Investimentos recuam 1,3% em junho

No segundo trimestre, a queda foi de 24,5%

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) registrou queda de 1,3% no Indicador Ipea Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no mês de junho, frente a maio deste ano. O Indicador mostra os investimentos no aumento da capacidade produtiva da economia e na reposição da depreciação do seu estoque de capital fixo. Na comparação com junho de 2019, o recuo foi de 15,6%. Com isso, o segundo trimestre apresentou recuo de 24,5% sobre o período anterior e de 23,1% sobre o mesmo período de 2019. No acumulado de 12 meses, os investimentos caíram 4,1%.

Máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos são os itens que compõem a FBCF. Em junho, houve retração de 13,9% nos investimentos em máquinas e equipamentos, na comparação com o mês de maio. A produção nacional desses bens cresceu 8,2%, enquanto a importação caiu 56,9% no período, reflexo da alta base de comparação com maio, quando ocorreu um forte aumento associado à importação das plataformas de petróleo.

Os investimentos em outros ativos fixos recuaram 1,8% em junho frente a maio. Na contramão dos demais componentes, construção civil registrou alta de 6,5% no período. Já na comparação com junho de 2019, a queda nos investimentos atingiu os três segmentos: máquinas e equipamentos (-27,2%), construção civil (-4,8%) e outros ativos fixos (-16,5%).

Na análise do segundo trimestre deste ano, todos os segmentos também tiveram resultado negativo por conta do lockdown na economia, fruto da pandemia de Covid-19. A queda foi de 33,1% em máquinas e equipamentos, 13,9% na construção civil e 18,9% em outros ativos fixos, totalizando recuo de 24,5% nos investimentos de abril a junho.

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