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MSN: Ipea: gasto com educação é o primeiro em retorno ao PIB Os gastos do poder público com educação e saúde são os que geram mais crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), aponta um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado nesta quinta (3). Segundo o instituto, cada R$ 1 gasto com educação gera R$ 1,85 de retorno ao PIB. Na saúde, para cada R$ 1 investido, o retorno é de R$ 1,70. Fazem parte da pesquisa os gastos de União, estados e municípios. Segundo o estudo, os gastos sociais - com saúde, educação, programas sociais e previdência - têm melhor desempenho porque se desdobram em outras formas de renda, gerando consumo no mercado interno e contribuindo diretamente para a redução das desigualdades. Dentro desses valores, destaque para o Programa Bolsa Família, onde cada R$ 1 incluído eleva a renda das famílias em 2,25%. Os gastos com investimentos e exportações geram retorno de R$ 1,57 para cada R$ 1 injetado e construção civil R$ 1,54 para R$ 1 gasto. Já o gasto com juros sobre a dívida pública gera apenas R$ 0,71 para cada R$ 1 aplicado. Os cálculos têm como base os agregados do Sistema de Contas Nacionais de 2006 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Redução da pobreza O estudo também apresenta os efeitos de diferentes gastos no chamado índice de Gini - medida para calcular a desigualdade de distribuição de renda, que varia de zero a um, sendo zero completa igualdade de renda e um completa desigualdade. Segundo o Ipea, para cada 1% do PIB gasto com saúde, o índice é diminuído em 1,5% e cada 1% com educação diminui o Gini em 1,1%. O Bolsa Família reduz o indicador em 2,15% para cada 1% gasto do PIB. O estudo ainda sugere continuidade das ações sociais. "A melhora recente da desigualdade entre 2003 e 2008 medida pelo Gini ocorreu com velocidade de -1,3% ao ano. Alguns gastos sociais mais progressivos, se expandidos, ainda podem contribuir para a desconcentração de renda no Brasil", explica o estudo.    
MONITOR MERCANTIL DIGITAL: Alterações podem enfraquecer Lei Maria da Penha No fim de 2010, a Lei Maria da Penha voltou a figurar nos noticiários e rodas de conversa com a aprovação de projetos de lei que modificam seu texto em duas comissões da Câmara dos Deputados. Um dos projetos afirma que a Lei se aplica para namorados. O outro estabelece que não é necessário o pronunciamento da vítima para que o agressor seja processado por crimes de lesão corporal leve. Ambos tentam sanar falhas que não estão no texto da Lei, e sim na forma como ela vem sendo aplicada pelos operadores de direito. No âmbito do Poder Judiciário, observamos comportamentos díspares: alguns juízes são grandes aliados das mulheres, enquanto outros se recusam a aplicar a Lei e continuam a classificar a violência doméstica como "crime de menor potencial ofensivo". Esta negligência coloca a vida das mulheres em risco e desrespeita direitos assegurados. Decisões recentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) têm sido favoráveis para o cumprimento da Lei. Além disso, o Ministério Público Federal impetrou uma ação com o objetivo de determinar que o crime de lesão corporal contra mulheres não exija pronunciamento da vítima para prosseguimento da ação penal. A matéria aguarda apreciação do Supremo Tribunal Federal. A resistência que a Lei Maria da Penha enfrenta em alguns tribunais tem motivado a apresentação de um sem-número de projetos de lei. Atualmente, o Centro Feminista de Estudos e Assessoria para Enfrentamento à Violência contra as Mulheres (CFEMEA) acompanha 23 projetos com este teor que tramitam no Congresso Nacional. Produzidos às pressas, após casos de grande repercussão ganharem a mídia, a maioria deles é redundante e não alteraria em nada o funcionamento da Lei. Alguns propõem retrocessos e um deles criminaliza a violência doméstica contra os homens, que não é fenômeno documentado em nossa sociedade e que já dispõe de mecanismos legais para tratar dos casos existentes. Ao analisarmos a Lei, entretanto, notamos que seu texto é bastante completo. Por exemplo: o artigo 5º, que define violência doméstica e familiar, considera crimes cometidos: "III) em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação". O inciso III foi inserido exatamente para que fosse possível enquadrar casos de agressão de namorados, ficantes, amantes e qualquer outra forma de relacionamento que venha a ser popularizada e na qual a violência ocorra. Por outro lado, é notável a carência de debates e dados empíricos que orientem a produção dos projetos de lei. O texto da Lei não deixa margem para dúvidas e a resistência em aplicá-la decorre do machismo entranhado nas instituições públicas no país. Sem sua superação, a aprovação de cerca de 20 projetos inócuos certamente dará projeção midiática para alguns parlamentares, mas pode vir a minar a consolidação da Lei junto a tribunais e à opinião pública. Os novos textos voltarão a ser contestados e usados contra as mulheres. Mais de 40% das brasileiras já sofreram violência de gênero em ambiente doméstico e familiar. A cada 15 segundos uma mulher é espancada no país. A sociedade está disposta a enfrentar o problema: segundo o Ipea, 91% da população quer que este tipo de crime seja investigado, mesmo sem a representação (queixa) da vítima; 80% afirmam que a Lei Maria da Penha pode evitar ou diminuir a violência contra as mulheres. Milhares de pessoas já se beneficiaram dos avanços proporcionados pela Lei, mas é necessário expandir e aprimorar as políticas públicas de apoio: faltam recursos orçamentários para delegacias especializadas, casas abrigo, atendimento psicológico e jurídico, pessoal para assegurar o cumprimento das medidas protetivas, etc. A reversão deste quadro passa pela erradicação do machismo vigente na sociedade e requer o compromisso de parlamentares, do Poder Executivo e de operadores de direito. Precisamos de recursos, não de mudanças. Neste sentido, o Parlamento pode desempenhar um papel importante no aporte de recursos orçamentários para a implementação da Lei no PLOA 2011 e no cumprimento de sua função constitucional de fiscalização do uso destes recursos. A implementação da Lei Maria da Penha é mais urgente, e será atingida com vontade política, aumento de dotações orçamentárias e expansão de políticas públicas. Quaisquer alterações devem ser objeto de debates aprofundados, a exemplo do processo que deu origem à Lei, que contou com a participação de acadêmicas, juristas, advogadas, parlamentares e militantes feministas.      
MONITOR MERCANTIL DIGITAL (SP): "Velhinho" é mais investimento Cada 1 ponto do PIB gasto com aposentado eleva 1,7 mais o PIB que "Bolsa Juros" Enquanto o multiplicador decorrente do aumento de um ponto percentual no PIB é de 1,44 ponto para o Bolsa Família e 1,23 ponto no caso do Regime Geral da Previdência Social, a contribuição dos juros da dívida pública é de apenas 0,71 ponto. Os dados são de levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que revela também que 56% dos gastos sociais retornam ao Tesouro na forma de tributos. "O gasto social não é neutro. Ele propicia crescimento com distribuição de renda. Ele foi muito importante para o Brasil superar a crise de 2008. Esse gasto tem uma grande importância como alavanca do desenvolvimento econômico e, logicamente, do bem-estar social", disse o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão. Segundo o estudo, que usou como base dados de 2006, cada R$ 1 gasto com educação pública gera R$ 1,85 para o PIB. O mesmo valor investido na saúde gera R$ 1,70. Foram considerados os gastos públicos assumidos pela União, pelos estados e municípios. Quando se calcula o tipo de gasto social que tem o maior efeito multiplicador na renda das famílias, em primeiro lugar aparece o Programa Bolsa Família (PBF). Para cada R$ 1 incluído no programa, a renda das famílias se eleva 2,25%. De acordo com o vice-presidente da Associação de Funcionários do BNDES (AFBNDES), Hélio Silveira, a pesquisa do Ipea é facilmente explicada pelo prisma das finanças funcionais. "O investimento alavanca o PIB ainda mais do que o gasto social, pois seu efeito já se faz sentir no início, com as compras do governo, mas também se mantém após o período de maturação", compara o economista, lembrando que as camadas de renda mais baixas, principais beneficiadas pelos programas sociais e pela Previdência, consomem tudo o que recebem. "Os pobres não poupam e sobre os alimentos incide elevada carga tributária", destaca Silveira.                  
Chamada Pública nº 015/2011 Chamada Pública nº 015/2011 - Projeto "Tecnologia da Informação e Comunicação" Vagas: 01 (uma) bolsa Assistente de Pesquisa I (Graduado) ou 01 (uma) bolsa Assistente de Pesquisa II (Mestrando) Prazo de inscrição: 17 de fevereiro a 04 de março de 2011 Resultado: A partir de 18 de março de 2011 Início das bolsas:  Abril de 2011 Chamada Pública nº 015/2011 Clique aqui para ver o Resultado Acesse aqui para cadastrar seu currículo Informações básicas: Obs: Este texto é apenas informativo e não substitui o conteúdo da Chamada Pública. Atenção: Os candidatos que apresentarem proposta para os processos de seleção em aberto, quando do cadastramento do currículo, devem mencionar no campo "Projeto de atuação pretendido no Ipea" o nome do projeto ao qual desejam concorrer à bolsa.
Diário do Comércio: (SP): BC reúne especialistas para discutir qualidade de indicadores Agência Estado Após quase 12 anos e em um momento em que o brasileiro volta a alimentar a preocupação com o retorno da inflação, o Banco Central (BC) convidou coordenadores de institutos de pesquisas de preços do País e renomados especialistas da academia internacional para discutir formas de refinamento técnico e melhora da qualidade dos indicadores de inflação. Foram três dias de trabalhos na semana passada na sede do BC, em Brasília. Os especialistas apresentaram trabalhos, discutiram e sugeriram alternativas de metodologia e criação de indicadores de inflação mais afinados com a realidade da economia. Tudo ocorreu no âmbito do workshop denominado "Medidas Alternativas de Custo de Vida". Entre os convidados estavam os professores da Universidade Columbia Ricardo Reis e da USP Heron do Carmo, também presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo e que representava a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe); os economistas e professores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Paulo Picchetti, Salomão Quadros e André Braz; e representantes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O grande destaque entre os trabalhos apresentados foi o do professor Ricardo Reis, que se baseia na Metodologia de Índices de Preços Dinâmicos e que sustenta um Índice de Custo de Vida, ainda embrionário, considerando a substituição intertemporal. Pelo estudo apresentado pelo professor de Columbia, há que se considerar que, quando o preço de um produto de uso costumeiro sobe, o consumidor pode deixar de comprá-lo caro e usar o dinheiro para adquirir um ativo financeiro, por exemplo, e angariar algum lucro enquanto o produto ou serviço de sua preferência não volta ao preço anterior. Picchetti recorre a um aparelho eletrônico para explicar a ideia do professor. "Se o preço de televisor sobe e o consumidor sabe que ele voltará ao nível anterior, ele não o substitui por outro produto. Apenas deixa de comprá-lo e usa o recurso para, por exemplo, comprar um CDB", explica. Comportamentos e operações dessa natureza, conforme os especialistas, não são captados pelos índices de inflação. Heron do Carmo apresentou trabalho em defesa da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) contínua, que nada mais é que uma pesquisa de orçamento familiar mensal, em vez de atualizações a cada dez anos. Pela proposta de Heron, um grupo de mil famílias seria pesquisado a cada mês e, após um ano, esses grupos voltariam a ser visitados para informar eventuais mudanças na estrutura de consumo. Segundo o economista-sênior do Besi Investimento do Brasil, Flávio Serrano, faz sentido a proposta do professor da Fipe pois o que o professor Reis sugere só pode ser captado a cada realização de uma nova POF e sua comparação com a anterior. Ocorre que, em dez anos, a estrutura de gastos de uma família muda muito e acaba deixando os indicadores defasados e os resultados, eventualmente, distorcidos. Essa é, para Heron do Carmo, uma das preocupações do Banco Central.    
ESTADÃO.COM.BR (SP): Banco Postal desperta apetite dos ''bancões'' Analista calcula que contrato deve ficar pelo menos duas vezes acima dos R$ 200 milhões pagos em 2001 O leilão do banco postal deve agitar o mercado neste ano e ajudar os Correios a melhorar a rentabilidade paga pelo Bradesco pela prestação de serviços. A expectativa do presidente da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), Wagner Pinheiro, é deixar a licitação pronta até junho, pois o contrato com o Bradesco termina em 31 de dezembro. Em análise preliminar, o analista de bancos da consultoria Lopes Filho&Associados, João Augusto Salles, calcula que o valor do Banco Postal deve ficar, pelo menos, duas vezes acima dos R$ 200 milhões pagos em 2001. O uso exclusivo de mais de seis mil agências do Banco Postal, distribuídas em todos os municípios brasileiros, é um dos principais pontos para atrair o interesse de instituições financeiras. Instituições como Santander, Itaú, HSBC e Banco do Brasil estão vendo no público de menor renda uma forma de alavancar os negócios no País. Mas tudo vai depender, no entanto, das exigências que serão colocadas no edital e de quanto o Bradesco vai aceitar pagar pelo negócio. Atualmente, a exclusividade de uso do Banco Postal está nas mãos do Bradesco, que pagou R$ 200 milhões em 2001 pelo serviço. Além disso, a instituição financeira ainda desembolsa algo em torno de R$ 340 milhões ao ano pela participação dos Correios na quantidade de transações realizadas nas agências do banco postal. A valorização do Banco Postal, que pode ficar pelo menos duas vezes acima do que foi pago há 10 anos, se deve ao fato de que os bancos não têm mais como crescer adquirindo ou se fundindo a outras instituições. Além do mais, ele se tornou um instrumento importante para a bancarização da população mais carente. Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que 39,5% dos brasileiros não têm conta bancária. Em 2002, quando o Bradesco começou a atuar no negócio, existiam 2.500 agências e em 2009 esse número atingiu 6.194. No caso das transações, eram R$ 13,4 milhões em 2002 e, segundo dados estimados para 2008, esse montante chegaria a R$ 665,7 milhões. Em dezembro do ano passado, o Bradesco ainda comemorou a abertura de 10 milhões de contas em Banco Postal. O Bradesco preferiu não comentar sobre o leilão do Banco Postal. Dúvidas. Apesar de ser visto como um bom negócio, analistas de mercado ainda têm dúvidas sobre se o leilão será disputado ou não. Isso porque, o Bradesco vai jogar pesado para manter o negócio, o que pode inflar os preços. Além disso, pode custar caro para outro banco implementar todo o sistema para abertura de contas no banco postal. Hoje esse conhecimento é todo do Bradesco, que poderá usar isso na negociação de preço. Para o analista de bancos da Austin Rating, Luis Miguel Santacreu, o Banco Postal é um canal de distribuição interessante. Ele é importante para a instituição financeira conhecer a economia local e mapear locais onde seria lucrativo abrir postos avançados de atendimento. Se, para as instituições financeiras, o Banco Postal é um bom negócio, para os Correios também. O custo que a estatal tem para levar a seus cofres uma receita de R$ 300 milhões por ano é de R$ 10 milhões a R$ 20 milhões, no máximo. "O Bradesco ganha, com certeza, mais de R$ 1 bilhão por ano, a custo praticamente zero", disse uma fonte.      
BLOG DO NOBLAT: Brasil negocia venda de urânio enriquecido Primeiros compradores seriam China, Coreia do Sul e França; alguns países só querem o urânio, mas País rejeita exportar só a matéria-prima O governo brasileiro já negocia a venda de combustível para usinas nucleares da China, da Coreia do Sul e da França. As negociações têm por base a perspectiva de aumento do número de usinas nucleares no mundo e o alto preço alcançado pelo combustível no mercado internacional. Apesar das negociações, ainda não há uma decisão oficial sobre a produção de urânio enriquecido para a exportação. O Brasil tem uma das maiores reservas de urânio do mundo e domina a tecnologia de produção do combustível, ainda em pequena escala. Os contatos com autoridades e empresários da área de energia da China, Coreia do Sul e França aconteceram no final do mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo relatório de viagem a que o Estado teve acesso. O país apresentou a proposta de venda de elementos combustíveis para as 30 novas usinas em construção na China e para os clientes da multinacional francesa Areva, maior produtora de urânio enriquecido do mundo e parceira na construção de Angra 3. Os contatos coincidiram com a conclusão de estudo sobre a viabilidade do enriquecimento de urânio no Brasil, feito pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).    
CORREIO DO POVO (RS): Gasto com saúde incrementa o PIB Nenhum gasto público social contribui tanto para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) quanto o que é feito em educação e saúde. A conclusão integra estudo inédito divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), tendo por base dados de 2006. Segundo o levantamento, para a redução da desigualdade social, os gastos que apresentam maior retorno são os feitos com o Bolsa-Família - que geram R$ 2,25 de renda familiar para cada R$ 1,00 gasto - e os benefícios de prestação continuada, destinados a idosos e portadores de deficiência, que geram R$ 2,20 para cada R$ 1,00 gasto. Além disso, 56% desses gastos retornam ao caixa do Tesouro na forma de tributos, conclui o estudo. "Em termos gerais, ampliar em 1% do PIB os gastos sociais redunda em 1,37% de crescimento do PIB. Ou seja, é o tipo de gasto com mais benefícios que custo", disse a técnica de Planejamento do Ipea Joana Mostafa.    
ESTADÃO.COM.BR (SP): BB quer chegar a todas as cidades do País até 2015 O Banco do Brasil (BB) pretende fortalecer sua atuação para ficar mais próximo da população de menor renda. Para isso, estabeleceu a meta de ter agências bancárias em todos os municípios brasileiros em, no máximo, cinco anos. "A ideia é estar presente em todos os municípios entre 2014 e 2015", afirmou o presidente do BB, Aldemir Bendine. Para atingir esse objetivo, a instituição financeira vai investir em um novo conceito de atendimento bancário. Trata-se das "agências complementares", que vão atuar em conjunto com os correspondentes bancários. Dessa forma, será possível oferecer outros serviços para o cliente. Um funcionário do BB vai trabalhar dentro do estabelecimento onde funciona o corresponde bancário ou nas proximidades. A primeira agência complementar foi inaugurada no segundo semestre do ano passado, em São Paulo. Segundo Bendine, essa foi a saída encontrada para estar presente onde não há escala suficiente para abertura de uma agência bancária, que tem custo de instalação bastante elevado. Para viabilizar o projeto, o banco pretende contratar cerca de 5 mil funcionários em 2011. Ainda neste ano, o banco prevê investir R$ 1 bilhão com a abertura de 600 novas agências e postos de atendimento em todo o País - sendo 250 complementares, 250 tradicionais e 100 postos de atendimento. No setor, uma das maneiras de aumentar a clientela é investir na bancarização da baixa renda. Levantamento recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que 39,5% dos brasileiros não têm conta bancária. O Nordeste lidera o ranking das regiões onde há o maior número de brasileiros sem serviços bancários, com 52,5% da população.    
ESTADÃO.COM.BR (SP): País negocia venda de urânio enriquecido Primeiros compradores seriam China, Coreia do Sul e França; alguns países só querem o urânio, mas País rejeita exportar só a matéria prima O governo brasileiro já negocia a venda de combustível para usinas nucleares da China, da Coreia do Sul e da França. As negociações têm por base a perspectiva de aumento do número de usinas nucleares no mundo e o alto preço alcançado pelo combustível no mercado internacional. Apesar das negociações, ainda não há uma decisão oficial sobre a produção de urânio enriquecido para a exportação. O Brasil tem uma das maiores reservas de urânio do mundo e domina a tecnologia de produção do combustível, ainda em pequena escala. Os contatos com autoridades e empresários da área de energia da China, Coreia do Sul e França aconteceram no final do mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo relatório de viagem a que o Estado teve acesso. O país apresentou a proposta de venda de elementos combustíveis para as 30 novas usinas em construção na China e para os clientes da multinacional francesa Areva, maior produtora de urânio enriquecido do mundo e parceira na construção de Angra 3. Os contatos coincidiram com a conclusão de estudo sobre a viabilidade do enriquecimento de urânio no Brasil, feito pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo, ainda inédito, recomenda fortemente a produção de excedentes de urânio enriquecido para a exportação e estima que o país poderia faturar US$ 1,5 bilhão por ano nesse mercado, uma alternativa não admitida até aqui oficialmente pela cúpula do governo. As conclusões apontam a oportunidade de aliar as grandes reservas brasileiras ao domínio da tecnologia de enriquecimento, de olho no mercado externo. "A queda de braço entre fornecedores de urânio natural e fornecedores de serviços de enriquecimento favorece o segundo grupo, mas beneficia ainda mais aqueles que puderem operar integrados", afirma o texto. O estudo defende pressa para que o país entre no mercado internacional em quatro anos. O enriquecimento. O produto que o País quer exportar é para uso pacífico, não militar. A diferença está na concentração de urânio U-235, que ocorre quando o produto é enriquecido. O urânio pouco enriquecido, com 2% a 4% de U-235, é suficiente para mover usinas nucleares. Nestes tipos de geradores, a energia criada pela fissão dos átomos é usada para ferver água. O vapor move as turbinas da usina , gerando eletricidade. Esse mesmo nível de enriquecimento de urânio, entre 2% e 4%, também é usado para mover porta-aviões e submarinos que usam reatores nucleares Já o metal altamente enriquecido tem entre 90% e 99% de U-235. Como essa concentração é muito grande, o produto gera uma energia absurda em frações de segundo. Esse é o urânio enriquecido usado na fabricação de bombas atômicas.        
JORNAL DIA DIA: Brasil negocia venda de urânio enriquecido Primeiros compradores seriam China, Coreia do Sul e França; alguns países só querem o urânio, mas País rejeita exportar só a matéria-prima O governo brasileiro já negocia a venda de combustível para usinas nucleares da China, da Coreia do Sul e da França. As negociações têm por base a perspectiva de aumento do número de usinas nucleares no mundo e o alto preço alcançado pelo combustível no mercado internacional. Apesar das negociações, ainda não há uma decisão oficial sobre a produção de urânio enriquecido para a exportação. O Brasil tem uma das maiores reservas de urânio do mundo e domina a tecnologia de produção do combustível, ainda em pequena escala. Os contatos com autoridades e empresários da área de energia da China, Coreia do Sul e França aconteceram no final do mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo relatório de viagem a que o Estado teve acesso. O país apresentou a proposta de venda de elementos combustíveis para as 30 novas usinas em construção na China e para os clientes da multinacional francesa Areva, maior produtora de urânio enriquecido do mundo e parceira na construção de Angra 3. Os contatos coincidiram com a conclusão de estudo sobre a viabilidade do enriquecimento de urânio no Brasil, feito pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo, ainda inédito, recomenda fortemente a produção de excedentes de urânio enriquecido para a exportação e estima que o país poderia faturar US$ 1,5 bilhão por ano nesse mercado, uma alternativa não admitida até aqui oficialmente pela cúpula do governo. As conclusões apontam a oportunidade de aliar as grandes reservas brasileiras ao domínio da tecnologia de enriquecimento, de olho no mercado externo. "A queda de braço entre fornecedores de urânio natural e fornecedores de serviços de enriquecimento favorece o segundo grupo, mas beneficia ainda mais aqueles que puderem operar integrados", afirma o texto. O estudo defende pressa para que o país entre no mercado internacional em quatro anos. O enriquecimento O produto que o País quer exportar é para uso pacífico, não militar. A diferença está na concentração de urânio U-235, que ocorre quando o produto é enriquecido. O urânio pouco enriquecido, com 2% a 4% de U-235, é suficiente para mover usinas nucleares. Nestes tipos de geradores, a energia criada pela fissão dos átomos é usada para ferver água. O vapor move as turbinas da usina , gerando eletricidade. Esse mesmo nível de enriquecimento de urânio, entre 2% e 4%, também é usado para mover porta-aviões e submarinos que usam reatores nucleares Já o metal altamente enriquecido tem entre 90% e 99% de U-235. Como essa concentração é muito grande, o produto gera uma energia absurda em frações de segundo. Esse é o urânio enriquecido usado na fabricação de bombas atômicas.      
O Globo (RJ): Agitar o clima cultural Novo presidente da Casa de Rui Barbosa quer politizar debates na instituição Sentado na sala de seu apartamento no Leblon, descalço e de bermuda, Emir Sader explica seus planos como novo presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa num tom de voz tão sereno que obriga o repórter a aproximar o gravador. A tranquilidade da fala desse sociólogo de 67 anos, professor da Uerj que se notabilizou pelos artigos e livros de crítica ao capitalismo, contrasta com os projetos anunciados durante uma hora de conversa, que podem ser resumidos pela intenção de fazer da Casa um grande centro de discussão do Brasil atual. Sader diz que será um espaço pluralista, mas com ênfase em intelectuais que segundo ele estão fora da mídia tradicional. O GLOBO: O que o senhor pretende mudar na Fundação Casa de Rui Barbosa? EMIR SADER: Queria começar com uma referência mais geral. Todo grande período histórico brasileiro teve um movimento cultural significativo. Foi assim por exemplo durante a Era Getúlio, com Caio Prado, Gilberto Freyre, Anísio Teixeira, Mário de Andrade. Na virada dos 1950 para o 1960, o CPC, a Bossa Nova, o teatro, o Iseb, Darcy Ribeiro... E acho que é um consenso que nesta década o Brasil passou por um período histórico tão importante quanto aquele em termos de transformação social. No entanto, não se vê uma reflexão sobre o país, sobre esse processo. Uma das coisas que a Casa vai fazer, então, é incentivar a intelectualidade a produzir uma reflexão mais contemporânea sobre o Brasil. Em segundo lugar, existe uma nova maioria política e social no país, que eu diria que é progressista, mas que ainda é sensível a temas obscurantistas, como se viu na campanha com a discussão sobre o aborto. É preciso consolidar essa maioria política e social com uma nova sociabilidade, novos valores, de solidariedade. É preciso tratar de ter políticas culturais que consolidem na cabeça das pessoas as razões pelas quais o Brasil está melhor. Ajudá-las a tomar consciência social. ● Mas se essa reflexão, que em sua opinião ainda está por acontecer, for induzida pelo Estado já a partir da premissa de que há certos valores a serem difundidos, ela não acabará se reduzindo a uma divulgação de ideias do partido que está no governo, em vez de ser de fato um esforço de pensamento crítico sobre o país? SADER: O Estado não faz cultura, ele incentiva. Precisamos promover os grandes debates nacionais. Aí estarão presentes todas as vozes, mas sobretudo aquelas que não têm espaço hoje para expressar seu ponto de vista. Pretendemos fazer ciclos mensais de grandes conferências. O Slavoj Zizek vai fazer o lançamento do livro dele lá. O Istvan Meszaros. Vamos trazer o Eduardo Galeano, a Maria Rita Kehl, a Marilena Chauí, o José Luís Fiori, o Carlos Nelson Coutinho. São vozes importantes da esfera pública, divergentes inclusive em relação ao governo, mas que não costumam estar falando para a massa da população. A mídia hoje claramente não é pluralista. O que nós queremos é que múltiplas vozes se manifestem. Umas já têm se manifestado diariamente. Podem até ir, mas não seria nenhuma novidade. A novidade seria trazer as vozes que se identificam, criticamente ou não, com esse processo e podem demonstrar inclusive suas contradições, potenciais, limites. A presunção de que é legítimo, a partir de um diagnóstico de uma subrepresentação na opinião pública de certas correntes políticas, fazer com que uma instituição pública, numa espécie de compensação... SADER: Não bota nesses termos. O que nós queremos é reflexão, pensamento crítico, pluralista. Esses nomes não são usuais. Não quero polarizar. Queremos pensamento pluralista e crítico. De um grupo de esquerda. SADER: O critério é trazer as pessoas que fazem as reflexões mais férteis sobre o Brasil de hoje. Queremos trazer intelectuais cuja voz não tem sido contemplada, o que não quer dizer que os que já falam não serão chamados também. O debates precisam ter pontos de vista diferentes. Vamos fazer seminários sobretudo sobre cultura e políticas culturais, teremos um convênio com o Ipea para que eles ofereçam um curso semanal, e transmitiremos tudo pela internet. A ideia é agitar o clima cultural. Acho que a Dilma disse isso num livro que eu organizei com o Marco Aurelio Garcia: nosso papel não é criar nada, mas onde houver um foguinho a gente vai jogar álcool para ter reflexão. Precisamos retomar as grandes discussões sobre o país, que sumiram diante da especialização da vida intelectual. Além disso, temos que ver a possibilidade de abrir concurso para trazer novas gerações de pesquisadores para a Casa, pessoas jovens que trabalhem com temas contemporâneos, que ajudem a pensar a política cultural no país. A Casa precisa estar mais integrada com a atuação do próprio Ministério daCultura. A especialização da atividade intelectual é uma consequência do desenvolvimento do meio acadêmico, não? Como isso poderia ser mudado? SADER: Sim, mas você tem pessoas capazes de fazer uma reflexão mais ampla. Pessoas como Chauí, Fiori, Maria Rita Kehl. O que temos que fazer é interpelá-los, precisamos de um reencontro da produção intelectual com a prática política. O Arquivo-Museu de Literatura Brasileira, da Casa de Rui Barbosa, é talvez o mais importante acervo de literatura nacional que existe. Quais são seus planos para essa área? SADER: Temos um acervo extraordinário e um trabalho de preservação bem encaminhado. O BNDES aprovou a construção de um anexo que vai permitir a expansão do acervo e da programação cultural. Planejamos também com a Biblioteca Nacional um grande programa de publicação de autores brasileiros na Europa, como preparação para a homenagem ao Brasil na Feira de Frankfurt de 2013.  
Marcio Pochmann, presidente do Ipea, apresenta o estudo no Rio de Janeiro
DCI: BC reúne institutos para discutir qualidade de índices de inflação Após quase 12 anos e em um momento em que o brasileiro volta a alimentar a preocupação com o retorno da inflação, o Banco Central convidou coordenadores de institutos de pesquisas de preços do País e renomados especialistas da academia internacional para discutir formas de refinamento técnico e melhora da qualidade dos indicadores de inflação. Foram três dias de trabalhos intensos, de segunda a quarta-feira da semana passada, em Brasília. Os especialistas apresentaram trabalhos, discutiram e sugeriram alternativas de metodologia e criação de indicadores de inflação mais afinados com a realidade da economia moderna. Tudo ocorreu no âmbito do workshop "Medidas Alternativas de Custo de Vida". Encontro semelhante foi realizado apenas em 1999, após a adoção pelo Brasil do Regime de Metas de Inflacionárias. Entre os convidados estavam os professores da Universidade Columbia Ricardo Reis e da USP Heron do Carmo, também presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo e que representava a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe); os economistas e professores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Paulo Picchetti, Salomão Quadros e André Braz; e representantes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O grande destaque entre os trabalhos apresentados acabou sendo o do professor Ricardo Reis, que se baseia na Metodologia de Índices de Preços Dinâmicos e que sustenta um Índice de Custo de Vida, ainda embrionário, levando em consideração a substituição intertemporal. Pelo estudo apresentado pelo professor de Columbia, há que se considerar que, quando o preço de um produto de uso costumeiro sobe, o consumidor pode deixar de comprar o produto caro e usar o dinheiro para adquirir um ativo financeiro, por exemplo, e angariar algum lucro enquanto o produto ou serviço de sua preferência não volta ao preço anterior. Picchetti recorre à figura de um aparelho eletrônico para explicar a ideia por trás da proposta do professor português. "Se o preço de televisor sobe e o consumidor sabe que ele voltará ao nível anterior, ele não o substitui por outro produto. Apenas deixa de comprá-lo e usa o recurso para, por exemplo, comprar um CDB", explica o professor da Fundação Getúlio Vargas. Comportamentos e operações desta natureza, de acordo com os especialistas, não são captados pelos índices atuais de inflação.
O Dia (RJ): BRUNO ASTUTO - O luxo do 'Lixo' Vou entrar num vespeiro, com licença, mas alguém tem que falar. Desde que foi anunciado como um dos cinco concorrentes ao Oscar de Melhor Documentário, 'Lixo Extraordinário' vem sendo o centro de uma megapolêmica sobre se o Brasil vai ou não levar a estatueta para casa, já que a Academia, que indica os 'oscarizáveis', só levou em conta a parte inglesa da coprodução, deixando de fora os créditos a O2, do cineasta Fernando Meirelles. Assisti ao filme no último domingo, numa exibição fechada no apartamento de uma de suas produtoras executivas, a multitudo Jackie de Botton, e de sua irmã, Andréa de Botton. Um fim de tarde ameno, com a vista espetacular do pôr- do- sol da Praia de Ipanema, que teve como convidados Michael Roberts, editor de moda da revista americana 'Vanity Fair', o publicitário Nizan Guanaes e sua mulher, Donata Meirelles, Oskar e Nazareth Metsavaht, Antonio e Ângela Gouvêa Vieira, Marthinha Castilho, entre tantos formadores de opinião que saíram da sessão com os olhos marejados, emocionados com um dos documentários mais espetaculares já produzidos no Brasil. O filme mostra o trabalho do artista plástico Vik Muniz com os catadores de materiais recicláveis no lixão de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro, o maior do mundo. É duro, poético, envolvente; evidencia o poder transformador da arte na vida e na auto-estima dos catadores, assim como sua percepção do mundo. Impossível não se emocionar com aquelas histórias, com os sonhos (e a ausência deles) das pessoas que encontram no lixo - considerado o trabalho mais à margem da sociedade - seu sustento digno. E que missão deu Jackie a sua tropa de elite? Aumentar o boca a boca para que 'Lixo Extraordinário' saia do circuito cult e ganhe uma distribuição digna de sua grandeza. Não é possível que um documentário que tem boas chances de trazer o primeiro Oscar para o Brasil e que tenha sido quase inteiramente filmado no Rio de Janeiro, abordando o abismo social que cinge a nossa cidade, esteja atualmente em apenas sete cinemas por aqui, e em horários que, francamente, não permitem que se transforme num blockbuster. E, se por um descuido, descaso ou trapalhada, o braço brasileiro da produção não está nos créditos da Academia, não há justificativa para se esconder essa obra-prima da arte e da vida, que revela um trabalho emocionante de superação das adversidades. Não é à toa que Tião Santos, líder dos catadores, fundador da associação de profissionais da área e um dos personagens principais do filme, virou estrela aqui e lá fora. "A indicação ao Oscar é uma coisa maravilhosa, mas não é o objetivo do filme. Nós queremos ter a oportunidade de levar ao maior número de pessoas possível os exemplos incríveis do Vik e do Tião, e multiplicar essas ações, transformando-as em negócio para essas comunidades", diz Jackie, que conversou com a coluna depois da exibição do documentário. - O Brasil não vai mesmo levar esse Oscar, se 'Lixo' ganhar? - Eu acho que não, infelizmente. Porque, pelo que eu entendi, o Brasil não deu entrada na Academia como deveria, como um coprodução anglo-brasileira. Mas isso independe, porque o filme é brasileiro, tem um artista brasileiro, personagens brasileiros, diretores em sua maioria brasileiros, metade custeada por leis de incentivo brasileiras e fala de questões brasileiras, embora aborde um tema universal. Filho bonito tem muito pai e as pessoas saem do foco daquilo que importa. Ser indicado ao Oscar é bom porque teremos mais facilidade de cumprir o objetivo fundamental desse documentário, que é levar à maior audiência do mundo a saga dos catadores, considerados até então a última cadeia excluída da sociedade. Se conseguirmos multiplicar os bons exemplos do Vik e do Tião, teremos cumprido nosso papel. O que todas as histórias do filme têm em comum é que, em algum momento, aquelas pessoas não tiveram sorte, mas não se deixaram render pela prostituição ou pela droga. -O filme não é ecochato; pelo contrário, tem muita emoção. Houve essa preocupação? - Acho que o segredo é a forma como o Vik leva tudo, como ele consegue falar com todo mundo, da curadora de uma casa de leilões inglesa aos catadores. Ele tem o domo da massa; fala sobre transformação sem ser piegas, sem ser medíocre. - Por que o filme está num circuito restrito? O público não se interessa por documentários? -Não entendo tampouco. O filme não é um documentário didático, mas com emoção, aventura e até alguns lances de comédia. As pessoas saem das salas entre o riso e a lágrima. Elas se interessam por histórias que valem a pena ser contadas, independentemente do formato. Era para o Brasil estar calçando as chuteiras de 'Lixo Extraordinário'. Até porque começou agora o lobby em Hollywood para que os membros da Academia deem seus votos. Tudo é influência lá; temos que nos dedicar a um network poderoso para que esse filme ganhe. Gostaria, por exemplo, de que a Dilma fizesse uma sessão no Planalto e desse seu apoio. - Você pertence a uma família muito tradicional do chamado soçaite, tanto do Brasil como da França. Como foi lidar com a realidade dos catadores, tão diferente da sua? - O interesse desse filme foi conhecer o ser humano por um outro ângulo; não pelo que ele deseja, mas pelo que ele não quer, pelo que ele descarta. Não renego minhas origens, não teria nem por quê. Acho que sou uma grande interlocutora, que tem diálogo tanto com os catadores quanto com a elite cultural e financeira, o que é importante numa produção. Nós temos que romper as grades da sociedade, para crescermos como pessoas. Cada vez mais eu valorizo a tradição, como é importante termos gerações de famílias que transmitam uma herança de gentileza no olhar. A grande virtude da educação é a gentileza no olhar. - Não teme que o destino dos catadores se perca depois que o frisson gerado pelo filme diminuir? - Eu sou, antes de tudo, uma empreendora. Vejo oportunidades de negócios e corro atrás. Disse ao Tião (Santos, o líder dos catadores) que, se ele sonhasse em virar um grande ator, a coisa iria se perder. Ele tem que ser, e está se tornando, um homem de negócios, um líder de 1 milhão de catadores, que está arrecadando recursos junto a fundos do Banco Mundial, da Caixa Econômica, do BNDES. Estamos traçando projetos de grande alcance social, ligados à sustentabilidade. Falamos de uma indústria que movimenta R$ 8 bilhões por ano no País, segundo dados do Ipea. Em relação à Europa, o Brasil está 15 anos atrás em termos de reciclagem. Temos que mobilizar a sociedade nesse sentido.
TRIBUNA DA BAHIA (BA): Aula inaugural do ano letivo da Secretaria Estadual de Educação Idealizado e projetado na década de 40 pelo secretário da Educação do governo de Octávio Mangabeira (1947-1950), Anísio Teixeira, o Centro Educacional Carneiro Ribeiro - Escola Parque, localizado na Caixa d'Água, bairro popular de Salvador, foi palco nesta segunda-feira (7) de uma programação especial que marcou o início do ano letivo da rede estadual. Cerca de 600 estudantes lotaram o teatro da instituição, representando os mais de um milhão de alunos que voltam às aulas. A aula inaugural foi transmitida ao vivo pela TVE e pelo portal da Educação. O evento contou ainda com a participação de artistas baianos, como Moraes Moreira, Margareth Menezes e o compositor Paulo Lima. A prata da casa da rede pública estadual, garimpada em projetos como Tempos de Arte Literária e Festival Anual da Canção Estudantil (Face), apresentou suas performances, sob o olhar atento de autoridades e educadores. A Fanfarra do Colégio Estadual Duque de Caxias e o Coral do Centro de Educação Profissional Newton Sucupira entoaram clássicos da música popular brasileira que movimentaram o centro, voltado à educação em tempo integral. As atividades fazem parte do movimento Todos pela Escola, que tem como objetivo garantir o direito de aprender. Este ano, o governo comemora os índices de crescimento da educação, como a redução das taxas de abandono dos estudos e o aumento na frequência escolar, que aponta 98,1% para crianças de seis a 14 anos e 84,4% para jovens de 15 a 17 anos. "A educação é prioridade e se manifestou neste governo em investimentos na área, como a recuperação de escolas, construção de novas unidades e elaboração de um plano de carreira, que está sendo executado, com garantia de reajustes salariais acima da inflação. A secretaria se preocupou com a melhoria das práticas pedagógicas e com a capacitação dos professores", afirmou o secretário da Educação, Osvaldo Barreto. Para a secretária da Casa Civil, Eva Chiavon, essa conjugação de ações permite o alcance de um estado mais equitativo. Segundo ela, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), investimentos de 1% em educação potencializam 1,78% no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), bem como influencia nos indicadores que medem a desigualdade. "Com educação conseguimos estimular a criatividade, a inovação e a produtividade na região. Portanto, educação é desenvolvimento". Política de educação e segurança pública A equação educação e segurança pública é avaliada pelo secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, como uma questão indissociável. De acordo com ele, não tem política de segurança pública que não passe por uma parceria com a Secretaria da Educação. "Vamos trazer a polícia para perto da comunidade e fortalecer os mecanismos de proteção, como escola, família e religião". E disse que com a instalação de bases comunitárias vai contar com a participação da Secretaria da Educação. "A educação é importante para tirar os jovens do caminho do crime".    
BAHIA JÁ (BA): Cooperativas, reciclagem e a inclusão social Ede Maria Reis Ferrão* Nas ultimas décadas, as questões ambientais passaram a ser discutidas no amplo conceito de Desenvolvimento Sustentável, com uma abordagem realista das necessidades humanas, as quais envolvem dimensões sociais, econômicas, políticas e culturais. A reciclagem se apresenta como ferramenta essencial para conciliar os avanços da tecnologia com o gerenciamento sustentável dos bens naturais. A reciclagem gera uma cadeia de benefícios que se estendem do ambiental ao social, tais como: alternativa consistente para o alivio do problema global do acúmulo e destinação do lixo urbano, diminuição da extração de produtos naturais, o consumo de energia e a poluição, nicho de mercado que oferece oportunidades de negócio aliadas a inclusão social e a geração de renda para populações carentes. Em um mundo globalizado e tão competitivo, o homem está sempre em busca de sua identidade, almeja ter um lugar ao sol, tornar-se cidadão útil, produtivo e participativo, devendo para tanto integrar-se a sociedade na qual está inserido. Há, no entanto, muitas barreiras para aqueles que pertencem a determinadas raças, para os portadores de deficiências, para os idosos, para os ex-presidiários, entre outros, em relação a estes processos de inclusão. No sistema Cooperativista, estas barreiras não existem conforme preceitua a Legislação Federal (Lei n. 5.764/71 art. 4º, inciso IX): As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes características: - neutralidade política e discriminação religiosa, racial e social; As Cooperativas de Reciclagem contribuem para a preservação do meio ambiente inclusão social e geração de renda. Segundo ROTHMAN, em seu artigo intitulado "Brasil Perde R$ 8 bilhões por não reciclar" INFO Online: Um relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado no dia 14.05.10, revela que o País perde R$ 8 bilhões por ano simplesmente por deixar de reciclar. Os cálculos, apresentados no Ministério do Meio Ambiente, mostram que este seria o valor recolhido pelo país caso todo o material reciclável encaminhado para aterros e lixões nas cidades brasileiras tivesse destino correto. Hoje, apenas 12% dos resíduos sólidos urbanos e industriais são reciclados e a coleta seletiva só chega a 14% da população brasileira. Nesta citação, podemos observar o quanto o Brasil necessita de educação ambiental e informações sobre a Reciclagem, o quanto se perde financeiramente por não reciclar e a imensa oportunidade para a constituição de Cooperativas desse segmento, geração de negócios, inclusão social e geração de renda. Em dezembro de 2010 através do decreto o qual regulamenta a Lei 12.305/10 que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em agosto, acredito que haverá um grande crescimento das Cooperativas de Reciclagem. Temos muito trabalho pela frente, pois há que se conscientizar a população quanto a responsabilidade sobre a preservação do meio ambiente, auxiliar na constituição destas cooperativas capacitando o seu quadro social e implantando mecanismos de Gestão eficiente e buscando a participação das empresas e órgãos públicos. Reciclar é um ato de AMOR e RESPEITO à natureza para a sobrevivência de todos. (*) Ede Maria Reis Ferrão é Contabilista e Gestora de Cooperativas graduada pela UNISUL - Universidade Do Sul de Santa Catarina.    
El Pais: (Uruguai) Cuentas para todos Muy pocos brasileños, menos del 5% de los encuestados, consideran a los bancos como una fuente importante de crédito ¿Te interesa esta noticia? Una encuesta realizada por el Instituto de Investigación Económica Aplicada (Ipea) y auspiciada por el gobierno brasileño ha generado un debate acerca de los esfuerzos del país para ampliar el acceso del público a los servicios bancarios. Los resultados sugieren que la población está satisfecha con sus bancos, aunque existe una brecha entre los servicios que ofrecen y los que los clientes desearían recibir. La bancarización es un tema importante en Brasil. Unos 53 millones de personas, o sea el 40% de los adultos, no tienen una cuenta bancaria, según el estudio del Ipea. Si bien esta cifra es alta, la exclusión es mucho menor que la existente hace diez años, gracias a una mayor formalización del empleo. De acuerdo con la Federación Brasileña de Bancos, el número de cuentas bancarias más que se duplicó en la década pasada, alcanzando 134 millones a fines de 2009. Esto refleja, en parte, el éxito de las políticas del ex presidente Lula, ya que más del 20% de los encuestados señalaron que habían abierto una cuenta en el último quinquenio. EXCLUIDOS. La exclusión financiera es más aguda en las regiones menos desarrolladas de Brasil. Por ejemplo, el 53% de los adultos del Nordeste carece de una cuenta bancaria. Sin embargo, esta región comprende a buena parte de los nuevos consumidores que integran la creciente clase media brasileña. Esto sugiere que los bancos están fallando para capitalizar las oportunidades en esa zona. El nivel de inclusión bancaria es también bajo en la escasamente poblada región del Norte, incluyendo a la Amazonia, en donde la mitad de los adultos no tiene cuentas en los bancos. Las tasas de inclusión financiera mejoran a medida que se avanza hacia el sur del país, aunque un tercio de los adultos desconoce lo que es tener una cuenta bancaria en las regiones más prósperas de Brasil. Más del 40% de los encuestados excluidos del sistema expresó que le gustaría tener una cuenta y más del 25% cree que cumple con los requisitos para abrir una. Por eso, el Ipea recomienda al gobierno que promueva nuevos productos y servicios bancarios diseñados para atender a los segmentos no bancarizados. CLIENTES FELICES. A pesar de las quejas persistentes de las asociaciones de consumidores por las altas tasas de interés y servicios financieros de baja calidad, la encuesta del Ipea revela que la mayoría de los clientes están satisfechos, aun en rubros tan críticos como la seguridad y las esperas en las sucursales bancarias que están abiertas sólo seis horas los días hábiles. Los bancos brasileños deberían sentirse reconfortados por la fidelidad duradera de sus clientes. Más de un tercio de los trabajadores que cobra su salario en una institución bancaria confía en el banco elegido por su empleador, mientras que casi el 20% de los cuentahabientes permanecen en el mismo banco donde ha operado su familia. Sólo un 17% de los clientes elige a su banco por la confianza que le inspira, y una cifra muy similar opta por cualquier sucursal que esté ubicada cerca de su casa o lugar de trabajo. Llama la atención que la mayoría de los brasileños usan los servicios bancarios sólo para hacer pagos y depósitos. Menos del 5% respondió que considera a los bancos como una fuente importante de crédito, lo cual es sorprendente dado que el crédito al consumo en Brasil ha crecido a una tasa del 20% anual en los últimos años. Los consumidores de menores ingresos tienden a depender del crédito que otorgan los comercios minoristas a tasas menos onerosas. En consecuencia, si se promueve la inclusión financiera y la educación, los bancos brasileños podrán aumentar aún más sus posibilidades de crecimiento en un mercado que ya es la envidia de sus pares regionales y mundiales.  
Diretores e técnicos da Diset apresentam, em Brasília, os quatro artigos da publicação  
O estudo, lançado nessa quarta-feira em Brasília, aponta a avaliação da sociedade sobre os serviços do SUS  

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