Ipea promove webinar sobre cooperação energética entre países do BRICS

Evento debateu iniciativas de inovação para a economia de baixo carbono e também cooperação em fontes tradicionais como gás natural e energia nuclear

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) promoveu, nesta quinta-feira (1º), webinar para debater a agenda de cooperação energética entre os países do BRICS. A iniciativa teve como objetivo analisar novas oportunidades de integração no bloco em políticas de inovação para o setor, estudos e programas de incentivo à economia de baixo carbono e de cooperação em múltiplas fontes energéticas.

Representantes dos cinco países do BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - apresentaram indicadores, reiterando o papel relevante do bloco no processo de transição energética, com o foco em energias renováveis, sem desconsiderar o potencial de cooperação em fontes tradicionais. O somatório da matriz energética dos cinco membros representa 20% da oferta de energia elétrica global e 35% do consumo.

Ivan Oliveira, diretor de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea, destacou que há um entendimento conjunto para avançar e aprofundar a cooperação entre os cinco países no setor de energia, especialmente quanto a temas de cooperação tecnológica que ajudem a garantir ao mesmo tempo maior autonomia e maior capacidade inovadora dos BRICS no contexto global. Segundo ele, o tema está na agenda de prioridades do grupo.

No ano passado, por ocasião do Fórum Acadêmico que precedeu a Cúpula de Chefes de Estado do BRICS, o Ipea publicou estudo sobre a importância estratégica do bloco nas políticas de transição energética. Alguns dados foram mencionados durante o webinar, destacando a importância da cooperação entre os cinco países, bem como a contribuição brasileira na agenda do setor energético com incentivos às energias renováveis.

O debate contou com a presença de Lydia Powell, pesquisadora sênior da Observer Research Foundation (ORF) da Índia; Thokozani Simelane, diretor de Pesquisa do Instituto África da África do Sul (AISA); Gao Shixian, diretor-geral adjunto do Instituto de Pesquisa sobre Energia da Comissão de Reforma e Desenvolvimento Nacional da China; e Vasiliy Chuboksarov, chefe do Departamento de Suporte Analítico do Ministério de Energia da Rússia.

Também participaram Alex Giacomelli, diretor do Departamento de Promoção de Energia, Recursos Minerais e Infraestrutura do Ministério das Relações Exteriores (MRE); Carlos Pires, diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME); e Luciano Dias Losekann, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Leia o estudo na íntegra

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