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05/08/2020 10:00

Estudo apresenta radiografia do teletrabalho nos setores público e privado


Porcentual de servidores públicos em trabalho remoto é mais de três vezes a proporção dos empregados no setor privado, segundo pesquisa do Ipea

 

Enquanto 24,7% dos trabalhadores do setor público exerciam atividade laboral remota em junho deste ano, no setor privado o percentual de pessoas nessa mesma situação era de apenas 8%. Análise divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quarta-feira, dia 5, evidencia essa desigualdade e apresenta os números gerais de trabalho remoto com recorte não só estadual, como também por idade, gênero, raça/cor e escolaridade.

O estudo contabiliza três milhões de pessoas ocupadas no setor público em trabalho remoto no mês de junho, 200 mil a mais do que em maio. Ao mesmo tempo, 5,7 milhões de pessoas estavam em teletrabalho no setor privado em junho, 224 mil a menos que a quantidade estimada para maio. Mesmo quando se observa a natureza da atividade laboral privada, o porcentual de pessoas ocupadas e não afastadas em trabalho remoto no setor público é superior aos porcentuais nos setores de serviços, comércio, indústria e agricultura.

A pesquisa mostra ainda a evolução do trabalho remoto de maneira geral no país, nos meses de maio e junho de 2020, a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, do IBGE. Em geral, a maioria das pessoas em teletrabalho tem de 30 a 39 anos, é mulher, predominantemente da cor branca e com nível superior. O estudo “O Teletrabalho no Setor Público e Privado na Pandemia: potencial versus evolução e desagregação do efetivo” foi feito em parceria pelos pesquisadores Geraldo Góes e Felipe Martins, do Ipea, e José Antônio Sena, do IBGE.

Embora os pesquisadores tenham constatado uma estabilidade do número de pessoas trabalhando remotamente em maio e junho, as estimativas apontam que, em algumas Unidades da Federação, as porcentagens de pessoas em trabalho remoto aumentaram (Distrito Federal, Rio Grande do Norte e Sergipe), enquanto diminuíram em outros (como Amazonas e Pará). Com isso, o Amazonas perdeu oito posições nesse ranking, passando de 16º estado em porcentagem de trabalho de forma remota em maio (com 9,3%) para 24º (com 6,2%). Alagoas, Amapá e Roraima são outros estados que também perderam posições no ranking. Ao mesmo tempo, Rio Grande do Norte e Sergipe são os que mais ganharam posições, o primeiro passando de 13º para 8ºe enquanto o segundo passou de 17º para 12º.

Entre as atividades no setor privado, os serviços contavam com mais pessoas em trabalho remoto – 3,8 milhões tanto em maio quanto em junho. O comércio, que apresentou queda na porcentagem de trabalhadores exercendo suas atividades de forma remota, tinha 480 mil nessa situação em junho. A indústria registrou o mesmo comportamento que o comércio e somava 600 mil pessoas atuando remotamente naquele mês, enquanto que esse contingente na agricultura estava próximo de 60 mil pessoas.

Por fim, a pesquisa apresenta a quantidade de pessoas com potencial para realizar teletrabalho. No setor público, esse número atingiria 6 milhões, o equivalente a 50,7% do total de ocupados. Por sua vez, no setor privado seriam 15 milhões, correspondentes a 18,6%.

Acesse a íntegra do estudo

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