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23/11/2015 15:21

Livro analisa a segurança pública em cenário prospectivo

Lançada nesta segunda, em Brasília, a publicação indica nove “megatendências”’ e oito incertezas para 2023


O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta segunda-feira, 23 de novembro, em Brasília, a publicação Violência e Segurança Pública em 2023: cenários exploratórios e planejamento prospectivo. O livro foi apresentado em um seminário, na sede do Instituto, em Brasília, pelo coordenador de Estudos e Políticas de Estado e Instituições, Helder Ferreira, um dos autores do trabalho.

Segundo Helder, a publicação envolve a elaboração de cenários exploratórios que permitem, ao se analisar o passado e o presente com um método apropriado, a construção de imagens a respeito do futuro que contribuem na formulação de melhores estratégias para a ação do Estado. “A análise foi feita com base nos resultados de sete oficinas, associados à retrospectiva e à situação atual, o que gerou nove ‘megatendências’ e oito incertezas”, disse o pesquisador.

O livro destaca como tendências a manutenção da alta proporção de jovens na população brasileira; a permanência da grande desigualdade social; a manutenção de um fácil acesso à arma de fogo; e a pressão pela flexibilização do Estatuto do Desarmamento. No campo das incertezas, o estudo aponta um aumento do desenvolvimento social inclusivo que tenha impacto nos índices de crimes violentos, além da expansão de políticas para a juventude focadas em grupos vulneráveis, da repressão ao porte ilegal e ao tráfico de armas, da política de controle de arma de fogo e, ainda, uma maior flexibilização do Estatuto do Desarmamento.

"Ameaças existem e precisam de planejamento para se avançar na política de segurança pública", ressaltou Helder Ferreira, acrescentando que mudar essas tendências depende de uma atuação coordenada dos principais atores. Mesmo levando em conta os cenários de prevenção social e também os de aspectos fictícios de repressão qualificada e o mais repressivo, a pesquisa mostra que, ainda nas previsões mais otimistas, algumas tendências dificilmente poderão ser revertidas até 2023.

O seminário

Na abertura do evento, o presidente do Ipea, Jessé Souza, falou da segurança pública como um tema de fundamental importância na questão da redução das desigualdades sociais. “A guerra civil que vivemos é invisível e mata muito mais que guerras de fato, que ocorrem em outros países, e quase sempre atinge os mais pobres e negros. É onde se mostra a perversidade do tipo de sociedade que nós construímos”, disse o sociólogo, destacando que é missão do Ipea contribuir com esse papel estratégico do Estado, mostrando como estão as coisas e o que fazer para interferir nesse processo.

Rogério Carneiro, da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, lembrou que para se fazer segurança pública no país é muito importante este tipo de estudo e destacou o Ipea como um grande parceiro. O diretor do Departamento de Temas Sociais da Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico (SPI/MPOG), Jorge Abrahão de Castro, disse que já usou grande parte deste material para a elaboração do Plano Plurianual.

A publicação amplia a produção do Ipea já consolidada na área de diagnóstico e acompanhamento da política de segurança pública, no campo do planejamento prospectivo, já iniciada com outras publicações como Megatendências Mundiais 2030: O que entidades e personalidades internacionais pensam sobre o futuro do mundo?

Leia o livro "Violência e Segurança Pública em 2023: cenários exploratórios e planejamento prospectivo"

Confira as entrevistas sobre o livro "Violência e Segurança Pública em 2023"

 

 

 
 

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