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AGÊNCIA BRASIL: Agentes internacionais estimam melhores indicadores sociais para o Brasil em 2011, segundo Ipea Agentes internacionais consultados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) demonstram expectativa de queda nos índices de pobreza e de desigualdade de renda dos brasileiros nos próximos 12 meses. Foi o que afirmou hoje (21) o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, ao divulgar o Monitor da Percepção Internacional do Brasil - publicação trimestral derivada de pesquisa com representações diplomáticas, câmaras de comércio, organizações multilaterais e empresas estrangeiras. De acordo com Pochmann, o indicador referente à pobreza subiu de 32 pontos, em julho, para 43 pontos, e o índice de desigualdade passou de 25 para 38 pontos na mesma base de comparação. Pelo método do Ipea, quanto maior a pontuação menor o percentual de pobreza e desigualdade de renda. Outros indicadores que evoluíram favoravelmente entre as duas pesquisas foram os relativos às condições gerais de crédito e ao acesso da população a bens de consumo, "possivelmente refletindo uma expectativa de afrouxamento na política monetária" nos próximos meses, segundo o Ipea. Contraditoriamente, a pesquisa captou que "houve sensível diminuição no indicador relativo à condução da política econômica", com reflexo desfavorável quanto ao crescimento econômico com estabilidade. Os agentes consultados também avaliaram que houve redução da segurança jurídica nos últimos 12 meses. A publicação do Ipea não revela quantas pessoas ou instituições foram ouvidas, nem cita o período exato da consulta. Diz apenas tratar-se de questionário preenchido eletronicamente pelos "respondentes" cadastrados, com o objetivo de captar a evolução da avaliação internacional sobre as realidades econômica, social, política e institucional do Brasil.                
Agência Brasil: Aumento da renda muda perfil do eleitor brasileiro, afirmam especialistas Mariana Jungmann Com a saída de 9,5 milhões de pessoas da indigência e de 18,4 milhões da pobreza entre 2004 e 2008, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os candidatos brasileiros se deparam este ano com um novo perfil eleitoral no país. Na avaliação de especialistas ouvidos pela Agência Brasil, esses eleitores terão preocupações diferentes na hora de votar. Para o cientista político da Universidade de Brasília, David Fleischer, quem antes trocava o voto por um prato de comida nas eleições, poderá agora demonstrar preocupações menos imediatistas. “Essas pessoas que tiveram uma ascensão social estarão mais preocupadas em preservar algum patrimônio. Elas provavelmente mudaram o lugar de moradia, seus filhos agora estudam, e elas estarão preocupadas com essas coisas”, disse. Na opinião de Fleischer, esses eleitores podem se tornar mais maduros no que se refere a questões como educação e saúde. Outro reflexo que pode ser sentido, segundo ele, é o de um maior conservadorismo ao analisar as propostas dos candidatos. “Esse ex-pobre tende a estar mais preocupado com questões como segurança pública e invasões de terra, e menos preocupado com os outros que continuam pobres”, avalia o cientista político. O economista e pesquisador do Centro de Estudos Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Marcelo Nery, concorda que a chamada “nova classe C” irá imprimir mudanças no perfil dos eleitores no pleito de outubro. Segundo ele, os cidadãos que se enquadram nessa categoria já somam aproximadamente 50% da população e poderiam escolher sozinhos as eleições se votassem num único candidato. “É uma classe poderosa, mas não é homogênea”, ressalva o economista. Nery concorda que esses eleitores devem “cobrar mais caro” por seus votos agora e tendem a ser menos vulneráveis à manipulação eleitoral. “Quando as pessoas saem da condição de miserabilidade, mudam o horizonte delas”, afirmou. Esses resultados, de acordo com o economista, não são fruto apenas do aumento direto da renda – segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda média do trabalhador brasileiro subiu de R$ 1.694, em 2001, para R$ 1.808, em 2007. O crescimento constante da escolaridade – que começou há mais tempo, segundo ele – tem influência mais significativa na consciência eleitoral. “O brasileiro fez o seu dever de casa e pôs o filho na escola. Se você olhar e ver que coisas mais estruturantes como a educação estão crescendo junto com a renda, isso permite vislumbrar no futuro um nível maior de consciência e, no presente, um número menor de oportunismo”, explicou. O pesquisador da FGV disse ainda que o processo de amadurecimento é natural quando se atinge um período longo de democracia, como está acontecendo agora com o Brasil. “Como democracia é uma coisa que se pratica, vamos começar a ver o resultado disso”, afirmou Nery.  
Agência Brasil: Aumento da renda muda perfil do eleitor brasileiro, afirmam especialistas Mariana Jungmann Com a saída de 9,5 milhões de pessoas da indigência e de 18,4 milhões da pobreza entre 2004 e 2008, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os candidatos brasileiros se deparam este ano com um novo perfil eleitoral no país. Na avaliação de especialistas ouvidos pela Agência Brasil, esses eleitores terão preocupações diferentes na hora de votar. Para o cientista político da Universidade de Brasília, David Fleischer, quem antes trocava o voto por um prato de comida nas eleições, poderá agora demonstrar preocupações menos imediatistas. “Essas pessoas que tiveram uma ascensão social estarão mais preocupadas em preservar algum patrimônio. Elas provavelmente mudaram o lugar de moradia, seus filhos agora estudam, e elas estarão preocupadas com essas coisas”, disse. Na opinião de Fleischer, esses eleitores podem se tornar mais maduros no que se refere a questões como educação e saúde. Outro reflexo que pode ser sentido, segundo ele, é o de um maior conservadorismo ao analisar as propostas dos candidatos. “Esse ex-pobre tende a estar mais preocupado com questões como segurança pública e invasões de terra, e menos preocupado com os outros que continuam pobres”, avalia o cientista político. O economista e pesquisador do Centro de Estudos Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Marcelo Nery, concorda que a chamada “nova classe C” irá imprimir mudanças no perfil dos eleitores no pleito de outubro. Segundo ele, os cidadãos que se enquadram nessa categoria já somam aproximadamente 50% da população e poderiam escolher sozinhos as eleições se votassem num único candidato. “É uma classe poderosa, mas não é homogênea”, ressalva o economista. Nery concorda que esses eleitores devem “cobrar mais caro” por seus votos agora e tendem a ser menos vulneráveis à manipulação eleitoral. “Quando as pessoas saem da condição de miserabilidade, mudam o horizonte delas”, afirmou. Esses resultados, de acordo com o economista, não são fruto apenas do aumento direto da renda – segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda média do trabalhador brasileiro subiu de R$ 1.694, em 2001, para R$ 1.808, em 2007. O crescimento constante da escolaridade – que começou há mais tempo, segundo ele – tem influência mais significativa na consciência eleitoral. “O brasileiro fez o seu dever de casa e pôs o filho na escola. Se você olhar e ver que coisas mais estruturantes como a educação estão crescendo junto com a renda, isso permite vislumbrar no futuro um nível maior de consciência e, no presente, um número menor de oportunismo”, explicou. O pesquisador da FGV disse ainda que o processo de amadurecimento é natural quando se atinge um período longo de democracia, como está acontecendo agora com o Brasil. “Como democracia é uma coisa que se pratica, vamos começar a ver o resultado disso”, afirmou Nery.  
Agência Brasil: Brasil precisa conhecer melhor mercado chinês para ampliar parceria com país asiático, dizem especialistas Roberta Lopes A China pode oferecer várias oportunidades de negócios para o Brasil, de acordo com especialistas que participaram hoje (24) do painel Brasil-China na 2ª Conferência do Desenvolvimento, organizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para o economista do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Fernando Pimentel Puga, os dois países são complementares em vários setores como o de siderurgia e de alimentos. "O grande motor do crescimento na China é o investimento em infraestrutura. Neste momento, o Brasil é um parceiro de importância crucial, pois somos fornecedores de minério de ferro. Somos fornecedores importantes para a construção e para todo o setor de infraestrutura", disse. "A questão alimentar é essencial [já que a China tem poucas terras para a agricultura]. Esse é sempre um fator de bem-estar da população. A dona de casa está interessada no preço dos alimentos. O Brasil é uma grande fronteira agrícola", acrescentou. Para o consultor de negócios da Petrobras, Alexandre Palhano Corrêa, outro setor importante na parceria estratégica entre os dois países é o de energia, como é o caso do petróleo, cuja produção está estagnada na China. "A China aumenta a importação [de petróleo] em média para 400 mil barris por ano e sua produção doméstica está estagnada. Para o Brasil, a tendência é que aumentem as importações e é natural que boa parte delas sejam voltadas para a China", analisou. Corrêa disse ainda que o Brasil precisa ter mais conhecimento sobre o mercado chinês e suas peculiaridades, pois a China tem uma estratégia para o Brasil, mas o Brasil não tem uma para a China. "Houve um crescimento exponencial da relação sino-brasileira e o Brasil precisa crescer muito ainda do ponto de vista institucional para lidar com esse desafio. Também é preciso ter brasileiros estudando China, pois a quantidade de estudiosos sobre a China no Brasil ainda é incipiente", disse. A 2ª Conferência do Desenvolvimento segue até sexta-feira (25).
Agência Brasil: Campanha quer reduzir número de acidentes de trânsito entre festas de fim de ano e carnaval O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, participou hoje (15) de uma blitz no Trevo das Margaridas, no início da Via Dutra, marcando o início da ação integrada que visa a reduzir o número de acidentes de trânsito nas rodovias federais, entre os dias 15 de dezembro de 2012 e 13 de fevereiro do próximio ano. No período, que abrange as festas de final de ano e o carnaval, o número de vítimas de acidentes nas estradas costuma aumentar de forma considerável. A Operação Integrada Parada-Rodovida terá ações de conscientização e fiscalização desenvolvidas pelos ministérios das Cidades, Saúde, Justiça e Transportes. A ação faz parte do Parada - Um Pacto pela Vida, lançado pelo governo brasileiro em resposta à decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) de reduzir em 50% o número de mortes no trânsito no mundo, durante a década de 2011 a 2020. O ministro das Cidades disse que a operação mostra o respeito que o governo brasileiro tem à vida. "É uma sinalização muito clara de que nós queremos reduzir esses acidentes, queremos mudar essa realidade de vermos muitos brasileiros perdendo a vida em um momento de congraçamento que é o fim do ano, que deve ser um momento de celebração das famílias e a gente não quer ver festa virar tragédia." Para Ribeiro, as pessoas precisam ter um comportamento mais maduro, de responsabilidade, de prudência, de entender que cada segundo pode ser fatal. "O que nós queremos mostrar [com a campanha] é que uma vida vale muito. Você não pode ter a irresponsabilidade de beber e pegar um carro para conduzir a sua família, seus parentes, as pessoas que você mais ama, ou ser um instrumento de destruição de outras famílias que você não conhece, mas que, ao dirigir um carro alcoolizado, você certamente está pondo em risco." O ministro destacou que o pacto para redução de acidentes nas estradas segue durante os anos de 2013 e 2014. Aguinaldo Ribeiro disse que o número de acidentes nas estradas registrou uma redução de 18% no ano passado em relação a 2010. Já o número de mortes diminuiu 27,5% no mesmo período. Durante a cerimônia na Via Dutra, o ministro Aguinaldo Silva fez a entrega de 1 milhão de bafômetros doados ao governo federal pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros e pela Federação Nacional das Empresas de Seguros para serem usados nas ações nas estradas. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) fará operações nos pontos mais críticos das rodovias brasileiras. Nesses locais foram registrados 27,6% dos acidentes e 11% das mortes ocorridos de janeiro a setembro de 2012. O índice de gravidade, que classifica os trechos críticos, é baseado em estudos realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a PRF. O foco principal das ações será no combate à embriaguez ao volante e na fiscalização de motociclistas. A Polícia Rodoviária Federal também ampliará a fiscalização de excesso de velocidade e ultrapassagens em locais proibidos. O Ministério da Saúde vai intensificar as ações do projeto Vida no Trânsito em todas as capitais e também em Campinas e Guarulhos, em São Paulo. O projeto unifica o sistema de informação sobre acidentes no trânsito para qualificar os dados com a finalidade de detectar os principais problemas e elaborar políticas públicas mais eficientes. O banco de dados do projeto reúne informações sobre acidentes de trânsito e vítimas - como feridos graves e mortes. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão do Ministério dos Transportes, tem em operação nas rodovias federais 1.180 equipamentos eletrônicos controladores de velocidade como barreiras eletrônicas, pardais (radares), controle de avanço de sinais, parada sobre a faixa e controle de velocidade. A previsão é fechar o ano de 2012 com 1.650 equipamentos em operação e ampliar esse número para 2.696, em 2013.
Agência Brasil: Carta de Conjuntura do Ipea indica crescimento moderado da economia Por Cristina Indio do Brasil Rio de Janeiro - A elevação da taxa de juros pelo Banco Central reflete a preocupação da autoridade monetária com a necessidade de reverter as expectativas inflacionárias e de recolocar a taxa da inflação em níveis mais próximos ao centro da meta. A avaliação foi feita pelo economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fernando José da Silva Paiva Ribeiro, ao comentar para a Agência Brasil, a Carta de Conjuntura de junho de 2013. O documento indica crescimento moderado da economia. O documento segundo Fernando Ribeiro, mostra que a economia está em processo de recuperação do crescimento, mas é uma recuperação em ritmo bastante moderado, inferior ao desejado. "Não tem tendência tão firme e sustentada de expansão, mas está em expansão. Em grande parte pela recuperação da produção industrial. Os investimentos também estão em crescimento, mas consumo das famílias perdeu um pouco o fôlego, tem crescimento mais devagar do que vinha ocorrendo", disse. Sua análise mostra um cenário de indefinição. "A inflação tem se mantido persistentemente acima da meta já há bastante tempo, com pressões difíceis de reverter. E tem ainda o déficit externo crescente. A nossa balança comercial está piorando. Nós temos déficit em serviços e isso faz com que a gente tenha uma piora das contas externas, que não apresenta nenhum risco de curto prazo, mas acaba sendo um elemento que tem efeito negativo sobre a atividade econômica", analisou. Ontem (28), o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou a manutenção da meta de inflação para 2015 em 4,5%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), percentual mantido desde 2005. Como ocorre habitualmente, poderá haver variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. De acordo com o economista, o governo também está sofrendo queda de receita, porque a atividade econômica cresce devagar ou porque está havendo desonerações. "Já há dois anos que o governo vem com um processo amplo de desonerações, redução de impostos e mudança de cálculo de impostos. Tudo isso se reflete em um desempenho ruim da arrecadação tributária", segundo Fernando Ribeiro. A consequência dessa política, de acordo com o economista, é que as contas públicas ficam com um superávit primário menor do que o previsto anteriormente. "O governo está tentando administrar isso reconhecendo a queda do superavit primário, mas reafirmando o compromisso de ter uma política fiscal responsável", explicou. Para o economista, o fato positivo neste momento vem do mercado de trabalho. A taxa de desemprego está em um nível historicamente baixo. "Certamente, é o ponto mais positivo que tem na conjuntura. O salário real continua crescendo, quer dizer, os salários continuam tendo aumento acima da inflação e, portanto, a renda real do trabalhador está subindo. O mercado de trabalho continua numa situação bastante positiva", explicou. Fernando Ribeiro disse que a diminuição do ritmo de criação de empregos em comparação ao que foi em um passado recente era esperada. "Mas, dado que a taxa de desemprego já está mais baixa, é normal que a criação de emprego desacelere, até porque já não tem tanta gente desempregada disponível para entrar no mercado de trabalho. A expectativa é que a taxa continue baixa e continue havendo ganho real de salário. O mercado de trabalho vai continuar sendo um elemento positivo da conjuntura", explicou. A indústria tem registrado crescimento, com destaque para bens de capital, o que, de acordo com o economista, significa aumento de investimentos. "O quadro geral da indústria é ainda de recuperação, tanto que a produção ainda está em níveis inferiores aos que estava há dois anos. Ela ainda está recuperando o que perdeu no ano passado, que foi um ano de retração, e está crescendo a uma taxa lenta, inferior ao desejável, mas é um processo que parece ser firme ao longo do ano", disse Ribeiro.
AGÊNCIA BRASIL: Cobranças de conselhos classistas representam 36% das ações de execução fiscal no país Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostrou que 36,4% das ações de execução fiscal no país são movidas por conselhos de fiscalização das profissões liberais, só perdendo para a União, autora de quase 60% dos processos. De acordo com a pesquisa, os conselhos de classe usam esse tipo de processo judicial para cobrar taxas de fiscalização, mensalidades e anuidades. Para Alexandre Cunha, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, é contraditório os conselhos utilizarem a ação de execução fiscal para fazer esse tipo de cobrança. O pesquisador destaca que o propósito original da execução fiscal é cobrar impostos, taxas e tributos, e não taxas de anuidade. "Alguém que propõe uma ação de R$ 15 está abusando do Sistema Judiciário. E os conselhos fazem isso sistematicamente", disse Cunha, que apresentou hoje (21) os dados da pesquisa em um seminário sobre o processo de execução fiscal. Segundo ele, o valor médio das ações movidas pelos conselhos é de R$ 1.540,74, contra R$ 26.303,81 das ações movidas pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, ligada ao Ministério da Fazenda. Cunha mostrou ainda que a Justiça Federal de Primeiro Grau gasta, em média, R$ 4,3 mil para julgar um processo de execução fiscal.    
AGÊNCIA BRASIL: Cresce a preocupação das famílias com o futuro da economia brasileira Isabela Vieira O anúncio do corte dos gastos públicos e o aumento da taxa básica de juros (Selic) podem ter sido responsáveis pela queda do Índice de Expectativas das Famílias (IEF) de fevereiro, divulgado hoje (10) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A avaliação é do presidente do instituto, Marcio Pochmann. O índice reflete a avaliação dos brasileiros em relação à situação socioeconômica do país. O indicador fechou fevereiro com 65,3 pontos (em uma escala de 0 a 100), um pouco abaixo do verificado em janeiro (67,2 pontos), o mais alto da série, iniciada em agosto de 2010. Segundo a pesquisa, o brasileiro ainda está otimista, mas demonstra preocupação com as medidas de austeridade fiscal anunciadas por governos estaduais e pelo governo federal. Entre essas medidas estão o corte de despesas e a suspensão de concursos públicos e contratação de funcionários. "Isso impõe para aqueles que tomam crédito um custo adicional não previsto originalmente", destacou o presidente do Ipea. "São medidas que apontam para maior desaceleração da economia, com consequências no mercado de trabalho e na decisão de gastos das famílias". Os reflexos das decisões governamentais aparecem na queda do percentual de brasileiros que esperam "melhores momentos nos próximos meses", que caiu 2,2 pontos percentuais na passagem de janeiro para fevereiro (61,8 pontos). A percepção sobre a capacidade de endividamento também está mudando. Em janeiro, 32% dos entrevistados disseram que não tinham condições de pagar as dívidas contraídas até o período. Em fevereiro, o percentual aumentou para 37,7%. O percentual de pessoas com condições de pagar caiu de 19,2% para 15,4%. A queda da avaliação dos entrevistados em relação à segurança do emprego também pode ter influenciado o IEF, segundo Pochmann. De janeiro para fevereiro, o índice caiu de 79,6% para 77,8%. Ou seja, mais pessoas declararam medo de perder o posto de trabalho. Como a pesquisa ainda não tem uma série histórica que demonstre as tendências de cada mês, o presidente do Ipea pondera que a queda do indicador de um mês para o outro pode ter sido reflexo de uma "acomodação" diante da realidade para o próximo ano. O índice de expectativa do Ipea é calculado com base em cinco indicadores, como condições de endividamento e expectativa sobre o mercado de trabalho. Desde agosto passado, todos os meses são visitados 3,8 mil domicílios em 214 municípios de todos os estados.      
Agência Brasil: Crescimento do investimento estrangeiro reflete maior confiança do mercado na economia brasileira, diz Ipea Carolina Gonçalves A maior confiança do mercado na economia brasileira e a entrada de capital especulativo explicam o recente crescimento de investimentos estrangeiros (IED) no país, aponta o coordenador do Grupo de Análise e Previsões do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (GAP/Ipea), Roberto Messenberg. Hoje (17), ao apresentar o boletim Conjuntura em Foco, no Rio de Janeiro, o economista destacou que o crescimento intenso dos investimentos diretos começou no final de 2010 e vem mantendo o ritmo. Mas alertou que parte desse capital pode estar "maquiada", ou seja, que parte significativa de IED esteja sendo direcionada para ganhos especulativos no mercado de ações. "A economia brasileira se tornou atrativa em função dos dois canais de internalização do capital externo. Em primeiro lugar, pelo fato de que há uma confiança maior no comportamento da economia brasileira. O outro fato é o movimento de capital, que pode estar refletindo, de certa maneira, drible das medidas de controle de capital recentemente adotadas pelo governo e que esse capital esteja entrando como investimento direto, mas, para, na verdade, tirar vantagem do diferencial de juros entre a economia doméstica e a economia internacional", explicou. O registro de entrada de capital como IED exige participação mínima de 10% em capital social de uma empresa com direito a voto. Segundo o economista, nada impede que, por exemplo, uma compra de participação de 11% em ações, por meio de IED, seja liquidada em seguida, fazendo com que perca efeito toda a exigência de compromisso empresarial de longo prazo esperada. E como não existe uma fiscalização do destino desse dinheiro, ainda abre-se a possibilidade de formação de novas sociedades anônimas com aplicações em fundos de investimentos financeiros, isentas da tributação de 6% exigida sobre o ingresso de investimentos em carteira (economia doméstica). "O capital especulativo valoriza a taxa de câmbio, diminui a produtividade e a competitividade das indústrias residentes aqui em relação aos seus competidores externos e isso faz com que haja uma tendência de desaceleração da taxa de investimento industrial." Messenberg ainda avaliou as expectativas de crescimento sustentável do país e a evolução das variáveis econômicas, como mercado de trabalho, consumo e produtividade. Segundo ele, o Ipea mantém a expectativa de crescimento entre 4% a 5% do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, mas está trabalhando com sinal amarelo aceso, principalmente em função de uma tendência de desaceleração do investimento público, recentemente apontado como grande impulsionador do crescimento da economia brasileira. "Outro sinal de preocupação é o impacto da turbulência internacional sobre as expectativas empresariais e no mercado financeiro, que acabam fornecendo custo de capital para o investimento. Esses dois focos de instabilidade podem comprometer o cenário básico com que vínhamos trabalhando de um comportamento mais estável das variáveis e do investimento. O cenário básico está mantido, mas o risco dele aumentou", acrescentou.
Agência Brasil: Crise de 2008 desestimulou a abertura de empresas terceirizadas Marli Moreira Depois de mais de uma década de forte crescimento, a abertura de empresas de terceirização no estado de São Paulo caiu após a crise financeira de 2008, que teve origem no mercado imobiliário dos Estados Unidos e que contaminou as economias ao redor do planeta. A conclusão consta de um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Entre 1995 e 2008, foram abertas, em média, 355 empresas de terceirização por ano, número que foi reduzido para 119 entre 2008 e 2010, uma queda de 66,5%. Entre 1985 e 1994 surgiram, em média, 41 empresas de terceirização por ano. Até 2010, a Região Sudeste concentrava 5.342 empresas terceirizadas, que correspondem a 98,3% desse mercado. Dessas, quase todas (98,6% ou 5.178 empresas) se estabeleceram em São Paulo, empregando cerca de 700 mil trabalhadores. Quase metade dessas vagas (49,5%) foi aberta para fornecer mão de obra a serviços auxiliares de atividade econômica. Só em São Paulo, foram abertas, em média, 203 empresas do setor por ano, enquanto o Rio de Janeiro registrou média de apenas 1,6 e Minas Gerais, 1,1. O ritmo de crescimento, em São Paulo, é maior entre as empresas de menor porte, com menos de 50 funcionários, que passou de 54% do mercado em 1985 para 65% no ano passado. O segmento das companhias que tinham entre 50 e 249 empregados praticamente manteve o ritmo de crescimento, de 23,9% para 23,6%. Entre as grandes empresas de terceirização, com mais de 250 empregados, o movimento se inverteu. Essas companhias perderam fatia de mercado nos últimos 25 anos, caindo de 21,4% de participação em 1985 para apenas 11,4% no ano passado. "Esse é um momento de ajustes por causa de uma maior dificuldade em nível mundial. Ainda não sabemos se significará uma estabilização do setor", avaliou o presidente do Ipea, Marcio Pochmann. Ele defendeu a necessidade de uma política pública para o setor de terceirizações como forma de "reduzir as desigualdades de contratações, condições de trabalho e, mesmo, de competição entre as empresas". Ele observou que, apesar de responsáveis por cerca de 70% da geração de postos de trabalho no país, as terceirizadas pagam salários mais baixos. Citando um estudo do Ipea divulgado em outubro, o economista informou que os ganhos dos terceirizados correspondem a, praticamente, metade do que recebem os funcionários efetivos. O levantamento foi feito com base em informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, e de dados do Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros do Estado de São Paulo (Sindeepres), o maior sindicato de trabalhadores terceirizados e temporários do Continente Americano, com 160 mil associados e representando mais de 700 mil trabalhadores do setor no estado de São Paulo.
Agência Brasil: Crise econômica mundial é cenário propício para que Banco Central reduza taxa básica de juros, diz Ipea Stênio Ribeiro A crise econômica internacional que afeta mais fortemente os Estados Unidos, a Europa e o Japão, "pode ser uma oportunidade para mudar intensamente a política monetária" brasileira, a começar por uma "redução sensível" da taxa básica de juros (Selic), de acordo com o coordenador de Finanças Públicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Claudio Hamilton. A análise consta de comunicado divulgado hoje (18) pelo Ipea.Segundo ele, o Brasil tem mais condições para enfrentar a instabilidade mundial do que a maioria dos países, mas deveria redirecionar a economia nacional para "além das rendas financeiras", de modo a impulsionar a produção. Hamilton avalia que o país não pode permitir a erosão das reservas, hoje avaliadas em US$ 352,375 bilhões, nem a recessão, que pode trazer desemprego e corte de aumentos reais dos salários.Com o aumento das incertezas no mercado internacional, devido à intensificação da crise, Hamilton enfatizou que aumenta a necessidade de ações mais fortes para estimular a competitividade da indústria brasileira, prejudicada pela desvalorização cambial, que torna muitos produtos importados mais baratos que os nacionais.O coordenador de Finanças Públicas do Ipea avalia ainda que, com as contas públicas sob controle e os grandes bancos funcionando em bases sólidas, sem interrupção dos canais de crédito, a economia brasileira tenha condições de enfrentar os efeitos da atual crise econômica com mais tranquilidade do que ocorreu em 2008, quando a crise financeira mundial foi deflagrada.O economista ressalta que é provável o fim do ciclo de aperto monetário, como sinalizou o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em sua última ata, em julho. Além disso, Hamilton destaca como outro fator que pode favorecer a redução dos juros o recrudescimento da crise econômica nos países desenvolvidos, que reduz o ritmo de crescimento da atividade produtiva lá fora e do aumento da inflação no país.Ele observou ainda que a China, Índia e o Brasil "parecem estar fora do cenário de crise" e os mercados futuros indicam queda dos juros.      
Agência Brasil: Desemprego entre jovens pode significar falta de mão de obra no futuro, avalia especialista O aumento da criminalidade nas cidades, a migração de áreas rurais para urbanas e a escassez de mão de obra no futuro podem ser algumas consequências da incidência do desemprego sobre os jovens, avalia o diretor adjunto de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Henrique Leite Corseuil. De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 12,6% das pessoas entre 15 e 24 anos no mundo estavam sem emprego em 2012, o que corresponde a cerca de 74 milhões de pessoas. "Estudos mostram que no Brasil, e também em outros lugares do mundo, um cenário mais apertado no mercado de trabalho urbano pode desmotivar a busca dos jovens por um emprego e fazer com que tentem a vida de outras formas. Na maioria dos casos, em atividades ilegais", disse Corseuil à Agência Brasil. Segundo ele, o Brasil não atingiu patamar preocupante de desocupação entre a população jovem. Ao contrário, o mercado no Brasil está aquecido, em termos gerais. A taxa de desemprego para os jovens na América Latina e no Caribe, região na qual se insere o Brasil, ficou em 13,5% - um pouco acima da média mundial (12,6%), mas abaixo dos países desenvolvidos (17,9%), como Estados Unidos e Japão; do Oriente Médio (28,1%); do Norte da África (23,8%) e da Europa Central (17,1%), de acordo com a OIT. No caso dos jovens em áreas rurais, a escassez de trabalho pode levar à migração para as cidades, em busca de melhores oportunidades. De acordo com Corseuil, a maioria das pessoas no campo ignora quando a situação nas cidades também não está favorável, o que acaba estimulando o êxodo e o inchaço das cidades - com a ampliação das favelas, da pressão sobre a infraestrutura em geral e da precarização dos serviços básicos. Nas cidades, essa população jovem que veio do campo se torna urbana e passar a encontrar os mesmos problemas. O impacto do desemprego para as novas gerações ainda pode trazer problemas para o futuro, como a escassez de mão de obra qualificada. "Quando se passa por momentos de crise, como o atual, não significa que não se vai precisar de profissionais mais para a frente. Então, esse jovem que poderia estar trabalhando, adquirindo experiência e se qualificando vai perder essa fase", disse o diretor do Ipea. Há diversos tipos de iniciativas experimentais para tentar solucionar a questão do desemprego entre a juventude, segundo Corseuil, como a criação de instrumentos que auxiliem essas pessoas na procura por emprego, citando como exemplo, o portal Mais Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) brasileiro. Em alguns países europeus, informou Corseuil, há iniciativas que vão além, como instituições que entram em contato com o jovem, analisam seu perfil e tentam combiná-lo com as demandas das empresas, o que aumenta as chances de colocação no mercado. Outras iniciativas - como programas de treinamento direcionado, formação específica e subsídio para contratação - têm resultados diferentes, segundo o diretor do Ipea. De acordo com ele, os resultados funcionam de acordo com os contextos específicos e podem trazer benefícios mais ou menos expressivos, dependendo da situação. "O desemprego entre jovens é muito mais sensível aos ciclos econômicos que o de adultos. Como passamos por um período de crise, é natural que haja aumento. Pode ser que ainda demore um tempo para que os jovens passem a se beneficiar da recuperação", explicou.
Agência Brasil: Desenvolver cidades preservando o meio ambiente é desafio para administrador público O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) constatou problemas como baixo comprometimento dos gestores públicos com a legislação ambiental e pouca participação da sociedade em debates e sugestões sobre o tema. A conclusão faz parte de estudo desenvolvido em 23 municípios de seis estados. A pesquisa só será finalizada daqui a seis meses. Os dados preliminares do estudo foram expostos hoje (4) pelo coordenador de Desenvolvimento Urbano do Ipea, Bolivar Pêgo, no seminário Gestão Ambiental do Espaço Urbano - Desafios e Oportunidades, que ocorre na Câmara dos Deputados. Na pesquisa, cujo objetivo é levantar o cenário do licenciamento ambiental para fins urbanos no Brasil, o que se vê é um processo demorado para a obtenção do licenciamento. O deputado federal, Cassio Taniguchi (DEM-PR), disse que é preciso adequar a legislação ambiental ao espaço urbano. Segundo o deputado, existe a necessidade de compatibilizar as demandas voltadas para a preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento das cidades. “Essas duas demandas entram em choque por diversas vezes e causam transtornos para os administradores públicos”, afirmou. Para Taniguchi, é hora do Poder Público propor uma reavaliação na legislação ambiental para garantir o desenvolvimento sustentável, de acordo com as necessidades reais dos municípios. No debate, a prefeita de Carinhanha, na Bahia, Chica do PT, apontou as dificuldades enfrentadas no município. Segundo ela, a cidade, de 30 mil habitantes, não tem muitos recursos e falta a presença do Poder Judiciário para julgar os processos contra pessoas que ocupam indevidamente as margens do Rio Carinhanha. “Muitas vezes encaminhamos à Justiça ações contra essas ocupações, mas elas acabam caducando por falta de juiz e promotor de Justiça”, contou a prefeita. O seminário é promovido pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados. No evento, estão em discussão os problemas dos administradores públicos e privados na gestão do desenvolvimento urbano em decorrência da legislação ambiental em vigor.  
Agência Brasil: Empresários americanos protelam investimentos por falta de confiança na economia do país, diz Ipea Luciene Cruz A instabilidade financeira tem provocado o adiamento de projetos nos Estados Unidos, o que dificulta ainda mais a recuperação americana, avaliou hoje (3) o assessor técnico da Presidência do Instituto de Pesquisa e Econômica Aplicada (Ipea), Lucas Ferraz, ao comentar documento produzido pelo órgão em que analisa o cenário econômico global com enfoque do papel dos Estados Unidos, da Europa e da China no contexto da crise. Segundo a análise técnica feita pelo órgão, os empresários americanos continuam inseguros com a situação econômica do país. "Os empresários não têm confiança na economia americana e, por isso, protelam os projetos de investimento no país", disse, ao apresentar o estudo. Na opinião de Ferraz, essa insegurança é reflexo do baixo consumo interno e do aumento do número de desempregos, fatos que geram "falta de perspectiva de crescimento robusto para os próximos anos". Desde 2007, cerca de 7 milhões de pessoas perderam seus postos de trabalho nos Estados Unidos. O número fez com que o índice de desemprego praticamente dobrasse no período, saltando de 4,6% para 9,1%. "O baixo desempenho econômico teve influências intensas no desemprego", avaliou Ferraz. O cenário de crescimento econômico continua pessimista também na Europa. O Ipea vislumbra expectativa de crescimento medíocre para o continente nos próximos anos, em meio ao momento delicado provocado pela instabilidade financeira mundial.
AGÊNCIA BRASIL: Equipe de transição discute erradicação da miséria Agência Brasil A equipe de transição do governo eleito vai se reunir nos próximos dias com especialistas para discutir a erradicação da miséria no Brasil. Durante a campanha, a presidenta eleita Dilma Rousseff tratou o assunto como uma de suas prioridades. Um dos coordenadores da equipe de transição, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, disse que esse será o primeiro de alguns "seminários" temáticos que a equipe promoverá. "Transição não é só discussão de ministérios. Resolvemos fazer esses pequenos seminários. Para o primeiro, de erradicação da miséria, vamos chamar gente do Ipea [Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada], da FGV [Fundação Getulio Vargas] e pessoas que tenham feito contribuições nessa área. Possivelmente, virá a ministra [do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes]". De acordo com Dutra, haverá encontros semelhantes para discutir as áreas de saúde e segurança.    
AGÊNCIA BRASIL: Equipe de transição se reúne com especialistas para discutir erradicação da pobreza A equipe de transição do governo começa hoje (18) a ouvir especialistas para definir as políticas do governo da presidenta eleita Dilma Rousseff para áreas que foram tratadas como prioridades durante a campanha. Na reunião de hoje, o vice-presidente eleito, Michel Temer, e coordenadores da transição vão tratar da erradicação da pobreza. Entre os especialistas convidados, estão o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, o economista da Fundação Getulio Vargas Marcelo Neri e o representante regional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano - um dos idealizadores do Programa Fome Zero. A ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, também vai participar da reunião. A erradicação da miséria foi tratada como prioridade nos discursos de Dilma Rousseff durante a campanha. A meta do próximo governo é antecipar em dois anos o compromisso de erradicar a pobreza extrema no Brasil, de 2016 para 2014. O reajuste do Programa Bolsa Família, principal pilar da política social do atual governo, deverá ser um dos assuntos da reunião. Nos próximos dias, a equipe de transição vai ouvir especialistas nas áreas de segurança pública e saúde.    
Agência Brasil: Especialistas e sociedade civil discutem plano para aperfeiçoar políticas de segurança alimentar Da Agência Brasil A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, disse hoje (11) que é fundamental ações integradas para fortalecer a área de segurança alimentar nos municípios, principalmente quanto ao combate à desnutrição. “Essas ações devem ser articuladas com estados e municípios para que a população tenha acesso completo às políticas públicas relacionadas à segurança alimentar”, destacou durante o seminário Indicadores e Monitoramento da Realização do Direito Humano à Alimentação Adequada no Brasil, em Brasília. Uma das frentes que serão trabalhadas durante o seminário tem por objetivo pensar e construir um sistema a partir dos estudos que permita monitorar e avaliar as políticas relacionadas à segurança alimentar. Os temas terão como base a promoção do direito humano à alimentação adequada, além da questão nutricional. O encontro reúne até amanhã (12), especialistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representantes da sociedade civil e de universidades. O presidente do Consea, Renato Maluf, destacou durante a cerimônia de abertura, que o encontro vai permitir a elaboração de um relatório com os principais pontos para aperfeiçoar a área de segurança alimentar. O documento será apresentado em outubro durante a Semana Nacional de Alimentação.  
Agência Brasil: Especialistas em segurança pública reforçam denúncia de manipulação das estatísticas de homicídios no Rio Especialistas em segurança pública defenderam hoje (26) o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) que constatou manipulação das estatísticas oficiais de criminalidade no estado do Rio de Janeiro. Para os acadêmicos, reunidos em Caxambu (MG) no 35º Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, o estudo Mortes Violentas Não Esclarecidas e Impunidade no Rio de Janeiro, do doutor em economia Daniel Cerqueira, está correto quando relaciona a queda do número de assassinatos com o aumento do número de mortes sem motivação determinada. Essa avaliação foi criticada pelo governo estadual. "A comunidade científica não tem como não concordar com a pesquisa. A análise é absolutamente, tecnicamente, rigorosa e correta", disse o professor Michel Misse, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Segundo o coordenador do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da universidade, o aumento "substancial" de mortes em que não é possível identificar a causa, como constatou estudo do economista do Ipea, pode mascarar o número real de homicídios. A pesquisa do economista Daniel Cerqueira mostra que, enquanto os dados oficiais do estado do Rio apontam queda de 28,7% no número de homicídios (entre 2007 e 2009), as mortes sem motivação determinada passaram de 1.857 entre 2000 e 2006 para 4.021 entre 2007 e 2009, sendo que muitas tinham características de assassinato. Por meio de nota, a Secretaria de Segurança desqualificou a pesquisa do Ipea e disse que não há manipulação dos dados. "O que existe são dois bancos de dados distintos, com finalidades diferentes. A pesquisa do senhor Daniel Cerqueira tem erros básicos". A secretaria explicou que utiliza estatísticas de inquéritos policiais e do Instituto Médico Legal (IML). Mas o professor Michel Misse não confia nos dados oficiais, justamente porque são produzidos pelo próprio governo. Misse defendeu o controle externo do processo de elaboração das estatísticas de violência para assegurar transparência. "Fica difícil ter política públicas apoiadas em dados cuja confiabilidade é baixa", analisou. O sociólogo Renato Sérgio Lima, secretário executivo da organização não governamental Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que publicou a pesquisa de Daniel Cerqueira, levanta dúvidas sobre os critérios de classificação das mortes pela Secretaria Estadual de Saúde. Segundo ele, a pasta não cumpre recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). "Morte por agressão não é morte por causa indeterminada". Na análise do secretário executivo, diferenças metodológicas entre órgãos de pesquisa sobre criminalidade em todo o país são comuns e precisam ser padronizadas para evitar subnotificação. "Os nossos dados são muito ruins. O Brasil carece de um sistema de informações criminais mais robusto e mais confiável". Para Lima, falta "uma pactuação" entre as instituições que fornecem as informações para os bancos dados nacionais. "Essa é a maior dificuldade". A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça, por meio do Sistema Nacional de Informações em Segurança Pública, em elaboração desde 2004, quer resolver o problema padronizando metodologias e unificando estatísticas estaduais. Segundo a pesquisadora da Senasp Luciane Patrício, que participou do debate em Caxambu, o ideal seria "um sistema classificatório único". "Embora o Código Penal seja o mesmo, temos formas de classificação diferente entre os estados. O roubo de gado em um estado pode ser roubo de abigeato em outro", exemplificou. Procurada pela reportagem da Agência Brasil, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio não deu respondeu aos pedidos de esclarecimento.
AGÊNCIA BRASIL: Estudo do Ipea alerta para desconhecimento da biodiversidade brasileira com risco às espécies Gilberto Costa Técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) constataram, por meio da análise de estudos de variabilidade genética, que há, no Brasil, desconhecimento sobre as espécies e o meio ambiente em todas as regiões, o que afeta as possibilidades de preservação de animais e plantas, inclusive os mais ameaçados. Os dados foram divulgados hoje (17) e fazem parte do Comunicado Ipea, Série Eixos do Desenvolvimento Brasileiro, intitulado Sustentabilidade Ambiental no Brasil: Biodiversidade, Economia e Bem-Estar Humano. O Ipea reconhece que "o conhecimento e a conservação dos biomas brasileiros têm avançado bastante nos últimos anos", conforme constatado no capítulo que traz o levantamento dos biomas brasileiros, onde há referência ao início recente do monitoramento por satélite do desmatamento no Cerrado e na Caatinga. Em outro trecho da publicação, os técnicos, no entanto, constatam que há um profundo desconhecimento sobre genes e espécies, o que inviabiliza a proteção. "O fato é que aproximadamente 75% das espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção não são objeto de quaisquer medidas de manejo". Na conclusão, os técnicos sugerem que "o potencial da perda de biodiversidade seja considerado, efetivamente, no âmbito decisório, quando da implementação de políticas e ações, nas esferas pública e privada, de forma a evitá-la ou mitigá-la. Merecem destaque as obras de infraestrutura e o uso do solo para as chamadas atividades produtivas, por serem importantes vetores associados a essa perda". A pesquisa, no entanto, não calcula o valor do "capital natural" da biodiversidade sob ameaça em território brasileiro, porém compila a estimativa de estudos anteriores de que 30% dos fármacos disponíveis em todo o mundo derivam diretamente de fontes naturais. A ignorância científica que afeta a atual produção de remédios, se associada ao problema de extinção de espécies, pode comprometer a cura de doenças, conforme registra a publicação. "Entre essas perdas, podem estar as chaves para a cura de doenças, o aumento da produção de alimentos e a resolução de muitos outros problemas que a humanidade já enfrenta ou enfrentará". Segundo os dados apresentados pelo Ipea, os estudos genéticos sobre as espécies estão concentrados na Amazônia e na Mata Atlântica, mesmo assim em quantidade insuficiente. Em todo o país, não há nenhum estudo genético sobre os genes de anfíbios ameaçados de extinção e apenas de 3% das aves. Sobre répteis, esses estudos não passam de 15% e, sobre mamíferos, de 22%. "Isso dificulta o mapeamento da erosão genética", aponta Nilo Luiz Saccaro Júnior, fazendo referência à perda de variabilidade genética, mecanismo importante para a perpetuação das espécies. A informação sobre a constituição genética das espécies é fundamental, por exemplo, em programas de defesa de espécies ameaçadas. Os pesquisadores do Ipea ponderaram que os licenciamentos ambientais para obras de infraestrutura são concedidos sem que haja conhecimento total sobre animais, plantas e regiões afetadas. "Os EIA-Rima [Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental, usados para a concessão de licenças ambientais] são estudos rápidos. Apesar de ser o melhor disponível, não é [um tipo de estudo] completo". Segundo o pesquisador do Ipea Albino Rodrigues Alvarez, os licenciamentos ambientais são feitos com base "no estado da arte do que se conhece".    
Agência Brasil: Estudo do Ipea aponta que déficit habitacional caiu 12% em cinco anos Brasília - O déficit habitacional no país caiu 12% em cinco anos, de acordo com a Nota Técnica Estimativas do Déficit Habitacional Brasileiro por Municípios, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-IBGE), os pesquisadores concluíram que a deficiência de 5,6 milhões de habitações, registrada em 2007, caiu para 5,4 milhões, em 2011. A redução do problema foi identificada em quase todas as regiões do país. Apenas na Região Centro-Oeste o déficit habitacional aumentou. A região, assim como a Norte do país, é uma das responsáveis pelo forte crescimento populacional dos últimos dez anos. Na Norte, apesar do índice cair, o número absoluto de domicílios em situação caracterizada de déficit foi quase 600 mil domicílios. A maior queda do problema foi registrada no Nordeste que, apesar da redução, ainda mantém números expressivos. Quando os pesquisadores avaliaram as situações de casas onde mais de três pessoas dividem o mesmo quarto, municípios do Maranhão apareceram destacados. O estado concentra mais de 30% dos seus domicílios incluídos no déficit habitacional por esse item. Amazonas e Pará também aparecem com mais de 20% dos domicílios em situação de déficit, considerando o mesmo tipo de análise. Na lista geral, que considera todos os quesitos responsáveis pela deficiência habitacional do país, apenas as capitais aparecem no topo do ranking dos dez municípios com maiores déficits. São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador ocupam as quatro primeiras posições. A escala muda quando a análise é sobre o número de domicílios precários. Nesse caso, São Paulo se mantém na liderança negativa, mas Manaus aparece como o segundo pior município neste quesito. O levantamento, que ainda incluiu dados do Censo de 2010, considerou situações de domicílios precários, coabitação - famílias que moram temporariamente na mesma residência -, famílias que comprometem mais de 30% da renda no pagamento de aluguel e, casas onde mais de três pessoas dividem o mesmo quarto. O ônus excessivo com aluguel foi identificado, principalmente, entre moradores de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e da Bahia, como o principal problema. De acordo com os pesquisadores, o comprometimento de uma parcela maior da renda para o pagamento de aluguel passou a ser a causa mais importante no levantamento sobre a deficiência habitacional do país, atingindo 3,5% dos domicílios pesquisados, ou seja, mais de 2,1 milhões de famílias gastam mais de 30% de sua renda com aluguel. Nas últimas análises, a coabitação era a componente que mais influenciava o índice. "A coabitação - que representava o componente mais relevante em 2007 - foi também a que mais caiu, com redução de cerca de 1 ponto percentual, ou perto de 500 mil domicílios em quatro anos", destacaram os pesquisadores, que dizem que essa queda foi "compensada" pelo aumento proporcional dos casos em que as famílias gastam uma porcentagem considerada excessiva com o pagamento de aluguel. O estudo do Ipea ainda aponta que, apesar da redução geral do déficit registrada em todo o país, a estrutura do déficit nos domicílios com renda domiciliar de até três salários mínimos ficou mantida nos mesmos patamares. Essa parcela da população concentra quase 70% dos domicílios com déficit. Pelo levantamento, a redução da deficiência habitacional entre 2007 e 2011 foi mais intensa nas áreas rurais, com redução de 125 mil domicílios na taxa negativa. Nas áreas urbanas, a redução do déficit foi de menos 60 mil domicílios. "O déficit habitacional brasileiro é majoritariamente urbano (81%). Proporcionalmente, entretanto, o déficit compõe mais de 15% dos domicílios rurais, contra pouco mais de 10% nos domicílios urbanos", destacaram os pesquisadores. Apesar da situação rural ter melhorado, essas regiões ainda são caracterizadas pela precariedade das residências que impactam 75% do déficit total rural.

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