09/08/2022 14:07 |
Ipea divulga análise com estimativa preliminar do resultado primário do governo federal
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta terça-feira (9/8), uma nota com estimativa preliminar do resultado primário do governo central em julho de 2022, a partir de dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). A análise mostra, que, no mês em questão, foram mantidas as tendências de crescimento elevado da arrecadação do governo federal em relação a 2021 e de geração de resultados primários acima da meta estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2022. De acordo com a análise, em julho, a receita líquida do governo central atingiu R$ 162,4 bilhões, tendo crescido, em termos reais, 6% quando comparada com o mesmo mês do ano anterior. Por sua vez, a despesa registrou queda de cerca de 17,7% na mesma base de comparação. Assim, o resultado primário de julho, superavitário em R$ 18,6 bilhões, foi superior ao observado em julho de 2021, quando registrou-se um déficit de R$ 21,5 bilhões – correspondendo a uma melhora de R$ 40,1 bilhões, em valores de julho de 2022. No acumulado do ano até julho, a receita total apresentou crescimento real de 15,1% em relação ao mesmo período de 2021, ao passo que a despesa total apresentou queda de 1,9%. Assim, o resultado primário acumulado no ano, que atingiu saldo positivo de R$ 74,7 bilhões em valores de julho de 2022, apresentou melhora em relação a igual período de 2021, quando foi registrado déficit de R$ 79,8 bilhões. No que se refere às receitas administradas pela Receita Federal do Brasil, os destaques em julho continuaram sendo a arrecadação com contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) e o Imposto de Renda, com crescimento real, relativamente a julho de 2021, de 21,7% e 16,1%, respectivamente. Na abertura de receitas não administradas pela Receita Federal do Brasil em julho, cabe destacar a arrecadação de R$ 6,9 bilhões com dividendos e participações e R$ 19,7 bilhões com a exploração de recursos naturais. A queda real da despesa total em julho, relativamente ao mesmo mês de 2021, é explicada principalmente pelas reduções nas despesas previdenciárias (-24,5%), nas despesas com pessoal (-9%) e nas demais despesas obrigatórias (-42%), que mais do que compensaram a elevação das despesas sujeitas à programação financeira (30,8%). Assessoria de Imprensa e Comunicação |
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