da leitura dos dados da pesquisa, que "houve uma mudança de ponto de vista da composição da frota. Em 2000, os automóveis eram 62,7% do total de veículos no Brasil. As motos eram 13,3%. Agora, em 2010, os automóveis são 57,5%, contra 25,2% das motos. Para cada ônibus novo surgido e colocado em circulação nos últimos dez anos, apareceram 52 automóveis", afirma o presidente do Ipea. Um dos dados citados na apresentação do estudo, retirado da Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE, é o de crescimento dos gastos com transporte. Em 2000, esse tipo de serviço abocanhava 18,7% das despesas de consumo do cidadão, em média. Em 2010, chegou a 20,1%, enquanto o custo da alimentação caiu de 21,1% para 20,2% no mesmo período. Maior que essas despesas só o gasto com habitação: subiu de 36,1% em 2002/2003 para 36,8% em 2008/2009. "Ações que possam reduzir o peso do custo do transporte representariam um ganho de renda para as famílias, especialmente para as famílias mais pobres. Portanto, um adicional enfrentamento da pobreza e da desigualdade do País", disse Pochmann. Para ele, a expansão da frota brasileira na última década se deu especialmente por meio de motos e automóveis. "Houve crescimento no transporte coletivo, mas não na mesma proporção. A população tem interesse em usar o transporte público, mas ainda precisa identificá-lo mais com características de rapidez, melhor preço e segurança. Há espaço para ação em matéria de políticas públicas", disse.    
CORREIO DO BRASIL:  Ipea lança estudo sobre gastos com política social O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulga hoje (3) o Comunicado nº 75 - Gastos com Política Social: Alavanca para o Crescimento e Distribuição de Renda. O anúncio será feito às 10h pelo diretor de Estudos e Políticas Sociais, Jorge Abrahão, e a técnica de Planejamento e Pesquisa, Joana Mostafa. O estudo analisa os gastos com educação, saúde, previdência social e programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Também mostra o percentual do gasto social que volta para o Estado na forma de impostos. O comunicado explica como o gasto social, além de promover melhor distribuição de renda, passou a ser fator de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Revela ainda os tipos de gasto social que têm mais impacto no crescimento econômico e na renda das famílias.    
ESTADO DE MINAS (MG): Miséria que envergonha Novo programa Minas tem mais de 900 mil pessoas em situação de extrema pobreza. No Brasil, são 16,27 milhões. Presidente Dilma vai lançar força-tarefa com duração de quatro anos para zerar esses números Marcelo da Fonseca e Luiz Ribeiro   “País rico é um país sem miséria”. A meta estipulada pela presidente Dilma Rousseff (PT) de eliminar definitivamente a pobreza no Brasil, divulgada no seu lema de governo, ainda está longe de ser atingida. Em Minas Gerais, existem mais de 900 mil pessoas em situação de extrema pobreza. No país, são 16,27 milhões. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, apresentou ontem dados que deixam claro como a pobreza continua sendo um grande problema social do país, atingindo 8,5% da população. Os primeiros passos da presidente Dilma para resolver a situação é o programa Brasil sem Miséria, que será anunciado nas próximas semanas e tem a ambiciosa meta de transformar essa estatística, zerando o número de miseráveis no Brasil. ` No anúncio de Tereza Campello, que contou com a presença dos presidentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Pereira Nunes, e do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), Márcio Pochmann, além da secretária extraordinária de Erradicação da Extrema Pobreza do ministério, Ana Fonseca, foi divulgado o objetivo do novo programa do governo federal que pretende garantir acesso a serviços públicos e a transferência de renda para que o grande número de brasileiros que vivem na miséria tenha melhores índices humanos de desenvolvimento. “A ideia é de que estamos fazendo um esforço extraordinário do governo federal, dos governos estaduais e dos municípios para erradicar a extrema pobreza. Não estamos falando de um plano que continuará, mas de uma força-tarefa. Esse plano está previsto para se encerrar em quatro anos”, explicou a ministra. José Antônio Pereira, de 45 anos, e Rosa Ruas Ferreira, de 56, integram o contingente de brasileiros que permanecem em situação de pobreza absoluta. Moradores do Conjunto Cidade Industrial, uma das áreas mais carentes de Montes Claros, no Norte de Minas, eles vivem como pedintes. “A gente não tem nenhum ganhame (sic). Eu não tenho vergonha de falar. A gente vive pedindo as coisas para os outros nas ruas”, diz Rosa, acrescentando que está na situação de pedinte há 12 anos. O casal, que diz ter se “amigado” há oito anos, afirma que tentou, mas não conseguiu se cadastrar no Bolsa-Familia por não ter filhos em idade escolar. Eles moram em um barraco de apenas três cômodos. O espaço é dividido ainda com Jônata, de 18 anos, neto de Rosa. José alega que é doente – sofre da coluna e de “problema de cabeça” – e por isso não trabalha. Já Rosa diz que é lavadeira e limpa lotes. Mas somente “de vez em quando” consegue serviço. Quem também vive da “ajuda dos outros” é Maria de Jesus Soares dos Santos, 58. Viúva, ela mora sozinha em um barraco no Cidade Industrial, onde, além do banheiro, só há um cômodo, que serve como quarto, sala e cozinha. Maria não tem renda alguma. “Os vizinhos sempre me socorrem”, declara a mulher. “Hoje (ontem), só comi um pedaço de pão no café”, disse ela, mostrando a panela vazia. No Bairro Jardim das Castanheiras, no Taquaril, Região Leste de Belo Horizonte, muitos moradores vivem de rendas mínimas e não encontram no serviço público o apoio para condições básicas. “Aqui não temos asfalto, temos problemas com água, com energia elétrica, com tudo. Parece que os governantes se esqueceram da gente. Tem mês que é muito difícil conseguir abastecer a casa, é quando a situação fica muito difícil mesmo”, disse o comerciante Isaías Alves Rodrigues, de 40, que mora na região há 18 anos. METODOLOGIA Para definir quem vive abaixo da linha da pobreza, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome considerou as pessoas com renda per capita de até R$ 70 mensais, o equivalente a R$ 2,30 por dia. A Organização das Nações Unidas (ONU) determinou o valor de U$$ 1,25 por dia como faixa que define os que vivem na extrema miséria. Com base nos dados apresentados pelo IBGE e Ipea, o ministério pretende atuar, em conjunto com outras pastas, nas regiões mais carentes do país. Segundo o levantamento, a grande maioria das pessoas que vive na pobreza absoluta está na Região Nordeste, que reúne um total de 9,61 milhões, o equivalente a 59% do total de miseráveis do Brasil. Em seguida vêm as regiões Sudeste, com 2,72 milhões, Norte, com 2,65 milhões, e Sul, com 715 mil de brasileiros em extrema pobreza. A região com o menor número de miseráveis é o Centro-Oeste, com 557 mil. O estado com o maior número de pessoas que recebem até R$ 70 mensais é a Bahia, com 2,4 milhões. Minas Gerais é o quinto estado na lista divulgada pelo ministério. Roraima é o que tem menos pessoas em situação de extrema pobreza: 76 mil. No entanto, a proporcionalidade com a população total dos estados não foi levada em conta no levantamento do IBGE. Quando comparados proporcionalmente, as áreas rurais estão em situação pior do que os centros urbanos. De um total de 29,83 milhões de brasileiros residentes no campo, um em cada quatro se encontra em extrema pobreza – 7,59 milhões, equivalente a 25,5% da população rural do país. Travessia Em Minas, o governo estadual implantou o programa Travessia voltado para o público em situação de extrema pobreza. Coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), o programa começou em 2008, atuando em cinco municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). No ano seguinte, atuou em outros 35 municípios e, no ano passado, foram incluídos mais 70. Segundo a Sedese, está prevista para este ano a ampliação do programa para outros 121 municípios, e cerca de 2 milhões de pessoas carentes devem ser beneficiadas com as melhorias na infraestrutura, atuação dos conselhos municipais, investimentos na educação e condições de abastecimento básicos.  
Gastos com a Política Social: alavanca para o crescimento com distribuição de renda
Estudo mostra o efeito econômico dos gastos sociais sobre o PIB e sobre a renda das famílias
Comunicado do Ipea n°75 avalia os impactos dos gastos sociais no crescimento do PIB e na renda das famílias
G1.COM.BR: Tapajós e Carajás seriam estados inviáveis, calcula economista do Ipea Caso cheguem a ser criados, os estados de Carajás e Tapajós serão economicamente inviáveis e dependerão de ajuda federal para arcar com as novas estruturas de administração pública que precisarão ser instaladas, afirma o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Rogério Boueri. Prefeitos das cidades que passariam a ser capitais na hipótese de aprovada em plebiscitos a divisão do Pará defendem a criação dos estados. Eles apontam a distância da capital e a consequente ausência do governo estadual como os motivos para a divisão do estado - veja mais informações no fim da reportagem. Nesta quinta-feira (5), a Câmara aprovou projetos de realização de plebiscitos para decidir sobre a criação dos estados de Carajás e Tapajós, que seriam desmembrados do Pará. No caso de Carajás, um decreto deve ser promulgado pelo presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), autorizando a realização da consulta. No caso de Tapajós, o plenário da Câmara aprovou o plebiscito, mas ainda falta votação no Senado. O economista do Ipea fez cálculos, a pedido do G1, considerando os dados mais recentes disponíveis, referentes a 2008, e concluiu que os estados do Tapajós e de Carajás teriam, respectivamente, um custo de manutenção de R$ 2,2 bilhões e R$ 2,9 bilhões ao ano. Diante da arrecadação projetada para os dois estados, os custos resultariam num déficit de R$ 2,16 bilhões, somando ambos, a ser coberto pelo governo federal, conforme o especialista do Ipea. O PIB do Pará em 2008, ressaltou o economista, foi de R$ 58,52 bilhões, e o estado gastou 16% disso com a manutenção da máquina pública. O estado do Tapajós gastaria cerca de 51% do seu PIB e o de Carajás, 23%. A média nacional é de 12,72%. "Nessas bases, não tem estado que se sustente", afirma Boueri. Os cálculos do pesquisador se baseiam nas médias de gasto com a manutenção da máquina pública por habitante em cada estado. A partir disso, considerando as populações dos novos estados em discussão, ele chegou a uma projeção de quanto cada um deles gastaria. Para piorar a situação, a estimativa não leva em conta os altos investimentos envolvidos na criação de estados, lembra o pesquisador, como a construção de edifícios públicos e, no caso do interior do Pará, a necessidade de implantar infraestrutura, já que será necessário ampliar aeroportos e rodovias. Para Boueri, Tapajós e Carajás "serão estados de boca aberta, esperando o dinheiro do governo federal". Prefeitos e governador Maria do Carmo, prefeita de Santarém, prevista para ser a capital de Tapajós, diz que a criação do novo estado é uma reivindicação histórica e cultural. "Estamos a mais de 800 quilômetros da capital. Os recursos e os serviços não chegavam", disse. De acordo com a prefeita, "mesmo com o aumento da presença dos governos federal e estadual, permaneceu o espírito separatista". Maurino Magalhães, prefeito de Marabá, que pode ser a capital de Carajás, disse que vai "batalhar" pela criação da nova unidade da federação. "A maioria da população da região é favorável à divisão", disse Magalhães. "Somos uma região de difícil acesso e com pouca presença do governo estadual. Por isso, vai ser importante a criação de Carajás para o desenvolvimento da nossa região." Em nota, o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), se disse favorável ao plebiscito, mas afirma que a população "deve ter total clareza do que vai escolher e suas reais consequências".    
Comunicado nº 75 traz os efeitos do gasto social sobre o crescimento econômico e a redução das desigualdades  
Ex-chanceler haitiano Alrich Nicolas compartilhou experiências com diretores e convidados
Valor Econômico (SP): Gasto com educação e saúde contribui mais com alta do PIB, mostra estudo Nenhum gasto público social contribui tanto para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) quanto os que são feitos em educação e saúde. Cada R$ 1 gasto com educação pública gera R$ 1,85 para o PIB. O mesmo valor gasto na saúde gera R$ 1,70. Para a redução da desigualdade social, os gastos que apresentam maior retorno são aqueles feitos com o Bolsa Família, que geram R$ 2,25 de renda familiar para cada R$ 1 gasto com o benefício, e os benefícios de prestação continuada - destinados a idosos e portadores de deficiência cuja renda familiar per capita seja inferior a 25% do salário mínimo -, que geram R$ 2,20 para cada R$ 1 gasto. Além disso, 56% desses gastos retornam ao caixa do Tesouro na forma de tributos. Os dados referem-se ao ano de 2006 e constam do estudo Gasto com a Política Social: Alavanca para o Crescimento com Distribuição de Renda, divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o órgão, é a primeira vez que um estudo como esse é feito no Brasil, em função da dificuldade de se juntar os elementos necessários para o desenvolvimento da pesquisa. "O gasto na educação não gera apenas conhecimento. Gera economia, já que ao pagar salário a professores aumenta-se o consumo, as vendas, os valores adicionados, salários, lucros, juros", avalia o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão. "Portanto, a política social brasileira não apenas protege, como promove o cidadão." "Em termos gerais, ampliar em 1% do PIB os gastos sociais, na estrutura atual, redunda em 1,37% de crescimento do PIB. Ou seja, é o tipo de gasto que tem mais benefícios do que custo", explica a técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Joana Mostafa. Segundo ela, a renda das famílias é responsável por cerca de 80% do PIB. "Dessa forma, aumentar em 1% do PIB o gasto social gera 1,85% de crescimento da renda das famílias", disse a pesquisadora. "No caso da saúde, além de esses gastos representarem empregos, envolvem também a aquisição de aparatos tecnológicos, o que também contribui para a demanda nas indústrias", acrescentou. Mostafa explica que a pesquisa leva em consideração os reflexos desses gastos no PIB e na renda familiar. "Para cada 1% a mais investido em educação e saúde, há um efeito multiplicador que aumenta em 1,78% o PIB e em 1,56% a renda das famílias." No caso do Bolsa Família, o aumento de 1% do que ele representa para o PIB resultaria no aumento de 1,44% do PIB. Mas, nesse caso, o mais significativo está relacionado ao fato de que, ao receber e usar esse benefício, o cidadão acabar gerando renda para outras famílias. "Cada R$ 1 gasto com esse programa gera R$ 2,25 em rendas familiares", diz a responsável pelo estudo. O mesmo não pode ser dito dos gastos com exportações de commodities agrícolas e extrativas. "Apesar de agregarmos ao PIB 40% de cada real investido nessa área, os efeitos para a renda familiar são pequenos e limitados a R$ 1,04 para cada R$ 1 gasto." Como utiliza dados de 2006, o estudo não mensura os reflexos das ações recentes do governo em favor do setor da construção civil.  
Brasil Econômico: Ipea mede efeito de gastos sociais Pesquisa do Ipea revela que cada R$ 1 a mais investido pelo governo em despesas sociais gera R$ 1,37 em riquezas para a economia. No caso da renda, o efeito é maior: 1% a mais em políticas sociais gera 2% de alta na renda.  A cada R$ 1 gasto pelo governo com educação, PIB sobe R$ 1,85 Estudo do Ipea mostra que o retorno dos investimentos públicos na área supera o da agricultura Em um momento em que a grande discussão são as restrições que os gastos públicos trazem ao crescimento do país, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou um estudo que mostra que a cada R$ 1 investido pelo governo em despesas sociais gera-se R$ 1,37 em riquezas para a economia. No caso da renda, o efeito é ainda maior: um incremento de 1% do PIB em políticas sociais representa quase 2 % de alta no rendimento das famílias. O Brasil gasta 21,1% do PIB com previdência, educação, saúde e assistência social. Desse bolo, 7% é previdência social (geral), 4,3% é aposentadoria do setor público e 4,05% é educação. Apesar de aparecer em terceiro lugar, é a educação que mais gera valor para a economia: a cada R$ 1 investido pelo governo na área, o Produto Interno Bruto aumenta R$ 1,85. “Para se ter uma ideia de como isso é importante, observamos que R$ 1 gasto no segmento de produtos agropecuários ou da indústria de minérios gera R$ 1,4 de PIB”, analisou Jorge Abrahão de Castro, diretor de Estudos e Políticas Sociais do instituto. A lógica, aponta ele, é simples: quem estuda mais consegue salários melhores e eleva o seu consumo. Para chegar a esses números, os pesquisadores trabalharam informações sobre gasto do governo em saúde, educação, previdência e assistência social e, na outra ponta, os gastos das famílias. Foram feitas simulações para calcular esses multiplicadores do impacto de investimentos sociais sobre o PIB. "A conclusão geral foi que os investimentos sociais têm importância econômica. São uma alavanca essencial para o crescimento com distribuição de renda", defendeu Castro. No caso dos gastos em saúde, o multiplicador é de 1,7, acima do gerado pelas vendas externas de commodities, que é de 1,4, e de investimentos na construção civil, de 1,54, por exemplo. Os dados usados para o cálculo são referentes ao ano de 2006. Na avaliação de Castro, é pouco provável que o quadro tenha mudado muito nos últimos anos, com exceção da construção, onde se observou um boom nos últimos anos. “O Ipea está trabalhando em uma nova versão do estudo, com dados de 2008”,afirmou o diretor do Ipea, que analisou que as transferências de renda via programas sociais possuem mais impacto quando beneficiam os mais pobres. “A tendência é que os mais pobres consumam quase toda a sua renda, já que não podem poupar, e a gastam com produtos nacionais”, explicou.
Brasil Econômico: Boas notas na escola, mais notas na economia Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) demonstra que cada R$ 1 investido pelo governo em ações sociais traz de volta R$ 1,37 em riquezas para a economia do país, como relata a repórter Maeli Prado na página 14 desta edição de BRASIL ECONÔMICO. No caso da renda, o efeito é mais notável: um incremento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em políticas sociais representa 2% de alta no rendimento das famílias. O Brasil aplica 21,1% do PIB em previdência, educação, saúde e assistência social. De acordo com o Ipea, a educação gera mais valor para a economia. Cada R$ 1 investido pelo governo nessa área corresponde a R$ 1,85 de aumento no PIB. O mesmo valor gasto no setor agropecuário ou de minério gera R$ 1,4 a mais no PIB, compara Jorge Abrahão de Castro, diretor de Estudos e Políticas Sociais do instituto. Quem estuda consegue salários melhores e eleva seu consumo, analisa Castro: “Os investimentos sociais são uma alavanca essencial para o crescimento econômico com distribuição de renda”. Consumidores mais bem instruídos passam a ser mais exigentes e obrigam as empresas a evoluir para atendê-los satisfatoriamente O estudo do Ipea constata que investir em educação e em programas de melhoria de vida da população traz dividendos consideráveis para a economia. Consumidores mais bem instruídos passam a ser mais exigentes e obrigam as empresas a evoluir para atendê-los satisfatoriamente. O mesmo se pode esperar de suas expectativas com relação a seus representantes políticos. Uma população letrada será menos tolerante com vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores e presidentes cuja atuação não condiga com as promessas de campanha. Cidadãos bem informados de seus direitos compreendem melhor seus deveres na comunidade, no município onde moram. Têm condições de transformar o país, de tornarem-se pessoas melhores, mais preocupadas como que acontece no mundo e empenhadas para que o planeta não sofra as conseqüências da ignorância humana.
DESTAK: Gasto com educação é o que mais eleva PIB Os gastos públicos com educação e saúde geram mais crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do que investimentos, exportações e outros do governo. Um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado ontem mostra que cada R$ 1 destinado aos gastos com educação gera para o PIB um retorno de R$ 1,85. Na área da saúde, a contribuição para o crescimentos da economia é um retorno de R$ 1,70 a cada R$ 1 gasto. Já os valores que se contabilizam como investimentos, exportações e outros gastos do governo garantem R$ 1,57 para o PIB a cada R$ 1 gasto. “O gasto na educação não gera apenas conhecimento. Gera economia, já que, ao pagar o salário a professores, aumentam-se o consumo, as vendas adicionados, salários, lucros, juros”, explicou o diretor do Ipea, Jorge Abrahão.
Diário do Comércio (SP): Investimento em educação e saúde eleva PIB Nenhum gasto público social contribui tanto para expansão do Produto Interno Bruto (PIB) quanto os que são feitos em educação e saúde. Cada R$ 1 gasto com educação gera R$ 1,85 para o PIB. O mesmo valor gasto na saúde gera R$ 1,70. Os dados constam do estudo Gasto com a Política Social: Alavanca para o Crescimento com Distribuição de Renda, divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para reduzir desigualdade, gastos com maior retorno são do Bolsa Família.
Publi Metro: Gasto em educação é o 1º em retorno ao PIB Um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) aponta que os gastos públicos com educação e saúde são os que geram maior crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do que investimentos, exportações, e outros gastos do governo. Cada R$ 1 destinados aos gastos com educação geram um retorno de R$ 1,85 ao PIB. Na saúde, o retorno é de R$ 1,70 a cada R$ 1 gasto.
VALOR ONLINE (SP):  Gasto com educação e saúde contribui mais com alta do PIB, mostra estudo Nenhum gasto público social contribui tanto para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) quanto os que são feitos em educação e saúde. Cada R$ 1 gasto com educação pública gera R$ 1,85 para o PIB. O mesmo valor gasto na saúde gera R$ 1,70. Para a redução da desigualdade social, os gastos que apresentam maior retorno são aqueles feitos com o Bolsa Família, que geram R$ 2,25 de renda familiar para cada R$ 1 gasto com o benefício, e os benefícios de prestação continuada - destinados a idosos e portadores de deficiência cuja renda familiar per capita seja inferior a 25% do salário mínimo -, que geram R$ 2,20 para cada R$ 1 gasto. Além disso, 56% desses gastos retornam ao caixa do Tesouro na forma de tributos. Os dados referem-se ao ano de 2006 e constam do estudo Gasto com a Política Social: Alavanca para o Crescimento com Distribuição de Renda, divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o órgão, é a primeira vez que um estudo como esse é feito no Brasil, em função da dificuldade de se juntar os elementos necessários para o desenvolvimento da pesquisa. "O gasto na educação não gera apenas conhecimento. Gera economia, já que ao pagar salário a professores aumenta-se o consumo, as vendas, os valores adicionados, salários, lucros, juros", avalia o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão. "Portanto, a política social brasileira não apenas protege, como promove o cidadão." "Em termos gerais, ampliar em 1% do PIB os gastos sociais, na estrutura atual, redunda em 1,37% de crescimento do PIB. Ou seja, é o tipo de gasto que tem mais benefícios do que custo", explica a técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Joana Mostafa. Segundo ela, a renda das famílias é responsável por cerca de 80% do PIB. "Dessa forma, aumentar em 1% do PIB o gasto social gera 1,85% de crescimento da renda das famílias", disse a pesquisadora. "No caso da saúde, além de esses gastos representarem empregos, envolvem também a aquisição de aparatos tecnológicos, o que também contribui para a demanda nas indústrias", acrescentou. Mostafa explica que a pesquisa leva em consideração os reflexos desses gastos no PIB e na renda familiar. "Para cada 1% a mais investido em educação e saúde, há um efeito multiplicador que aumenta em 1,78% o PIB e em 1,56% a renda das famílias." No caso do Bolsa Família, o aumento de 1% do que ele representa para o PIB resultaria no aumento de 1,44% do PIB. Mas, nesse caso, o mais significativo está relacionado ao fato de que, ao receber e usar esse benefício, o cidadão acabar gerando renda para outras famílias. "Cada R$ 1 gasto com esse programa gera R$ 2,25 em rendas familiares", diz a responsável pelo estudo. O mesmo não pode ser dito dos gastos com exportações de commodities agrícolas e extrativas. "Apesar de agregarmos ao PIB 40% de cada real investido nessa área, os efeitos para a renda familiar são pequenos e limitados a R$ 1,04 para cada R$ 1 gasto." Como utiliza dados de 2006, o estudo não mensura os reflexos das ações recentes do governo em favor do setor da construção civil.    
BLOG DO NOBLAT:  Gasto público com Educação e Saúde turbina PIB Nenhum gasto público social contribui tanto para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) quanto o que é feito em educação e saúde. Cada R$ 1 gasto com educação pública gera R$ 1,85 para o PIB. O mesmo valor gasto na saúde gera R$ 1,70. Os valores levam em conta gastos de União, estados e municípios. Para a redução da desigualdade social, os gastos que apresentam maior retorno são aqueles feitos com o Bolsa Família, que geram R$ 2,25 de renda familiar para cada R$ 1 gasto com o benefício; e os benefícios de prestação continuada - destinados a idosos e portadores de deficiência cuja renda familiar per capita seja inferior a 25% do salário mínimo -, que geram R$ 2,20 para cada R$ 1 gasto. Além disso, 56% desses gastos retornam ao caixa do Tesouro na forma de tributos. Os dados referem-se ao ano de 2006 e constam do estudo Gasto com a Política Social: Alavanca para o Crescimento com Distribuição de Renda, divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).    
R7: Gastos sociais são os que mais geram riqueza ao país Para cada R$ 1 investido, saúde e educação devolvem R$ 1,78 em riquezas, diz Ipea Mariana Londres Os gastos do governo com a área social (educação, saúde, assistência social, previdência e programas do como o Bolsa Família) representam pouco mais de um quinto de todas as riquezas produzidas no país. Um estudo divulgado nesta quinta-feira (3) pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) mostra que esse tipo de investimento atingiu 21% do PIB (produto interno bruto, ou soma das riquezas produzidas no país) e é um dos que mais gera retorno para nossa economia. A pesquisa calculou quanto cada tipo de investimento gera em incremento nas riquezas do país. A conta foi transformada em um número chamado de multiplicador, que ajuda a medir o quanto de retorno os gastos com educação e saúde, por exemplo, causam na economia. Os investimentos nos setores de educação e saúde tiveram multiplicador 1,78, segundo o Ipea. Isso significa que para cada R$ 1 gasto pelo governo nessas duas áreas, o país viu sua economia gerar R$ 1,78 de riquezas. Em outras palavras, é como se a geração de riquezas devolvesse o R$ 1 investido e mais R$ 0,78 de lucro. Separados, a educação gera riquezas de R$ 1,85 para cada R$ 1 investido. Só a saúde devolve R$ 1,70. Só como comparação, os gastos de demanda agregada (que incluem todos os gastos do governo, tanto sociais como outros gastos) geram um multiplicador de 1,57, ou seja, geram R$ 1,57 em riquezas para cada R$ 1 investido. Isso significa que de todos os gastos do país, os investimentos nas áreas de saúde e educação e em outras áreas sociais geram mais riquezas do que o pagamento dos funcionários públicos ou do que os investimentos em setores da agricultura ou da indústria. O dinheiro gasto pelo governo para pagar os juros da dívida pública gera uma riqueza menor do que o seu gasto, ou seja, para cada R$ 1 gasto no pagamento dos juros, são gerados em riquezas apenas R$ 0,71. Em outras palavras, pagar juros dá prejuízo para o PIB. Já os gastos em construção civil, geram R$ 1,54 para cada R$ 1 investido. O multiplicador, neste caso, não é tão alto, porque os salários dos trabalhadores são baixos. O motivo do alto retorno do investimento social no país, de acordo com os pesquisadores do Ipea, é que a política social do governo brasileiro é focada em famílias de baixa renda, e esta injeção de recursos gera consumo no mercado interno, como diz o estudo. - Estes estratos tendem a consumir menos importados e poupar menos, o que implica em maior propensão a consumir produtos nacionais, mais vendas, mais produção nacional e mais empregos gerados no país. O gasto inicial, com programas sociais, de acordo com o Ipea, se transforma em diversos tipos de renda, durante várias etapas, como explica a pesquisadora Joana Mostafa. - Um benefício do governo faz com que uma família faça uma compra, que não faria se não tivesse aquela renda, a empresa que fez aquele produto investe mais e contrata, a pessoa que foi contratada passa a fazer um compra, gera mais riqueza, e por aí vai. De acordo com o Ipea, os gastos com saúde, educação, programas sociais e previdência além de alavancarem o crescimento do país, contribuem para a queda da desigualdade social, como explica o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão. - O gasto social não é neutro, ele propicia crescimento com distribuição de renda, e foi importante na crise, para superarmos a crise com maior facilidade. Mal ou bem país implantou uma política social complexa que passou a ser um componente importante para economia brasileira porque permite um novo patamar de crescimento, com melhor distribuição de renda.    

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