Facebook Facebook Twitter LinkedIn Youtube Flickr SoundCloud
07/07/2016 16:14

América do Sul revela potencial de complementaridade produtiva
É o que mostra a Matriz de Insumo-Produto da região, apresentada pelo Ipea em parceria com a Cepal

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) lançaram nesta quarta-feira, 6, em Brasília, o levantamento inédito da Matriz de Insumo-Produto da América do Sul. Os resultados revelam que a complementaridade produtiva na região ainda é incipiente, mas possui potencial.

Entre os países mais integrados da região, aparecem o Uruguai e a Bolívia. No caso uruguaio, 4,97% do valor adicionado no país (PIB) corresponde a produtos provenientes do Brasil, e 4,19% de produtos vindos da Argentina. E 88,2% do valor adicionado corresponde à produção interna, sem participação de outros países. Em relação ao Brasil, 97% do valor adicionado deve-se à produção interna. A tabela abaixo traz as conclusões da análise feita na Argentina, Colômbia, Bolívia, Venezuela, no Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai, Peru e Equador.

“Há indícios de complementaridade, menos do que eu desejaria, mas há coisas acontecendo na América do Sul. Há um potencial de complementaridade. Pode-se aprofundar onde já existe alguma semente. Cabe explorar o potencial de criação dessas cadeias”, afirmou Renato Baumann, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e coordenador do projeto que também contou com recursos da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).

A matriz é formada por 40 setores, sendo 35 de bens e cinco de serviços. Os dados se referem a 2005, último ano para o qual foi possível homogeneizar os dados para os 10 países. O Brasil aparece como o país com relações menos significativas de complementaridade quando se decompõe o valor adicionado, um exercício feito pelo Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da FGV. “A Bolívia tem uma estrutura interessantíssima, muito mais aberta do que se imagina. O Uruguai é outro caso interessante, especialmente integrado com a Argentina, o Brasil, o Chile e o Peru”, explicou Renato Flores, professor da FGV.

O seminário Cadeias Produtivas na América do Sul: matriz de insumo-produto regional foi realizado na sede do Ipea, com a presença do presidente do Instituto, Ernesto Lozardo, do representante da Cepal no Brasil, Carlos Mussi, do presidente da ABDI, Luiz Augusto Ferreira, do representante do BID José Luiz Rossi e do representante do CAF Oswaldo López.

america sul

Vídeo: Confira a entrevista com o presidente do Ipea, Ernesto Lozardo, sobre a Matriz de Insumo-Produto da América do Sul

Estudo aponta o Brasil como a economia regional mais fechada

Demanda por bens no Brasil gera 145 mil empregos na Argentina

Acesse o documento “La Matriz de Insumo-Producto de América del Sur” (em espanhol)

Faça o download das planilhas em Excel

Matriz da Argentina (em espanhol)

Matriz da Bolívia (em espanhol)

Matriz do Brasil (em espanhol)


Matriz do Chile (em espanhol)

Matriz da Colômbia (em espanhol)

Matriz do Equador (em espanhol)


Matriz do Paraguai (em espanhol)


Matriz do Peru (em espanhol)


Matriz do Uruguai (em espanhol)


Matriz da Venezuela (em espanhol)


Matriz Sul-americana (em espanhol)

 

 
 

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil.
Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada


Política de Privacidade
Expediente – Assessoria de Imprensa e Comunicação