18/07/2019 16:28 |
Estudo analisa a experiência internacional com acordos comerciais Objetivo é avaliar qual a melhor estratégia no caso brasileiro A experiência internacional comprova que tarifas altas de importação não são pré-requisito para a negociação de bons acordos comerciais. Um levantamento de todos os acordos firmados no mundo inteiro entre 1995 e 2015 mostra que 57,3% foram fechados quando os países já possuíam tarifa baixa (abaixo de 5%). Os dados constam no estudo Liberalização das importações: unilateral ou por meio de acordos comerciais?, recém publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os pesquisadores analisaram acordos comerciais celebrados entre diversos países do mundo nas últimas décadas e avaliaram se os acordos foram firmados antes ou depois desses países terem efetuado reduções unilaterais de tarifas. A base de dados associa o nível de tarifa média de importação aplicada pelo país no ano imediatamente anterior, o nível de relevância de cada acordo (medido pela participação de países parceiros do acordo nas importações totais de cada país analisado), o produto interno bruto (PIB) e o PIB per capita de cada país. O trabalho traz estudo de caso de oito países de renda média, cuja experiência pode servir de referência para o caso brasileiro: China, Tailândia, Rússia, Hungria, Polônia, Romênia, México e Chile. De acordo com o pesquisador Fernando Ribeiro, um dos autores do estudo, a conclusão é de que "o melhor caminho para o Brasil, em termos de política comercial, é investir paralelamente em duas frentes: na negociação de acordos comerciais e na redução unilateral de tarifas de importação e de outras barreiras à importação". "Quando o Brasil reduz as tarifas, há benefícios pela redução do custo de importação de diversos produtos (máquinas, equipamentos e insumos, por exemplo) que vão aumentar a competitividade e a eficiência da produção industrial doméstica", avalia Ribeiro. O pesquisador destaca que a assinatura do acordo entre Mercosul e União Europeia, por exemplo, proporcionará ampliação do acesso dos produtores brasileiros do setor agropecuário ao mercado europeu através de concessão de cotas de importação, além do compromisso dos países de ajustar regras sanitárias, o que aumenta a garantia e a segurança para os exportadores. Assessoria de Imprensa e Comunicação |
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